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Sim, são sempre coisas novas que é ótimo para eles, e explorar é uma atividade ótima para o desenvolvimento pessoal de cada um.

Transcrição da Entrevista

Educadora 11: Sim, são sempre coisas novas que é ótimo para eles, e explorar é uma atividade ótima para o desenvolvimento pessoal de cada um.

Entrevistadora: Obrigada pela sua disponibilidade e participação.

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1 – Método Brincar Heurístico

1.1 – Importância da Brincadeira;

“… eles com a brincadeira desenvolvem montes de aquisições, em vez de … faz isto, faz aquilo, eles ao explorarem tudo o que está à sua volta deles, eles vão aprendendo …” (E7_L25-27)

“… acho muito importante a brincadeira em todas as idades … é a brincar que eles vão explorar é a brincar que eles vão aprender e vão adquirir muitos conhecimentos é através do brincar, sem dúvida que eu valorizo muito …” (E8_L66-69) “… acho que a brincadeira é muito importante e às vezes dou por mim a pensar, será que os deixo brincar demais, depois penso, não, não eles precisam de brincar … tipo de brincadeira que eles são capazes de inventar, de improvisar, de criar o que isso trabalha a imaginação …” (E9_L45-51)

“… brincadeira é uma maneira de estar, em que a criança pode se explorar a si próprio, aos outros, ao espaço e aos objetos e não se ensina a brincar, brincar tem de ser uma coisa espontânea. E temos que respeitar o tempo da criança … brincadeira para mim é importante, até o mais importante para mim nesta fase.” (E10_L33-34)

“… fundamental, é essencial na educação aliás eu não consigo ensinar sem ser a brincar, é o dia a dia deles aprendem a brincar … é precisamente o brincar a aprender e o aprender a brincar que é o meu trabalho diário.” (E11_L32-35)

1.2 – Tempo das Brincadeiras Orientadas/Não Orientadas;

“… brincam muito livremente, mas cada vez mais a sociedade exige que a gente oriente a brincadeira … é um erro … e a brincar é que eles fazem imensas aquisições mesmo a nível da social …” (E7_L30-33)

“… acho que tem de haver as duas coisas … há brincadeira livre … também há a orientada, que são as atividades que eu faço com eles …” (E8_L71-73)

“… tento sempre que eles tenham muito tempo para brincar … existe quase todos os dias uma atividade orientada … não quer dizer que todos a realizem nesse dia, mas eu oriento uma atividade enquanto uns brincar outros fazem …” (E9_L76- 80)

“Nem muita de uma nem de outra, eu gosto de orientar o trabalho e fazer algumas atividades com eles como também lhes dou muito tempo para brincadeira livre, onde cada um faz o que quer.” (E10_L52-54)

1.3 – Primeiro contacto com Brincar Heurístico;

“Admito que ouvi falar quando a diretora nos disse que vinham cá fazer entrevistas, e então … fui primeiro pesquisar sobre o tema, eu não conhecia o método.” (E7_L40-42)

“Sim, eu sei eu estive a ver, para mim é um termo novo” (E8_L34)

“… naquelas revistas de educador às vezes tem aqueles textos informativos … sei que mesmo nas redes sociais eu vejo muitas partilhas a cerca de tema e acho que é fantástico, mas sinto que me falta é a disponibilidade e o material que é necessário arranjar …” (E9_L90-95)

“Não, desconheço o que seja.” (E10_L56)

“… não conheço essa designação, ou melhor pode não me ser familiar, mas realmente já tinha ouvido falar … entre colegas e artigos que li.” (E11_L38-39; L48)

1.4 – Implementação do Brincar Heurístico;

“… já eu já lhes dei os materiais, mas nem sabia que era o brincar heurístico. Eu não sabia que era esse método, não fazemos isso sempre, mas quando planeamos e fazemos essas sessões realmente o prazer deles é diferente, porque eles adoram brincar com tudo o que não é para brincar …” (E7_L53-56)

