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Restri¸c˜ oes fornecidas por Abundˆ ancia

3.3 Limites cosmol´ ogicos aos neutrinos N aL

3.3.4 Restri¸c˜ oes fornecidas por Abundˆ ancia

´

E necess´ario calcular a abundˆancia dos neutrinos est´ereis, e verificar se eles n˜ao fecham o Universo. Hoje em dia, TNL << mNL, e estes neutrinos certamente s˜ao n˜ao-relativ´ısticos.

Nessas condi¸c˜oes, sua densidade de energia ´e dada por:

ρNaL(t0) =

X

a

nNaLmNaL. (3.41)

Considerar-se-´a que:

• Os neutrinos est´ereis aqui estudados constituem uma fra¸c˜ao ξ ∈ [0, 1] do total de mat´eria escura.

• Todos os trˆes neutrinos em quest˜ao possuem a mesma temperatura de desacoplamento, e logo a mesma densidade.

A densidade de energia total na forma de neutrinos est´ereis ´e a soma das densidades de energia de cada tipo deles. Logo:

ΩNLh2 = nNaL P amNaL ρcr = ξ × ΩDMh2, (3.42)

ρcr ´e a densidade de energia cr´ıtica, ΩDM ´e a raz˜ao entre a densidade de energia da DM

e a densidade cr´ıtica, e h ´e o chamado parˆametro de Hubble adimensional. Pelo PDG[20], ΩDMh2 = 0.111 e ρcr = 1.05375 × 10−5GeV /cm3 e nν = 112 cm−3. Como nNL = nν(nNL/nν), chega-se a: X a mNaL(keV) = ξ × 10−2 nNL/nν . (3.43)

Logo, a soma das massas dos neutrinos est´ereis obedece uma rela¸c˜ao simples com a fra¸c˜ao de DM que ´e constitu´ıda por ele e a raz˜ao de densidade de NL com ν. A Cosmologia, a

princ´ıpio, limita apenas a soma das massas. N˜ao especifica quantos neutrinos est˜ao ali, e nem a massa de cada um individualmente.

A equa¸c˜ao (3.43) revela duas grandes possibilidades aos neutrinos NaL: Que sejam can-

3.3. LIMITES COSMOL ´OGICOS AOS NEUTRINOS NAL 48

3.3.4.1 NaL como Warm Dark Matter

Como mencionado, um dos objetivos do modelo 3L3R ´e fornecer um candidato a WDM, que resolva os problemas presentes no paradigma C-CDM (ver apˆendice A). Esta se¸c˜ao analisa se tal possibilidade ´e vi´avel.

A equa¸c˜ao (3.43) depende da fra¸c˜ao de DM constitu´ıda por NaL, e da raz˜ao nNL/nν, dada

pela equa¸c˜ao (3.36). Esta raz˜ao depende indiretamente da temperatura de desacoplamento. Se estes neutrinos forem WDM, poderiam constituir a totalidade (ou grande maioria) da DM. Assim, se ξ = 1 (100% de DM composta de NaL), a rela¸c˜ao entre PaNaL e TNLD ´e

dada na figura 3.5. 1 100 104 106 0.01 0.02 0.05 0.10 TNLD (MeV) Σ mN (keV )

Figura 3.5: Soma das massas de NaLem fun¸c˜ao da temperatura de desacoplamento.

Uma conclus˜ao se torna evidente da figura 3.5: N˜ao ´e poss´ıvel obter neutrinos com massa no alcance MNaL ∈ [1, 10] keV. O m´aximo valor alcan¸c´avel ´e PaMNaL= 0.1 keV, e tal

valor s´o se torna poss´ıvel para temperaturas de desacoplamento elevad´ıssimas6, da ordem de 6A dependˆencia da densidade com gef f

s mostra-se crucial. Uma maneira de permitir MNaL maiores,

como se ver´a, ´e reduzir a densidade. Poder-se-ia, portanto, considerar hip´oteses de que NaLdesacopla antes

3.3. LIMITES COSMOL ´OGICOS AOS NEUTRINOS NAL 49

TNLD ∼ 1 TeV.

Tal valor de massa coloca estes candidatos perigosamente nos extremos permitidos para WDM. ´E importante que se diga que, embora WDM pare¸ca aliviar os problemas de pequenas escalas presentes no paradigma C-CDM, n˜ao h´a consenso sobre qual o valor ideal para a massa da WDM. Diferentes problemas do C-CDM e diferentes observ´aveis indicam massas permitidas em tens˜ao uns com os outros[52, 53, 54].

