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ROSMANINHO: COMPARAÇÃO DO DESEMPENHO DE FTIR ATR E FT-RAMAN

António J. A. Santos

1*

, Letícia M. Estevinho

2,3

, Helena Pereira

1

, Ofélia

Anjos

1,4,5

1Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de

Lisboa, Lisboa, Portugal

2 Escola Superior Agrária de Bragança, Bragança, Portugal

3Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança, Bragança

Portugal

4Instituto Politécnico de Castelo Branco, Castelo Branco, Portugal

5Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior, Castelo Branco, Portugal

* antonioalvesantos@gmail.com

Introdução: O mel de Monofloral de Rosmaninho é muito apreciado pelos consumidores devido ao seu aroma e sabor característico [1,2]. Dada a relevância económica deste tipo de mel, é importante desenvolver uma metodologia rápida e não dispendiosa que permita certificar a sua qualidade.

As técnicas de FTIR-ATR e RAMAN têm sido muito usadas em análise de alimentos e em particular na análise de méis [3,4].

Neste contexto, este estudo teve como objetivo comparar a potencialidade das técnicas FTIR-ATR e FT-RAMAN para o controle de qualidade do mel de Rosmaninho.

Métodos: Os modelos de calibração foram efetuados recorrendo a modelos de regressão PLS-R para os parâmetros de acidez total, açúcares redutores, hidroximetilfurfural (HMF), condutividade elétrica, cinzas, conteúdo de prolina, índice diastasíco, sacarose aparente, flavonóides totais e conteúdo total de compostos fenólicos.

Resultados: Os modelos de calibração apresentaram valores elevados de coeficientes de determinação e de desvio residual de predição, bem como valores baixos relativos aos erros quadráticos de calibração e validação cruzada.

Os resultados obtidos neste estudo confirmam a potencialidade das técnicas de FTIR- ATR e FT-Raman para o controle de qualidade e avaliação das características físicas- químicas do mel de rosmaninho, embora a técnica FT-Raman tenha fornecido modelos mais robustos.

Palavras-chave: FT-Raman, FTIR-ATR, mel, rosmaninho, composição química, controle de qualidade.

[1] T. Gomes, X. Feás, A. Iglesias, L.M. Estevinho, Study of organic honey from the northeast of Portugal, Molecules, 16, 5374–5386 (2011).

[2] W. Von Der Ohe, L. Persano Oddo, M.L. Piana, M. Morlot, P. Martin, Harmonized methods of melissopalynology, Apidologie, 35, S18–S25 (2004).

[3] O. Anjos, M.G. Campos, P.C. Ruiz, P. Antunes, Application of FTIR-ATR spectroscopy to the quantification of sugar in honey, Food Chemistry, 169, 218–223 (2015).

[4] O. Anjos, A. J.A. Santos, V. Paixão, L. M. Estevinho. Physicochemical characterization of Lavandula spp. honey with FT-Raman spectroscopy, Talanta, 178, 43–48 (2018).

COIMBRA, 1 A 3 DE FEVEREIRO 2018 - 52

O. 2.04 UMA LÍNGUA ELECTRÓNICA PARA A

DISCRIMINAÇÃO DA ORIGEM FLORAL DO MEL

Youssef Elamine*

1,2,3

, Pedro M. C. Inácio

2,3

, Badiâa Lyoussi

1

, Ofélia

Anjos

4,5,6

, Leticia M. Estevinho

7,8

, Maria da Graça Miguel

2

and Henrique

L. Gomes

2,3

1Laboratory of Physiology-Pharmacology-Environmental Health, Faculty of Sciences

Dhar El Mehraz, BP 1796 Atlas, University Sidi Mohamed Ben Abdallah, Fez 30 000, Morocco

2Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências e Tecnologia, 8005-139 Faro,

Portugal.

3Instituto de Telecomunicações, Avenida Rovisco, Pais 1, 1049-001 Lisboa, Portugal.

4Instituto Politécnico de Castelo Branco, Castelo Branco, Portugal

5Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa,

Tapada da Ajuda, Lisboa, Portugal

6Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior, Castelo Branco, Portugal

7Escola Superior Agrária de Bragança, Bragança, Portugal.

8Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança, Bragança

Portugal.

