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CAPÍTULO I ENQUADRAMENTO TEÓRICO

3.3 Relação Escola-Museu

As instituições culturais e as escolas podem cruzar-se, sem confundir a educação cultural que existe nos dois lados (Eça, 2010). Nesse sentido, são centros de educação que ligam a educação formal, não formal e informal, em que aprender combina com entreter e desfrutar, onde o conhecimento e a cultura se ligam à sociedade. Maria Isabel Martins (2003), nas suas provas de agregação em educação, defende que a articulação do ensino formal com ambientes de educação não formal é de importância fundamental, para acentuar, sobretudo nos mais jovens, que as aprendizagens são úteis e se aplicam no dia-a-dia.

Os grupos escolares são os principais “clientes“ dos museus, com particular incidência para o 1.º ao 3.º ciclo e secundário, com menos variedade no pré- escolar e no ensino universitário. Silva (2006) afirma que o público escolar é dos mais representados nas estatísticas dos visitantes de museus e aqueles que mobilizam a maior parte dos recursos educativos destas instituições.

No ano de 2015, o número de crianças/jovens em idade escolar, desde a pré-escolar até ao ensino secundário era cerca de 2 milhões6 e o número de visitantes escolares a museus rondou o valor 1,7 milhões7. Através destes dados podemos ver a expressão que têm as visitas das escolas aos museus.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística8, em Portugal, entre 2012 e 2014, os museus de ciências e de técnica são os segundos mais visitados, a seguir aos museus de arte, conforme podemos verificar na tabela seguinte:

6 Fontes/Entidades: DGEEC/MED - MCTES, PORDATA Última atualização 2016-11-30;

7 Fonte INE; 8

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Tipologia de museus

2014 2013 2012

Nº (milhares) Nº (milhares) Nº (milhares)

Museus de arte 380851 379166 381613

Museus de arqueologia 60869 60461 72447

Museus de ciências naturais e de história natural 18907 23747 16817

Museus de ciências e de técnica 271548 349389 350665

Museus de etnografia e de antropologia 101999 87817 65374

Museus especializados 179606 193669 151590

Museus de história 266879 253017 289997

Museus mistos e pluridisciplinares 152026 174879 162674

Museus de território 71243 56795 47801

Outros museus 21295 22800 1988

Total 1525223 1601740 1540966

(Fonte: INE, 2015)

Tabela 1 - Visitantes inseridos em grupos escolares (N.º) de museus por Tipologia

Verificando-se então que os museus de ciência e de técnica são um dos destinos preferenciais do público escolar, “é necessário analisar de que forma estas instituições lhes transmitem conhecimento científico. Dois veículos principais são identificados: as exposições e as restantes atividades promovidas pelos museus” (Delicado, 2013, p.47).

Os professores levam os seus alunos aos museus com o objetivo de ilustrar, no terreno, os conteúdos curriculares das suas disciplinas, e de proporcionar atividades pedagógico-lúdicas. A relação Escola/Museu continua a ser a combinação perfeita. A escola tem duas vantagens: os conteúdos de aula tornam-se mais dinâmicos e o aluno percebe diferentes formas de articulação entre os temas abordados (Marandino, 2001). Hooper Greenhill, (cit. por Oliveira, 2013) menciona que os professores estão a encontrar no museu uma valiosa fonte de aprendizagem e inspiração, não só para os seus próprios alunos, mas também para si próprios. A propósito desta ideia Hooper Greenhill também refere:

Os museus estão bem posicionados para apoiar o aumento da ênfase nas políticas educacionais, para responder às necessidades individuais dos alunos e desenvolver um currículo que motive e envolva os alunos, incentive a sua curiosidade e o prazer em aprender e que os ajude a ter êxito. (citado por Oliveira (2013, p. 12)

A análise dos relatórios do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes de 2015 (PISA) da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) revela que os alunos portugueses nestes testes estão pela primeira vez acima da média da OCDE, em 15 anos de participação. Os estudantes nacionais ficaram

