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Riquezas e pobrezas no Chile Actual

No documento Brasil e Chile : riquezas e pobrezas (páginas 194-200)

Este capítulo é dedicado à descrição da produção e da reprodução das riquezas e pobrezas durante o que Thomás Moulian chamou de Chile Actual. Começa por decifrar com ele a lógica transformista levada a cabo por los Gobiernos de la Concertación de Partidos por la Democracia, seguida de importantes observações complementares de Juan Carlos Gómez Leyton. O texto subsequente registra com Hugo Fazio e Magaly Parada os Veinte años de política económica de la Concertación, sublinhando o abandono das muitas propostas contidas no Programa de Gobierno de la Concertación ao assumir o governo central e a simultânea legitimação do modelo económico da ditadura militar.

O longo detalhamento dos resultados econômico-social-políticos durante o último quarto de século no Chile, incorporando aí também el Gobierno de Sebastián Piñera, é aqui reconstruído e apresentado com base nos estudos do próprio Moulian, Leyton, Fazio e Parada, bem como a partir de registros e observações de Ricardo Ffrench-Davis, Gabriel Palma, dados oficiais do Governo Central, da CEPAL etc. Nesse interim leventamos e respondemos a seguinte questão: el crecimiento con equidad y la superación de la pobreza es un mito o una realidad en Chile Actual? E, por fim, nos atemos a compreensão de los límites de la política social en la superación de la pobreza y las desigualdades.

Durante os governos da Concertación de Partidos por la Democracia

A Concertación de Partidos por la Democracia, uma coalizão de partidos de centro-esquerda, herdeira direta da aliança de partidos políticos pelo “NO”, conformada para o Plebiscito sucessório de 1988, e integrada pelo Partido Demócrata Cristiano (PDC), o Partido Radical socialdemócrata (PRSD), o Partido por la Democracia (PPD) e o Partido Socialista de Chile (PS), aceitaram o nome de Patrício Aylwin para concorrer nas eleições presidenciais de fins de 1989, contra Hernán Buchi, ex-ministro da Fazenda durante os últimos anos (1985-1989) do regime militar de Pinochet e candidato do conglomerado de direita Democracia y Progreso. O resultado favoreceu Aylwin que conquistou 55% dos votos, frente a 30% de Buchi e 15% do candidato independente Francisco Errázuriz. E assim começou a deixar o governo o último dos

195 regimes militares na região latino-americana151. A Concertación, uma aliança muito mais próxima da experiência da Frente Popular do que da Unidade Popular, passou a dominar a política chilena.

Importa aqui ponderar com Moulian importantes diferenças entre o sistema partidário do Chile Actual com o Chile dos anos 1940.

El sistema partidario del Chile Actual reproduce, pese a sus pretensiones modernistas, algunos rasgos de la década del cuarenta. El principal es el gobierno de una coalición de centroizquierda, fenómeno que ya aconteció entre 1938 y 1947. Pero existen diferencias medulares entre un episodio y outro, la principal de las cuales es el caráter de la izquierda participante de la coalición. La de la década del cuarenta era marxista y revolucionaria y la actual es liberal en versión socialdemócrata. La segunda diferencia tiene relación con el proyecto de modernización. El de los cuarenta fue iniciativa del bloque centroizquierdista, el cual enfrento la crisis del modelo primario exportador a través del desarrollo, desde el Estado, de la industrialización. La actual coalición no ha creado un proyecto, más bien administra con “expertise” el diseño de modernización del Gobierno militar, marcado por el sello neoliberal. Las coaliciones de los cuarenta eran progresivas, la actual es de administración, su norte es la reproducción transformista. (Moulian, 2002, p.75 [1997]).

Essa lógica transformista foi denunciada por ele no livro Chile Actual: anatomía de un mito. A reprodução transformista consiste precisamente na exitosa reciclagem durante a redemocratização das instituições socioeconômicas da ditadura, de sua concepção despolitizada da política e de sua cultura individualista, competitiva e aquisitiva.

