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4 AUDITORIA OPERACIONAL NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS DE

4.5 RELATÓRIO DE AUDITORIA

O relatório de auditoria é de suma importância para as organizações, pois é através dele, que serão apresentados os apontamentos e conclusões obtidos através da elaboração da auditoria, principalmente, sobre os papéis de trabalho. Diante dele, é realizada a comunicação para os diretores da entidade referente as constatações e recomendações feitas pelo auditor, para melhorar e aprimorar os processos da organização.

Após a confecção dos papéis de trabalho, foi elaborado o relatório de auditoria, o qual consta todos os apontamentos realizados nos papeis de trabalho. O relatório de auditoria será entregue a entidade auditada para verificação das constatações e recomendações abordadas pelo auditor.

RELATÓRIO E CONCLUSÕES DE AUDITORIA OPERACIONAL REALIZADA NA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS

Ijuí (RS), 14 de novembro de 2019

Prezado Srº Marcelo da Silva Administrador / Diretor

Responsável pela Empresa Entidade sem Fins Lucrativos

Anexo segue o relatório da auditoria operacional realizada no setor de recursos humanos relativo ao período de julho de 2018 a junho de 2019, a qual esteve baseada na legislação vigente e de acordo com as normas de auditoria.

Perante o exposto, permanecemos a disposição para devidos esclarecimentos.

Atenciosamente,

Patricia Dallek Woicjekowski Marjory Miolo Auditora responsável Auditora revisora CRC - RS 22.222 CRC – RS 33.333

PDW AUDITORES

RELATÓRIO DE AUDITORIA OPERACIONAL DA EMPRESA ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS

SETOR: RECURSOS HUMANOS

SUMÁRIO

SUMÁRIO COMENTADO...90 INTRODUÇÃO...90 1 Documentação de Admissão de Pessoal...91 1.1 Exame Médico Admissional...91 1.2 Contrato de Trabalho...91 1.3 Livro Registro de Empregados...92 1.4 Carteira de Trabalho...92 1.5 Comprovante de Entrega e Devolução de CTPS...92 1.6 Termo de Responsabilidade de Concessão do Salário Família...93 1.7 Termo de Opção do Vale Transporte...93 1.8 Qualificação Cadastral no E-Social...94 1.9 CAGED Diário...94 2 Processamento Mensal da Folha de Pagamento...94 2.1 Ficha Ponto...95 2.2 Salário Base...95 2.3 Quinquênio...95 2.4 Salário Família...96 2.5 Horas Extras 50%...96 2.6 Descanso Semanal Remunerado...96 2.7 Insalubridade...97 2.8 Adiantamento Salarial...97 2.9 INSS...98 2.10 FGTS...98 2.11 PIS...98 3 Desligamento de Pessoal...98 3.1 Aviso Prévio...99 3.2 Exame Demissional...99 3.3 Cálculo das Verbas Rescisórias...99 3.4 Guia da Multa do FGTS (GRRF)...100 3.5 Guias de Seguro Desemprego... 100 CONCLUSÃO...101

SUMÁRIO COMENTADO

O resultado do trabalho desenvolvido aponta um bom sistema de controle do setor de recursos humanos, onde os cálculos realizados foram registrados de maneira correta, não deixando margens a futuras reclamatórias trabalhistas. Porém, o relatório demonstra algumas irregularidades que constam no decorrer do relatório.

INTRODUÇÃO

O trabalho de auditoria no setor de recursos humanos realizado em uma entidade sem fins lucrativos, foi efetuado no período de julho de 2018 a junho de 2019, com uma amostra de 100% dos documentos dos colaboradores, sendo essa no total de doze colaboradores no período auditado, com o intuito de verificar todas as operações realizadas no setor de recursos humanos e se essas estavam em conformidade com os controles internos da entidade de acordo com a legislação trabalhista e previdenciária vigente. Salienta-se que o trabalho foi desenvolvido de acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria.

Foram examinadas as operações relacionadas a elaboração da folha de pagamento, confrontos dos salários registrados com os valores presentes no recibo da folha, 13º salário, adiantamento salarial, quinquênio, adicional de insalubridade, existência dos atestados médicos, confronto dos contratos de trabalho com a CTPS, bem como, com o livro registro de empregados, termo de concessão ao salário família, termo de opção do vale transporte, descontos como INSS, IRRF, também cálculo do FGTS, informações sobre as obrigações acessórias, CAGED, qualificação cadastral no e-Social, sendo todos apurados e realizado o levantamento de dados e confrontados com as guias e recibos existentes.