Lyman-α, forma¸c˜ao de gal´axias, forma¸c˜ao de estrelas, entre outros, indicam massas entre 1 keV ≤ mW DM ≤ 3 keV. O problema ‘Too Big to Fail’ (apˆendice A) requer massas da ordem

de mW DM ∼ 2 keV[52]. Por´em, ao menos uma referˆencia[55] indica que a melhor massa para

resolu¸c˜ao de um dos problemas, o do bojo gal´atico, ´e mW DM ∼ 0.1 keV, justamente a massa

obtida aqui. A referˆencia [56] obt´em mW DM > 126 eV usando fotometria de gal´axias com

experimentos como o Dark Energy Survey (DES), e simula¸c˜oes de N-corpos de forma¸c˜ao de estruturas[57], que levam em conta efeitos n˜ao-lineares, indicam que h´a relativamente pouco impacto em forma¸c˜ao de estruturas para massas mW DM > 50 eV.

Ou seja, uma massa da ordem de 0.1 keV est´a em fort´ıssima tens˜ao com os valores suge- ridos pela maioria das an´alises, mas n˜ao se pode afirmar que tal valor esteja absolutamente exclu´ıdo no momento.

Mesmo que a massa de 0.1 keV seja permitida, o 3L3R enfrenta outro problema para obtˆe-la, a saber: ´E a soma das massas que pode ter esse valor, e n˜ao a massa individual. Se os trˆes neutrinos est´ereis tiverem massas iguais, resultaria em cerca de mN ∼ 30 eV, e a

tens˜ao aumentaria ainda mais. N˜ao ´e poss´ıvel deixar apenas um dos neutrinos massivos e os demais sem massa, pois neste caso a DM n˜ao seria est´avel. Logo, a solu¸c˜ao mais simples ao problema ´e postular que as massas dos trˆes neutrinos n˜ao ´e aproximadamente igual. Os mais pesados decairam e n˜ao mais existem hoje, e apenas o mais leve sobreviveu. Se os mais pesados n˜ao tiverem massas muito maiores que 1 MeV, e TNLD > 200 MeV, tal solu¸c˜ao

respeita Nef f e satisfaz a abundˆancia requerida.

´e usada, pois n˜ao ´e poss´ıvel saber a temperatura de desacoplamento destas part´ıculas. E, al´em disso, o valor de gef f

s depende da massa delas, que ´e uma informa¸c˜ao ignorada. Ademais, gsef f(max) = 162.25 (se o

desacoplamento ocorresse antes de todas as part´ıculas do SU (3)L) n˜ao ´e suficiente para resolver problemas

3.3. LIMITES COSMOL ´OGICOS AOS NEUTRINOS NAL 50

Satisfeito este requerimento, existe um problema de testabilidade adicional que m ∼ 0.1 keV acarreta. Pela figura 3.5, apenas temperaturas de desacoplamento muito altas, da ordem de 100 GeV ou maiores, permitem tal massa. Isso se traduz em uma massa do b´oson mediador MU ≥ 250 TeV, um valor absolutamente intest´avel no futuro pr´oximo. Um valor t˜ao alto para

U implicaria valores similares para as demais part´ıculas, salvo um extremo fine-tuning das constantes de acoplamento, que, de toda forma, estaria presente nas constantes de Yukawa gD e gM que d˜ao massa ao neutrino NL.

Uma solu¸c˜ao que ameniza este problema (que n˜ao inviabiliza o modelo, mas o torna menos atraente) ´e aceitar uma massa um pouco menor, mas n˜ao muito distante de 0.1 keV. A tabela 3.1 d´a diferentes valores de massas MNL e MU, para alguns valores de TNLD.

Tabela 3.1: Valores permitidos para a massa do b´oson U e do neutrino mais leve NL, para diferentes

temperaturas de desacoplamento, a partir da m´ınima permitida por ∆Nef f. Tamb´em s˜ao mostrados os

valores associados a νχ0

L para cada massa.