El Chile actual del 2002 sigue siendo una sociedad donde prima el modelo socioeconómico de “economia libre”, cuyos lineamientos generales fueron definidos durante la dictadura y donde, como es natural, sobreviven sus plagas asociadas. Ellas son: a) una democracia de baja intensidad invadida por la ideologia tecnocrática, cuyo formalismo genera una furte indiferencia hacia la política institucional y un alto desprestigio de los profesionales de la actividad y b) una cultura en la cual priman los componentes individualistas y adquisitivos por sobre los componentes asociativos y expresivos. (idem, p.09).

Produto da “gran transformación” do Chile Dictatorial, o Chile Actual tem como uma de suas principais imagens algo sólido “que (no) se desvanece en el aire, porque se re/presenta como la Única Racionalidad”, que concebe a sociedade como “estado definitivo”, “privado de historicidad”, já que esta representa a ameaça de retorno a um tempo caótico, superado por um “pacto atávico”. A falta de historicidade não significa ausência de dinamismo, pois o Chile Actual modernizado está em

151 Há que se ressaltar que após manter-se no poder por 16 anos e meio, quando se viu obrigado a entregar

o posto a um presidente eleito pelo voto popular, Pinochet resguardou suas prerrogativas militares ao fazer-se comandante-em-chefe do Exército para um mandato de mais oito anos, isto é, até o ano de 1998.

196 constante processo de mudança, a exemplo da superação de tecnologias ultrapassadas, a destruição de paroquialismos, a erosão de estreitos limites do Estado nacional e a expansão rumo a um mundo globalizado. Mas “el cambio es pura expansión y nunca transformación” da “explotación/alienación/dominación”, restringe-se ao âmbito do ““modo de producción” actual, en el espacio del capitalismo globalizado/posfordista/democrático-tecnificado”. (ibidem, p.25, 51 e 114).

Para Moulian, a “semidemocracia” existente no Chile Actual opera como uma “jaula de hierro” que busca preservar o neocapitalismo de Pinochet dos avatares e incertezas de uma “democracia protegida”. Trata-se, portanto, de um sistema político truncado no qual os interesses individuais primam sobre os coletivos, onde a política- tecnificada pela utopia neoliberal guia-se estritamente por raciocínios de eficácia, tendo em vista garantir a reprodução de uma ordem social baseada na propriedade e no lucro privado, que limita a ação coletiva dos trabalhadores assalariados e impõe uma tutela militar na política. Uma democracia que se protege da “vontade popular”, que não admite o princípio da maioria como o melhor critério de decisão, e, por isso, precisa inibir os perniciosos efeitos das inevitáveis veleidades da massa.

O fato de o Chile ter retomado sua institucionalidade em 1990 com a vitória de Aylwin, e o consequente abandono das leis de exceção e o retorno do funcionamento da Câmara e do Senado, não significou uma retomada da democracia tal como o país vivera durante mais de quadro décadas antes do golpe militar. O novo governo eleito não se propôs a convocar uma Assembleia Constituinte para fins de invalidar a Carta Magna pinochetista, de forma a substituí-la por outra mais adequada à democracia real num regime político republicano. E sabe-se que os militares chilenos impuseram regras de transição ao regime político dentro do qual a redemocratização se desenvolveu. Segundo Moulian,

a transição chilena (...) não deixou para trás a sociedade de mercado criada pela ditadura, e o lugar para o qual vai a democracia é uma forma minguada, de baixa intensidade. (...) Na verdade, a sociedade de mercado não só intervém para transformá- la, como também se aprofunda e, ademais, legitima-se. A Concertación atuou sem questionar as finalidades que a ditadura havia imposto. Procedeu como se o capitalismo neoliberal e sua democracia semi-representativa fossem os espaços naturais da convivência social. Sua tarefa foi aperfeiçoar o modelo e seguir adiante, governando pelos principais enunciados da ideologia neoliberal: os mercados se auto-regulam e o Estado deve evitar intrometer-se em excesso, os empresários são os sujeitos da história, pois criam emprego e inovação tecnológica; o conflito é negativo e há que evitá-lo, em especial, quando põe em discussão as finalidades sobre as quais a ordem se sustenta. (2006, p.286).

