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ROMA OU CONSTANTINOPLA: QUAL SERIA O CORAÇÃO DO IMPÉRIO?

4 O USO HISTORIOGRÁFICO DAS CATÁSTROFES NA CONSTRUÇÃO DA

4.1 ROMA OU CONSTANTINOPLA: QUAL SERIA O CORAÇÃO DO IMPÉRIO?

Agora, comparemos como foram qualificadas as capitais imperiais de Roma e Constantinopla na História Nova. Como vimos capítulo anterior, a transferência da sede do Império daquela para esta no livro II foi a única abordada em toda a obra.

Ao escrever acerca do cerco de Alarico a Roma, Zósimo deprecia os habitantes da cidade e ela mesma. Ao relatar que Alarico pediu enormes quantias de ouro e prata para poupar os habitantes da cidade da morte, o autor afirma que a cidade e seus habitantes por não possuírem recursos suficientes para paga-o do próprio bolso fizeram

32 Zósimo havia afirmado no livro segundo que tal abandono teria iniciado o processo que culminou na situação

a mais miserável das ações. Decidiram, em efeito, completar o que faltava através dos adornos que revestiam as estátuas dos deuses [...] não somente despojaram as imagens, mas inclusive algumas que eram feitas de ouro e prata, mas também as do Valor, a que os romanos chamam de Virtus: [...] se extinguiu o quanto de valor e excelência havia entre os romanos, em conformidade com que os homens versados no culto divino e nas cerimônias ancestrais profetizaram para tempos sucessivos a aquele (HISTÓRIA NOVA,

5,44).

Através desse relato, o autor deprecia o espaço de Roma, não como o que representara nos tempos áureos, mas sim como o que ela representava no seu tempo: o coração perdido do Império Romano do passado clássico e que já se fora. O coração do Império do seu tempo já era outro.

Ao relatar o incêndio em Constantinopla que teria sido iniciado numa igreja pelos partidários do bispo João Crisóstomo depois do mesmo ter sido exilado da cidade a mandos da imperatriz Eudóxia, esposa do imperador Arcádio, Zósimo escreve que os edifícios vizinhos da igreja teriam sido queimados, entre os quais o lugar que dava lugar ao Senado, que tinha dentro de sua estrutura estatuas de Zeus e Atenas, que teriam sido cobertas por chumbo derretido vindo do teto e por escombros. Referindo-se a estas estátuas, o advogado do Fisco escreve que depois do ocorrido

era opinião geral que as ditas cujas estatuas haviam igualmente calcinado, mas quando o lugar estava limpo e pronto para a restauração pode-se ver que o único capaz de resistir a aquela destruição haviam sido as estátuas dos deuses em questão. O qual permitiu a todos os homens cultivados estimular mais esperança em relação a cidade, no sentido de que estes deuses {Zeus e Atenas} mostravam a vontade de velar por ela (HISTÓRIA NOVA, 5,24).

Ao analisarmos essa passagem, devemos considerar que o advogado do Fisco utilizou esta catástrofe, o incêndio, para qualificar positivamente a cidade de Constantinopla, elevando discursivamente a capital do Império em que tanto o autor quanto os seus leitores habitavam. O fato das estátuas de Zeus e Atenas terem se mantido intactas depois da catástrofe seria um indício de que a capital poderia ser abençoada pelos deuses assim como o fora com a antiga capital, Roma. Apesar de tudo, os deuses ainda poderiam velar pelo que restara do Império Romano se o mesmo voltasse a realizar os cultos aos mesmos.

Constantinopla é extremamente valorizada e engrandecida durante uma digressão no livro segundo, presente nos capítulos 2,35 a 2,37. No primeiro destes, o classicista afirma que:

Muitas vezes me admirei de como, embora a cidade dos bizantinos se havia elevado a tamanha altura que nenhuma outra pudesse a protagonizar em prosperidade ou extensão, nenhuma profecia havia sido dada aos nossos antepassados acerca de seu caminho a uma sorte melhor (HISTÓRIA NOVA,

2,35).

