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CAPÍTULO I – SESI, UM RESGATE HISTÓRICO

1.3 SESI Período Pós-Ditadura

Além do fim do regime ditatorial e do processo de redemocratização do país, a década de 1980 foi caracterizada por instabilidade, crises, baixo crescimento econômico,

inflação, aumento do desemprego e das desigualdades sociais, sendo por isso denominada

“década perdida”

.

Assim, em vez de alterações, a partir de 1981, houve uma reversão do processo histórico, com involução de tecnologias e de estruturas empresariais, industriais e até mesmo políticas, e degradação das infraestruturas. Na área da política econômica, o desenvolvimentismo e o intervencionismo estatal perderam espaço, deixando de haver, no governo federal, uma atitude pró-indústria. Segundo José Eduardo Cassiolato (2001), sucedia nesta ocasião o colapso da dívida externa no país, conjuntamente com a inflação crescente, originando o apogeu da dívida externa. Dentre os aspectos positivos dessa década Womack, Jones e Roos (2004) sublinham a primeira exportação brasileira na indústria automobilística, com o modelo Fox. Nesse período, também foi verificado um alto grau de integração intersetorial e diversificação da produção, bem como a inserção dos primeiros robôs na indústria brasileira. Contudo, pesaram negativamente o baixo nível de automação, que se situava aquém do padrão mundial de desempenho industrial.

Um dos eventos importantes no âmbito automobilístico em 1986 foi a concepção da Autolatina, representada pela adesão da Ford e da Volkswagen do Brasil e da Argentina. Acanhados sinais de mudança apareceram em 1988 e 1989, com uma reforma da tarifa aduaneira e novos estímulos de fomento ao investimento e ao desenvolvimento tecnológico instituídos pela Nova Política Industrial (NPI). Todavia, o insucesso da política de estabilização inflacionária inumou as esperanças de retomada do desenvolvimento industrial.

Com relação aos trabalhadores, de acordo com Tomizaki( 2006 ), na década de 1980, as reivindicações em torno de qualificação e escolaridade já principiavam a surgir no setor metalúrgico, sobretudo nas montadoras de automóveis. No entanto, ainda restavam algumas probabilidades de aumento nestas fábricas para trabalhadores com pouca escolaridade e nenhuma qualificação profissional. Em consequência desse cenário de crises, teve uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho . A sociedade buscava novas oportunidades de organização e de expressão. As lutas políticas seriam cada vez mais vinculadas ao Partido dos Trabalhadores, que, em 1981, iniciava um processo de crescimento institucional. Em 1983, era criada a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que impulsionou um sindicalismo classista, de massas e combativo. O trabalhador era considerado dentro de um horizonte mais amplo, como classe produtora de riqueza social Duas características básicas definem o sindicalismo classista e de massas da CUT: a luta

oposição à classe burguesa. Isso implica articular as lutas imediatas com o projeto histórico da classe trabalhadora e, nessa condição, assumir o socialismo como perspectiva geral, sempre procurando a participação de todos os trabalhadores, inclusive dos que sequer chegaram ao sindicato.

Em agosto de 1984, foi concretizado em São Bernardo o I Congresso Nacional da CUT, com a participação de 5.260 delegados eleitos em assembleias, representando 937 institutos sindicais de todos os estados brasileiros. No período, foram difundidos os princípios de uma nova sugestão sindical, que cooperaram com alterações expressivas para o país. A luta política e as ações dos líderes sindicais contribuíram de forma categórica para a derrocada da ditadura militar e, particularmente, para o processo de democratização do Brasil. O período de 1980 igualmente foi assinalada por uma pluralização dos movimentos sociais, que passaram a envolver novas temáticas, referentes a negros, mulheres, crianças, índios e meio ambiente. No ano de 1984, foi organizado o movimento Diretas Já, decisivo para o fim da ditadura e o fortalecimento da sociedade civil. A mobilização ganhou prosseguimento na articulação pela Constituinte, a partir de 1985, que culminou na nova Carta Constitucional (1988), introdutória de múltiplos dispositivos situados na garantia de direitos sociais e no multiculturalismo.