197 No que diz respeito à “superação” da ordem a qual a sociedade se sustenta, ele afirma que a sociedade chilena contemporânea é distinta daquela que existiu durante os anos 1960 e início dos anos 1970. Enquanto no passado o conflito era irredutível para a transformação social, no presente não apenas esse caráter foi eliminado como posto em questão a sua própria eficácia. A crítica não mais compromete a esfera da produção, mas apenas a da circulação da riqueza material. A “sociedade polarizada” cede lugar à “sociedade consensual”, ao menos no nível das elites políticas com o poder. (idem, p.287). Daí a constatação de que a Concertación não pode ir além de mudanças pactuadas com os partidos de direita e seus senadores designados, que exercem um veto de minoria sobre o sistema decisório. “La Concertación está atada de manos para realizar programas de orientación más socialdemócrata, como sería el intento de realizar una “segunda reforma laboral” para aumentar la fuerza negociadora de los sindicatos” (Moulian, 2002, p.56). A Concertación não pode realizar tal reforma porque o Chile Actual é

una sociedad donde el movimento obrero no es más un fator decisivo de poder, como en los esquemas populistas, donde la tendencia a la flexibilización de las relaciones laborales es y será cresciente. Esto es, una sociedad donde es y será cada vez mayor el debilitamiento de las restricciones legales que todavia maniatan el funcionamiento libre del mercado de trabajo. Las relaciones capital/trabajo tienden y tenderán cada vez más a organizarse como relaciones entre patrones e individuos asalariados. Las formaciones colectivas de asalariados son y serán cada vez más deslegitimadas, como provocadoras del funcionamento imperfecto del mercado laboral, como “monopólios”. (...) en el futuro (...) tampoco será posible negociar reestructuraciones de las relaciones capital/trabajo. Operará la ley de hierro de la disputa por la competitividade, tal como es interpretada por los empresários, el nuevo sujeto de la historia. (idem, p.46).

Sua análise histórica aponta que coube a esses novos sujeitos da história, em conjunto com os militares e intelectuais neoliberais, dar continuidade a materialização da revolução capitalista em curso desde meados dos anos 1970. Foi esta tríade que idealizou e contribuiu para a construção de uma sociedade onde o social aparece naturalizado, com pequenos ajustes; uma sociedade de mercados desregulados (anti- Polanyi), de indiferença política, de indivíduos competitivos que se realizam pelo simples prazer de consumir; de assalariados socializados no disciplinamento e na evasão; uma sociedade que mescla inserção no mercado mundial, acesso a tecnologias de ponta, pobreza e precarização do emprego compensada pela massificação creditícia (anti-Smith). (ibidem, p.27-28 e 46). O Chile Actual fortalece a “cultura mercantil” própria das sociedades capitalistas, que cultua o dinheiro e as possibilidades de consumo. Obter bem-estar e conforto material converte-se no sentido principal da vida.

198 A maior riqueza é, por excelência, sinônimo da superação dos limites do ter, e pouco ou nada diz respeito ao ser (anti-Marx).

La cultura cotidiana del Chile Actual está penetrada por la simbólica del consumo. Desde el nivel de la subjetividad esto significa que en gran medida la identidad del Yo se constituye a través de los objetos, que se ha perdido la distinción entre “imagen” y ser. El decorado del Yo, los objetos que dan cuenta del status, del nivel de conforto, se confunden con los atributos del Yo. No solamente la estratificación del individuo se realiza a través de la exterioridad, por su consumo. También se constituye en ese plano la imagen de sí mismo, su “self esteem”, su relación con la sociedad o su conciencia social. El decorado o la fachada pasa a ser parte del Yo, núcleo íntimo de ese Yo. Este se há vuelto imagen en un espejo, atrapado en la cultura de la exterioridad. (Moulian,

2002, p.106-7).