1 Documentação de Admissão de Pessoal

Para a realização da auditoria na parte de admissão de pessoal, foi analisada a existência do exame médico admissional de cada colaborador, bem como, o contrato de trabalho confrontando os dados com o livro registro de empregados e CTPS. Também, foram analisados comprovante de entrega e devolução da CTPS, termo de concessão ao salário família, termo de opção do vale transporte, qualificação cadastral no E-Social e o registro do CAGED diário.

1.1 Exame Médico Admissional – Conforme o artigo 168 da CLT, é

obrigatória a realização do exame médico admissional, por conta do empregador, antes de o colaborador iniciar suas atividades na organização. Verificou-se que os 12 trabalhadores realizaram o exame médico admissional e destes, apenas um colaborador realizou o exame médico após já ter iniciado suas atividades na entidade, o que não é correto, pois o exame é efetuado para indicar se o colaborador está apto ou não a ingressar na organização. Recomenda-se que a entidade realize os exames médicos antes de o colaborador iniciar suas atividades, podendo assim, verificar se o colaborador está apto ou não, e em seguida, deverá arquivar juntamente com a documentação de admissão.

1.2 Contrato de Trabalho - Conforme determina os artigos 442 e 443

da CLT, o contrato de trabalho é o acordo entre o empregado e o empregador, o qual é permitido ser prorrogado uma única vez quando por experiência, tendo a duração de no máximo 90 dias. No caso da organização auditada, o contrato é feito para 30 e prorrogado por mais 60 dias, quando renovado. Foi realizada a verificação dos contratos de trabalho dos novos colaboradores, entre o período de julho de 2018 a junho de 2019. Verificou-se que no período em análise, houve oito novas contratações. Destes novos colaboradores, apenas seis tinham o contrato devidamente assinado, por ambas as partes, bem como, sua prorrogação. Os outros dois contratos não foram localizados na documentação fornecida pela organização. Recomenda-se que a entidade organize os documentos faltantes e continue confeccionando os contratos de trabalho, sendo

elaborado com a prorrogação, bem como, continue coletando as assinaturas de ambas as partes, para evitar futuras reclamatórias trabalhistas.

1.3 Livro Registro de Empregados - Conforme artigo 41 da CLT é

obrigatório o registro no livro registro de empregados de todos os colaboradores da organização, no momento em que iniciam suas atividades, coletando as respectivas assinaturas dos colaboradores, bem como, anotações das devidas atualizações, caso houver. Verificou-se na análise do Livro Registro de Empregados que dos doze colaboradores registrados no período, foram encontradas apenas duas divergências, sendo que no registro do colaborador 2 faltou o horário de trabalho no registro, já no registro do colaborador 3, faltou toda a documentação necessária para o registro correto. Os demais registros foram efetuados de acordo com a legislação vigente e devidamente realizadas às atualizações, quando necessário. Recomenda-se que a entidade continue efetuando os registros de maneira correta, bem como, realizando as devidas atualizações, coletando assinatura do colaborador para evitar futuras reclamatórias trabalhistas.

1.4 Carteira de Trabalho - Conforme o artigo 29 da CLT é obrigatório

a realização por parte do empregador as devidas anotações na Carteira de Trabalho, como registro, atualizações, férias e rescisão, quando solicitada pelo colaborador, ou ainda, para comprovação de previdência social. Para verificação das carteiras de trabalho foram disponibilizadas apenas duas CTPS dos colaboradores. Verificou-se que do total da amostra de carteiras de trabalho fornecidas pela organização, ambas, foram efetuadas de maneira correta, tendo a mesma data do Livro Registro de Empregados anotada na CTPS, bem como, o salário inicial de cada colaborador e as devidas atualizações, quando necessário. Recomenda-se que a entidade continue realizando as anotações corretamente, na data devida, bem como, coletando as devidas assinaturas de seus colaboradores e da própria entidade, seguindo e respeitando assim, a legislação vigente.

