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Restabelecimentos e Caminhos Paralelos

Nº PK VIA BITOLA 1688 mm

3.2.5 Restabelecimentos e Caminhos Paralelos

3.2.5.1 Restabelecimentos

3.2.5.1.1 Passagens Superiores

Os restabelecimentos rodoviários previstos, resultam da necessidade de repor a circulação na rede viária existente com a introdução da nova infraestrutura ferroviária. Assim, estão previstos 34 restabelecimentos que repõem a circulação local, interrompida pelo traçado da via através de passagens superiores.

Na definição dos restabelecimentos procurou-se garantir os gabaritos necessários e localizados o mais próximo possível ao local atual de cruzamento de forma a não piorar as condições de traçado atuais. Quanto aos desvios provisórios tentou-se que os mesmos tivessem a menor interferência possível com a atual circulação de pessoas, bens e serviços. As características geométricas dos restabelecimentos variam em função do tipo e importância atual e futura das vias a restabelecer.

Os restabelecimentos identificados podem-se classificar em dois grandes grupos:

Vias pertencentes à rede principal, secundária e local. Em todas as intersecções com este tipo de vias procurou-se que a execução da obra de arte e do restabelecimento minimizassem os desvios provisórios garantindo-se às restrições associadas ao traçado destas rodovias.

Rede de caminhos. A reposição das intersecções com caminhos foi feita também naqueles que

se consideraram prioritários. Em termos de traçado em planta e em perfil as características das vias foram na maioria dos casos melhoradas, garantindo assim geralmente uma melhoria substancial das condições de circulação nos troços interferidos.

Os restabelecimentos foram elaborados com base em reconhecimentos locais, nas condições de circulação, na importância relativa das vias e na sua classificação na rede de Estradas Nacional. No quadro seguinte apresentam-se as características dos restabelecimentos para cada tipo de via.

Quadro 3.16– Descrição das características dos restabelecimentos por tipo de via

Tipo Designação Velocidade base PTT Descrição

I Estradas Nacionais

Importantes e IP/IC 80 7/12

A plataforma terá uma largura total de 12,00m, sendo constituída por:  Uma faixa de rodagem com 7,00 m com uma via por sentido

com 3,50 m de largura cada

 Duas bermas direitas com 2,50 m de largura cada totalmente pavimentadas II Estradas Nacionais e Municipais mais importantes 70 7/10

A plataforma terá uma largura total de 10,00m, sendo constituída por:  Uma faixa de rodagem com 7,00 m com uma via por sentido

com 3,50 m de largura cada

 Duas bermas direitas com 1,50 m de largura cada totalmente pavimentadas

III Estradas Municipais 60 6/8

A plataforma terá uma largura total de 8,00m, sendo constituída por:  Uma faixa de rodagem com 6,00 m com uma via por sentido

com 3,00 m de largura cada

 Duas bermas direitas com 1,00 m de largura cada totalmente pavimentadas IV Caminhos Municipais e Rurais mais importantes 50 5,5/6,5

A plataforma terá uma largura total de 6,50m, sendo constituída por:  Uma faixa de rodagem com 5,50 m com uma via por sentido

com 2,75 m de largura cada

 Duas bermas direitas com 0,50 m de largura cada totalmente pavimentadas

5 Caminhos rurais 40 4/5

A plataforma terá uma largura total de 5,00m, sendo constituída por:  Uma faixa de rodagem com 4,00 m com uma via por sentido

com 2,00 m de largura cada

 Duas bermas direitas com 0,50 m de largura cada totalmente pavimentadas

No quadro seguinte apresentam-se as principais vias rodoviárias intersetadas pelo empreendimento e que apresentam necessidade de serem restabelecidas transversalmente através de passagem superior.

Quadro 3.17 – Restabelecimentos em passagem superior - principais vias rodoviárias intersetadas

Designação Tipo Via Extensão

(m) Obra de Arte PK reposição

Perfil Transversal (m) Viés (grados) Observações Rest 126-1 CR 383,01 PS 126-1 126+256 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Rest 126-2 IP2 - PS 126-2 126+623 AE 73

Rest 129-1 CR 127,34 PS 129-1 129+268 V 0,5+2,0+2,0+0,5 95 Adaptação a fauna e gado

Rest 133-1 CR 696,66 PS 133-1 133+156 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna