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acima dos valores médios nos três domínios de avaliação: Leitura, Matemática e Literacia Científica9 (IAVE, 2016). Sendo as políticas educativas introduzidas nestes últimos anos, apontadas como as principais causas destes resultados, como o próprio estudo indica existem outras correlações com os recursos dos departamentos de ciências nas salas e as atividades extracurriculares. Assumimos, de acordo com os dados que tínhamos referido anteriormente, que estas atividades devem ser em grande parte das visitas dos grupos escolares aos museus, e que, em conjunto com o incremento dos serviços educativos nos museus (que mais à frente iremos apresentar) tiveram alguma influência nos dados do PISA 2015.

Convém analisar esta relação escola-museu de forma bilateral, uma vez que as instituições culturais e museológicas que se interessam pela educação também procuram na escola os referenciais para o desenvolvimento de suas atividades (Marandino, 2001). No entanto, os museus devem também ter algum cuidado para não tornar as suas atividades muito semelhantes às da escola. Como afirmam Van-Praet e Poucet (1992) “Existe uma certa propensão deste fato nos serviços educativos dos museus a reproduzir, erroneamente, a escola no museu (…) a solução é a busca de complementariedade e de parceria” (cit. Marandino 2001, p.88). Podemos dizer que essa complementariedade está relacionada com as vivências, experiências e oportunidades de aprendizagem para os alunos, impossíveis de serem reproduzidas na escola (Marandino, 2001). Esta autora acrescenta que:

Museus e escolas são espaços sociais que possuem histórias linguagens, propostas educativas e pedagógicas próprias. Socialmente são espaços que se interpenetram e se complementam mutuamente e ambos são imprescindíveis para formação do cidadão cientificamente alfabetizado. (Marandino, 2001, p.98).

Esta relação Escola-Museus é apresentada por Caetano (2016) através de duas perspetivas: estética-poética que está relacionada com o museu como suplemento de aula e o papel da escola é visto como uma preparação de sensibilidade para a cultura e arte; e de uma perspetiva crítica onde o museu intervém no aluno na transformação social. Estas duas perspetivas levam-nos a entender que os museus como espaços não formais de educação podem ser bons aliados ao trabalho desenvolvido nas escolas (Falcão, 2009).

9 No caso da literacia científica, o domínio que esteve em destaque no PISA 2015, estão em causa a explicação de fenómenos

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Nesta linha de raciocínio José Carlos Ribeiro10 (2016) na sua intervenção na “Jornada de Reflexão sobre Desafios Contemporâneos da Educação Não formal nos Museus”11 refere:

Nos museus podemos aprender valores humanos e questões de cidadania, direitos humanos, educação não-formal essa que não passa na escola e o museu pode colaborar em parceria com as escolas. Sendo os museus um veículo primordial na transmissão de valores, na formação das pessoas e de fazê-las pensar, trazem autonomia e faz com que tenham uma compreensão de um todo (…). Trabalhar em conjunto escolas e museus podem criar experiências de aprendizagem impulsionadas pela perspetiva dos estudantes ajudando assim a criar um melhor futuro para a educação e cultura. (Ribeiro, 2016)

4 Serviços Educativos em Portugal

“Os dias em que a educação no museu era encarada como uma festa de crianças arrastadas ao longo das vitrinas há muito que terminaram. «Educação no museu» é um aspeto muito mais complexo do trabalho museológico e está rapidamente a tornar-se também no mais necessário.

Eilean Hooper-Greenhill, 1994 (cit. Coutinho, 2006, p.168)

Segundo Teresa Eça se encararmos as instituições e projetos culturais como mecanismos sociais, espaços de criação e diálogo, as justificações e as finalidades serão mais ambiciosas. A sociedade do conhecimento exige maiores responsabilidades aos seus cidadãos, ao assumir que todos os indivíduos são agentes ativos da sua própria construção de conhecimento. Os serviços educativos podem contribuir para a promoção desta consciência enquanto espaços de negociação e discussão participada e, neste sentido, permitem a expansão cultural nas suas múltiplas manifestações criativas, colocando-se ao serviço de todos como instrumentos de reflexão, mudança e intervenção (Eça, 2010, p. 277).

