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O Senhor deseja que vocês tenham um quórum forte. À medida que Ele reúne Seus filhos, eles

precisam de um lugar do qual sintam que fazem

parte e onde possam crescer.

Ela precisou de um segundo emprego por certo tempo, além de adquirir mais instrução. Havia pouco tempo para ela cuidar de nós. Mas meus avós, tios e tias, bispos e mestres familiares tomaram a iniciativa de ajudar minha maravilhosa mãe.

E eu tinha um quórum. Sou muito grato por meus amigos — meus irmãos — que me amaram e apoiaram. O meu quórum era um lugar do qual eu me sentia parte integrante. Alguns podem ter achado que eu era um zero à esquerda e um pobre coitado por causa da situação da minha família. Talvez fosse verdade. Mas os quóruns do sacerdócio mudaram meu poten-cial de sucesso. Meu quórum me deu todo o apoio e abençoou imensamente minha vida.

Estamos cercados de zeros à esquerda e de pobres coitados. Talvez todos nós sejamos um pouco dos dois. Mas, cada um de nós aqui tem um quórum, um lugar onde podemos tanto fortalecer quanto ser fortalecidos. O quórum se traduz em “um por todos, e todos por um”.8 É um lugar no qual instruímos uns aos outros, servimos ao próximo e edificamos a união e a fra-ternidade ao servirmos a Deus.9 É um lugar onde milagres acontecem.

Gostaria de lhes contar alguns dos milagres que aconteceram no quórum do Andre em Mochudi. Ao dar-lhes este exemplo, procurem os princípios que, se aplicados, fortalecem cada quórum do sacerdócio.

Depois que foi batizado, Andre acompanhou os missionários em visitas nas quais ensinaram outros jovens, que também foram batizados. Agora havia cinco jovens, e eles começaram a forta-lecer uns aos outros e o ramo.

Um sexto rapaz, Thuso, foi bati-zado. Thuso compartilhou o evangelho com três de seus amigos, e logo eles eram nove.

Os discípulos de Cristo muitas vezes são reunidos desta forma: um pouco de cada vez à medida que são convi-dados por seus amigos. No passado, quando André encontrou o Salvador, ele foi rapidamente falar com seu irmão Simão e “levou-o a Jesus”.10 Da mesma

forma, logo depois que Filipe se tornou seguidor de Cristo, chamou seu amigo Natanael e disse: “Vem, e vê”.11

Em Mochudi, um décimo jovem logo se filiou à Igreja. Os missionários encontraram o décimo primeiro. E o décimo segundo foi batizado depois de ver o efeito do evangelho sobre seus amigos.

Os membros do Ramo de Mochudi vibraram. Esses rapazes foram “[converti-dos] ao Senhor e uniram-se à Igreja”.12

O Livro de Mórmon desempenhou um papel significativo em sua con-versão.13 Thuso recorda: “Comecei a ler o Livro de Mórmon (…) toda vez que tinha um tempo livre, em casa, na escola, em todo lugar”.14

Oratile foi atraído para o evangelho por causa do exemplo de seus amigos. Ele explica: “Foi como se eles tivessem mudado num piscar de olhos. (…) Achei que (…) tinha a ver com o livri-nho (…) que eles começaram a carregar para todo lado (…) na escola. Pude ver como eles se tornaram pessoas boas. (…) [Eu] também queria mudar”.15

Todos os 12 rapazes foram encon-trados e batizados num intervalo de dois anos. Cada um deles era o único membro da Igreja na família. Mas eles tinham o apoio da família da Igreja, inclusive do presidente Rakwela,16 seu presidente de ramo, do élder e da síster Taylor,17 um casal missionário, e de outros membros do ramo.

O irmão Júnior,18 um dos líderes do quórum, convidou os rapazes para irem à casa dele nas tardes de domingo para ensiná-los. Os rapazes estudavam as escrituras juntos e faziam noites familia-res com frequência.

O irmão Júnior os levava para visitar os membros, as pessoas que estavam sendo ensinadas pelos missionários e qualquer outra pessoa que precisasse de uma visita. Todos os 12 rapazes subiam na caçamba da camionete do irmão Júnior. Ele os deixava na casa das pessoas em duplas ou trios e os pegava mais tarde.