A chamada Constituição Cidadã poria um ponto final nas bases do Estado autoritário, difundindo os embasamentos para a redemocratização do Brasil. A ruptura com a ditadura ficava manifesta com a incorporação das garantias individuais, da função social da propriedade, da liberdade de expressão e de organização e de outras questões presentes no texto da carta magna.

Contrapostas às estruturas clássicas dos sindicatos e partidos políticos, os novos movimentos sociais não se exauriram em demandas apenas por inclusão socioeconômica, mas pleitearam uma extensa reformulação dos padrões culturais. Por exemplo, mulheres, homossexuais e negros, passaram a estabelecer diversastáticas para o desenvolvimento de políticas da diferença, elevando uma nova ordem de ações referentes aos modernos direitos sociais. Prontamente, houve oagrupamento a partir da multiplicação das lutas, de vários outros embasamentos teóricos para além da luta de classes que não tinha como objetivo questões de gênero, raça ou opção sexual. As novas lutas operárias, os novos agentes sociais, as tensões da economia e aruína do autoritarismo tornaram a ditadura militar precária já no limite da década de 1980. Sem controle sobre o poder, o governo se acelerou e principiou o processo de abertura política, começando pela anistia aos presos políticos e aos que cometeram crimes nas décadas anteriores. Anistia que, por ter sido ampla, geral e

absoluta, favoreceram torturados e torturadores (Lei 6.683, de 28/08/79). A volta do pluralismo político foi igualmente uma estratégia dos militares para repartir a oposição e se conservar no poder (Lei 6.978, de 19/01/82 ).

Para Weinstein (2000) a redemocratização do país principiaria com uma conciliação entre setores progressistas e conservadores, além de ter como pano de fundo internacional as tensões econômicas e a adoção de políticas neoliberais pela Inglaterra e pelos Estados Unidos da América. A morte do presidente eleito Tancredo Neves e a posse do vice-presidente, José Sarney, procedente das fileiras do partido da ditadura, expõe a ambiguidade da ocasião. A partir do fim da década de 70, os serviços sociais da indústria apresentaram um desempenho preponderante na compleição da organização operária em torno de suas exigências de classe. Como se compreenderá mais claramente no momento atual da instituição, essas demandas resultaram em alterações expressivas no próprio SESI. Ainda que não prontamente, as representações da “Década Perdida” se fizeram experimentar no SESI.

Se aguçarmos um pouco a memória, logo nos lembraremos que os anos80 são marcados, no SESI, por um conjunto de esforços de seus dirigente se de seu corpo técnico, no sentido de repensar a própria instituição a sua prática, de modo a torná-las compatíveis com as demandas da realidade (SESI, 1995, p. 41).

De tal modo estabeleceu-se o período de Reestruturação principiado em 1980. O caráter assistencialista agenciada pela instituição no início de sua existência não poderia mais ser apoiada, e a entidade passou a invocar uma nova compreensão de cidadania. A ênfase na qualidade do produto, expressa na ideia de que o trabalhador deve ser saudável para que não falte ao trabalho e a empresa produza mais, evoluiu para a percepção de que os operários têm direito à qualidade de vida. Em 1988, era promulgada a nova Constituição Federal, que consagrou os direitos sociais como princípios básicos da cidadania. Na nova moldura legislativa, a assistência social passava a ser concebida como direito social universal e instrumento de construção de cidadania, devendo operacionalizar-se de forma participativa e descentralizada, transversal às outras políticas públicas.

O binômio bem-estar social/produtividade, em que o SESI investira historicamente, desde sua origem, fragiliza-se consideravelmente diante dos avanços do processo de redemocratização do país e do amadurecimento político de sua classe trabalhadora (SESI, 1995, p. 42).

cotidiana, por meio de novidades culturais. O país passava pelo verdadeiro processo constituinte de redemocratização. Com intenso apoio do empresariado e da mídia de massa, Fernando Collor de Mello foi eleito em um segundo turno totalmente polarizado. Sua principal medida, após a posse, foi a abertura do mercado externo, que beneficiou exportadores, multinacionais e os grandes grupos econômicos, com internacionalização da economia e liberação do câmbio.

Segundo Furtado e Suzigan (2006), embora o desenvolvimento industrial na década de 90 tenha recuperado momentaneamente seu espaço, a tentativa de programar uma política industrial no contexto do Plano Collor fracassou. A liberalização do comércio exterior foi a principal medida significativa efetivamente implementada.