1.5 Comprovante de Entrega e Devolução CTPS - Conforme o artigo

o preenchimento do protocolo de entrega e devolução da carteira de trabalho em até 48 horas, confeccionando o comprovante de entrega e devolução da CTPS, para ficar devidamente registrado e assinado por ambas as partes. Foi verificado a existência do comprovante de entrega e devolução de CTPS nas novas admissões de colaboradores no período de julho de 2018 a junho de 2019. Verificou-se que em relação ao total de admissões ocorridas no período auditado, as entregas e devoluções de Carteira de Trabalho estavam incorretas, devido ao fato de não respeitar o limite máximo de 48 horas para devolução da Carteira de Trabalho do colaborador 5, colaborador 6 e colaborador 11. Já referente ao colaborador 9, havia também o protocolo de recebimento e devolução respectivamente assinados, porém, não foi colocada a data de devolução pelo colaborador. Os demais colaboradores 7, 8 e 12 não foram localizados os respectivos recibos e devoluções. Recomenda-se que a organização fique mais atenta em relação a questão do prazo de devolução das carteiras, para que seja respeitada as 48 horas exigidas pela legislação. Também, atenta-se a coleta completa de assinatura e data de devolução pelo colaborador para que o recibo seja válido e não haja motivo para futuras reclamatórias trabalhistas.

1.6 Termo de Responsabilidade de Concessão do Salário Família - Conforme o artigo 4 da Portaria MF nº 8 de 13 de janeiro de 2017 todo

colaborador que tiver filhos menores de 14 anos e possuir remuneração menor que R$ 1.319,18 (2018) ou R$ 1.364,43 (2019) tem o direito de concessão ao salário família. É necessária a elaboração de termo de concessão do salário família, o qual deve ser devidamente preenchido e assinado pelo colaborador. No período em análise apenas dois colaboradores tiveram o direito de receber salário família. Verificou-se que apenas dois colaboradores possuem o direito a concessão ao salário família, porém, não foi localizado o termo devidamente preenchido e assinado pelos colaboradores. Os demais não possuem dependentes, e por isso, não há necessidade de emitir o termo. Recomenda-se que a entidade tenha atenção redobrada em relação a emissão dos termos e coleta de assinaturas.

1.7 Termo de Opção do Vale Transporte - De acordo com a Lei

para o colaborador utilizar para auxiliar no seu deslocamento até a organização, quando o mesmo utilizar de transporte público coletivo. Verificou-se que referente a maior parte dos colaboradores não foi localizado o termo de Opção do Vale Transporte, o que pode acarretar em futuras reclamatórias trabalhistas. Referente aos demais colaboradores, dos quais foi localizado o Termo de Opção do Vale Transporte, não utilizam transporte coletivo para ir até a organização. Recomenda-se que a entidade tenha um cuidado especial na emissão dos termos de Opção do Vale Transporte, também, para que sejam devidamente preenchidos e assinalados quanto a sua opção, podendo evitar assim, futuras reclamatórias trabalhistas.

1.8 Qualificação Cadastral no E-Social - Conforme Resolução do

Comitê Gestor do e-Social nº 4, de 20 de agosto de 2015 as organizações precisam realizar o cadastro de seus colaboradores no e-Social para parametrização das informações. Verificou-se que todos os colaboradores foram devidamente cadastrados e qualificados no e-Social, conforme legislação vigente. Recomenda-se que a organização continue cadastrando todos os seus colaboradores de maneira correta, evitando multas em relação a essa nova exigência.

1.9 CAGED Diário - Conforme Lei 4.923/65 é obrigatório para as

organizações que admitiram ou demitiram colaboradores a entrega do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), até o dia 7 do mês subsequente. Verificou-se que a organização entregou o CAGED diário no prazo estipulado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, de acordo com os preceitos legais. Recomenda-se que a organização continue enviando as informações dentro do prazo, evitando omissões em relação a essa obrigação acessória.

2 Processamento Mensal da Folha de Pagamento

Com relação as análises realizadas sobre o processamento da folha de pagamento, foram averiguadas a ficha ponto, salário base dos colaboradores de acordo com os dissídios, quinquênio sendo verificado o cálculo, salário família onde foi analisado o direito a receber e se os valores estavam de acordo, horas

extras 50%, descanso semanal remunerado, adiantamento salarial, insalubridade, INSS retido na folha, FGTS e por fim o PIS, confrontando os valores encontrados com os valores já apurados, bem como, as guias de recolhimento.

