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Rompendo com a violência

No documento Dores no corpo e dores na alma (páginas 87-112)

A mulher em situação de violência encontra-se amarrada na relação com quem a agride, a relação é carregada de dor e sentimentos de desamparo. Mesmo identificando as agressões as mulheres enfrentam grandes dificuldades para romper com o ciclo da violência.

Para Scharaider et al. (2005), este é um processo difícil e complicado, até porque a mulher conhece todo o ciclo da violência e sabe que depois dessa fase vai começar tudo novamente. Somente a partir do momento que a mulher passa a ter consciência do processo e enxergar o ciclo no qual está envolvida é que começa a possibilidade de romper com ele.

A tomada de consciência em relação à violência sofrida é o primeiro passo para o seu processo de ruptura. De acordo com o Populations Reports (1999, p. 7), “abandonar um relacionamento abusivo é um processo que, frequentemente, inclui períodos de negação, culpa e submissão antes que a mulher finalmente se dê conta de que o abuso continuará a se repetir e passe a se identificar com outras mulheres na mesma situação”.

Chega um momento estanque em que as mulheres sentem a necessidade de romper com o ciclo da violência, pois se percebem em risco de vida, e para que a ruptura aconteça é fundamental o apoio da rede primária.

“A ruptura se deu por motivos pessoais tive que me separar dele por um período de um ano e sair de casa, esse foi sem dúvida o trampolim para cair na realidade e “abrir os olhos” para não me deixar violentar mais e colocar definitivamente um ponto final naquela relação. A paixão pelo meu atual companheiro foi sem dúvida a maior força para o divórcio e rumar à felicidade.” (Ana).

“Sim, ás vezes nem sei como. Meu pai sempre me dizia ao telefone que a casa dele era minha casa e de minhas filhas. Passei mais de seis meses depois que percebi que deveria fugir tentando achar uma maneira, mas em todas ele me acharia, eu não tinha dúvida alguma que ele cumpriria com a promessa de nos matar. Ao mesmo tempo tinha necessidade de ser uma pessoa boa, não poderia arquitetar um plano por trás. Aí aconteceu num sábado onde eu não tinha mais vida nenhuma, não sei como ainda respirava, foi o fundo do poço, é pouco, acho que já estava beirando o inferno. Uma voz ecoava dentro de mim: “se eu anoitecer em Salvador eu não amanheço”, isto ecoava sem parar, meu raciocínio estava toldado. Eu sabia que tinha que ir embora naquele dia. Comprei duas passagens de avião Salvador Porto Alegre e raspei todo dinheiro que tinha em casa. Arrumei minha mala e da pequena N. enquanto ele estava fora fugi. Sem Saber o que estava fazendo, apenas fazendo. Os dois meses seguintes foram via sacra de delegacia fórum promotoria, tentando resgatar minha filha que ficou pra trás. Não teve jeito. “Uma noite “me armando de coragem que não tinha peguei o telefone e liguei” me põe ela no avião este fim de semana ou segunda

estarei aí e não me importa se tu me matar, mas antes conto pros teus pacientes que tu não é médico”. Consegui minha filha de volta. Por mim só.” (Beatriz). “Rompi com a violência depois de 19 anos, me divorciei sob pressão, já que meu então companheiro não queria dar o divórcio. Este só ocorreu, devido ao acordo verbal, de que, mesmo assinando pagamento de pensão, ele não repassaria a pensão aos filhos. Na ânsia de me libertar do ciclo de violência vivido, aceitei de imediato o acordo. Sendo assim nunca pagou pensão alimentícia a sete filhos criança e adolescentes, que terminei de criar.” (Catarina).

Podemos observar que o rompimento com o relacionamento violento não é garantia de segurança para a mulher, nem para seus filhos. Achados teóricos acerca da violência contra a mulher demonstram que as agressões e ameaças podem continuar e até mesmo aumentar, depois que a mulher rompe com seu parceiro e, nesse período, aumentam o risco de a mulher ser assassinada pelo marido (POPULATION REPORTS, 1999), essa realidade fez parte da vida de Beatriz, que necessitou fugir de sua cidade para escapar de um possível assassinato.