No Chile Actual o consumo foi exacerbado por meio da massificação do crédito para amplos estratos sociais. Por aí se realiza uma forma peculiar de cidadania, exercida pelos “cidaudanos credit-card” na denominação dada por Moulian, propalada por outros como a via de superação do déficit social, gerado pelo próprio modelo de acumulação neoliberal, modelo esse legitimado tantos pelos concertacionistas democratas-cristianos, Patrício Aylwin (1990-1994) e Frei Ruiz-Tagle (1994-2000), quanto pelos concertacionistas socialistas, Ricardo Lagos Escobar (2000-2006) e Michelle Bachelet (2006-2010).

No livro Política, democracia y ciudadanía en una sociedade neoliberal: Chile 1990-2010, Juan Carlos Gómez Leyton afirmou que o “cidaudano credit-card” cedeu lugar a partir de fins do século XX a um tipo superior, mais complexo que o sujeito social assinalado por Moulian, ao que chamou de “ciudadano patrimonial/consumidor/usuário”. Para Gómez Leyton trata-se de um “nuevo sujeto histórico y social” que atua como “actor principal de la historia política reciente de Chile”, entre outras coisas pelo fato de ter permitido o triunfo da direita política nas eleições de 2009/2010. Não que tenham votado massivamente no candidato da Renovación Nacional, Sebastián Piñera, mas sim pela não participação nos processos eleitorais da “democracia neoliberal”, reduzindo assim consideravelmente o quórum político eleitoral necessário para que a direita viesse a ganhar uma eleição presidencial. Ele mesmo recorda que desde 1997 a Concertación já vinha dando mostras de um constante esgotamento político, e que esteve muito próximo de perder o governo na eleição presidencial de 1999, quando Ricardo Lagos enfrentou o candidato da UDI, Joaquín Lavín, no segundo turno das eleições presidenciais, tendo vencido por estreita margem de votos.

199 Foi certamente simbólico o fato de um candidato do Partido Socialista ter novamente assumido o governo do Chile depois de trinta anos. Mas como bem observou Gómez Leyton,

entre el Chile de Allende y el Chile de Lagos hay enormes diferencias sociales, económicas culturales y políticas. Por eso, los desafíos como las tareas políticas son, en consecuencia, distintos y difícilmente comparables. Las exigencias históricas al proyecto político de Salvador Allende representaba e impulsaba se enmarcaban en un contexto político internacional dominado por la confrontación Este-Oeste, por un lado, y por la crisis del orden capitalista latino-americano, por outro. El ascenso al gobierno de la Unidad Popular obedece al avance social y político del movimiento popular y responde a la crisis orgánica de la sociedad chilena de aquella época. Por ello, la “vía chilena al socialismo” impulsada por el gobierno democrático y socialista del Presidente Allende constituye un intento de resolución popular a dicha crisis. Para las fuerzas políticas de la izquierda chilena de los setenta, no solo se trataba de realizar la revolución socialista por los caminhos de la institucionalidad democrática liberal sino que, también, se trataba de golpear los intereses económicos y políticos del imperialismo norteamericano. En ese sentido, el proyecto político de la Unidad Popular se insertaba en la lucha social por la liberación continental de América Latina. Este era, sinteticamente, el contexto histórico político en donde se inserta el ascenso al gobierno de Salvador Allende, el primer presidente marxista que llegaba al poder a través de los mecanismos electorales de la democracia representativa. Mientras que el contexto político del ascenso de Ricardo Lagos está marcado por el fin de la Guerra Fría y la desintegración de los socialismos reales, hecho que há dado passo a un mundo globalizado interconectado esencialmente por el fin de la Guerra Fría y la desintegración de los socialismos reales. Hoy se lucha más por integrarse que por liberarse de las redes del capitalismo mundial. Internamente, la sociedad chilena no es, aparentemente, una sociedad desgarrada por el conflicto político. Nadie cuestiona nada. Salvo aquellos que exigen justicia por las violaciones de los derechos humanos realizadas durante el régimen militar y otros que se quejan de la pobreza y de la excesiva concentración de la riqueza. Por la zona sur, unos olvidados indígenas buscan reeditar la “guerra de Arauco”. También, se quejan los afectados por la crisis asiática y aquellos que la suspensión de sus tarjetas de crédito los alejan momentáneamente del consumo. Y, a pesar de la detención del dictador en Londres, el país marcha por la senda del crecimiento económico y consolidación de la sociedad neoliberal. Sin lugar a dudas, el único punto en común que tienen Ricardo Lagos y Salvador Allende, es haber sido elegidos presidentes de la república a través de la votación popular. Pues, Lagos Escobar, no es marxista ni tampoco socialista, sino más bien, un socialdemócrata neoliberal de fin de siglo. (Gómez Leyton, 2010, p.179-180).