2.1 Ficha Ponto - De acordo com o artigo 74, § 2º da CLT as

organizações que possuem mais de 20 colaboradores são obrigadas a possuir a ficha ponto. A entidade, mesmo não tendo mais de 20 colaboradores, possui a ficha ponto para controle dos horários de seus colaboradores. Verificou-se que todos os colaboradores da entidade possuem ficha ponto, devidamente preenchidas e assinadas por ambas as partes. Recomenda-se que a entidade continue utilizando a ficha ponto e coletando a assinatura de ambas as partes, estando de acordo com a legislação vigente.

2.2 Salário Base - Conforme estabelece a clausula 3ª, parágrafo

primeiro e segundo da Convenção Coletiva de Trabalho do SINDICLUBES 2018 e 2019, cada colaborador tem direito ao salário base de acordo com sua função. Verificou-se que a entidade auditada está agindo de acordo com a legislação vigente, no que se refere as funções dos colaboradores, bem como, seus salários base, além de estar efetuando as atualizações necessárias. Os pagamentos dos seus colaboradores estão efetuados corretamente, constando assinatura da parte. Recomenda-se que a organização continue atenta, realizando as devidas atualizações e coleta de assinatura, conforme legislação vigente.

2.3 Quinquênio - Conforme cláusula 18ª da Convenção Coletiva de

Trabalho do SINDICLUBES 2018/2019, é direito do colaborador receber um adicional por tempo de serviço a cada cinco anos trabalhados, sendo de 5% sobre o salário base do colaborador. Verificou-se que apenas o colaborador 1 tem o direito de receber o quinquênio, pois fazem mais de cinco anos que está trabalhando na organização. Os demais colaboradores não atingiram o tempo determinado para receber o adicional. Recomenda-se que a entidade continue realizando as devidas atualizações em relação ao direito do quinquênio evitando futuras reclamatórias trabalhistas.

2.4 Salário Família - De acordo com a Lei 4.266, de 3 de outubro de

1963, todo colaborador que tiver filhos menores de 14 anos e possuir remuneração menor que R$ 1.319,18 (2018) ou R$ 1.364,43 (2019) tem o direito a concessão ao salário família. Verificou-se que a organização auditada teve três colaboradores no período auditado que possuíam o direito a receber o salário família, ambos os cálculos foram realizados de maneira correta, sem divergências. Recomenda-se que a entidade continue observando a concessão do benefício a seus colaboradores, para quando tenha direito ao salário família conceder ao mesmo, e também, permaneça respeitando a tabela vigente.

2.5 Horas Extras 50% - Conforme artigo 59 da CLT todo colaborador

que exceder sua jornada de trabalho habitual tem direito a receber horas extras com adicional de 50% sobre as horas normais, mediante acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Verificou-se que na organização auditada apenas nos meses de setembro de 2018 e maio de 2019 não foram calculadas horas extras. Já nos meses de janeiro e fevereiro de 2019 foram geradas horas extras e conforme apuração foram calculadas de maneira correta. No mês de agosto de 2018 em relação ao apurado pela auditora, houve uma pequena diferença a menor de R$ 0,70. Os demais meses, não foi possível calcular as horas extras para confrontar os valores devido, pois essas horas extras eram médias do ano, portanto, não havia todas as informações necessárias para calcular. Recomenda-se que a organização continue observando as horas extras de seus colaboradores e que continue calculando de maneira correta, tendo cuidado para apurar os valores corretos e dessa forma evitando questionamentos e/ou multas.

2.6 Descanso Semanal Remunerado - Conforme artigo 67 da CLT,

todo colaborador, quando gerar horas extras, tem direito a receber o descanso semanal remunerado, o qual é calculado com base nos dias úteis e não úteis do mês. Verificou-se que o descanso semanal remunerado foi calculado de maneira correta no mês de fevereiro de 2019, sendo que foi apurado o valor de R$ 28,71. No mês de janeiro de 2019, na folha apresentava um valor de DSR de R$ 32,31, sendo apurado pelo auditor o valor de R$ 28,71, obtendo-se dessa forma uma

pequena diferença. Os demais meses não foram apurados devido ao fato de que as horas extras existentes eram médias e consequentemente já deveria ter sido apurado e pago o DSR aos colaboradores. Recomenda-se que a entidade continue elaborando os cálculos corretamente, respeitando os dias úteis e não úteis dos meses para que não haja diferenças e para evitar futuras reclamatórias trabalhistas.