Zósimo escreve que, depois da sua pesquisa, encontrara uma profecia antiga feita por um Oráculo, que ele atribui ter sido proferida por Sibila de Entras ou Faeno de Épiro33, que previa o glorioso futuro de Bizâncio. Observemos uma parte da mesma:

a cidade desejará, rei dos trácios, e entre gado e grande leão, de garras curvas, terrível, criará, que um dia os tesouros haverá de arrebatar do solo pátrio e será sua esta terra sem esforço. E digo que você não há de ufanar por muito com honras de cetro, mas do trono cairá, pois de um lado e do outro tem cachorros. A um lobo adormecido, de garras curvas, terrível, ponhará em movimento [...] Então, se lobos abitaram a terra dos bitínios por designo de Zeus. E logo o império vai tocar os homens que habitam o solo de Bizâncio. Três vezes feliz Helesponto, por deuses fabricados muros dos homens (HISTÓRIA NOVA,

2,36).

Depois de escrever essa profecia antiga que havia encontrado, o autor afirma que ela ‘’ disse praticamente tudo: [...] ‘ logo o império vai tocar os homens que habitam o solo de Bizâncio’’ (HISTÓRIA NOVA, 2,37). Ou seja, nesta digressão o autor coloca Constantinopla como o espaço privilegiado e comandante do seu Império. O coração do Império do seu presente.

Como foi possível a fabricação por Zósimo de uma espacialidade imperial romana tão contrastante, onde o solo bizantino é tão valorizado e o itálico (romano) é tão depreciado? Um dos motivos é que durante o período em que o advogado do Fisco escreveu, a situação das porções ocidental e oriental que haviam composto o Império de outrora eram altamente contrastantes, e não ‘’ somente’’ devido ao fato do Império Romano Oriental ter sobrevivido às invasões bárbaras durante a Antiguidade Tardia e o Ocidental ter sido derrotado e substituído por diversos reinos bárbaros.

De acordo com Bryan Ward-Perkins, no seu livro A Queda de Roma e o Fim da

Civilização de 2005, a situação econômica durante os séculos V e VI dos territórios que haviam

composto o Império Romano Ocidental deteriorou-se, havendo uma redução drástica na atividade econômica, que pode ser constatada pela redução quantitativa e qualitativa da

33 Para justificar a atualidade da profecia, que já possuía uma considerável antiguidade por ter sido interpretada

pelo rei bitínio Nicomedes II (século II a.C.), Zósimo afirma que ‘’ para a divindade, que existe e sempre existirá, qualquer tempo é breve’’ (HISTÓRIA NOVA, 2,37).

produção de cerâmicas, pelo quase desaparecimento da utilização das moedas de cobre (que eram as utilizadas para transações mais cotidianas) e pela redução de poluentes na atmosfera que eram resultantes da atividade manufatureira. Segundo Ward-Perkins, o que ocorreu com o ocidente não foi uma recessão, na verdade

o que vemos {no Ocidente pós-romano} é uma mudança qualitativa assinalável, com o desaparecimento de indústrias inteiras e de redes comerciais. A economia do Ocidente pós-romano não é a do século IV reduzida em dimensão, mas uma entidade muito diferente e muito menos sofisticada (WARD-PERKINS, 2006, p. 159).

Em contraste, o Império Romano Oriental encontrava-se próspero no mesmo período, eram os tempos áureos no tocante à situação econômica. De acordo com Ward-Perkins, no oriente encontramos um aumento na produção e difusão de cerâmicas, que acompanhou um aumento na produção e exportação de vinho e azeite, há a manutenção e aumento do uso das moedas de cobre e o aparecimento de novos povoados em regiões outrora improdutivas. Mesmo que possa ter passado toda a sua vida sem sequer ter pisado no Ocidente pós-romano, Zósimo pode ter tido conhecimento e noção da brutal diferença entre a situação deste e a do Império onde habitava.

