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RESULTADOS E DISCUSSÃO Crescimento e desenvolvimento

FORMATION DUMB

RESULTADOS E DISCUSSÃO Crescimento e desenvolvimento

As avaliações referentes aos parâmetros de crescimento foram realizadas mensalmente, durante 3 meses. Aos 30, 60 e 90 dias após a semeadura (DAS). Para isso foram coletadas 9 plantas por parcela/tratamento. Na medição do diâmetro do caule (DC), foi utilizado paquímetro metálico de precisão, medindo o colo da planta. Para a altura da planta (AP) foi utilizada régua graduada, medindo-se da base do colo até o ponto apical da planta. O número de folhas (NF) foi obtido através de contagem em cada planta.

Análises estatísticas

Os efeitos dos substratos sobre a germinação, crescimento e desenvolvimento das plântulas de paricá foram avaliados por meio de análise de variância com teste “F” (GOMES, 1978 e FERREIRA, 1996). Como também, por ser qualitativo, aplicou-se o teste de Tukey (p<0,05) para comparação das médias segundo (SANTOS, et al., 2000). Para análises estatísticas, utilizou-se o programa computacional ASSISTAT (SILVA & SANTOS, 2006).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Crescimento e desenvolvimento

Os resultados médios referentes a número de folhas (NF), altura de planta (AP) e diâmetro do caule (DC), para as três épocas de avaliações (30, 60 e 90 dias após a semeadura, DAS) estão apresentados na Tabela 3.

Tabela 3. Resumo de ANAVA e médias para número de folhas (NF), altura de planta (AP) e diâmetro do caule (DC) de plantas de paricá submetidas a diferentes substratos, aos 30, 60 e 90 dias após a semeadura (DAS). Candeias do Jamari (RO), 2006.

Causa da variação

30 DAS 60 DAS 90 DAS

Variáveis

NF AP DC NF AP DC NF AP DC

Valores de Quadrado médio

Blocos 0,04ns 6,15ns 0,02ns 0,13 ns 13,18 * 0,07 ns 0,05 ns 13,10 * 0,07 ns Tratamentos 0,10* 19,57** 0,28** 0,04 ns 146,52** 0,48 ** 0,41 * 179,04 ** 4,78 ** Resíduo 0,02 4,58 0,02 0,12 2,98 0,02 0,11 3,53 0,06 CV(%) 3,59 9,97 4,37 6,88 5,14 4,00 5,36 4,82 6,10 Médias cm mm cm mm cm mm Substrato S1 4,33 a 25,33 a 3,80 a 5,25 43,99 a 4,28 a 6,80 a 50,41 a 6,21 a S2 4,00 b 20,54 a 3,31 bc 5,16 29,82 b 3,62 bc 5,90 b 32,83 c 3,71 b S3 4,08ab 21,16 ab 3,10 c 5,25 28,91 b 3,34 c 6,46 ab 36,79 bc 3,83 b S4 4,00 b 19,90 b 3,26 bc 5,00 32,64 b 3,91 b 6,39 ab 36,95 bc 3,89 b S5 3,91 b 20,36 b 3,46 b 5,08 32,40 b 3,73 b 6,49 ab 37,70 b 3,66 b dms 0,32 4,82 0,33 0,79 3,89 0,34 0,77 4,23 0,58 (*) significativo a 0,05 e (**) a 0,01 de probabilidade; (ns) não significativo a 0,05; (dms) diferença mínima significativa; médias seguidas de letras diferentes diferem entre si, ao nível de 0,05 de probabilidade, pelo teste de Tukey.

Número de folhas (NF)

O crescimento das plantas, com base no número de folhas (Tabela 3 e Figura 1), nota-se que o número de folhas (NF) avaliado aos 30 e 90 dias após a semeadura (DAS), foi influenciado significativamente pelos substratos (S), em nível de 0,05 de probabilidade. Percebe-se, através dos dados contidos na referida tabela e figura, que as diferentes misturas de substratos aos 60 DAS, não exerceram efeito significativo sobre o número de (NF).

