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Art. 49. É vedada a celebração de qualquer modalidade de parceria prevista neste Decreto à organização da socieda- de civil que se enquadre no previsto no artigo 39, da Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014, bem como: I – à organização da sociedade civil que tiver dentre seus dirigentes servidor ou empregado da Administração Públi- ca Municipal, direta ou indireta, bem como ocupantes de cargo em comissão;

II – à organização da sociedade civil que estiver inscrita no cadastro de dívida ativa municipal, exceto nos casos em que não houver transferência de recursos financeiros. Parágrafo Único. Para fins do artigo 39, III, da Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014, considera-se dirigente de órgão ou entidade da Administração Pública o titular da unidade orçamentária, o Prefeito, o Vice-prefeito, o Secre- tário, o Subsecretário, o Chefe de Gabinete, o dirigente de ente da Administração Indireta e aqueles que detêm competência para a celebração de parcerias.

TÍTULO V

DA EXECUÇÃO DAS PARCERIAS CAPÍTULO I

DA MOVIMENTAÇÃO E APLICAÇÃO FINANCEIRA DOS RE- CURSOS

Art. 50. Os recursos serão recebidos e movimentados de acordo com o contido na Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014, e nas normas complementares expedidas pela Secretaria Municipal de Finanças.

§1º. Toda a movimentação de recursos no âmbito da par- ceria será realizada mediante transferência eletrônica su- jeita à identificação do beneficiário final e à obrigatorieda- de de depósito em sua conta bancária.

§2º. Demonstrada a impossibilidade física de pagamento mediante transferência eletrônica, o termo de colaboração ou de fomento poderá admitir a realização de pagamentos em espécie.

Art. 51. Os custos para a execução da parceria não se con- fundem com despesas exclusivas e diretamente atribuídas ao seu objeto.

Art. 52. O atraso na disponibilidade dos recursos da par- ceria autoriza o reembolso das despesas despendidas e devidamente comprovadas pela entidade, no cumprimento das obrigações assumidas por meio do plano de trabalho. Art. 53. As contratações de bens e serviços pelas orga- nizações da sociedade civil, feitas com o uso de recursos transferidos pela Administração Pública Municipal, deverão observar os princípios da legalidade, da moralidade, da bo- a-fé, da probidade, da impessoalidade, da economicidade, da eficiência, da isonomia, da publicidade, da razoabili- dade e do julgamento objetivo e a busca permanente de qualidade e durabilidade, de acordo com os procedimen- tos mínimos estabelecidos pela Administração Municipal, o regulamento de compras e contratações aprovado para a consecução do objeto da parceria, de forma a resguardar a adequada utilização dos recursos da parceria.

Parágrafo Único - Quando houver indícios de inadequação dos valores pagos pela organização da sociedade civil com recursos da parceria, poderá o gestor público questioná- -los, desde que justificadamente.

CAPÍTULO II

DA ATUAÇÃO EM REDE

Art. 54. É permitida a atuação em rede, para a execução de iniciativas agregadoras de pequenos projetos, por duas ou mais organizações da sociedade civil, mantida a inte- gral responsabilidade da organização celebrante do ter- mo de fomento ou de colaboração, desde que atendidas as exigências contidas no artigo 35-A, da Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014.

§1º. Serão considerados pequenos projetos as iniciativas das organizações da sociedade civil executantes e não ce- lebrantes do termo de fomento ou de colaboração.

§2º. Cada pequeno projeto não poderá ultrapassar o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) dentro do período de vigência do termo de fomento ou colaboração.

§3º. A organização da sociedade civil executante e não celebrante do termo de fomento ou de colaboração tam- bém deve comprovar a regularidade jurídica e fiscal, nos termos do artigo, 45, deste Decreto.

§4º. As vedações constantes do artigo 39, da Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014, se aplicam também às organizações da sociedade civil e executantes da parceria em rede.