4.12 (Re) construindo um futuro de sonhos

A violência vivenciada por longos anos deixa muitas cicatrizes na alma dessas mulheres, muitas levam anos para livrarem-se dos traumas e medos deixados pelas situações vivenciadas. Um fator importante que ajudou na ruptura da violência é que as três mulheres não possuíam dependência econômica em relação ao companheiro.

“Continuar a ser feliz como passei a ser e ter muita saúde para aproveitar o que ainda quero viver e sei que mereço. Amar e ser amada. Fazer tudo o que não consegui fazer durante 21 anos de inferno. Muitos deles já foram conseguidos: estudei, que foi sempre o meu maior sonho, formei e fui colega da minha filha, não voltar a deixar que homem algum me faça passar por qualquer tipo de violência. Ser sempre a Mulher em que me consegui tornar.” (Ana).

“Hoje sou uma pessoa feliz, faço tratamento para depressão, utilizo vários medicamentos, mas me considero feliz, pois estou bem empregada, fazendo CNH, minha casa é arrumadinha, me sinto bem e bem-sucedida. Quero fazer cursinhos que me deem aumento salarial e a faculdade que não tenho ainda. Penso sobre quando me aposentar em poder ir pra Israel (sou judia) trabalhar em um quitutz e depois ter uma vida tranquila numa prainha do nordeste com um projeto social.” (Beatriz).

“Após o divórcio, mudei de cidade. Aos poucos fui rompendo as dificuldades financeiras, já que meus filhos foram crescendo. Mesmo com muitas dificuldades, tornei-me uma mulher muito independente e destemida. Divorciada desde 1979,

nunca mais me casei, pois relacionei casamento a sofrimento. Em todo este período vivi basicamente para e com os filhos.” (Catarina).

Através das análises realizadas nas falas, constata-se que cada mulher que vivencia a violência expressa as marcas descritas de diferentes formas. Heidegger (1997, p. 11) diz que “é a violência que se faz habitual e o corpo é o instrumento sinalizador. É nele que estão as marcas do seu modo de viver humano”. Ou seja, as marcas da dor se expressam de diferentes formas, trazendo consequências que acompanham a mulher por anos e anos de sofrimento.

No entanto, ficou visível que essas mulheres conseguiram romper o ciclo da violência, continuam sonhando e buscando um futuro de felicidades, é claro que muitas cicatrizes ainda permanecem, como nos relatos de Catarina, que nunca mais conseguiu reconstruir uma vida afetiva, acabou vivendo basicamente para os filhos, já Beatriz revela que sofre com problemas de depressão e faz uso de vários medicamentos.

As falas nos fazem compreender que o processo de recomeço não é fácil. Ele se dá de variadas formas, contínuo e descontínuo. O processo se inicia no resgate da autoestima dessas mulheres, no recomeço, no convívio com as famílias, amigos e na sua inserção social. Para que essas mulheres conseguissem romper com a violência, a rede de apoio foi fundamental, tanto a rede primária quando as redes secundárias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao chegarmos ao fim dessa dissertação, a sensação experimentada é de que a busca por respostas cedeu lugar a complexificação das perguntas: Como colocar no papel anos de estudos de gênero e lutas por direitos? Como manter-me neutra diante das histórias de violência relatadas? Como exprimir toda a riqueza de detalhes repassadas por essas mulheres?

Quando no início dessa dissertação me incluí, relatando experiências de minha vida pessoal, quis aqui demostrar que as situações de violência doméstica muitas vezes estão dentro de nossas casas, na vizinhança, na casa de nossos irmãos ou familiares, e que romper com esse ciclo às vezes requer tempo, preparação e apoio das redes primárias e secundárias.

E sabe-se que a violência contra a mulher se expressa através das relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e homens, que tem conduzido à dominação, à discriminação contra a mulher, provocando impedimentos contra o seu pleno desenvolvimento. A sociedade esteve inserida num sistema patriarcal, em que a dominação masculina se evidenciou na organização da sociedade.