Rest 135-1 EM 254 800,00 PS 135-1 135+184 II 1,5+3,5+3,5+1,5 44

Rest 141-1 CR 171,70 PS 141-1 141+343 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna e gado Rest 142-1 CR 485,51 PS 142-1 142+024 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna e gado Rest 145-1 CR 376,08 PS 145-1 145+556 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna e gado Rest 146-1 CR 369,98 PS 146-1 146+805 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna e gado

Rest 149-1 EM 524 606,91 PS 149-1 149+070 III 1,0+3,0+3,0+1,0 100

Rest 149-2 CR 390,84 PS 149-2 149+703 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna

Rest 150-1 CR 335,97 PS 150-1 150+905 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna

Rest 152-1 CR 498,16 PS 152-1 152+378 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna

Rest 153-1 ER 381 916,81 PS 153-1 153+038 II 1,5+3,5+3,5+1,5 85

Rest 155-1 CR 328,07 PS 155-1 155+238 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a gado

Rest 158-1 CR 376,46 PS 158-1 158+378 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

Rest 160-1 CR 193,51 PS 160-1 160+766 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna e gado Rest 161-1 CR 442,97 PS 161-1 161+593 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna e gado

Rest 166-1 EM 255 854,77 PS 166-1 166+789 II 1,5+3,5+3,5+1,5 100

Rest 167-1 CR 394,70 PS 167-1 167+904 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna e gado

Rest 170-1 ER 373 281,47 PS 170-1 170+065 II 1,5+3,5+3,5+1,5 39

Rest 171-1 CR 229,14 PS 171-1 171+870 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

Rest 173-1 CR 337,56 PS 173-1 173+059 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

Rest 175-1 CR 189,48 PS 175-1 175+014 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a fauna

Rest 175-2 CR 211,51 PS 175-2 175+808 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

Rest 179-2 CM 1047 355,82 PS 179-2 179+408 IV 0,5+2,75+2,75+0,5 100

Rest 180-1 CR 195,61 PS 180-1 180+730 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100 Adaptação a gado

Rest 187-2 CR 551,39 PS 187-2 187+877 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

Rest 188-1 ER 373 960,37 PS 188-1 188+807 II 1,5+3,5+3,5+1,5 34

Rest 193-1 CR 230,46 PS 193-1 193+257 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

Rest 195-1 CM 1127 284,32 PS 195-1 195+900 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

Rest 197-1 CM 1128 350,00 PS 197-1 197+786 V 0,5+2,0+2,0+0,5 74 Adaptação a peões

Rest 199-1 CR 357,66 PS 199-1 199+800 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

Rest CE 0-1 CR 360,46 PS CE 0-1 0+840 V 0,5+2,0+2,0+0,5 100

3.2.5.1.2 Passagens Inferiores

Foi restabelecida toda a rede de caminhos existentes afetada pela nova via-férrea, inserida numa vasta área de ocupação predominantemente agrícola, de forma a minimizar os impactes socioeconómicos resultantes do efeito barreira da infraestrutura e da alteração da rede viária. As características geométricas do traçado dos restabelecimentos variam em função do tipo e importância

dos mesmos na rede viária, bem como da topografia do terreno em que irá ser efetuada a respetiva implantação.

Os caminhos restabelecidos através de obras de arte do tipo Passagens Inferiores são maioritariamente caminhos rurais, no entanto todas as vias foram repostas por meio de novas plataformas, que no mínimo mantêm as características dos perfis transversais existentes.

No quadro seguinte apresenta-se o resumo das características limite de traçado dos restabelecimentos.

Quadro 3.18 – Características limite de traçado dos Restabelecimentos

Velocidade Base Planta Perfil longitudinal

(km/h) Raio mín. (m) Clotóides i máx (%) R min Conv. (m)

I Estradas Nacionais 90 320 Sim 5 7500 4500

II Est. Nacionais e Municipais

mais Importantes 70 180 Sim 5 3000 2500

III Est. Municipais 60 130 Não 7 2000 1600

IV Caminhos Municipais e Rurais

Mais Importantes 50 85 Não 7 1500 1200

V Caminhos Rurais - 25 Não 8 300 300

Tipo Designação R min Conc. (m)

Relativamente às obras de arte inferiores, estão contempladas 23 obras, 6 passagens inferiores (PI) e 17 passagens agrícolas (PA), numa extensão total de cerca de 8400 m. No quadro seguinte apresentam-se os restabelecimentos previstos e as suas caraterísticas principais.