CAPÍTULO III

DO MONITORAMENTO E DA AVALIAÇÃO

Art. 55. Compete à Pasta ou ao ente da Administração In- direta, realizar procedimentos de fiscalização das parcerias celebradas, inclusive por meio de visitas in loco, para fins de monitoramento e avaliação do cumprimento do objeto, na forma deste Decreto e do Plano de Trabalho aprovado. §1º. Os procedimentos de fiscalização serão regulamenta- dos pela Controladoria-Geral do Município para a Adminis- tração Direta, ou pelo ente da Administração Indireta, me- diante elaboração e publicação de Instruções Normativas. §2º. Poderá ser dispensada a visita in loco, mediante jus- tificativa quando a mesma for incompatível com o objeto da parceria.

Art. 56. A Comissão de Avaliação e Monitoramento é ins- tância administrativa de apoio e acompanhamento da exe- cução das parcerias celebradas por órgãos e entidades da Administração Pública Municipal, cujas atribuições serão voltadas para o aprimoramento dos procedimentos, uni- ficação dos entendimentos, solução de controvérsias, pa- dronização de objetos, custos e indicadores, fomento do controle de resultados e avaliação dos relatórios técnicos de monitoramento.

§1º. A comissão deverá ser composta por, pelo menos, um terço de seus membros servidores ocupantes de cargos permanentes do quadro de pessoal efetivo do órgão ou entidade pública, devendo ser assegurada a participação de profissionais das áreas administrativas e finalísticas re- lacionadas ao objeto da parceria, devendo ser remunerada na forma de lei específica.

§2º. Aplicam-se à Comissão de Avaliação e Monitoramento os mesmos impedimentos constantes no artigo 34, deste Decreto.

Art. 57. A Administração Pública emitirá relatório técnico de avaliação e monitoramento da parceria, na periodicida- de estabelecida pelo artigo 64, deste Decreto, e o subme- terá à Comissão de Avaliação e Monitoramento designada, que homologará, independentemente da obrigatoriedade da apresentação da prestação de contas devida pela orga- nização da sociedade civil.

Parágrafo Único. O relatório técnico de avaliação e moni- toramento da parceria, sem prejuízo de outros elementos, deverá conter os requisitos previstos no artigo 59, §1º, da Lei Federal 13.019, de 31 de julho de 2014.

Art. 58. O gestor da parceria, que deverá ser remunerado, nos termos da lei específica,, cujas atribuições são aquelas previstas no artigo 61, da Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014, deverá ter conhecimento técnico adequado e será designado pela autoridade competente no mesmo ato que autorizar a celebração da parceria, ou mediante Portaria.

§1º. Na hipótese de o gestor da parceria deixar de ser agente público ou ser lotado em outro órgão ou entidade, o administrador público deverá designar novo gestor, as- sumindo, enquanto isso não ocorrer, todas as obrigações do gestor, com as respectivas responsabilidades.

§2º. Aplicam-se ao gestor da parceria os mesmos impedi- mentos constantes no artigo 34, deste Decreto.

TÍTULO VI

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 59. A prestação de contas deverá ser realizada obser- vando-se as regras previstas na Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014, neste Decreto, além dos prazos e normas constantes no instrumento de parceria e no Plano de Trabalho.

§1º. O órgão ou ente da Administração Indireta, com apoio da Controladoria-Geral do Município, fornecerá manuais específicos às organizações da sociedade civil por ocasião da celebração das parcerias.

§2º. Eventuais alterações no conteúdo dos manuais, refe- ridos no §1º, deste artigo, devem ser previamente infor- madas à organização da sociedade civil e publicadas no portal de internet do Município ou do ente da Administra- ção Indireta, em seção específica.

Art. 60. A prestação de contas apresentada pela organiza- ção da sociedade civil deverá conter elementos que permi- tam ao gestor da parceria avaliar o andamento ou concluir que o seu objeto foi executado conforme pactuado, com a descrição pormenorizada das atividades realizadas e a comprovação do alcance das metas e dos resultados espe- rados, até o período de que trata a prestação de contas.