TNDL mNL (eV) MU (TeV) νχ0L (TeV)

198.5 MeV 43.3 2.6 7.9 1 GeV 73.3 8.2 25.2 10 GeV 83.7 45.7 140

Um desacoplamento em ∼ 1 GeV permite massas test´aveis do b´oson U, da ordem de 8 TeV. A massa do neutrino est´eril mais leve, por sua vez, est´a em 73 eV, n˜ao t˜ao pior que 0.1 keV. Um aumento para TNLD = 10 GeV pouco afeta mNL(84eV ), mas interfere muito com

MU (46 TeV). De modo que a solu¸c˜ao menos danosa ao 3L3R ´e supor uma temperatura de

desacoplamento entre 1 e 10 GeV, e massas do neutrino est´eril entre 70 e 80 eV.

Os dados constantes da tabela 3.1 satisfazem ∆Nef f e abundˆancia, ainda que em forte

tens˜ao para muitos dos valores sugeridos para WDM. Por fim, a defini¸c˜ao de νχ0L permite o

c´alculo de um sem n´umero de constantes de acoplamento do modelo. Para fins ilustrativos, mostra-se nas figuras 3.6 e 3.7 os valores para as constantes de Yukawa (gD)2/gM ≡ gN, que

d˜ao massa aos neutrinos NaL, conforme mostrado na equa¸c˜ao (3.25), e o espa¸co de parˆametros

permitido a gD e gM.

A figura 3.6 mostra que gN diminui com a temperatura, em virtude de o VEV νχ0

3.3. LIMITES COSMOL ´OGICOS AOS NEUTRINOS NAL 51 1 100 104 106 10-8 10-5 10-2 TNLD (MeV) gN

Figura 3.6: Valor de gN ≡ g2D/gM em fun¸c˜ao da temperatura de desacoplamento de NL. Trˆes retas verticais

indicam temperaturas de interesse: 198.5 MeV (menor valor permitido por ∆Nef f), 1 GeV e 10 GeV.

Tabela 3.2: Valores m´aximos permitidos a gN ≡ g2D/gM para diferentes temperaturas de desacoplamento

de interesse: 198.5 MeV, 1 GeV e 10 GeV. Tamb´em ´e mostrado o m´aximo valor poss´ıvel desta constante, em 214 MeV. TNLD (MeV) gN 198.5 2.8×10−4 1000 4.6×10−5 10000 1.7×10−6 214 3.7×10−4

mais r´apido que a massa permitida pela redu¸c˜ao da densidade. Tal efeito se traduz na figura 3.7 em uma redu¸c˜ao do espa¸co de parˆametros permitido para gD e gM.

Os valores permitidos a gN nas diferentes temperaturas especificadas, bem como seu valor

3.3. LIMITES COSMOL ´OGICOS AOS NEUTRINOS NAL 52 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -7 -6 -5 -4 -3 -2 Log10gD Log 10 gM

Figura 3.7: Espa¸co de parˆametros permitido para gDe gM em T

NLD= 198.5 MeV (azul), TNLD= 1 GeV

(vermelho claro) e TNLD = 10 GeV, caso NL seja WDM. Percebe-se que o espa¸co permitido diminui com o

aumento de temperatura e massa de MNaL, devido ao crescimento mais acelerado de νχ0L.

3.3.4.2 NaL como Hot Dark Matter

A se¸c˜ao precedente indica que, ainda que o neutrino NaL mais leve possa ser WDM, sua

permanˆencia nessa categoria ´e prec´aria. Sua massa permitida est´a perto do limite inferior sugerido por diferentes problemas do C-CDM, e o intervalo de massas tipicamente tido como ´

otimo para WDM, entre 1keV e 3keV , ´e uma ou duas ordens de grandeza maior.

Portanto, ´e necess´ario considerar a possibilidade de NaLn˜ao ser WDM, e sim uma mat´eria

escura quente, HDM. Neste caso, o 3L3R seria privado de uma de suas principais qualidades, incapaz de explicar o constituinte dominante de DM com NaL. Outra part´ıcula dentro do

vasto conjunto de elementos no 3L3R teria de assumir este papel.

Se HDM, as restri¸c˜oes b´asicas a serem satisfeitas por NaL tamb´em s˜ao abundˆancia e

∆Nef f. Para ∆Nef f, nada muda em rela¸c˜ao ao cen´ario anterior. Basta analisar abundˆancia.

