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A omissão de fonte nas tabelas apresentadas a seguir se justifica pelo fato dos resultados da mesma pesquisa realizada sobre violências nas escolas numa escola estadual do município de Natal no mês de março de 2007, portanto, esta é a fonte dos gráficos. No tocante a percentagem, em algumas questões foi marcada mais uma alternativa, sendo assim, em alguns terão o índice além dos 100%.

Este capítulo foi subdividido em três itens. O primeiro contempla os principais aspectos relacionados ao perfil dos entrevistados. Já o segundo, abordará a relação escola e jovens e por último, a relação escola e violência.

3.1 Perfil dos inquiridos

A apresentação de alguns elementos sobre o conjunto dos sujeitos entrevistados visa traçar um perfil dos mesmos, para que se tenham dados para captar os determinantes deste trabalho.

Tabela 1 – Distribuição dos inquiridos segundo sexo

SEXO PERCENTUAL

Masculino 52%

Feminino 48%

Total 100%

No universo entrevistado, são 52% dos sujeitos do sexo masculino e 48% do sexo feminino. Assim, os dados fornecem um ponto de vista maior do universo masculino.

Tabela 2 – Distribuição dos inquiridos segundo faixa etária

FAIXA ETÁRIA PERCENTUAL

Entre 15 – 17 anos 92%

Entre 18 – 21 anos 8%

Na tabela 2 pode-se observar um quantitativo de 92% de jovens entrevistados na faixa etária entre 15 e 17 anos. Já 8% na faixa etária entre 18 e 21 anos. A faixa etária preponderante na pesquisa chama a atenção na literatura acerca da violência por ser um fator de risco, além de essa ter a maioria correspondente ao sexo masculino. Em suma, o fato de ser maioria do sexo masculino e pertencer a tal faixa etária reproduz um terreno fértil para práticas de violências no ambiente escolar.

Na tabela a seguir pode-se observar um quantitativo de jovens 64% dos entrevistados que residem com seus pais e irmãos. Em seguida, 18% moram apenas com a mãe e os irmãos. Já 6% responderam viver com os avós. Por último, 12% disseram residir com outros; esse dado condiz com a realidade de muitos jovens que tem a opção de vir morar na capital e deixam seu habitat natural (o interior do estado) com objetivo de melhores oportunidades, e em especial, em busca de um ensino de qualidade.

Tabela 3 – Distribuição dos inquiridos segundo com quem vive

COM QUEM VIVE PERCENTUAL

Com pais e irmãos 64%

Com mãe e irmãos 18%

Com avós 6%

Outros 12%

Total 100%

Tabela 4 – Distribuição dos inquiridos segundo quantas pessoas moram em casa

COM QUANTAS PESSOAS MORAM PERCENTUAL

Entre 4 – 6 pessoas 69%

Até 3 pessoas 26%

Mais de 7 pessoas 4%

NS/NR 1%

Total 100%

Os dados apresentados em relação à tabela 4 referem-se à quantidade de pessoas que residem com os jovens entrevistados. Um índice que chama a atenção é que 95% (69% responderam que convivem entre 4 – 6 pessoas, somado a 26% de

jovens que convivem com até 3 pessoas) dos entrevistados convivem com no máximo seis pessoas, o que configura a realidade do modelo familiar brasileiro; que configura-se ao fortalecimento de uma lógica que redunda em mudanças nas organizações familiares. Expressa assim, o enxugamento dos grupos familiares, onde o número de pessoas nas famílias está cada vez menor; o que resulta em novos arranjos familiares ou monoparentais, reconstruídas.

Tabela 5 – Distribuição dos inquiridos segundo situação conjugal dos pais

SITUAÇÃO CONJUGAL DOS PAIS PERCENTUAL

Casados 58%

Separados 23%

Divorciados 17%

Viúvos 2%

Total 100%

No tocante à situação conjugal dos pais, a tabela 5 apresenta que 58% dos jovens entrevistados responderam que os pais são casados. Já 40% dos mesmos responderam que os pais estão separados ou divorciados, o que configura uma realidade da dinâmica familiar brasileira. Nos Institutos de pesquisa acerca da realidade sócio-econômica brasileira, sinalizam essa realidade, os altos índices de separação entre casais.

Tabela 6 – Distribuição dos inquiridos segundo responsável pela renda

RESPONSÁVEL PELA RENDA PERCENTUAL

Pai 59% Mãe 37% Avós 7% Outros 5% NS/NR 3% Total 111%

Pesquisas recentes, quanto à inserção da mulher no mercado de trabalho, comprovam um fenômeno que não obedece a fronteiras. Cresce exponencialmente o número de mulheres em postos diretivos nas empresas, por exemplo. De acordo com o IBGE, no Brasil, as mulheres são 41% da força de trabalho, mesmo diante de

tais conquistas, ainda há muito espaço a ser conquistado. No geral, entretanto, as mulheres brasileiras recebem, em média, o correspondente a 71% do salário dos homens. Com base nisso,

Apesar da evolução da mulher dentro de uma atividade que era antes exclusivamente masculina, e apesar de ter adquirido mais instrução, os salários não acompanharam este crescimento. As mulheres ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a mesma função. Conforme o salário cresce, cai a participação feminina. Entre aqueles que recebem mais de vinte salários, apenas 19,3% são mulheres. Embora exista uma certa discriminação em relação ao trabalho feminino, elas estão conseguindo um espaço muito grande em áreas que antes era reduto masculino, e ganhou o respeito mostrando um profissionalismo muito grande. Apesar de ser de forma ainda pequena, está sendo cada vez maior o número de mulheres que ganham mais que o marido (PROBST, 2007, p.7).

A partir disso, a tabela 6 reflete um pouco acerca desse índice que reforça a realidade da mulher (37%), esta não agrega apenas o papel de administradora do lar, mas o de um membro incluso no mercado de trabalho. E ainda, um índice que não é tão expressivo, mas que merece destaque é o membro avó(ô), com 7% dos responsáveis pela renda familiar. Essa é uma realidade nos lares brasileiros, onde muitas vezes pessoas que trabalharam a vida inteira e quando chega à idade de se aposentar, assim o faz, porém a renda é pouca e retorna ao mercado de trabalho; e essa fonte de renda torna-se essencial para a manutenção da família.

Por último, faz-se necessário dizer que, a soma passa o índice dos 100% pelo homem não somente ser o responsável pelo lar, bem como a mulher ou o idoso e em alguns casos, o próprio jovem.

Tabela 7 – Distribuição dos inquiridos segundo procedência dos jovens

PROCEDÊNCIA PERCENTUAL Zona norte 28% Zona oeste 9% Zona sul 39% Grande Natal 18% Zona leste 5% NS/NR 1% Total 100%

A tabela 7 evidencia um dos critérios para a escolha do lócus da pesquisa, a heterogeneidade de procedência dos jovens. Visto que, um dos critérios fundamentais de análise da pesquisa, seriam as diferentes experiências e leituras da realidade vividas pelos mesmos. Portanto, observam-se alunos que moram desde a zona norte a Grande Natal, contemplando municípios como Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, dentre outros.

Tabela 8 – Distribuição dos inquiridos segundo atividade que realizam quando não estão na escola

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