De acordo com Albuquerque (2000) o Plano Collor tinha um conteúdo neoliberal e se ajustava em um ajuste de medidas monetárias e um respectivo resfriamento de preços e salários, complementado pela mudança da moeda. A reforma patrimonial e administrativa abriu espaço para a privatização sem discussões públicas.

Completava o quadro uma política de ajuste salarial, contrária à Constituição de 1988, que oferecia um aumento trimestral de 5% em substituição aos 3% mensais anteriores. O controle dos aumentos tinha um forte impacto nas lutas operárias por aumentos e na organização sindical. Furtado e Suzigan (2006) relatam que a indústria se ajustou na década de 1990. As empresas enxugaram suas estruturas operacionais e buscaram melhorar a qualidade de seus produtos, visando a aumentar a produtividade e voltar-se para a exportação. As estruturas das indústrias encolheram com a desarticulação de cadeias produtivas, sobretudo em eletrônica, bens de capital e setor químico- farmacêutico, e com a desativação de segmentos de alta tecnologia. Com isso, a participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) caiu alguns pontos percentuais. Uma nova estrutura de poder emergiu: o Estado regulador e o capital estrangeiro dominante em algumas indústrias estratégicas, do ponto de vista do desenvolvimento tecnológico, além de grupos privados nacionais reestruturados, mas com limitada capacidade financeira e fracas sinergias produtivas, sobretudo em novas tecnologias.

Muniz (2000) expõe que o atual padrão tecnológico do parque industrial brasileiro é associado do modelo considerado tradicional. As basilares fontes de ampliação em tecnologia são fornecedores de máquinas e equipamentos. Além disso, a autora avalia que as ações arroladas diretamente a ciênciae tecnologia são contrárias às inovações, como o baixo investimento públicoe privado em pesquisa básica e aplicada. Como exemplos de

deficiências, sãomencionadasa carência de prioridade para as áreas de ponta e de programas de treinamentonas várias engenharias, indispensáveis para a promoção da sinergia e para a diminuiçãodo risco na área privada. Essas características têm sido apontadas comodecorrência da ocupação dos setores com maiores desafios tecnológicos pelas empresas multinacionais, cujas atividades de desenvolvimento tecnológico ainda permanecem, em sua maioria, localizadas em seus países de origem.

Elucidam Vallle e Lage (2004) em 1992, a população acorreu às ruas para protestar contra a corrupção e avivou a crise que induziu ao processo de impeachment do presidente da época. Para não perder os direitos políticos, Fernando Collor abdicou à função. Declarando a constitucionalidade, o vice-presidente Itamar Franco assumiu a Presidência da República. No mesmo ano, aconteceu no Rio de Janeiro um respeitável evento voltado

ao meio ambiente: a Eco-925, igualmente conhecido como Rio-92, o encontro contou com

o comparecimento de líderes mundiais, que debateram ações atreladas ao meio ambiente. Nesse momento, o crescimento industrial e seus impactos já eram fatos conhecidos, e medidas de proteção tornavam-se imperativos para a humanidade. Como fundamental

consequência do encontro, foi criada a Agenda 216, um planodeações visando o

“desenvolvimento sustentável”, que precisava ser especializado paraos países e suas unidades territoriais.

Conforme Passini (2000) também naquele período houve o lançamento da ISO 14000, um conjunto de princípios que propende a sistematizar os princípios de administração ambiental nas empresas. A política de integração econômica dos países da América do Sul foi outro episódio de evidência do começo da década de 1990. Primeiramente circunspeto pelos signatários do Tratado de Assunção (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), o Mercosul foi instituído no ano de 1991, com o objetivo de edificar um mercado comum entre os países .O bloco foi expandido e atualmente conta com mais seis países: a Venezuela aderiu ao bloco em 2006, enquanto adentraram como estados

associados os países, Bolívia, Chile, Peru, Colômbia e Equador

 

                                                                                                                         

5A Eco 92, Rio 92 foi realizada entre 03 á 14 de Junho de 1992 no Rio de Janeiro, o seu objetivo era buscar meios de

conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.  