2.7 Insalubridade - De acordo com os artigos 189 a 192 da CLT, bem

como, com o PPRA, o colaborador que tiver em suas funções atividades insalubres, tem direito a receber o adicional de insalubridade, sendo de baixo, médio e alto grau, respectivamente, 10%, 20% e 40%. Verificou-se que no período em análise a organização concedeu o adicional de insalubridade de forma correta aos seus colaboradores e realizou os cálculos também de maneira correta. Recomenda-se que a entidade continue atenta, concedendo o adicional de insalubridade aos seus colaboradores quando tiver direito e que prossiga calculando de maneira correta de acordo com a legislação vigente.

2.8 Adiantamento Salarial - De acordo com a Cláusula 13ª da

Convenção Coletiva de Trabalho dos SINDCLUBES 2018 o empregador deverá conceder adiantamento salarial, quando for solicitado pelo colaborador, pois é direito do colaborador receber adiantamento salarial, desde que não ultrapasse 30% do seu salário base. Verificou-se que no período auditado, nos meses de julho de 2018, setembro de 2018, outubro de 2018 e dezembro de 2018 os colaboradores não tiveram adiantamentos salariais. No restante dos meses em análise, houve adiantamentos salariais, porém, a grande maioria não foi localizado o recibo devidamente preenchido e assinado pelos colaboradores, apenas nos meses de fevereiro de 2019 e maio de 2019 possui o recibo devidamente assinado. Recomenda-se que a entidade tenha mais atenção e cuidado no momento de conceder o adiantamento salarial, é indispensável que sempre seja confeccionado o recibo e coletado a assinatura do colaborador, podendo evitar assim, futuras reclamatórias trabalhistas e estar de acordo com a legislação vigente.

2.9 INSS - De acordo com a Lei Nº 11.933, de 28 de abril de 2009 do

DOU 29.04.2009 o desconto do INSS é obrigatório, em conformidade com a tabela de alíquotas vigente, de acordo com o salário bruto do colaborador, sendo de obrigação do empregador realizar o recolhimento do mesmo. Verificou-se que a organização está recolhendo as guias de INSS no prazo, sem atrasos. Também, pode-se verificar que os valores das guias estão sendo apurados de maneira correta, com apenas duas pequenas diferenças no mês de setembro de 2018 sendo de R$ 4,75 a menor e no mês de outubro de 2018 R$ 7,08 a menor também, sendo que o INSS do mesmo colaborador, estava com a alíquota certa, porém, identificou-se essas pequenas diferenças. Recomenda-se que a entidade continue realizando as apurações de cada colaborador de acordo com a tabela vigente e também, continue atenta e realizando atualizações, quando necessário, para evitar futuras multas e reclamatórias trabalhistas.

2.10 FGTS - De acordo com a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990 é

obrigatória o recolhimento do FGTS por parte do empregador para cada colaborador de sua entidade, sendo de 8% sobre o total de remuneração bruta. Verificou-se que a entidade está realizando os cálculos de maneira correta, bem como, está recolhendo as guias dentro do prazo, sem atrasos. Recomenda-se que a entidade continue calculando o FGTS de forma correta e fique sempre atenta em relação aos prazos de pagamento, conforme a legislação vigente.

2.11 PIS - Conforme artigo 2º, da Lei 9.715/1998 e artigo 13, da Medida

Provisória 2.158-35/2001 é obrigatório o recolhimento de PIS sobre a remuneração da folha de pagamento em 1%. Verificou-se que a entidade está calculando e recolhendo o PIS sobre a folha de pagamento de maneira correta, respeitando o prazo dos recolhimentos. Recomenda-se que a organização continue realizando os cálculos de maneira correta, bem como, o recolhimento dentro do prazo, conforme exige a legislação vigente.

3 Desligamento de Pessoal

No confronto dos desligamentos dos colaboradores foram analisados o aviso prévio, verificando se constava o documento devidamente assinado, a

existência do exame médico demissional, o cálculo das verbas rescisórias confrontando os valores apurados pelo laboratório, com os valores encontrados pelo auditor, e por fim, as guias de multa de FGTS e guias de seguro desemprego.

3.1 Aviso Prévio - Conforme o capítulo VI, artigo 487 da CLT, que trata

sobre o aviso prévio, não havendo prazo estipulado, sem justa causa, a parte que quiser poderá rescindir o contrato com antecedência de 30 dias, para os colaboradores que recebem salário de forma mensal. No caso da entidade auditada, houve desligamentos no período em análise. Verificou-se que a

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