Um reflexo da abertura dos museus à sociedade é a presença do caráter educativo dos museus (Figurelli, 2015). Para a realização deste trabalho foi feito um levantamento de informações referentes funcionamento dos serviços educativos e toda a documentação

10 Diretor do Palácio da Ajuda e Presidente ICOM Portugal;

11 Jornada de Reflexão sobre Desafios Contemporâneos da Educação Não formal nos Museus, organizada pela Câmara Municipal

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relativa à regulamentação do exercício da sua atividade, entre outras questões formais e estruturais importantes para o planeamento e desenvolvimento de um projeto desta natureza dentro da área de educação museal. Detalhes sobre este procedimento será explicado no capítulo da metodologia. Para além das suas dinâmicas internas de funcionamento, é relevante a compreensão da trajetória histórica dos serviços educativos em museus portugueses.

Este resultado começou com ações educativas desenvolvidas pelos profissionais de museus as quais aconteciam pontualmente, de forma espontânea e desassociadas das caraterísticas que têm atualmente. O primeiro serviço educativo a ser criado num museu português, há pouco mais de meio século, teve por detrás uma figura determinante na evolução do panorama museológico do século XX, João Couto, que ficou “marcado” na museologia portuguesa pela introdução da educação nos museus, conforme nos diz Madalena Costa:

João Couto atribui desde cedo uma importância efetiva ao papel dos museus na educação, considerando-o absolutamente necessário em Portugal para a educação e elevação do país, sendo assim, preconizando-o desde logo para os mais jovens no âmbito escolar. (Costa, 2012, p. 140)

Segundo a mesma autora, no contexto museológico nacional, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), localizado em Lisboa, afigura-se como a “Casa-Mãe” da formação do pessoal para a educação nos museus portugueses, com João Couto, que assim o poderemos chamar de “Pai” dos serviços educativos em Portugal, por esta ideia pioneira de atuação no museu que proporcionou o alargar de horizontes do sector museológico.

Entre 1928 a 1930 foi criado no MNAA o “serviço de extensão escolar” tendo como conservador adjunto do museu João Couto. Em 1953, já como diretor do museu cria o “serviço infantil” também conhecido como “centro infantil” do museu, que com a evolução tornou-se num serviço educativo (anos 60 a 80), que o museu designou como Serviço de Educação, denominação até hoje utilizada:

O Serviço de Educação estabelece a relação entre o MNAA e os seus diversos públicos através da realização de um programa de atividades centrado nas coleções e nos conteúdos das exposições temporárias, procurando corresponder aos interesses mais variados. O seu objetivo fundamental é, através de uma atitude lúdica de descoberta, motivar a observação e a reflexão, orientando e estimulando a participação individual. (MNAA, 2016, site oficial)

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Segundo Graça Filipe (2011) “ao MNAA, sob a direção de João Couto, coube o papel iniciador, em Portugal, a partir do início da década de 50 do século XX, da prestação de serviços de carácter educativo dirigido aos seus públicos” (p. 1). Mais tarde, Madalena Cabral também teve um papel determinante na centralidade que progressivamente as atividades pedagógicas e formativas foram assumindo na programação do MNAA. O “serviço infantil” e o posterior “serviço de educação” muito focados sobretudo na relação museu-escola, sendo o modelo para os serviços educativos criados entretanto na maior parte dos museus nacionais, locais, regionais e noutras instituições culturais.