§1º. Os dados financeiros serão analisados com o intuito de estabelecer o nexo de causalidade entre a receita e a despesa realizada, a sua conformidade e o cumprimen- to das normas pertinentes, bem como a conciliação das despesas com a movimentação bancaria demonstrada no extrato.

§2º. Serão glosados nas prestações de contas os valores que forem aplicados em finalidades diversas das previstas no instrumento, bem como os que não atenderem ao dis- posto no caput, deste artigo, e ao previsto na Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014.

§3º. A análise da prestação de contas deverá considerar a verdade real e os resultados alcançados.

Art. 61. A prestação de contas e todos os atos que dela de- corram dar-se-á, sempre que possível, em plataforma ele- trônica, permitida a visualização por qualquer interessado. Art. 62. As organizações da sociedade civil deverão apre- sentar os seguintes documentos para fins de prestação de contas parciais e final:

I – relatório de execução do objeto, elaborado pela or- ganização da sociedade civil, contendo as atividades ou projetos desenvolvidos para o cumprimento do objeto e o comparativo de metas propostas com os resultados al- cançados;

II – relatório de execução financeira do termo de colabora- ção ou do termo de fomento, com a descrição das despesas e receitas efetivamente realizadas e sua vinculação com a execução do objeto, na hipótese de descumprimento de metas e resultados estabelecidos no plano de trabalho; III – notas e comprovantes fiscais, incluindo recibos emiti- dos em nome da organização da sociedade civil;

IV – extrato bancário da conta específica vinculada à exe- cução da parceria;

V – comprovante do recolhimento do saldo da conta ban- cária específica, quando houver;

VI – material comprobatório do cumprimento do objeto em fotos, vídeos ou outros suportes, quando couber;

VII – relação de bens adquiridos, produzidos ou construí- dos, quando for o caso;

VIII – lista de presença de treinados ou capacitados, quan- do for o caso.

Art. 63. O gestor da parceria, com o apoio dos setores téc- nicos competentes e com base nos relatórios produzidos no período, emitirá um parecer técnico para cada presta- ção de contas parcial apresentada e ao menos um relatório técnico de monitoramento e avaliação a cada doze meses, conforme dispuser o instrumento de parceria, asseguran- do-se a realização de ao menos um relatório técnico de monitoramento e avaliação no decorrer da parceria. §1º. No caso de prestação de contas única, o gestor emi- tirá parecer técnico conclusivo para fins de avaliação do cumprimento do objeto.

§2º. Se a duração da parceria exceder um ano, a organiza- ção da sociedade civil deverá apresentar prestação de con- tas ao fim de cada exercício, para fins de monitoramento do cumprimento das metas do objeto.

§3º. A análise da prestação de contas de que trata o §2º, deste artigo, deverá ser feita no prazo definido no plano de trabalho aprovado, sem comprometer a liberação da parcela de recursos subsequente.

§4º. O relatório técnico de monitoramento e avaliação obe- decerá ao disposto no artigo 59, da Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014, e será homologado pela comissão de monitoramento e avaliação no prazo de até trinta dias. Art. 64. A análise da prestação de contas final constitui-se das seguintes etapas:

I – análise da execução do objeto, referente à verificação do cumprimento do objeto e do atingimento dos resultados pactuados no plano de trabalho aprovado pela Administra- ção Pública municipal, devendo o eventual cumprimento parcial ser devidamente justificado;

II – análise financeira, referente à verificação da concilia- ção bancária, por meio da aferição da correlação entre as despesas apresentadas e a execução do objeto da parce- ria, bem como entre as despesas e os débitos efetuados na conta corrente que recebeu recursos par a execução da parceria, estabelecendo-se o nexo de causalidade entre a receita e a despesa realizada.

Parágrafo Único. A análise prevista no caput, deste dispo- sitivo, levará em conta os documentos exigidos no artigo 63 e os pareceres e relatórios de que tratam o artigo 63, ambos deste Decreto.

Art. 65. Não é cabível a exigência de emissão de Nota Fis- cal de Prestação de Serviços tendo a municipalidade como tomadora das parcerias celebradas com organizações da sociedade civil.