Quadro 3.19 – Restabelecimentos das Passagens Inferiores

Rest 130-1 0+033.076 250.966 P.A. 130-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 130+500.000 261.503 68.030 100.0000

Rest 136-1 0+024.351 236.914 P.A. 136-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 136+825.000 243.993 54.369 100.0000

Rest 137-1 0+233.011 233.841 P.I. 137-1 C.M. IV 0,5+5,5+0,5 14.2 137+000.000 241.805 436.148 100.0000

Rest 137-2 0+154.485 228.534 P.I. 137-2 C.M. 1173 IV 0,5+5,5+0,5 14.2 137+452.748 236.146 359.944 100.0000

Rest 143-1 0+030.135 237.270 P.A. 143-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 143+212.056 244.948 68.017 100.0000

REST 157-1 0+115.183 267.163 P.I. 157-1 E.N. 254 II 1,5+7,0+1,5 14.2 157+182.695 279.843 235.445 49.9397

REST 162-1 0+031.027 244.830 P.A. 162-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 162+831.236 252.406 67.597 100.0000

REST 163-1 0+427.089 255.145 - E.N. 373 II 1,5+7,0+1,5 14.2 163+955.116 265.002 981.492 - REST 168-1 0+247.372 285.642 P.I. 168-1 C.M. 1109 IV 0,5+5,5+0,5 14.2 168+610.363 293.615 515.405 100.0000 REST 170-2 0+109.863 267.557 - C.M. 1145 IV 0,5+5,5+0,5 14.2 170+564.880 276.578 209.740 - REST 174-1 0+335.333 225.632 P.A. 174-1 C.R. V 0,5+4,0+0,5 14.2 174+323.875 233.613 291.614 100.0000 REST 179-1 - - - C.P. VI 0,5+2.5+0,5 - - - 141.296 - REST 183-1 0+054.418 178.918 P.A. 183-1 C.R. V 0,5+4,0+0,5 14.2 183+206.774 188.911 265.250 100.0000 REST 184-1 0+031.118 206.326 P.A. 184-1 C.R. V 0,5+4,0+0,5 14.2 184+861.052 213.726 100.000 100.0000 REST 187-1 0+076.940 222.471 P.A. 187-1 C.R. V 0,5+4,0+0,5 14.2 187+116.000 230.833 164.352 96.5123

REST 188-2 0+117.482 227.070 P.A. 188-2 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 188+964.524 234.658 353.051 100.0000

REST 190-1 0+180.649 222.589 P.A. 190-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 30.1 190+167.867 232.251 345.227 100.0000

REST 192-1 0+212.331 236.604 P.A. 192-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 192+662.739 244.983 350.750 100.0000

REST 194-1 - - - C.A. V 0,5+4,0+0,5 - - - 376.513 -

REST 194-2 0+157.247 218.781 P.I. 194-2 EM511 III 1,0+6,0+1,0 14.2 194+462.813 227.352 516.284 100.0000

REST 201-1 0+047.044 206.771 P.A. 201-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 9.2 201+881.513 218.735 124.475 100.0000

REST 202-1 0+166.769 212.141 P.A. 202-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 10.7 202+975.000 223.361 336.330 100.0000

REST LC 0-1 0+029.298 202.114 P.A. LC0-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 0+787.797 211.505 68.370 100.0000

REST LC 1-1 0+028.071 197.471 P.A. LC1-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 1+275.000 207.791 63.983 100.0000

REST LC 1-2 0+084.577 188.273 P.A. LC1-2 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 1+875.000 200.900 189.079 100.0000

REST LC 2-1 0+311.337 191.472 - A.E III-A 0.5+6.0+0.5 14.2 2+715.997 202.146 666.704 28.9769

Rest LC 2-2 0+356.405 191.061 - CM III-A 0.5+6.0+0.5 14.2 2+819.535 201.848 616.111 29.0341

REST LC 3-1 0+027.403 188.091 P.A. LC3-1 C.A. V 0,5+4,0+0,5 14.2 3+243.776 197.486 58.234 100.0000

REST LC 4-1 0+215.722 178.410 P.I. LC3-1 CM1109 IV 0,5+5.5+0,5 14.2 4+354.084 186.763 381.569 100.0000

Nota: Perfil tipo III-A: 0.5+6.0+0.5

Extensão ( m) Tipo Perfil Transversal

Restabelecimento Perfil Transversal Via Férrea VIÉS (grados) Designação da OA Designação km de intersecção Rest. Classificação da via restabelecida Z de intersecção Rest. km de intersecção Via Férrea Z de intersecção Via Férrea 3.2.5.2 Caminhos Paralelos 3.2.5.2.1 Caminhos Paralelos

Os Caminhos Paralelos foram estudos de forma a garantir que a sua implantação minimizasse as expropriações e evitasse significativas movimentações de terras. Procurou-se ainda que os trabalhos se restringissem às tradicionais desmatações, decapagens, pavimentações (quando necessário) e drenagem.