Acerca deste novo serviço no espaço museológico João Mendes (2009) refere:

É que, graças à destacada ação de João Couto (1892 -1968) – primeiro como conservador e, posteriormente, como diretor do MNAA -, foi ali criado e desenvolvido, a partir dos inícios dos anos 1930, o “Serviço de Extensão Educativa”. Tratou-se de uma medida pioneira, em Portugal, que viria a ter repercussões noutros museus do país, promovendo e incentivando a colaboração destes com as escolas. Verifica-se, assim, que paralelamente à relevância então dada à conservação e estudo das coleções, voltava a equacionar-se o potencial educativo dos museus, embora de forma limitada. Com efeito, mais do que a população, em geral, procurava atingir-se preferencialmente, como público-alvo, o grupo escolar e, dentro destes, os mais novos, crianças e adolescentes (Mendes, 2009, p. 676).

Ao longo das últimas décadas, tomando por referência a explosão museológica verificada no nosso país a partir da década de 80 do século XX, a preocupação dos museus relativamente a questões como a da cidadania ativa e inclusiva bem como da educação para a cultura, tem favorecido o desenvolvimento dos serviços educativos. Os profissionais dos museus portugueses têm dado relevância constante à função educativa dos museus. Esta temática é das mais abordadas e divulgadas no meio da museologia (Filipe, 2011), prova disso são as publicações, conferências, seminários e jornadas, que se têm realizado nos últimos tempos sobre os serviços educativos. Também o aparecimento de cursos de formação e especialização em museologia durante os anos 90 permitiu dar início a um processo de qualificação dos técnicos com reflexos expressivos na área da educação (Gomes & Lourenço, 2009).

A política museológica também tem contribuído para a criação e expansão dos serviços educativos, vejamos os princípios definidos pela Lei-Quadro dos Museus Portugueses, nº 47/2004, de 19 de Agosto, a função de “educação” é definida como uma função museológica essencial e no artigo 42.º estabelece-se a obrigatoriedade de o museu desenvolver “de forma sistemática programas de mediação cultural e atividades

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educativas que contribuam para o acesso ao património cultural e às manifestações culturais.” No ponto 2, do mesmo artigo menciona que “o museu promove a função educativa no respeito pela diversidade cultural tendo em vista a educação permanente, a participação da comunidade, o aumento e a diversificação dos públicos.” O ponto 3 ainda nos acrescenta “ os programas referidos no nº 1 do presente artigo são articulados com as políticas públicas sectoriais respeitantes à família, juventude, apoio às pessoas com deficiência, turismo e combate à exclusão social”.

De acordo, com os pressupostos da lei referida, consideramos a definição de Clara Camacho (2007) a que melhor define o conceito de “serviço educativo” em relação com a função de “educação”:

(…) uma estrutura organizada, dotada de recursos mínimos, designadamente pessoal, inscrita organicamente no museu em que se insere, mesmo que de maneira informal, que desenvolve ações dirigidas ao público, com objetivos educativos. Ao serviço educativo compete o cumprimento da função museológica de educação, uma das indispensáveis funções inerentes ao conceito de museu, que se articula com as restantes funções museológicas de estudo e investigação, de incorporação, de inventário e de documentação, de interpretação e de exposição. (Camacho, 2007, p.28).

Segundo o estudo coordenado por José Neves (2013) – O Panorama Museológico em Portugal: os Museus e a Rede Portuguesa de Museus na primeira década do Século XXI, o serviço educativo desempenha um papel cada vez mais relevante de mediação entre as atividades do museu e os seus públicos e, de modo mais geral, entre a instituição e a comunidade em que se insere. Dada a importância do serviço educativo na estrutura orgânica dos serviços do museu, um dos requisitos à credenciação dos museus pela Rede Portuguesa de Museus é a existência de um serviço educativo, regulamentado pelo Despacho Normativo n.º 3/2006 publicado no DR I série-B, 25 de Janeiro.

Podemos verificar através do gráfico 1 como tem sido a evolução da criação dos serviços educativos durante um período de 10 anos.