Como HDM, estes neutrinos ter˜ao o mesmo impacto na evolu¸c˜ao do Universo que os neutrinos ativos. Experimentos como o Planck n˜ao tˆem possibilidade de discernir os efeitos de NaL e νaL sobre o Cosmo. Portanto, limites existentes sobre massa e densidade de energia

3.3. LIMITES COSMOL ´OGICOS AOS NEUTRINOS NAL 53

dos neutrinos ativos, em realidade, s˜ao traduzidos como limites sobre o conjunto NaL e νaL.

Planck e experimentos de oscila¸c˜ao de neutrinos[20] imp˜oem o seguinte limite sobre a soma de massas de neutrinos:

0.06 eV ≤X

a

mνa < 0.68 eV, (3.44)

onde o limite inferior adv´em de oscila¸c˜oes de neutrinos, e o superior de Planck7.

1 100 104 106 0.2 0.5 1 2 5 TNLD(MeV) mNaL (eV )

Figura 3.8: Valores m´aximos de massa permitidos aos neutrinos NaLem dois cen´arios: Apenas um neutrino

(curva azul), e trˆes neutrinos (curva laranja) com massas iguais, est´aveis. A linha vermelha vertical indica a temperatura T = 198.5 MeV.

A inclus˜ao de NaL neste limite implica na modifica¸c˜ao da rela¸c˜ao (3.44), da seguinte

forma: 0.06 eV ≤X a  mνa +  nnaL nν  mNaL  < 0.68 eV. (3.45) Logo, tem-se que,

X a  nnaL nν  mNaL < 0.62 eV. (3.46)

7A referˆencia[20] adota um limite bastante conservador paraP

amν. Existem limites, presentes na revis˜ao

do pr´oprio PDG, que incluem efeitos de oscila¸c˜ao ac´ustica de b´arions aos dados de Planck, trazendo o valor permitido para P

amν < 0.21 eV. Adotar-se-´a o limite mais conservador do PDG aqui, mas os resultados

3.3. LIMITES COSMOL ´OGICOS AOS NEUTRINOS NAL 54

Reutilizando a equa¸c˜ao (3.36), ´e poss´ıvel obter a massa permitida aos neutrinos est´ereis em dois cen´arios: (1) Massas diferentes (apenas o mais leve ´e est´avel); (2) Massas iguais (logo todos s˜ao est´aveis). Tal limite ´e mostrado na figura 3.8. Se apenas um neutrino ´e est´avel, a massa permitida varia entre mNL < 2.57 eV (em TNLD = 198.5 MeV) e mNL < 6.15 eV (para

TNLD ∼ 100 GeV ou maior). No cen´ario em que existem 3 neutrinos est´aveis, com massas

iguais, o valor cai a um ter¸co: mNaL = 0.86 eV (TNLD = 198.5 MeV) e mNaL < 2.05 eV.

A figura 3.9 mostra a dependˆencia de gN ≡ gD2/gM com a temperatura de desacoplamento,

e o espa¸co de parˆametros permitido a gD e gM, respectivamente. O valor m´aximo de gN ocorre

para TNLD = 214 MeV (temperatura de Hadroniza¸c˜ao adotada), muito pr´oximo do m´ınimo

valor aceito por ∆Nef f. Os principais limites da se¸c˜ao s˜ao mostrados na tabela 3.3.

1 100 104 106 10-12 10-10 10-8 10-6 10-4 10-2 TNLD(MeV) gN -7 -6 -5 -4 -3 -2 -7 -6 -5 -4 -3 -2 Log10gD Log 10 gM

Figura 3.9: A imagem `a esquerda indica a dependˆencia de gN com a temperatura de desacoplamento,

para apenas um neutrino est´avel (linha azul) e trˆes est´aveis (laranja). A linha vermelha tracejada indica TNLD = 198.5 MeV. A imagem `a direita mostra o espa¸co de parˆametros de gD e gM para os cen´arios com

um (azul) e trˆes (vermelho claro) neutrinos, para m´aximo gN permitido, com TNLD≥ 214 MeV. As demais

´

areas mostram os mesmos cen´arios, mas com TNLD= 100 GeV, o que possibilita aos neutrinos alcan¸carem a

maior massa poss´ıvel.

Isto finaliza a an´alise das principais restri¸c˜oes a serem obedecidos por NaL para ser um

3.3. LIMITES COSMOL ´OGICOS AOS NEUTRINOS NAL 55

Tabela 3.3: Valores de massa m´ınimos e m´aximos para cada um dos cen´arios, bem como o valor m´aximo permitido `a constante gN ≡ gD2/gM.

