• Nenhum resultado encontrado

Sala de aula da professora S20

No documento thyarafiorilloduarteresende (páginas 141-144)

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).

A última professora entrevistada foi a S23 que é professora de apoio contratada. Ela relatou que:

Sou professora de apoio há 09 anos. Atualmente estou no quinto ano, já tive alunos com autismo tanto no estadual quanto municipal, mas eu gosto mais dos menores.

No município eu trabalho com dois Downs no sistema de bi docência (só no município que o down consegue apoio.)

Segundo a professora, quando questionada sobre a inclusão dos alunos com deficiência na escola regular:

A inclusão para ela é boa, pois o aluno vai para a frente se relaciona com outras crianças elas avançam muito, mas ainda temos muitos problemas como a acessibilidade e as vezes até material, porque se esses alunos estavam de lado, só tinham atendimento fora da escola, não participavam do convívio regular de uma escola, eu acho ótimo. Aqui na escola eu trabalho com um aluno que tem autismo ele tem 10 anos, eu acompanho o S24 desde o segundo ano, nossa ele deu muito trabalho porque no primeiro ano ele não tinha professor de apoio, no segundo eu já fiquei com ele e praticamente alfabetizei ele, no terceiro não fui eu, mas depois eu voltei, ele hoje consegue acompanhar a turma, mas nem todos conseguem.

Em relação ao processo de aprendizagem do seu aluno, a professora nos disse que: “O S24 consegue acompanhar sem precisar adaptar eu só reexplico a matéria. No segundo ano ele não conseguia, ele melhorou muito”.

S23 disse que a família do S24 ajuda muito. Consiste em uma família participativa que estimula muito a criança a sempre estar buscando ultrapassar seus limites. Segundo a docente, ele está muito bem na escola, consegue escrever e ler sozinho, sempre dentro do seu limite.

A docente acha que a interação com a professora regente é fundamental para o desenvolvimento destes alunos, e segundo S23, os professores regentes da escola sentem que os alunos com deficiência são da turma e que não há diferenciação.

A professora informou que o aluno participa do AEE, mas no turno regular da aula, pois o atendimento só é oferecido na escola na parte da manhã, o mesmo turno que o aluno estuda.

Para a professora, o sistema educacional brasileiro integra mais do que inclui os alunos com deficiência e assevera:

O sistema de ensino integra mais que inclui. Eu já conheço ele quando eu zango com ele ficava nervoso, mas agora já sei contornar. O estímulo é a diferença para que essa criança desenvolver.

Grupo 1. C: Professor do AEE

Na escola, existe apenas uma professora responsável pelo AEE e este só funciona no turno da manhã. A professora S27 é a responsável pela sala e começa se apresentando e dizendo algumas ações realizadas no ano passado na sala de recursos:

Eu trabalho aqui desde o ano de 2018 sou efetiva. Eu atendo numa média de 12 a 13 alunos. Nós fizemos uma reunião no final do ano passado com os pais dos alunos com deficiência que estudaram aqui para fazer uma apresentação de final de ano desses alunos junto com a professora de apoio, contendo todas as atividades executadas ao longo do ano letivo tanto com as professoras de apoio quanto nas salas de recurso.

Eu já fui regente, de apoio há mais de 08 anos. Aqui eu atendo outros alunos de outras crianças, aqui a escola polo.

A docente explica como funciona o atendimento educacional especializado na escola, na sala de recursos:

O trabalho aqui é feito por deficiência e por habilidades que ele não conquistou, por exemplo, S26 (O CID dele é somente pra sala de recurso, ele tem um déficit de atenção) melhorou a leitura, o S24 já melhorou muito a interação, mas ele também tem professor de apoio. Não tem um parâmetro na sala de recurso, cada deficiência e uma, cada aluno é um aluno. Você faz um diagnóstico e faz um planejamento que deve ser feito com calma, respeito as especificidades de cada aluno. Mas falta acessibilidade e condições de trabalho para que possamos desenvolver nosso trabalho.

A professora informou sobre como se dá o início do trabalho com o aluno com deficiência na sala de recursos: “aqui só participa os alunos com laudo, depois eu faço

uma reunião com os pais, apesar de ser direito do aluno, os pais têm que concordar, assinam um termo de compromisso”.

Geralmente, segundo a docente, o atendimento é feito com dois alunos por horário, mas depende do tipo de deficiência. Os jogos e materiais que a professora desenvolve com esses alunos, segundo seus relatos, são comprados por conta própria, pois o Estado quase não manda recursos para isso.

S27 preceituou de extrema importância para o desenvolvimento do aluno com deficiência o regular apoio oferecido na sala de recursos e a sintonia dos professores regentes e de apoio, e assinala: “para desenvolver esse trabalho de inclusão destes alunos na escola, tem que haver uma interação com a sala de recursos , as professoras regentes e as professoras de apoio”.

Em relação ao apoio que a escola oferece às demandas do AEE e a preocupação de se deixar na escola todas as atividades desenvolvidas pelos alunos, a professora disse que:

Temos um apoio aqui para desenvolver as atividades tanto da direção quanto das professoras. O meu trabalho é uma continuação do que as professoras fazem em sala de aula, porém, mas tecnológico, mais concreto, jogos no computador, tudo é registrado através de fotos, fica registrado na escola caso os pais queiram ver.

Quanto ao desenvolvimento e aprendizado dos alunos com deficiência na escola regular, a docente assinalou: “o desenvolvimento destes alunos depende, tem alunos dos anos finais que nem alfabetizados são e alunos dos anos iniciais que têm um desenvolvimento melhor, isso depende da deficiência, do laudo”.

A sala de AEE não é acessível, a porta de acesso é bem estreita e a sala é bem apertada. Conforme relato da professora S27, a escola possui no primeiro ano um aluno cadeirante e com paralisia, a qual não consegue adentrar na sala. Assim, o trabalho desenvolvido para este aluno tem que ser em outro espaço mais adequado.

No documento thyarafiorilloduarteresende (páginas 141-144)