6A Agenda 21 é provavelmente, o mais importante resultado da Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento Humano, conhecida como Cúpula da Terra, reuniu o maior número de governantes de todos os tempos e de toda a história das conferências, esta modalidade do desenvolvimento pretende conciliar as diversas lógicas econômico-sociais com os processos de sustentabilidade ecológica, objetivando a conservação e preservação dos recursos naturais renováveis e não renováveis e a melhoria da qualidade de vida da população do mundo. A Agenda 21 propõe ser o texto - chave para guiar governos e sociedades nas próximas décadas rumo ao estabelecimento de um novo modelo de

Conforme Wolke (2003) em retorno às aspirações latino-americanas de aliança comercial, os Estados Unidos da América, preocupados em conservar sua hegemonia econômica na região instituíram, no ano de 1994, a carta de intenções com as diretrizes para a implementação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), que abarcaria 34 países. Em consequência do bloqueio econômico infligido pelos Estados Unidos, Cuba não faz parte desse pacto. No ano de 2005, por meio das negociações brasileiras, a ALCA conseguiu suprimir as barreiras comerciais e abriu os mercados para os investimentos entre os países que compõem o bloco. As duas propostas de integração, Mercosul e ALCA , ainda estão em pauta.

Para Bianchi (1997) no fim do governo de Itamar Franco, no ano de 1993, o Ministro da Economia, Fernando Henrique Cardoso, difundiu um plano econômico intitulado Plano Real, que acordava ajuste fiscal, desindexação da economia e política monetária restritiva. Recomendando a diminuição na produção de bens e serviços para conter a crise hiper-inflacionária, induziu indiretamente à ampliação do desemprego, exibindo as mazelas da economia brasileira. Distintos instrumentos e soluções indicadas persistem a seguir o exemplo econômico neoliberal, que prega a desestatização da economia, a abertura comercial e financeira, a flexibilização das leis trabalhistas e a austeridade fiscal, com a conservação do superávit primário e a publicação de uma lei de responsabilidade fiscal. A complementação de tal política se daria com a eleição de Fernando Henrique Cardoso para a presidência, tendocomo “cabo eleitoral” os resultados iniciais positivos doequilíbrio econômico, no ano de1994.

Durante o vigor do plano, o país passou por diversas crises econômicas e por uma grande desvalorização cambial no ano de 1999, depois a reeleição de Fernando Henrique para presidente, em 1998. A política de FHC se baseou em um processo de expansão da captação de capital estrangeiro com a elevação da taxa de juros ao maior patamar do planeta, o que derivou, indiretamente, em um aumento da dívida interna e na restrição do crescimento econômico.

Para Chaves Filho (2003) do ponto de vista da indústria, algumas medidas foram bem recebidas, como a criação da Petrobrás Transporte S. A. (Transpetro), em 1998 – empresa de logística do segmento de óleo, gás, transporte marítimo, operação de dutos e terminais de petróleo, derivados e gás natural. Entre os anos de 1996 e 2000, observou-se a fragilidade do setor empresarial brasileiro nas questões das commodities e da competitividade industrial. Em 1996, criou-se a Lei de Patentes ou de Propriedade Industrial (CNI, 2003).

Suzigan (1999) explana que no ano de 1999, o Brasil ocupava o 37º lugar no ranking mundial de trabalho qualificado. Nesse período, intensificaram-se os debates de Arranjos Produtivos Locais (APLs), networking, redes, tecnologia de informação e

concorrência na indústria brasileira

.    

De acordo com Cassiolato (2001) foram difundidos, em nível nacional, o Programa de Apoio à Capacitação Tecnológica da Indústria (PACTI) e o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP), que deram os principais indicativos do

desenvolvimento industrial na época

.  

Os pactos multilaterais de comércio firmados e a

póstuma sobrevalorização do real finalizaram o quadro da abertura comercial. Esta foi assentada com uma maior abertura ao investimento direto estrangeiro e com a saída de cena do Estado como agente do desenvolvimento industrial. No final dos anos 1990 e

começo da década de 2000, o país prosseguia sem política industrial

.  

Os objetivos do Plano Preliminar Estratégico do SESI (1990 – 1992) incluem: “(a) através da prospecção da realidade social, delimitar, definir e conhecer os sujeitos de ação da entidade, e (b) atender a pleitos reiterados sobre a necessidadeimperiosa de uma maior integração, identidade e funcionalidade institucionais”(SESI, 1989, p. 17).