yamine@ualg.pt

Na apicultura, a determinação, ou a confirmação da origem floral do mel é um valor importante, sendo uma etapa crucial no seu processo de comercialização [1]. O desenvolvimento de ferramentas rápidas, confiáveis para determinar a origem floral do mel em tempo real é uma necessidade tecnológica premente [2,3]. Este trabalho descreve o desenvolvimento e teste de uma língua electrónica capaz de determinar a origem botânica do mel. A língua electrónica é um instrumento portátil que fornece uma assinatura floral do mel em tempo real e in situ sem necessidade de preparar amostras em laboratório e sem o recurso a instrumentação complexa. O protótipo da língua electrónica foi testado usando 49 amostras de mel, e validado por um conjunto de análises laboratoriais convencionais realizadas em paralelo. Entre estas salienta- se, a análise melissopalinológica e várias análises físico-químicas. A língua electrónica usa medidas eléctricas nomeadamente a resposta em frequência da impedância eléctrica da bicamada estabelecida entre uma solução diluída de mel e um conjunto de eléctrodos sensores. Os quatro sensores da língua electrónica medem em simultâneo um conjunto de parâmetros que depois de processados fornecem ao utilizador uma assinatura eléctrica única característica de uma origem floral do mel em análise. O conjunto de parâmetros eléctricos fornecido pelos diversos sensores que equipam a língua electrónica são processados em tempo real pela Análise de Componentes Principais (ACP). A ACP é um procedimento matemático que converte um conjunto de observações de variáveis possivelmente correlacionadas num conjunto de valores de variáveis chamadas de componentes principais [3]. Estas componentes permitem obter a “impressão digital” de um determinado mel. Os resultados mostram que a língua electrónica distingue amostras de mel com origens florais distintas. Entre os estudos realizados salienta-se a distinção do mel rosmaninho de Portugal do mel de Zandaz de Marrocos entre outros. Para além disso, os subgrupos resultantes dentro de cada tipo de mel foram semelhantes aos resultados obtidos após as análises polínicas e físico-químicas das amostras.

[1] E. Anklam, Food Chem. 63 (1998).

[2] Z. Wei, J. Wang, W. Liao, J. Food Eng. 94 (2009). [3] H. Smyth, D. Cozzolino, Chem. Rev. 113 (2013).

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O. 2.05 PÓLEN APÍCOLA: CONTROLO DE QUALIDADE E

LEGISLAÇÃO

Campos MG,

1,2*

Anjos O.

3,4,5

1Centro de Química de Coimbra (CQC, FCT Unidade 313), Departamento de Química,

Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra, Rua do Norte, 3004- 535 Coimbra, Portugal;

2Drug Discovery Group, Centro de Estudos Farmacêuticos, Faculdade de Farmácia,

Universidade de Coimbra, Campus de Ciências da Saúde, Azinhaga de Santa Comba, 3000-548 Coimbra, Portugal;

3IPCB/ESA – Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária;

ofelia@ipcb.pt

4CEF/ISA/UTL – Centro de Estudos Florestais, Instituto Superior de Agronomia,

Universidade Técnica de Lisboa

5Centro de Biotecnologia de Plantes da Beira Interior, Castelo Branco, Portugal.

mgcampos@ff.uc.pt

O consumo de pólen apícola para fins terapêuticos perde-se no tempo e abrange diferentes aplicações nutricionais e terapêuticas. No entanto, a base científica que permite a inclusão desta matriz vegetal em formulações farmacêuticas ainda não é suportada por uma monografia completa que proteja a Saúde Pública e sustente as bio-atividades preliminarmente investigadas. Mantêm-se assim como alimento, mas apresentando características muito importantes a nível nutricional podendo suplementar um plano alimentar carente em micronutrientes, para além de um importante equilíbrio entre conteúdo proteico, lipídico e glucídico com um baixo índice calórico. Muita investigação foi realizada nas últimas décadas e a preocupação com a qualidade desta matéria-prima levou a uma publicação recente para iniciar o processo de padronização de metodologias que permite a construção de uma Directiva Europeia de Controlo de Qualidade (Campos et al., 2017 in Coloss Bee Book, vol. III). Alguns detalhes dos principais compostos fornecem informação relacionada com cada fonte vegetal permitindo associar atividades nutricionais e terapêuticas que fundamentam cientificamente o uso tradicional. Os perfis de compostos polifenólicos facilitam a identificação dessas origens florais e permitem encontrar novos compostos para diferentes bio-atividades, que vão desde, a prevenção de cancro da próstata, aumento da massa óssea e diminuição do perfil lipídico até à atividade anti-inflamatória, antioxidante e antimicrobiana [1, 2]. No entanto, ensaios de segurança/toxicidade ainda precisam de mais informação especialmente em casos de ingestão crónica, por exemplo, de pólen com alcalóides pirrolizidinicos [3]. Em conclusão, esta matriz tem um forte potencial como matéria- prima que pode ser usada tanto como alimento, como para desenvolver novos medicamentos.

[1] Campos, M.G.; Olena, L.; Anjos, O. 2016. Chapter 3, Chemical Composition of Bee Pollen. In Chemistry, Biology and Potential Applications of Honeybee Plant - Derived Products. Susana M. Cardoso and Artur M.S. Silva Editors, Bentham Science Publishers, United Arab. pp. 67-88.

[2]. Anjos O., Estevinho M. L., Campos M.G. 2017. Poderá o pólen ser considerado um superalimento?. Revista do Instituto Politécnico de Castelo Branco, 11: 20-26.

[3]. Boppre, M; Colegate, S M; Edgar, J A; Fischer, O W (2008) Hepatotoxic pyrrolizidine alkaloids in pollen and drying-related implications for commercial processing of bee pollen. Journal of Agricultural and Food Chemistry 56 (14): 5662-5672.

COIMBRA, 1 A 3 DE FEVEREIRO 2018 - 54

O. 2.06 INFLUENCIA DEL MANEJO DEL COLMENAR EN LA

COMPOSICIÓN DE IMPUREZAS Y OTROS CONTAMINANTES

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