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Resolução N°15/2017

RATIFICA RESOLUÇÃO 06/2017 REFERENTE À CONCES- SÃO E CRITÉRIOS PARA A PROVISÃO DE BENEFÍCIOS EVENTUAIS NO ÂMBITO MUNICIPAL DA POLÍTÍCA DE AS- SISTÊNCIA SOCIAL.

O Conselho Municipal de Assistência Social de São Roque do Canaã – ES, no uso de suas atribuições que lhe confere a Lei Municipal nº. 025/97, e de acordo com a delibera- ção da Sessão Plenária Ordinária do dia 26 de Outubro de 2017.

Considerando que a finalidade do Benefício Eventual nas modalidades: Auxílio-Natalidade, Auxílio-Funeral, Auxí- lio em situação de vulnerabilidade temporária e Aluguel Social consistem em um benefício eventual e é uma mo- dalidade de provisão de proteção social básica de caráter suplementar e temporário que integra organicamente as garantias do Sistema Único de Assistência Social - SUAS, com fundamento nos princípios de cidadania e nos direitos sociais e humanos;

Considerando as competências atribuídas ao Conselho Municipal de Assistência Social pela Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993 – LOAS para definição de critérios e prazos para a regulamentação de benefício eventual, co- financiados pelo Município, Estado e Distrito Federal, con- forme § 1º do Artigo 22 da referida Lei;

Considerando a Resolução CIB/ES Nº115 de 01 de abril de 2011, que dispõe sobre os benefícios eventuais que trata o Artigo 22 da Lei 8.742, de 1993; bem como a Política Nacional da Assistência Social – PNAS e ainda a Norma Operacional Básica – NOB/SUAS,

Considerando a Resolução CONEAS/ES nº 260/2012, que aprova critérios e as modalidades dos benefícios eventuais financiados pelo Estado de acordo com a Lei 8.742/1993; RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar a regulamentação da concessão de Bene- fícios Eventuais nas modalidades de benefício funeral, be- nefício natalidade, auxílio em situação de vulnerabilidade temporária e aluguel social no âmbito da Política Municipal de Assistência Social.

Art. 2º Entende-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente como garantias do SUAS e são prestadas aos cidadãos e as famílias em virtude de nascimento, morte, situação de vulnerabilidade temporária e calamidade pública.

Art. 3º O beneficio eventual destina-se aos cidadãos e às famílias com impossibilidade de arcar com recursos pró- prios o enfrentamento de contingências sociais, cuja ocor- rência provoca risco e fragiliza a manutenção do indivíduo, a unidade da família e a sobrevivência dos seus membros. Art. 4º O benefício em situação de desastre e calamidade pública – consiste em uma provisão suplementar e provi- sória de Assistência Social, prestada para suprir a família e o indivíduo na eventualidade dessas condições, de modo a assegurar-lhe a sobrevivência e a reconstrução e a cons- trução de sua autonomia.

§ As situações de calamidade pública são reconhecidas pelo poder público e caracterizam-se por situação anor- mal advinda de circunstâncias climáticas, desabamentos, incêndios, epidemias, dentre outras que causem sérios da- nos a comunidade afetada, inclusive a segurança ou a vida de seus integrantes

Art. 5º São formas de benefícios eventuais: I - auxílio funeral;

II - auxílio natalidade (kit bebê);

III - auxílio em situação de vulnerabilidade temporária (cesta básica);

IV - aluguel social.

Art. 6º. O benefício eventual na forma de auxílio funeral, auxílio natalidade, auxílio em situação de vulnerabilida- de temporária e aluguel social, constitue-se em presta- ção temporária, não contributiva de assistência social, em prestação de serviço para reduzir vulnerabilidades advin- das do nascimento ou morte do membro da família, vulne- rabilidade temporária e calamidade pública.