Embora os rapazes estivessem apenas aprendendo o evangelho e não achassem que sabiam muito, o irmão Júnior os incentivava a compartilhar com as pessoas que visitassem uma ou duas coisas que eles sabiam. Esses jovens portadores do sacerdócio ensi-navam, oravam e ajudavam a cuidar da Igreja.19 Eles cumpriam suas responsa-bilidades do sacerdócio e sentiam muita alegria em servir.

Andre disse: “Nós brincávamos, ría-mos e chorávaría-mos juntos, e nos torna-mos uma fraternidade”.20 Na verdade, eles chamavam a si mesmos de “o grupo dos irmãos”.

Juntos eles fizeram a meta de que todos serviriam missão. Como eram os únicos membros da Igreja em sua família, tiveram que superar muitos obstáculos e ajudar uns aos outros.

Um por um, os rapazes foram rece-bendo o chamado missionário. Os que saíram primeiro escreviam cartas para aqueles que ainda estavam se prepa-rando, compartilhavam experiências e os incentivavam a servir. Onze desses rapazes serviram missão.

Esses jovens compartilharam o evangelho com a família. Mães, irmãos, amigos, assim como as pessoas que eles ensinaram na missão, foram converti-dos e batizaconverti-dos. Ocorreram milagres, e um número incontável de pessoas foi abençoado.

Imagino que alguns de vocês estejam pensando que talvez um milagre assim só poderia acontecer num lugar como a África, um campo fértil onde a coligação de Israel está ocorrendo rapidamente. No entanto, testifico que os princípios aplicados no Ramo de Mochudi são ver-dadeiros em qualquer lugar. Onde quer que vocês estejam, seu quórum pode crescer pela ativação e pela pregação do evangelho. Mesmo que somente um discípulo estenda a mão para um amigo, um pode se tornar dois. Dois podem se tornar quatro. Quatro podem se tornar oito. E oito podem se tornar doze. Ramos podem se tornar alas.

O Salvador ensinou: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, (…) eis que ali estarei no meio deles”.21 O Pai Celestial está prepa-rando a mente e o coração das pes-soas à nossa volta. Podemos seguir os sussurros do Espírito, estender a mão do companheirismo, comparti-lhar a verdade, sugerir que as pessoas leiam o Livro de Mórmon e amá-las e apoiá-las ao procurarem conhecer o Salvador.

Já se passaram quase dez anos desde que o grupo dos irmãos de Mochudi começou sua jornada, e eles ainda são um grupo de irmãos.

Katlego disse: “Podemos estar separados pela distância, mas estamos prontos para ajudar um ao outro”.22

Oro para que aceitemos o convite do Senhor de sermos unidos com Ele em nossos quóruns do sacerdócio, para que cada quórum seja um lugar do qual sejamos parte integrante, um lugar de reunião e de crescimento.

Jesus Cristo é nosso Salvador, e esta é Sua obra. Isso eu testifico em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Ver Mark e Shirley Taylor, comp., The Band of Brothers (Mochudi Branch conversion stories and testimonies, 2012-2013), p. 4, Biblioteca de História da Igreja, Salt Lake City. 2. Correspondência pessoal, Letanang Andre

Sebako, arquivos de recursos “Band of Brothers”, pp. 2011–2019, Biblioteca da História da Igreja, Salt Lake City.

3. O presidente Boyd K. Packer disse: “Quando um homem tem o sacerdócio, ele faz parte de algo maior do que si mesmo. É algo que está fora dele, com o qual ele pode assumir total compromisso” (“O círculo de irmãs”, A Liahona, março de 1981, p. 160). 4. O presidente Russell M. Nelson explicou

como buscar revelação e depois declarou: “Ao repetirem esse processo dia após dia, mês após mês, ano após ano, crescerá ‘em [vocês] um princípio de revelação’” (“Revelação para a Igreja, revelação para nossa vida”, Liahona, maio de 2018, p. 95; ver também Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 138).