Escrevendo logo após a vitória apertada de Lagos, Leyton considerou que o grande desafio histórico e político de Lagos e do “socialismo neoliberal” em princípio do século XXI era avançar no processo de construção de uma sociedade plenamente democrática. Grande desafio pelo fato do novo governo se encontrar não apenas limitado pelos 48% de votos obtidos pela direita, como também pela ausência de

200 projetos alternativos democráticos e pelas próprias estratégias políticas de alguns partidos integrantes da Concertación.152

Avançar no processo de construção de uma sociedade democrática era justamente o primeiro dos objetos programáticos do Programa de Gobierno de la Concertación, “Una democracia para todos debe estar basada en el crecimiento económico, la justicia social, la participación ciudadana y la autonomia nacional (...) [así como] la superación progresiva de las extremas desigualdades”, uma proposta há muito encabeçada, desde antes mesmo dos tempos do governo Aylwin, mas que ainda não havia dado frutos por não ter superado nem a presença dos “enclaves autoritarios”, tampouco a “pobreza ciudadana”.

O abandono das muitas propostas contidas nesse Programa de Gobierno de la Concertación ao assumir o governo central, e a legitimação do “modelo económico” da ditadura, foram analisados por Hugo Fazio e Magaly Parada num estudo de Veinte años de política económica de la Concertación. Segundo eles, Edgardo Boeninger, então secretário geral da Presidência durante a gestão de Aylwin (1990-1994), afirmou em setembro de 1993 que

el gobierno de Aylwin cumplió la misión de legitimar el modelo económico impuesto en los años de ditadura”, acrescentando que “sin esta legitimación (...) el modelo de economía aberto hacia el exterior, basado en la propiedad privada y de mercado, no se habría desarrollado en Chile. Hemos legitimado el pasado (...) sobre la base de que este es parte de la realidad del Chile del presente y del futuro. (Cenda, Base de Datos

10/09/1995 apud Fazio & Parada, 2010, p.07).

Alejandro Foxley, ministro da fazenda do governo Aylwin, posteriormente também destacaria a legitimidade do “modelo neoconservador” por parte do primeiro da Concertación – que segundo ele mesclava retirada do Estado da vida econômica; desregulamentação de mercados chaves, tais como mercados financeiro e de crédito externo e mercado de trabalho; ajuste automático enquanto mecanismo espontâneo de regulação econômica; e redução de impostos para os grupos de elevadas rendas para fins de aumentar a poupança interna.

A implementação desse modelo tomou formas distintas durante os governos da Concertación. Todas foram apoiadas em acordos de cúpula com partidos de direita. A aprovação da reforma tributária em 1990 foi à primeira clara manifestação do consenso

152 Ver o artigo La pobreza Ciudadana: elecciones, política y democracia, publicado originalmente na

Revista Cordillera, N° 15, em 2000, pela Asociación de Chilenos Residentes en México, reproduzido no

No documento Brasil e Chile : riquezas e pobrezas (páginas 194-200)