Art. 7º. Considera-se família, para fins desta resolução: I – Família: grupo de pessoas que se encontram unidas por laços consanguíneos ou afetivos, que convivam sob o mesmo teto e cuja economia é mantida pela contribuição de seus integrantes, e;

II – Família Beneficiária: aquela que através de estudo so- cial for comprovada situação de vulnerabilidade social e cuja renda per capita não seja superior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.

§ 1º A limitação do valor da renda per capita familiar não será considerada a única forma de comprovação de vul- nerabilidade social, sendo apenas elemento objetivo para aferição da necessidade de concessão dos benefícios even- tuais, ficando submetido a parecer técnico da Assistente Social responsável do Centro de Referência de Assistência Social- CRAS e/ou Centro de Referência Especializado da Assistência Social- CREAS.

I – O usuário que não possuir todos os documentos para comprovação de renda, composição familiar, residência e outros exigidos para concessão dos Benefícios Eventu- ais supracitados na Resolução, poderá se utilizar da Folha de Resumo do Cadastro Único para substituir os ora não apresentados com o parecer técnico de um profissional do Serviço Social.

§ 2º- Os benefícios de transferência de renda (Bolsa Famí- lia e Benefício de Prestação Continuada – BPC) não serão contabilizados como renda para a concessão de benefício eventual.

§ 3º - Não haverá concessão do Benefício Eventual na mo- dalidade de Auxílio Funeral, para a família que possuir Pla- no Funerário.

Art. 8º - Para obtenção do benefício eventual na modalida- de: auxílio-funeral deverá ser realizado um parecer social de um profissional de Serviço Social do Centro de Referên- cia de Assistência Social – CRAS e/ou Centro de Referên- cia Especializado de Assistência Social – CREAS a família deverá apresentar os seguintes documentos:

I – Registro Geral – RG do Requerente;

II – Cadastro de Pessoa Física – CPF do Requerente; III - Comprovante de Residência no Município de São Ro- que do Canaã atualizado (talão de água, luz ou telefone e/ ou outros);

IV - Certidão de Óbito ou Declaração Médica constando assinatura do médico e carimbo com número de registro no Conselho Regional de Medicina e documentos pessoais do falecido;

V - Comprovante do cadastro de que trata o artigo 7º, § 3º desta resolução.

VI - Comprovante de Renda da Família, conforme folha Resumo do CAD ÚNICO;

VII – Estar inscrito no CAD ÚNICO;

VIII - Na ausência dos documentos elencados para con- cessão dos benefícios auxílio funeral e auxílio natalidade e auxílio em situação de vulnerabilidade temporária fica obrigatório à apresentação da Folha Resumo do Cadas- tro Único e Parecer Técnico de um profissional do Servi- ço Social. Quando o requerente for adolescente e houver ausência de documentos de identificação do mesmo fica obrigatória à apresentação da certidão de nascimento e documentação de identificação do responsável.

Parágrafo Único. Quando se tratar de usuário da Política de Assistência Social que estiver com os vínculos familiares rompidos, em situação de abandono ou morador de rua, a Secretaria de Assistência Social será responsável pela concessão do benefício uma vez que não haverá familiar

ou instituição para requerer, mediante estudo social e/ou parecer, elaborado por Assistente Social, que compõe as equipes de referência dos equipamentos sociais – Centro de Referência da Assistência Social - CRAS e Centro de Referência Especializado da Assistência Social - CREAS – e/ou Assistente Social de referência, vinculado ao órgão gestor de Assistência Social, responsável pela concessão dos benefícios eventuais.

Art. 9º - A partir do 6º mês, a gestante poderá requerer o benefício eventual na modalidade: auxílio-natalidade, sen- do necessário à apresentação dos seguintes documentos: I - Carteira de identidade, CPF e Carteira de Trabalho; II – Comprovante de Renda, conforme folha Resumo do CAD ÚNICO;

III - Comprovante de Residência no Município de São Ro- que do Canaã atualizado (talão de água, luz ou telefone e/ ou outros);

IV - Carteira de pré-natal;

V - Registro de nascimento, declaração da instituição ou médico a que foi atendido a Mãe e a criança no nascimen- to, quando o requerimento do auxílio-natalidade se der até 30 dias após o nascimento da criança.