O perfil transversal tipo dos Caminhos Paralelos apresenta uma faixa de rodagem de 3.00 m de largura. A plataforma terá 4.00 m de largura total incluindo quando necessário, valetas no caso de escavação ou uma transição para o aterro de 0.5 m.

Em situações de aterro superior a 3.00 m, na aproximação a passagens superiores e quando o caminho paralelo se situar a cotas superiores a 3.00 m da plataforma da via-férrea e adjacente a esta, serão colocadas guardas de segurança.

Nas zonas em escavação a berma será substituída por uma valeta triangular. A inclinação transversal da faixa de rodagem e bermas é de 2.50% com pendente para um lado (exterior) no caso dos Caminhos Paralelos com inclinação superior a 10% em que está prevista a pavimentação da faixa de rodagem. Nos Caminhos Paralelos não pavimentados a inclinação da faixa de rodagem é de 4% para o lado exterior.

3.2.5.2.2 Caminhos de Serviço

Para efeitos de inspeção e manutenção da plataforma ferroviária e respetivos taludes e de acesso de emergência à via-férrea, foram materializados no presente projeto Caminhos de Serviço que se desenvolvem, de uma forma quase contínua, do lado direito da via-férrea (lado da duplicação) após o órgão de drenagem, na crista do talude de escavação ou na base do talude de aterro.

Os Caminhos de Serviço encontram-se ligados à rede viária existente e aos restabelecimentos que estão considerados ao longo de toda a extensão do traçado de via-férrea. Estas ligações são efetuadas através de portões, sendo estes caminhos vedados de ambos os lados, sendo portanto, de utilização privada. Os Caminhos de Serviço permitem igualmente aceder aos Postos Auto Transformadores, aos Postos de Zona Neutra, à maioria das Passagens Hidráulicas, à Sinalização ferroviária e ao AMVs previstos ao longo do traçado.

O perfil transversal tipo dos Caminhos de Serviço apresenta uma largura total de 3.00 m. Após o Caminho de Serviço foi considerado mais 1.00 m até à vedação, colocada no limite da faixa do Domínio Público Ferroviário.

3.2.5.2.3 Caminhos de Acesso a Subestações

No âmbito deste projeto e também para efeitos de inspeção e manutenção foi considerado um caminho para acesso a Subestações e a Edifícios Técnicos.

O perfil transversal tipo dos Caminhos de Acesso a Subestações é composto por uma única faixa de rodagem com 2.50 m e duas bermas de 0.50 m, perfazendo uma largura total de 3.50 m. A sua inclinação transversal é de 4 %.

3.2.6 Vedações

As vedações consideradas no presente projeto foram definidas de acordo com o estabelecido nas Instruções Técnicas da REFER, EP, nomeadamente a IT.CCE.004 - Vedações em Plena Via em Zona Urbana e IT.CCE.005 - Vedações de Plena Via em Zona Rural.

A implantação das vedações está prevista, sempre que possível, ao longo dos limites dos terrenos do domínio ferroviário. Na situação em que existe caminhos de serviço procurou-se implantar a vedação entre a via-férrea e o caminho de serviço e no limite deste. Nas situações em que existe apenas caminhos de acessos a propriedades a vedação será colocada no limite da via – férrea.

Na Linha ferroviária, será necessário prever a proteção da vedação contra as descargas atmosféricas. Esta proteção será efetuada através de cabos de alumínio isolados de 50 mm2 (do tipo H1LXV-R1 x 50), solidamente acoplados às mesmas por ligadores próprios para o efeito.

De acordo com as indicações da IP, o caminho de serviço previsto do lado direito da via-férrea (a sul) será sempre vedado de ambos os lados para impedir o acesso de pessoas estranhas ao caminho de serviço e à via-férrea e também impedir o acesso de animais com dimensão que possa afetar a segurança do empreendimento e do seu funcionamento. Do lado esquerdo (a norte) a infraestrutura foi também naturalmente vedada com os mesmos objetivos.

Quando foi necessário prever um caminho paralelo lateral à via-férrea, a vedação foi colocada entre a terraplenagem da via-férrea e o caminho paralelo, para permitir o uso do caminho paralelo pelos utilizadores interferidos com a construção da infraestrutura (públicos ou privados).