Art. 66. A organização da sociedade civil está obrigada a prestar as contas finais da boa e regular aplicação dos re- cursos recebidos no prazo de até noventa dias a partir do término da vigência da parceria ou no final de cada exer- cício, se a duração da parceria exceder um ano, conforme estabelecido no respectivo instrumento.

§1º. O prazo para a prestação final de contas será es- tabelecido de acordo com a complexidade do objeto da parceria.

§2º. O prazo referido no caput, deste artigo, poderá ser prorrogado por até trinta dias, a critério do titular do órgão ou ente da Administração parceiro, ou daquele a quem ti- ver sido delegada a competência, desde que devidamente justificado.

§3º. O disposto no caput, deste artigo, não impede que a administração pública promova a instauração de tomada

de contas especial antes do término da parceria, ante evi- dências de irregularidades na execução do objeto.

Art. 67. Na hipótese de devolução de recursos, a guia de recolhimento deverá ser apresentada juntamente com a prestação de contas.

Art. 68. A manifestação conclusiva sobre a prestação de contas pela Administração Pública observará os prazos previstos na Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014, no plano de trabalho aprovado e no termo de cola- boração ou de fomento, devendo dispor sobre:

I – aprovação da prestação de contas;

II – aprovação da prestação de contas com ressalvas; ou III – rejeição da prestação de contas.

§1º. A hipótese do inciso II, do caput, deste artigo, pode- rá ocorrer quando a organização da sociedade civil tenha incorrido em impropriedades ou faltas de natureza formal no cumprimento da legislação vigente que não resultem em dano ao erário, desde que verificado o atingimento do objeto e dos resultados.

§2º. A hipótese do inciso III, do caput, deste artigo, po- derá ocorrer quando comprovado dano ao erário, carac- terizado pelo descumprimento injustificado do objeto do termo, em quaisquer das seguintes hipóteses:

I - omissão no dever de prestar contas;

II - prática de atos ilícitos na gestão da parceria;

III - desvio de finalidade na aplicação dos recursos públi- cos para o cumprimento do objeto da parceria;

IV – quando não for executado o objeto da parceria; V – quando os recursos forem aplicados em finalidades diversas das previstas na parceria.

§3º. No caso de rejeição da prestação de contas, após transcorridos quarenta e cinco dias da notificação da or- ganização da sociedade civil e do responsável indicado no termo da manifestação conclusiva final, deverá ser instau- rada tomada de contas especial, podendo ser aplicadas as seguintes sanções, previstas no artigo 73, da Lei Federal nº. 13.019, de 31 de julho de 2014:

I – advertência, na hipótese de apresentação da prestação de contas injustificadamente fora do prazo estabelecido no termo;

II – suspensão temporária por, no máximo, dois anos, na hipótese em que não ficar configurada fraude;

III - declaração de inidoneidade para participar de chama- mento público ou celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto per- durarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade civil ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o pra- zo da sanção aplicada com base no inciso II.

§4º. Deverão ser registradas na plataforma eletrônica as causas de ressalvas ou de rejeição da prestação de con- tas das organizações da sociedade civil para conhecimento público, não devendo a aprovação com ressalvas ser mo- tivo de redução na pontuação dos chamamentos públicos que as organizações da sociedade civil participarem. Art. 69. As organizações da sociedade civil suspensas ou declaradas inidôneas em razão da rejeição da prestação de contas de parceria da qual é celebrante serão inscritas no Cadastro Municipal de Entidades Impedidas - CMEIMP, mantendo-se a inscrição enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação, por prazo não superior a dois anos.

Parágrafo Único. Cabe ao dirigente máximo do órgão ou da entidade da Administração Pública declarar as organiza- ções como impedidas para celebração de novas parcerias com a Administração Pública, enviando os dados para a Controladoria-Geral do Município, que manterá o cadastro, exibido no Portal da Transparência do Poder Executivo. Art. 70. A manifestação conclusiva da prestação de contas será encaminhada para ciência da organização da socieda- de civil e do responsável indicado pela entidade.