VI – Estar cadastrada no CAD ÚNICO de Programas So- ciais, e apresentar nº do NIS.

Art. 10 - O alcance dos benefícios eventuais nas modali- dades auxílio-funeral, auxílio-natalidade e auxílio em si- tuação de vulnerabilidade temporária (cesta básica) será distinto, conforme descrito a seguir:

a) Auxílio funeral – despesa com urna mortuária, orna- mentação e/ou translado;

b) Auxílio-natalidade - kit de enxoval para bebê;

c) Auxilio em situação de vulnerabilidade temporária – cesta básica

§1º - Nas despesas com a urna mortuária estão incluídos os serviços de preparo e arrumação do corpo, bem como flores, velas, tamponamento, etc.

§2º - As despesas com o auxílio-funeral, auxílio natalida- de e/ou auxílio em situação de vulnerabilidade temporária (cesta básica) obedecerão ao processo legal de contrata- ção por meio da Prefeitura Municipal de São Roque do Ca- naã.

Art. 11 - O requerimento do benefício eventual auxílio fu- neral deve ser solicitado na Secretaria Municipal de Assis- tência Social, no mínimo de 30 (trinta), dias e o máximo de 45 dias após o falecimento.

§1º - Para obtenção do benefício eventual, na modalidade auxílio funeral, e/ ou auxílio em situação de vulnerabilida- de temporária (cesta básica) o cadastramento será feito na Unidade do CRAS-Centro de Referência de Assistência Social ou NO Centro de Referência Especializada de As- sistência Social – CREAS, com o profissional do Serviço Social, regularmente inscrito no conselho de classe. Art. 12 - O requerimento e a concessão do auxílio fune- ral, fornecimento de urna mortuária e translado para as

pessoas residentes no Município que venham a falecer deverão ser prestados com plantão 24 horas diretamente pelo órgão gestor da Assistência Social ou indiretamen- te por um responsável definido pelo gestor da Assistência Social.

Art.13 - O auxílio em situação de vulnerabilidade tempo- rária visa suprir situações de riscos, perdas e danos ime- diatos que impeçam o desenvolvimento e a promoção sociofamiliares. Tendo como objetivo o atendimento as necessidades básicas e emergenciais dos usuários.

§1º - São critérios para requerimento do auxílio em situ- ação de vulnerabilidade temporária (cesta básica); Renda per capita seja inferior ou igual a ¼ (um quarto) do salário mínimo; Inscrição no CAD ÚNICO com folha Resumo do Cad Único a qual cita à renda; Constatação de vulnerabi- lidade social que inviabilize a alimentação da família indi- cado pelo-a Assistente Social que realizou o atendimento em parecer social que deverá ser arquivado junto ao pron- tuário da família; comprovante de residência no município (água, luz ou telefone).

§2º - A família beneficiária poderá usufruir do auxílio em situação de vulnerabilidade temporária (cesta básica) pelo prazo de 03 meses podendo ser prorrogado conforme pa- recer social do Assistente social.

Art.14 - O aluguel social destina-se a custear despesas de aluguel para famílias e/ou indivíduos em situação de vul- nerabilidade social temporária e calamidade pública com renda mensal perca pita igual ou inferior a ¼ salário míni- mo, cujas residências próprias apresentam-se em situação de risco e oficialmente interditadas pela Defesa Civil, sen- do realizada avaliação socioeconômica por um técnico do Serviço Social, pertencente o quadro servidor municipal. § 1º - Para o recebimento do aluguel social será indicada uma única pessoa física da família não sendo devido o be- nefício a outros integrantes da mesma família mesmo em caso separação conjugal, emancipação de dependentes ou outra forma de subdivisão em que seja forma de um novo núcleo familiar.