3.2.6.1 Vedação de Plena Via em zona Rural

A vedação proposta é constituída na sua generalidade por uma rede de malha retangular 160/9/15 (160 cm de altura, com 9 fiadas horizontais afastadas de 20 cm e verticais afastados de 15 cm), aplicada em postes de madeira convenientemente tratados.

Será colocado arame farpado na segunda fiada da vedação para afastar animais de grande porte e não ferir aves em voo.

3.2.6.2 Vedação de Plena Via em zona Rural com reforço para coelho

Nos locais de sensibilidade muito elevada do Bufo-Real e Águia de Boneli, é necessário proceder a um reforço da vedação rural, para impedir o acesso de coelhos à via-férrea. Assim, foi previsto efetuar um reforço da rede (de ambos os lados), com uma segunda rede sobreposta à rede de plena via em zona rural. Essa rede terá uma malha não superior a 20 mm x 20 mm, e será colocada até uma altura de 0.50 m acima da cota do solo, prevendo-se igualmente medidas para impedir a entrada de animais junto à base da rede, através do enterramento da rede ou da sua dobra em L, convenientemente coberta. As zonas onde por indicação do EIA, foram previstas redes reforçadas para coelho foram as seguintes (ver Anexo 3.6 – Soluções Adaptadas para Fauna do Tomo 17.3):

 do PK 159+500 ao PK 161+200;

 do PK 172+925 ao PK 179+400.

3.2.6.3 Vedação de Plena Via em zona Rural com barreira de encaminhamento para anfíbios

Será necessário prever barreiras de encaminhamento para anfíbios de forma a impedir que os anfíbios passem para o meio dos carris e aí fiquem retidos e sujeitos a morte por dessecação. Para tal, foi prevista a colocação de barreiras opacas, lisas e com o topo voltado para fora para evitar que os animais trepadores consigam passar. Estas barreiras têm cerca de 0.50 m de altura livre e sendo enterradas no solo para evitar a transposição junto ao terreno natural. As zonas onde por indicação do EIA, foram previstas redes com barreira de encaminhamento para anfíbios foram as seguintes (ver Anexo 3.6 – Soluções Adaptadas para Fauna do Tomo 17.3):

 do PK 142+838 (PH 142.5) ao PK 143+766 (PH 143.3);

 do PK 183+827 (Viaduto da Capela) ao PK 185+435 (PH 185-1). 3.2.6.4 Vedação de Plena Via em zona Urbana (tipo II)

A vedação proposta é constituída na sua generalidade por uma rede de malha quadrada metálica com aproximadamente 50 x 50 mm e terá uma altura compreendida entre 1,50 m e 1,60 m. A rede será constituída por arames verticais e horizontais com 2,5 m de diâmetro mínimo, sendo devidamente electro soldados, aplicada sobre postes de aço com uma altura aproximada de 2,00 m fixos ao murete de betão através de um encastramento de 0,50 m de comprimento. Foi previsto este tipo de vedação para vedar os recintos dos Edifícios das Estações Técnicas.

3.2.6.5 Sinalização para avifauna

A vedação exterior (de ambos os lados) será sinalizada para a avifauna, com placas de metal de metal de cor branca e uma dimensão mínima de 0.30 m x 0.15 m, colocadas em duas fileiras distintas e em quincôncio. A densidade das placas a colocar e os locais de colocação encontram-se definidos no presente Estudo de Impacte Ambiental (ver Anexo 3.6 – Soluções Adaptadas para Fauna do Tomo 17.3).

3.2.6.6 Portões

As vedações devem garantir a acessibilidade a partir do exterior às instalações ferroviárias ao longo da via-férrea, incluindo o caminho de serviço e ainda à plataforma ferroviária, através de portões de acesso e emergência, em número, locais e dimensão suficientes, que permitam eficazes ações de socorro e de manutenção da infraestrutura ferroviária.

Prevê-se a colocação de dois tipos de portões na vedação:

 Portão de acesso rodoviário e de emergência para acesso às instalações e à plataforma ferroviária de pessoas e viaturas em trabalhos de manutenção, conservação limpeza e ações de socorro.

Procurou-se localizar estes portões com um afastamento máximo de 2 km e sempre adjacentes a estradas ou caminhos facilmente acessíveis. Sempre que possível foram colocados estes portões para acesso às zonas de AMV’s;

 Portas de homem para acesso pedonal aos pontos singulares da via-férrea, tais como: encontros de viadutos, pontes, passagens superiores e inferiores, passagens hidráulicas, estações técnicas, AMV’s (não acessíveis por portões de acesso rodoviário), etc.

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