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Gráfico 1: Museus com Serviço educativo por ano2000-2009 (Fonte: Neves, 2013)

As conclusões a que este estudo chegou foram que em 2009 são 62% os museus que afirmam ter este serviço, o que representa, relativamente a 2000 (44%) um crescimento de 18 pontos percentuais. Note‑se que, apesar da evolução positiva evidenciada, não deixa de ser relevante o facto de em 2009 cerca de 40% dos museus ainda não ter este serviço disponível. Com os dados do gráfico podemos certamente comprovar que a criação e evolução dos serviços educativos portugueses se relacionam com o quadro evolutivo dos próprios museus e na mudança de paradigma museológica dos últimos anos (Camacho, 2007).

Na tabela seguinte podemos ver a distribuição do serviço educativo dos Museus, por tipologia

Tipologia

Tem serviço educativo O serviço educativo está formalizado na lei orgânica

Total Sim Não Total Sim Não

Total 392 297 95 297 142 155

Museus de Arte 84 65 19 65 35 30

Museus de Arqueologia 34 24 10 24 9 15 Museus de Ciências Naturais e de História

Natural 7 7 0 7 4 3

Museus de Ciências e de Técnica 29 23 6 23 13 10 Museus de Etnografia e de Antropologia 59 38 21 38 18 20 Museus Especializados 48 37 11 37 17 20 Museus de História 47 36 11 36 11 25 Museus Mistos e Pluridisciplinares 63 52 11 52 29 23

Museus de Território 14 11 3 11 5 6

Outros Museus 7 4 3 4 1 3

Fonte: INE - Inquérito aos Museus 2014

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Apesar de existir uma evolução na implementação dos serviços educativos nos museus, e se compararmos com os dados do gráfico 1, pode-se dizer que houve um aumento de 16 % num período de 4 anos, no entanto ainda 24% dos museus considerados para este estudo, não têm um serviço educativo a funcionar.

Por outro lado, dos 76% que possuem o respetivo serviço, 52% não estão formalizados na lei orgânica. A conclusão a que podemos chegar perante esta análise é que ainda existe algum caminho a percorrer na implementação dos serviços educativos nos museus.

Para isso é preciso tomar consciência, que o serviço educativo nos museus funciona como um recurso, para melhorar o seu nível de comunicação na área da educação, através da dinamização de atividades, oficinas, ateliers e criação de materiais pedagógicos, mantendo também formas de colaboração e de articulação com o sistema de ensino. Estes recursos pedagógicos proporcionam aos participantes das atividades vivenciar um maior número de conhecimentos e de experiências como a imaginação, a criatividade, construindo o seu conhecimento. Podemos assim dizer que os serviços educativos dos museus podem ser considerados a ponte entre as instituições museológicas e a sociedade, e para cumprir com este papel trabalham estratégias que proporcionam e facilitam o intercâmbio de informação e conhecimento entre o museu e os visitantes. Só desta maneira se pode construir um espaço de educação permanente e simultaneamente com experiências sociais e culturais.

Como já foi referido anteriormente, os museus eram vistos como locais de preservação do património cultural e de memória, com um público elitista. Os museus deixaram de ser espaço destinado apenas aos eruditos, especialistas e investigadores e começaram a ser frequentados por pessoas provenientes de diferentes grupos, independente do seu grau de instrução ou idade (Figurelli, 2015). A mudança de mentalidades no seio da sociedade, também se refletiu nas entidades museológicas, criando outras vertentes como culturais, científicas, educativas e sociais. O que nos permite afirmar que os museus abriram as suas portas para um público de massas. A mesma autora ainda refere que há estudiosos do tema que acreditam que foi justamente a criação de ações educativas que auxiliaram no processo de aproximação entre os públicos e as coleções.

Assim sendo, uma nova competência é atribuída aos museus, planificar e organizar as suas atividades, preparar e criar materiais didático/pedagógicos para utilizar nas

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visitas com os visitantes/públicos, não esquecendo os seus interesses e motivações, e compete ainda ao serviço educativo desenvolver estratégias de mediação artística e cultural, numa perspetiva de educação não-formal, onde os museus podem ser um espaço de aprendizagem, de interpretação e de construção social e cultural, e onde todos são construtores/geradores do conhecimento.

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