§ 2º - A família beneficiária poderá usufruir do aluguel social pelo prazo de 06 meses, podendo ser prorrogado nas hipóteses de reassentamento das famílias em área de risco, ficando a prorrogação condicionada à apresentação da documentação elencada no § 3º deste artigo.

§3º - A concessão do aluguel social fica vinculada a apre- sentação da seguinte documentação:

I – Documento de Interdição do Imóvel emitido pela defe- sa Civil Municipal;

II- Laudo técnico elaborado por profissional devidamente qualificado e registrado no CREA-ES, contendo no mínimo os dados de localização e características gerais do imóvel, a extensão do risco, bem como a identificação clara do nome, número de registro profissional do responsável téc- nico pela emissão do laudo;

III – Comprovante de residência;

IV – Comprovante de renda de todos os membros fami- liares;

V – Documentos pessoais (CPF e RG);

VI – Documentação do imóvel residencial a ser alugado; VII – Parecer elaborado por Assistente Social, que compõe as equipes de referência dos equipamentos sociais – Cen- tro de Referência da Assistência Social - CRAS e Centro de Referência Especializado da Assistência Social - CREAS – e/ou Assistente Social de referência, vinculado ao órgão gestor de Assistência Social, responsável pela concessão dos benefícios eventuais, devendo tal parecer conter os dados de identificação civil de todos os indivíduos residen- tes no imóvel.

§4º - O aluguel social será instituído mediante contrato estabelecido entre o Município, o beneficiário e o proprie- tário do imóvel.

a) O pagamento das obrigações mensais deverá ser feito diretamente ao proprietário do imóvel, enquanto durar o contrato, através de instrumento específico definido pelo Poder Executivo.

§5º O contrato de aluguel social será encerrado: I - por solicitação do beneficiário, a qualquer tempo; II - por liberação da residência original do beneficiário, após comprovação dos órgãos de defesa civil da extinção das condições de risco ou calamidade;

III - por solicitação do proprietário, desde que com ante- cedência mínima de quarenta e cinco dias;

IV - por extinção dos prazos estabelecidos nesta resolução. §6º No caso de solicitação de encerramento do contrato pelo proprietário do imóvel, o Poder Executivo deverá pro- videnciar um novo imóvel no prazo trinta dias.

§ 7º - O valor conferido ao aluguel social será de até 70 % do salário mínimo nacional.

Art. 15 - O requerimento do benefício de aluguel social deve ser solicitado na Secretaria Municipal de Assistência Social, devendo vir acompanhado dos seguintes documen- tos:

I – Documento de Interdição do Imóvel emitido pela defe- sa Civil Municipal;

II – Comprovante de residência;

III – Comprovante de renda de todos os membros fami- liares;

IV – Documentos pessoais (CPF e RG);

V – Documentação do imóvel residencial a ser alugado; Art. 16 - Todos os atendimentos de benefícios às famílias e aos cidadãos deverão ser acompanhados obrigatoriamente por um parecer social emitido pelo profissional do serviço social, pertencente ao quadro de servidores do Município. Art. 17 - A secretaria Municipal de Assistência Social de- verá sempre que se fizer necessário realizar divulgações e orientações a todo e qualquer cidadão afirmando que não são provisões da política de assistência social os seguintes

itens: órteses e próteses, tais como aparelhos ortopédi- cos, dentaduras, dentre outros, cadeiras de roda, muletas, óculos, integrantes do conjunto de recursos de tecnologia assistiva ou ajudas técnicas, medicamentos, pagamento de exames médicos, apoio financeiro para tratamento de saúde fora do município, transporte de doentes, passa- gens para tratamento de saúde, leites e dietas de prescri- ção especial e fraldas descartáveis para pessoas que têm necessidades de uso contínuo.

Art. 18 - Esta resolução entra em vigor na data de sua pu- blicação, revogadas as disposições em contrário.

São Roque do Canaã - ES, 30 de Outubro de 2017. WALQUIRIA LUCHI

Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social

Câmara Municipal