Em síntese, na espacialidade imperial romana fabricada na História Nova, encontramos a substituição simbólica do coração do Império Romano de Roma para Constantinopla. Ela foi produzida em um contexto de relações de poder em que a Segunda Roma havia suplantado a Primeira em proeminência econômica, política e cultural. Tal espacialidade confirma a tese de Carlo Bertelli, de que o poder simbólico, político e cultural de Roma foi ofuscado pelo de Constantinopla nas representações produzidas nesta com o passar da Antiguidade Tardia.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao produzir uma releitura do Império Romano na sua obra classicista, Zósimo não somente refletiu sobre o seu passado, mas também sobre o seu presente e dos seus leitores. Deparando-se com este, escreveu a História Nova buscando comprovar a sua tese de que a causa do seu presente, que considerava decadente, foi o abandono dos cultos ancestrais causado pela Cristianização do Império Romano. Tendo isso em vista, utilizou-se principalmente, mesmo que de uma forma relativamente dependente, das obras de outros historiadores que possuíam ideias semelhantes às suas, criando assim uma narrativa de valorização do elemento pagão na História Romana, diversa da versão que estava sendo escrita pela corrente historiográfica predominante do seu tempo, a das Histórias Eclesiásticas, que escrevia uma vertente cristã da História do mesmo Império. O objeto da História Nova não são os acontecimentos do passado, mas o que para Zósimo estava por trás deles: a Fortuna.

As representações dos imperadores romanos presentes na História Nova devem ser vistas como ferramentas que o advogado do fisco utilizou para, através da sua obra historiográfica, fabricar e propagar uma memória politeista do Império Romano que levasse aos seus contemporâneos terem consciência da necessidade do Império voltar a realizar os cultos ancestrais para que o mesmo voltasse a ser abençoados pelos deuses. Memória essa reforçada através da forma como Zósimo descreveu Constantinopla na sua obra, valorizando repetitivamente o elemento pagão na constituição do espaço da capital do Império Romano do seu presente, além de silenciar e minimizar a presença do Cristianismo em tal espaço, justo em uma época em que o novo credo estava muito presente na vida urbana, com a grande existência de elementos urbanos característicos do Cristianismo, como é o caso das igrejas.

Ao emitir juízos de valor sobre diferentes espaços do Império, inclusive utilizando catástrofes e metáforas, Zósimo expõe as relações de poder do seu tempo. Além de criar um contraste entre o Império Romano ideal dos tempos áureos e o real dos tempos de decadência em que vivia, ele fabrica uma espacialidade imperial romana em que Roma é substituída por Constantinopla como o coração do Império. Esta era a capital que poderia voltar a ser abençoada pelos deuses, aquela já havia decaído. Este contraste, ao nosso ver, parece ser mais característico do tempo em que advogado do Fisco compôs a sua História Nova (499-527) do que o da sua principal fonte, Eunápio (entre a segunda metade do século IV e a primeira década do V), visto que Zósimo vivia numa época em que as situações do Império Romano Oriental e a do Ocidental eram mais contrastantes: este não mais existia, teve a sua antiga capital (Roma) saqueada e as porções que o compuseram sofriam economicamente, enquanto que aquele não

somente existia e possuía uma capital intacta e poderosa, mas também vivia um grande período de prosperidade econômica e de relativa paz. Apesar de ter ideias semelhantes à do advogado do Fisco, Eunápio de Sardes não presenciou a realidade que se encontrava Zósimo, a de viver em um Império Romano sem Roma.

Apesar de não podermos ter certeza qual era a exata relação de Zósimo com Constantinopla, podemos afirmar que o advogado do Fisco, no mínimo, vivia dentro da área de influência da capital e conhecia, mesmo que não como um nativo, a sua realidade. Na sua narrativa da História Nova, observamos que Zósimo não somente coloca Constantinopla em proeminência e descreve-a detalhadamente, inclusive aludindo como era a mesma nos seus dias atuais, afirmando que determinado elemento urbano antigo ainda existia na cidade, mas também que conhecia a própria situação social da cidade, como podemos constatar quando o mesmo, no capítulo 2.31, afirma que a distribuição de alimentos à população de Constantinopla pelo governo imperial ocorria ´´até hoje em dia´´ (HISTÓRIA NOVA, 2.31). Somando isso à grande influência no seu livro primeiro das revoltas ocorridas durante as brytae de 499 e 501 em Constantinopla, quando critica severamente a dança de pantomima, parece-nos ser seguro afirmar que Zósimo conhecia Constantinopla, inclusive diretamente, e era muito influenciado pela mesma.

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