Nota-se ainda na Tabela 3 e Figura 1, mediante a aplicação do teste de Tukey (p<0,05) que aos 30 DAS os tratamentos S1 (4,33 g) e S3 (4,08 g), foram os que auferiram as maiores médias de número de folhas, em relação aos demais tratamentos. Entretanto, aos 90 DAS foi constatado efeito significativo (p<0,05) entre os tratamentos S1 (6,80 g) e S2 (5,90 g) com um acréscimo de 13,23% no número de folhas.

Figura 1. Número de folhas aos 30, 60 e 90 DAS, em função de diferentes substratos 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 S1 S2 S3 S4 S5 Tratamentos NF

30 DAS 60 DAS 90 DAS

a b ab b b a a a a a a ab ab ab b

Altura de planta (AP)

A altura média de plantas (AP) observadas aos 30, 60 e 90 DAS estão apresentadas na Tabela 3 e Figura 2. Considerando-se as médias nas épocas de avaliações, observam-se efeitos significativos para os tratamentos estudados ao nível de 0,01 de probabilidade. Aos 30 DAS os tratamentos S1, S2 e S3, apresentaram maiores médias em altura de planta. Pelo teste de Tukey, notam-se decréscimos em relação a S1 no crescimento das plantas aos 60 DAS de 32,21, 34,28, 25,28, 26,34% e aos 90 DAS 34,87, 27,01, 26,70, 25,21%, respectivamente para S2, S3, S4 e S5.

Figura 2. Altura de plantas (cm) aos 30, 60 e 90 DAS, em função de diferentes substratos 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 S1 S2 S3 S4 S5 Tratamentos A P (cm)

30 DAS 60 DAS 90 DAS

a a ab b b a b b b a b ab ab ab .

Diâmetro do caule (DC)

Para a característica diâmetro do caule (DC), foi influenciado pelos diferentes substratos (p < 0,01) nos períodos de medição (Tabela 3 e Figura 3). Nota-se um melhor desenvolvimento do diâmetro do caule nas mudas produzidas no tratamento S1 (composto orgânico industrializado), sugerindo a exigência da espécie por misturas mais leves. O diâmetro do caule foi estatisticamente superior aos demais tratamentos S2, S3, S4 e S5, aos 30 DAS, com decréscimos de DC de 12,89, 18,42, 14,21 e 8,94%, aos 60 DAS 15,42, 21,96, 8,64, 12,85% e aos 90 DAS 40,25, 38,32, 37,35, 41,06%. Nota-se diferença significativa de S3 em relação a S5 aos 30 DAS, com o decréscimo de 10,40% e aos 60 DAS, com decréscimos de 14,57 e 10,45%, comparados a S4 e S5. Caldeira et al. (2005), analisando também aos 30, 60 e 90 DAS, a altura e o diâmetro do colo das mudas de Paricá tiveram desenvolvimento semelhante e compatível durante os três períodos de avaliação, independentemente dos volumes de tubetes utilizados.

Figura 3. Diâmetro do caule (mm) aos 30, 60 e 90 DAS, em função de diferentes substratos. 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 S1 S2 S3 S4 S5 Tratamentos D C (mm)

30 DAS 60 DAS 90 DAS

a bc c bc b a bc c b b a b b b b CONCLUSÕES

 Os tratamentos S2, S3, S4 e S5 promoveram redução da altura e diâmetro do caule das plantas aos 30, 60 e 90 dias após a semeadura;

 Os substratos utilizados como tratamentos, não afetou negativamente a emissão de folhas (NF) aos 60 dias após a semeadura, mas influenciou quando analisadas aos 30 e 90 dias após a semeadura;

 Considerando os resultados obtidos, o tratamento S1 (100% substrato orgânico comercial-Plantmax) pode ser recomendado para a produção de mudas de paricá em tubete.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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O PAPEL DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA BRASILEIRA NA

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