Um Neutrino Trˆes Neutrinos

mminN (eV) mmaxN (eV) gN(max) mminN (eV) mmaxN (eV) gN(max)

56

Cap´ıtulo 4

Limites Cosmol´ogicos ao Modelo

3-3-1LHN

Diferentes extens˜oes possuem diferentes motiva¸c˜oes e consequˆencias, cada uma com suas vantagens e desvantagens. O modelo 3L3R, por exemplo, foi motivado pelo interesse de se obter de forma natural part´ıculas candidatas a WDM. Evita assim as anomalias atribu´ıdas aos modelos com CDM, e sua estrutura de grupo mant´em as vantagens dos modelos 3-3-1. De quebra, obt´em de forma natural candidatos `a Leptogˆenese usando um mecanismo Seesaw. Como desvantagem, por´em, h´a uma expans˜ao impressionante no n´umero de part´ıculas e graus de liberdade do modelo. E, dada a sua constru¸c˜ao, fica sob ataque de considera¸c˜oes cosmol´ogicas que podem inviabilizar candidatos a WDM se estes estiverem em equil´ıbrio t´ermico. Em essˆencia, neutrinos de massa keV ‘fecham o Universo’ se produzidos termica- mente.

Outros modelos s˜ao imunes a tal an´alise, pois prevˆeem Mat´eria Escura geradas por meca- nismos n˜ao-t´ermicos. Um particularmente interessante ´e o chamado Modelo 3-3-1 LHN1[58], que prevˆe a presen¸ca de um l´epton neutro e, em geral, pesado na terceira componente dos tripletos leptˆonicos de SU (3)L. Entre suas qualidades, prevˆe a produ¸c˜ao do candidato mais

popular a CDM, um WIMP (Weakly Interacting Massive Particle), que tipicamente satis- faz os limites de abundˆancia impostos pela Cosmologia pois ´e produzido n˜ao-termicamente. Al´em disso, as intera¸c˜oes deste CDM s˜ao da ordem de magnitude da intera¸c˜ao fraca.

Recentemente[59], foi mostrado que as intera¸c˜oes a n´ıvel de loop do CDM do 3-3-1 LHN podem induzir viola¸c˜ao de n´umero leptˆonico (Lepton Flavor Violation - LFV). A presen¸ca de processos que violem n´umero leptˆonico indicam a necessidade de f´ısica al´em do SM. Mesmo

1ao foi encontrada o significado da sigla LHN na literatura. Provavelmente faz referˆencia a ”new ‘Left

4.1. O MODELO 3-3-1LHN 57

as j´a conhecidas oscila¸c˜oes de neutrinos, que geram viola¸c˜ao de n´umero leptˆonico de fam´ılia, por exemplo, excluem o SM, pois exigem a presen¸ca de neutrinos massivos (no SM s˜ao sem massa) e, se esta for dada por termos de massa de Dirac, requer a presen¸ca de neutrinos Right Handed, tamb´em ausentes no SM.

H´a uma busca intensa por processos LFV, como µ → eee, µ → eγ ou convers˜ao µ − e[60]. Tal busca gerou curvas de exclus˜ao que podem limitar extens˜oes que preveˆem processos LFV. O 3-3-1LHN ´e um destes modelos, estando assim suscet´ıvel a estes limites.

Outro tipo de limite pode ser obtido por experimentos de detec¸c˜ao direta de Mat´eria Escura[61, 62, 63, 64, 65], tais como o LUX e Xenon1T. Tais experimentos analisam as taxas de intera¸c˜ao de DM com mat´eria bariˆonica presente em enormes detectores terrestres. Se n˜ao ocorre detec¸c˜ao (como tem acontecido at´e o momento), s˜ao estabelecidas curvas de exclus˜ao na se¸c˜ao de choque destas part´ıculas, e logo no espa¸co de parˆametros dos modelos que as postulam.

Em adi¸c˜ao ao mencionado acima, podem ser usados limites vindos de aceleradores, al´em experimentos de detec¸c˜ao indireta (que procuram subprodutos da intera¸c˜ao de DM). Neste cap´ıtulo, usar-se-˜ao os limites fornecidos pela Cosmologia, em conjunto com os fornecidos por experimentos de Detec¸c˜ao Direta, Aceleradores e experimentos que buscam por LFV. E o modelo alvo desta an´alise conjunta ´e o 3-3-1LHN.

4.1

O Modelo 3-3-1LHN

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