§1º. Da decisão de que trata o caput, deste artigo, caberá pedido de reconsideração pela organização da sociedade civil, no prazo de dez dias a contar da ciência, à autoridade que a proferiu, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, a encaminhará ao dirigente máximo do órgão ou entidade pública, para decisão final.

§2º. A interposição do pedido de reconsideração de que trata o §1º, deste artigo, suspende os efeitos da decisão prevista no caput até a decisão final.

§3º. O prazo para a decisão final de que trata o §1º, deste artigo, será de trinta dias, prorrogável, mediante justifica- tiva, por igual período.

Art. 71. Quando a prestação de contas for rejeitada, a or- ganização da sociedade civil, além do pedido de reconsi- deração de que trata o artigo 70, deste Decreto, poderá: I – solicitar o parcelamento do débito, na forma da legisla- ção municipal pertinente;

II – apresentar as contas, se a rejeição tiver se dado por omissão justificada do dever de prestar contas.

§1º. A autorização da Administração Pública e o início do adimplemento do débito reverte o impedimento e a decla- ração de inidoneidade da organização da sociedade civil, devendo a autoridade competente dar baixa nos registros, liberando-a para celebração de novas parcerias e contratos com a Administração Pública de todas as esferas de governo. §2º. Em caso de rescisão do parcelamento, restaura-se o registro de impedimento e de inidoneidade da organização,

sem prejuízo das demais medidas aplicáveis para a recu- peração do débito restante.

§3º. A restauração das inabilitações de que trata o §2º, deste artigo, somente é possível dentro do período de dois anos, respeitado o período eventualmente já cumprido em momento anterior ao parcelamento.

§4º. Caso seja apresentada a prestação de contas ou in- formado o recolhimento integral do débito apurado como prejuízo ao erário após a rejeição das contas e antes do encaminhamento da tomada de contas especial ao Tribu- nal de Contas, o órgão ou entidade pública deverá retirar a inscrição no Cadastro Municipal de Entidades Impedidas e suspender a eventual sanção aplicada, devendo, ainda, após a análise das contas:

I – quando aprovada ou comprovado o recolhimento inte- gral do débito:

a) dar conhecimento do fato ao Tribunal de Contas, por meio de demonstrativo, quando da tomada ou prestação de contas anual do órgão ou entidade pública;

b) cancelar a sanção aplicada à organização da sociedade civil.

II – quando rejeitada ou não comprovado o recolhimento integral do débito:

a) prosseguir com a tomada de contas especial, a qual deverá ser encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado, sob esse novo fundamento;

b) reinscrever o impedimento da organização da sociedade civil no Cadastro Municipal de Entidades Impedidas; c) retomar a sanção aplicada à organização da sociedade civil;

d) encaminhar a documentação ao setor responsável pela apuração de eventuais irregularidades;

e) comunicar o fato à Secretaria Municipal de Finanças para as devidas providências.

Art. 72. Constatada irregularidade ou omissão na presta- ção de contas, a organização da sociedade civil será noti- ficada para sanar a irregularidade ou cumprir a obrigação. §1º. A notificação deverá ser dirigida também ao dirigente da entidade indicado como responsável solidário no instru- mento celebrado, sendo-lhe garantido o direito ao contra- ditório e ampla defesa.

§2º. Transcorrido o prazo para saneamento da irregu- laridade ou da omissão, não havendo o saneamento, a autoridade administrativa competente, sob pena de res- ponsabilidade solidária, deve adotar as providências para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis, quan- tificação do dano e obtenção do ressarcimento, nos termos da legislação vigente.

§3º. Os valores apurados serão acrescidos de correção monetária e juros, na forma da legislação.

§4º. O débito decorrente da ausência ou rejeição da pres- tação de contas, será inscrito na divida ativa municipal, por meio de despacho da autoridade competente.

§5º. Sendo apurado pela Administração irregularidades financeiras, o valor respectivo deverá ser restituído ao Tesouro Municipal ou ao Fundo Municipal competente, no