141 “Sim, por exemplo … fazia uma sessão com sons, com um cd, com essas garrafas … também há aquelas alturas que já fiz este ano também que é rasgagem onde eles têm fazer o enfiar na garrafa … utilizo materiais de desperdício, isso eu tento e com rolos de papel higiénico também já temos feito …” (E8_L81-90)

“… eu costumo fazer … é trazer caixas de cereais ou garrafas de água … tampas, rolhas de cortiça … deixo-os brincar livremente … tenho sempre um objetivo … desenvolver a motricidade fina, quando é as garrafas de água com as rolhas eles adoram fazer enfiamentos, e quando terminam as rolhas tentam sempre improvisar com o que têm, mas acaba por ser uma atividade orientada por mim, eu acabo por dar instruções e estar com eles …” (E9_L95-102)

“Sem sombra de dúvida, sem sombra de dúvida.” (E11_L51)

1.5 – Competências desenvolvidas;

“A nível, como é que eu hei de dizer, a nível da criatividade, sim …” (E7_L72-74)

“… nesta idade eu acho que é aqui que eles vão a nível sensorial, a nível emocional eles aprendem aqui nas áreas todas, e nós também a nível do comportamento … eles desenvolvem tudo através da brincadeira.” (E8_L158-161)

“… acho que todas as competências podem ser desenvolvidas … temos é de proporcionar materiais que o façam … a mais trabalhada e desenvolvida é a criatividade, a imaginação, as interações entre eles … como disse todas as competências podem ser desenvolvidas, porque basta os educadores fornecerem materiais com objetivos intencionais …” (E9_L142-149) “… é um método ótimo porque desenvolve neles a criatividade, a atenção, diversos conceitos, como matemáticos, desenvolve o relacionamento entre eles, a partilha, conhecem os materiais por eles próprios e não através do que o adulto diz, é muito bom dar espaço à criança como aprendiz.” (E10_L71-74)

“… desde o explorar, o tentar perceber os porquês de todo aqueles objetos que têm na mão e interagirem o máximo … como conceitos matemáticos, do mundo social ou natural, até podem desenvolver aptidões motoras, desde da motricidade fina á grossa, acho que a exploração é muito vantajosa para qualquer criança.” (E11_L56-57; L98-100)

1.6 – Vantagens do material;

“… com esse tipo de material podem fazer o que eles quiserem e com o carro eles só podem brincar como um carro.” (E7_L73-74)

“… acho que o material é ótimo, porque são materiais diferentes, mas ao menos tempo iguais aos que eles já estão habituados em casa e no seu dia a dia e a ligação destas sessões com a natureza é espetacular.” (E8_L176-179) “… podem ser melhores porque eles estão a contactar mais com a realidade … acaba por ser melhor porque eles sabem que são objetos reais e não brinquedos … também a aprender por eles próprios a manusear e trabalhar com esses objetos …” (E9_L153-157)

“… os materiais do quotidiano são ótimos para o desenvolvimento deles, eu tento sempre trazer coisas de minha casa, nas épocas festivas trago sempre alguns elementos decorativos … brincarem com eles faz com que eles os conheçam por eles próprios e sem o adulto ter de lhes explicar, e acabam por associar o que os pais fazem em casa e imitam, e mesmo se não souberem para que servem inventam e logo aí é como disse há pouco é ótimo para a criatividade deles …” (E10_L86-92) “Acho espetacular … últimos tempos falarmos muito da reciclagem … através da reutilização de materiais do dia a dia para a brincadeira deles … faz com que a criança desenvolva a sua criatividade porque ao explorar um objeto … acho espetacular e deve ser interessantíssimo observar uma criança a descobrir e conhecer um material por si mesma … sem … intervenção de um adulto, pois ela irá inventar e reproduzir coisas que nunca um adulto pode pensar, isto porque ela está a trabalhar a sua imaginação e a por em prática muito conceito que para ela ainda não conhecido …” (E11_L)