5. Ver Manual 2: Administração da Igreja, 2010, 8.3.2.

6. Outros ajudaram também, inclusive os membros do bispado e os consultores. O élder Ronald A. Rasband observou que um dos benefícios da reestruturação dos quóruns do Sacerdócio de Melquisedeque, anunciada em 31 de março de 2018, foi “[permitir] que o bispo delegue mais responsabilidades ao presidente do quórum de élderes e à presidente da Sociedade de Socorro, de modo que o bispo e seus conselheiros se concentrem em seus principais deveres — particularmente o de presidirem os rapazes que possuem o sacerdócio (“As hostes do Eterno”, Liahona, maio de 2018, p. 59). Os anjos também ajudarão. Os portadores

do Sacerdócio Aarônico têm as chaves do ministério de anjos (ver Doutrina e Convênios 13:1; ver também Dale G. Renlund e Ruth Lybbert Renlund, The Melchizedek Priesthood, 2018, p. 26). O élder Jeffrey R. Rolland disse: “Em geral, [os anjos ministradores] não são vistos. Às vezes, são. Porém, visíveis ou não, eles estão sempre próximos. Por vezes, seu papel é de enorme importância e tem significado para o mundo como um todo. De vez em quando, as mensagens são mais pessoais. Ocasionalmente, o objetivo angélico é alertar. Mais comumente, no entanto, é de consolar, prover algum tipo de atenção misericordiosa ou orientação em épocas difíceis” (“O ministério de anjos”, A Liahona, novembro de 2008, p. 29). Se você quiser ter uma ajuda como essa, “peça e receberá” (ver João 16:24).

7. Ver Russell M. Nelson, “Considerações iniciais”, Liahona, novembro de 2018, p. 7. 8. Ver Alexandre Dumas, Os Três Mosqueteiros,

1844.

9. Ver o Manual 2, 8.1.2. 10. João 1:42.

11. João 1:46. 12. 3 Néfi 28:23.

13. Ver D. Todd Christofferson, “O poder do Livro de Mórmon” (discurso dado no seminário para novos presidentes de missão em 27 de junho de 2017).

14. Thuso Molefe, in Taylor, The Band of Brothers, p. 22.

15. Oratile Molosankwa, em Taylor, The Band of Brothers, pp. 31–32.

16. Lucas Rakwela, Mochudi, Botsuana. 17. Mark e Shirley Taylor, Idaho, EUA. 18. Cilvester Junior Kgosiemang, Mochudi,

Botsuana.

19. Ver Doutrina e Convênios 20:46–47, 53–54. 20. Correspondência pessoal, Letanang Andre

Sebako, arquivos de recursos Band of Brothers.

21. Doutrina e Convênios 6:32.

22. Katlego Mongole, em “Band of Brothers 2nd Generation” (compilação não publicada), p. 21.

minhas mãos e pés; sede fiéis, guardai meus mandamentos e herdareis o reino do céu”.14

No reino pré-mortal, Jesus prome-teu a Seu Pai que faria a vontade Dele e seria nosso Salvador e Redentor. Quando Seu Pai perguntou: “Quem enviarei?”15 Jesus respondeu-lhes:

“Eis-me aqui, envia-me”.16

“Pai, faça-se a tua vontade e seja tua a glória para sempre.”17

Durante Sua vida mortal, Jesus sem-pre viveu essa promessa. Com humil-dade, mansidão e amor, Jesus ensinou a doutrina de Seu Pai e fez o trabalho Dele com o poder e a autoridade recebi-dos de Seu Pai.18

Jesus entregou Seu coração a Seu Pai. Ele disse:

“Eu amo o Pai”.19

“Eu faço sempre o que lhe agrada”.20 “Desci (…), não para fazer a minha vontade, mas a vontade [do Pai] que me enviou”.21

Em Sua agonia no Getsêmani, Ele orou dizendo: “Porém não se faça a minha vontade, senão a tua”.22

Quando o Senhor convoca os élderes de Israel a “[buscá-Lo] em cada pensamento” e “[ver] as feridas” em Seu corpo ressuscitado, Ele os está chamando para se desviarem do pecado e do mundo, voltando-se para Ele e O obedecendo. É um chamado para ensi-nar Sua doutrina e fazer Seu trabalho à Sua maneira. É, portanto, um chamado da fé e do aprendizado do evangelho,

e preparar o mundo para a Segunda Vinda de Jesus Cristo.12

Como em todas as coisas, o Salvador nos mostrou a maneira: precisamos

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