Assim sendo, o SESI disseminou em 1990 seu Planejamento Estratégico, cuja predominante incide nas implicações e na eficácia do momento da instituição. Dando prosseguimento a essa visão, as táticas para o Sistema SESI de 1995 a1998 compreendiam desestimular a instalação de novas unidades e restringir a gratuidade dos serviços (SESI, 1995).

A abertura econômica, a modernização das empresas, a necessidade de mão de obra qualificada, fecunda e crítica demandaram um redimensionamento do desempenho do SESI. Para receber aos novos tempos, a instituição redefiniu sua missão, agrupando, no mesmo conjunto, bem-estar social, cidadania e ampliação da produtividade industrial (SESI, 2007).

A diminuição da receita obrigatória foi definida com a criação do Serviço Social do Transporte (SEST) no ano de1993. Significando desvincular as atividades referentes ao setor de transporte da esfera de atuação do SESI. No ano de 1994, a agroindústria igualmente deixou de colaborar para a instituição. Se por um lado essas modificações ajudaram na clarificação do público de interesse do SESI, direcionando a seu objetivo, por outro, representaram um encolhimento, tanto financeiro quanto social, do sua abrangência. Em consequência, a entidade viu examinada sua própria viabilidade e manutenção.

O sucessivo desenvolvimento geográfico e a ampliação do número de atendimentos concretizados, peculiares das fases de institucionalização e planejamento do SESI, foram freados. O novo contexto determinou reestruturações, como a mudança da condecoração no ano de 1966 ao “Operário Padrão” pelo “Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho”. A atitude evidenciou uma mudança da expectativa que se voltava em direção à responsabilidade social empresarial.

O SESI passou a congregar as estratégias mais atualizadas de gestão e administração, incluindo a transparência e admitindo o gerenciamento responsável das receitas. Em consonância com a lógica da empresa enxuta, no longo movimento de reestruturação, houve um empenho de diminuição do pessoal ligado à sua conservação, de forma a potencializar os recursos humanos diretamente incluídos com os atendimentos e serviços. O aumento da importância econômica do setor de serviços foi seguido pelo SESI, que entrou no mercado de consultorias, apresentando serviços para empresas. No ano de 1996, deu início a prestação de serviços sociais E no ano subsequente seu Departamento Nacional transferiu a sede para Brasília e reformulou a composição organizacional, tendendo a majorar seu potencial de eficiência e competitividade.

Mais a frente do investimento na modernização de suas estruturas, o SESI reformulou padrões organizacionais e metodologias administrativas, abrindo novas chances de negócios, aperfeiçoou seu atendimento, avivou parcerias e buscou fontes adicionais de financiamento (SESI, 2007). A conquista feminina por mais postos no mercado de trabalho foi um dos fatores que definiram a concepção do Programa Saúde da Mulher, no ano de 1989. As Ações Educativo-Preventivas em DST/AIDS nas empresas igualmente apregoam a celeridade do SESI em proferir as demandas sociais em sua conjuntura de emergência.

Fundado em 1993, o Prêmio SESI para o Teatro, pelo Departamento Regional do Rio de Janeiro, tendendo a incitar edições de textos originais de autores brasileiros. Podendo ser alocado numa linha de prosseguimento com outros projetos de visibilidade institucional, o prêmio igualmente expressava uma modificação na concepção de cultura gerada pela entidade, cujo diferencial é a valorização explícita da produção cultural brasileira. Paralelamente, a instituição principiou a se adequar produtivamente das novas tecnologias de comunicação disponíveis, disseminando o Sesinho Multimídia no ano 1993, e instituindo metodologias de educação a distância, como o Telecurso 2000, exemplo do emprego dos meios de comunicação para concretizar serviços social, assim como sucedera

com o uso do rádio como respeitável meio de difusão educacional e de comunicação institucional.

Em consequência da diminuição de seus recursos, o SESI começou a concretização de projetos em parceria com outras instituições. Tanto os Programas de Prevenção às DST/AIDS, ligado ao Ministério da Saúde, quanto o Telecurso 2000, projeto partilhado com a Fundação Roberto Marinho, são indícios dessa modificação mais intensa que se processou no SESI durante o amplo período de reestruturação. Outro exemplo relevante é a

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