1.7 – Desvantagens do material; “Para o grupo não, seria muito bom, para eles é ótimo coisas novas e diferentes e brincar com algo que não é brinquedos ainda melhor é, o problema para mim seria mais para os educadores porque esse material pode aleijá-los, porque os brinquedos hoje em dia são feitos de plástico para isso mesmo, para prevenir de eles se aleijarem, mas o adulto tem de

142 esquecer essas coisas e ver o que esses materiais podem trazer de bom para eles e acho que é muito positivo, nada de mau…” (E9_L182-187)

“Desvantagens, não acho que tenha.” (E10_L92)

“… acho que não, mas mesmo assim pode haver perigos em todo o lado, se não verificarmos e estivermos atentos sempre. Mas desvantagens acho que não existem.” (E11_L102-104)

1.8 – Opinião atual do BH;

“… ao brincarem livremente com tudo o que lhes apresentam, com a própria curiosidade que eles têm eles vão aprendendo com os próprios brinquedos, com o que têm, não há nada impingido …” (E7_L45-47)

“… muita curiosidade, por exemplo há diversos materiais que nós podemos guardar. Por exemplo nós temos caixas enormes que utilizamos só no dia da criança e em vez de ser só no dia da criança podíamos fazer uma vez por mês, porque nós temos a oportunidade de ter as caixas e eles adoram …” (E8_L184-189)

“… devem ser sessões fantásticas, acredito que na primeira sessão pode não correr tão bem … eu já estou a tentar introduzir isso na sala, mas acho que não estou a fazer corretamente … acho uma experiência fantástica.” (E9_L165-168) “… faço muito isso, de lhes dar os materiais para eles explorarem, não dessa forma esquematizada e organizada, sendo o adulto a observar sem intervir e apenas só os materiais para eles explorarem, mas de outra forma eu já faço isso … tudo o que seja para explorar e novidade para a criança é sempre bom e de louvar …” (E10_L63-67)

“… continuo a achar que já faço isso, mas não dessa forma, de ter uma sala vazia e colocar os materiais de certa forma, e de ter essa postura, mas sim com tanto material diferente acredito que eles consigam estar algum tempo envolvidos com os materiais.” (E11_L83-86)

2 – Apreciações 2.2 – Sensibilização de outros educadores para o método;

“… não é divulgado, mas eu acho que se fosse mais divulgado, se calhar havia para colégio a aderirem, porque eu tive curiosidade, eu e as minhas colegas …” (E8_L182-184)

“… acho que tens feito um trabalho excelente e continua a partilhar essas experiências e esse conhecimento e além disso acho que o método é espetacular …” (E9_L189-191)

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Diário de Bordo 1

Registo:

A educadora colocou papel de cenário no chão e há volta das paredes, ou seja, ela cobriu todas as paredes e todo o chão com papel de cenário. Retirou os sapatos a todos os meninos e colocou nos seus tornozelos fitas com guizos, para quando andassem fizessem sons. Arranjou muitos pincéis e várias caixas com tinta e colocou no meio da sala. A educadora pensou em fazer esta sessão porque o grupo está muito interessado nos desenhos e devido também à faixa etária e à necessidade do desenvolvimento da arte plástica. Ela quis observar o que eles faziam com a tinta tendo um espaço grande e livre para poderem explorar, não estando limitados ao espaço de uma folha. Os guizos nos pés foi uma ideia de eles criarem sons com o corpo, pois o grupo andava muito interessado nos sons e passavam muito tempo a bater nos materiais para obterem som.

Depois de tudo organizado levou os meninos para a sala e deixou-os entrar e não disse nada, ficou apenas a observar o que faziam. Este grupo já está habituado a estas sessões de brincar heurístico e não estranham quando lhes é apresentado atividades deste género.

Nome da educadora: Educadora 1 Data da sessão: 16/10/2018 Nº crianças: 15 no total Local: Colégio (Ginásio)

Idades: 2 anos Duração: 30 minutos Datado registo: 22/01/2019

Material utilizado:

- Papel cenário; - Tinta; - Pincéis; - Guizos;