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TERMOQUÍMICOS

5 PLANTA PILOTO DE PROCESSOS TERMOQUÍMICOS

5.4 Reinstalação da planta piloto

Como a planta piloto de processos termoquímicos (Figura 72) foi transferida para outro laboratório, como foi mencionado anteriormente, foi necessário acompanhar a desmontagem e transporte da mesma, e todo procedimento de start-up da planta foi

inevitável. A familiarização com a planta piloto incluiu toda a parte de ligação elétrica, desde o conhecimento de todas as tubulações, conexões, válvulas, entradas e saídas. Como ela foi remontada em outro laboratório, toda infraestrutura necessária para que ela funcionasse foi investigada, orçada e realizada. Sendo assim, é importante destacar que ao ser transferida, a planta teve algumas de suas partes desconectadas e desinstaladas, como previamente mencionado. Todas essas etapas de reinstalação da planta foi responsabilidade da aluna autora dessa dissertação. A infraestrutura previamente mencionada na seção 5.1 engloba os itens das seções seguintes.

5.4.1 Parte Hidráulica

Foi necessário fazer orçamentos e realizar a instalação de uma tubulação de água com saída para 03 torneiras, fazendo ligações com os 03 trocadores de calor existentes na planta piloto, por meio de mangueiras de borracha apropriadas para transportar água. Os 03 trocadores de calor estão localizados em 03 diferentes pontos da planta:

 Na rosca de alimentação, na qual esse trocador de calor serve para amenizar a temperatura que pode ser elevada pelo atrito que ocorre entre a rosca de alimentação e o bagaço que está sendo alimentado.

 No condensador de bio-óleo, no qual este trocador de calor é o responsável pela obtenção de bio-óleo, local onde ocorre a transformação do bio-óleo em vapor para líquido. Nesta parte, constatou-se a necessidade de utilizar um banho termostático ao invés de utilizar água de torneira, com controle de temperatura, uma vez que é essencial que a troca térmica seja eficiente para a condensação do bio-óleo. O banho foi programado para permanecer em torno de – 5 °C, utilizando uma mistura de água (20 %) e etilenoglicol (80 %).

 No trocador de calor na saída de gases para a atmosfera. Este trocador é essencial para o resfriamento dos gases que são eliminados na atmosfera. 5.4.2 Parte Elétrica

Primeiramente, havia verificado a possibilidade de instalação de um quadro elétrico, com disjuntores trifásicos, 220 Volts, e 80A, para que a planta pudesse ser ligada, porém levando em consideração o alto custo para essa operação, optou-se por realizar uma ligação do quadro elétrico existente no laboratório próximo, utilizando cabos elétricos que chegassem até a planta para alimentá-la.

Esse quadro elétrico externo ao laboratório tem como finalidade fornecer energia para ligação do painel da planta. O painel de controle (Figura 73) é o equipamento que

alimenta todo restante da planta, incluindo todos os equipamentos e acessórios que exigem energia elétrica externa.

Figura 73 – Painel de controle da planta piloto de pirólise (A: Painel desligado; B: Painel com visor ligado; C: Painel aberto para ativar os disjuntores; D: Disjuntores do painel que devem ser

acionados; E: Setup de tempertura no visor do painel)

Fonte: Arquivo pessoal

Esse painel de controle tem como objetivo controlar todas as resistências que fornecem calor, os termopares para verificação das temperaturas pelo painel de controle, os motores/bombas para agitar o silo, para a rosca de alimentação e para bombear água do reservatório de água para o vaporizador, além de ser a fonte de energia para o compressor de ar, no qual fornece ar atmosférico para a planta. Cada parte da planta é acionada por um disjuntor diferente, os quais são representados por códigos. A Tabela 31 demonstra os códigos utilizados e a funcionalidade de cada disjuntor da parte interna do painel de controle, e para ativar a função deles, todos devem estar no modo ON. Ao desligar a planta piloto, recomenda-se colocar todos no modo OFF, além de garantir que o disjuntor geral esteja em modo OFF.

(A) (B) (C)

(E) (D)

Tabela 31 – Disjuntores da planta piloto e suas funções

Disjuntores/Símbol

o na Planta Piloto Função/Ativação

Q0 Chave geral – liga/desliga todas as operações

Q1 Rosca de Alimentação

Q2 Compressor de Ar Atmosférico

Q3 Agitador do silo de alimentação

Q4 Resistência/Temperatura do Aquecedor de Ar Q5 Resistência/Temperatura do Pirolisador (Reator de Leito

Fluidizado) e Ciclones

Q6 Resistência/Temperatura da Tubulação entre ciclones e reformador

Q7 Resistência/Temperatura do Reformador Catalítico Q8 Resistência/Temperatura do Combustor Catalítico

Q9 Sem função

Q10 Resistência/Temperatura do Vaporizador

QC1 Painel – liga/desliga os visores da parte externa Os botões na parte externa do painel têm suas funções indicadas na Tabela 32.

Tabela 32 – Botões na parte externa do painel e suas funções

Botões externos do

painel de controle Função

Q4 Resistência/Temperatura do Aquecedor de Ar Q5 Resistência/Temperatura do Reator de Leito Fluidizado

(Pirolisador) e Ciclones

Q6 Resistência/Temperatura da tubulação entre ciclones e reformador

Q7 Resistência/Temperatura do Reformador Catalítico Q8 Resistência/Temperatura do Combustor Catalítico Q9 Temperatura interna do Reator de Leito Fluidizado

(Pirolisador)

Q10 Temperatura interna do Vaporizador

Q11 Temperatura interna do Reformador Catalítico Q12 Temperatura interna do Combustor Catalítico

Q13 Temperatura interna do Vaporizador

Ao analisar a Tabela 32, verifica-se que os códigos Q4 a Q8 representam a ativação das resistências presentes em cada operação unitária existente na planta piloto. Sendo assim, cada um deles permite fazer o setup da temperatura desejada no visor do painel de controle. Ao clicar a função “P” define-se a temperatura desejada, utilizando as setas com indicação para cima e para baixo (Figura 73E). Após o setup das temperaturas, consegue-se acompanhar a variação da temperatura pelo visor do painel. Os termopares que indicam essas temperaturas são colocados na parede das tubulações/operações unitárias indicadas na Tabela 32. Já os códigos Q9 a Q12 representam as temperaturas internas das operações unitárias, os quais os termopares são inseridos no interior e