Na década de 70 iniciou-se no Brasil movimentos feministas que passaram a reivindicar condições de vida melhores e o direito a sua própria existência, muitas foram as conquistas, um dos objetivos do movimento de mulheres foi caracterizar a violência de gênero como violação dos direitos humanos e elaborar uma lei que garantisse proteção e procedimentos mais humanizados para as vítimas. Em 2006 foi promulgada a Lei Maria da Penha, que traz como inovação o atendimento multidisciplinar, tanto para a vítima como para o agressor e centros de educação e reabilitação de agressores.

Neste estudo procurou-se dar voz às mulheres, com o objetivo de conhecermos suas histórias de vida, bem como as estratégias utilizadas por elas para a superação da violência doméstica. Os resultados emergiram ao longo das reflexões e análises realizadas, a partir da história de vida das três mulheres que contribuíram com seus relatos.

As mulheres participantes desta pesquisa nos relatam uma trajetória de vida marcada pela violência praticada pelo parceiro íntimo em suas diversas manifestações, como a psicológica, física e patrimonial. As humilhações, ameaças, socos, empurrões, destruição de seus pertences provocaram impacto na vida delas, de modo a gerar medo, insegurança, perda da autonomia, submissão. Uma vez iniciado o ciclo de violência, essas mulheres vivenciavam uma dinâmica familiar de repressão, ciúmes, discussões e agressões.

A maioria das mulheres relatou que na infância não tive contato com a violência doméstica, que a violência foi vivenciada a partir da união conjugal, em que o relacionamento

afetivo iniciou-se de maneira tranquila e romântica e, com o passar do tempo, transformou-se em violento e perigoso.

A tomada de consciência em relação à violência sofrida é um passo importante para que a mulher possa romper com o ciclo de agressões, no entanto todas relatam que após as agressões os companheiros prometiam modificar o seu comportamento e acabavam revivendo a fase da lua de mel, que logo em seguida vinha com a fase de tensão e explosão e o ciclo da violência recomeçava. Mesmo conscientes da agressão sofrida as mulheres percorrem um longo caminho até o rompimento com o agressor. Constatamos que as mulheres vítimas de violências demoraram meses e até anos para romper com essa relação, demonstrando que o caminho é complexo e cheio de idas e vindas, dúvidas e medos e, muito dependente do grau de envolvimento emocional, dos riscos a serem enfrentados e, sobretudo, do apoio recebido dos familiares, amigos e profissionais, com quem mantém contato.

A violência doméstica deixa marcas profundas na vida dessas mulheres e, embora a maioria dessas marcas sejam na alma como consequências de fatores emocionais e traumas profundos, algumas mulheres carregam consigo marcas, estampadas no corpo, da violência vivenciada.

De um modo subjetivo as dores no corpo e as dores na alma, refletem a magnitude das relações de poder existentes na sociedade, são corpos machucados, e almas violadas, as cicatrizes que as acompanharão para sempre aparecem constantemente em suas lágrimas e falas como algo que incomoda, machuca, provoca vergonha e traz à tona lembranças desagradáveis de um passado não tão distante.

A pesquisa possibilitou identificar que as mulheres vítimas de violência doméstica estão em processo de empoderamento, apresentam perspectivas de superação do vivido, na medida em que relataram seus sonhos, planos para o futuro e desejo de viver com uma melhor qualidade de vida. O rompimento com o ciclo da violência teve início quando essas mulheres se sentiram amparadas pelas redes de atendimento primárias e secundárias.

Porém, somente será possível a desconstrução sócio-histórica-cultural do patriarcado e a superação da violência doméstica contra a mulher através de uma educação igualitária, garantindo que homens e mulheres sejam tratados de maneira igualitária e equânime, introduzindo as novas gerações discussões sobre os papeis de gênero. Neste sentido, ações conjuntas – Governo, Universidade e sociedade, principalmente, nas áreas de educação e cultura são imprescindíveis para minimizar a violência doméstica.

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