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Sessão IV Desafios das

2.4. Organização e descrição das sessões

2.4.1. Sessões preparatórias

2.4.1.1. Sessão preparatória I – À descoberta do Halloween Temática da semana: Dias especiais – Halloween – 29 de outubro de 2012

Nesta sessão, realizada na biblioteca do centro educativo e em grande grupo, a educadora iniciou um diálogo com as crianças questionando-as sobre o dia especial da semana em questão, o Halloween.

Neste âmbito, a educadora tentou perceber quais os conhecimentos ou ideias prévias das crianças sobre este festejo, colocando questões orientadoras como, “o que é isto do Halloween ou Dia das Bruxas? Terá este nome porquê? O que se faz neste dia?”.

Seguindo esta lógica, a educadora aproveitou também o momento para confrontar as crianças com o surgimento desta data especial, começando por explorar o termo Halloween. (“Que palavra é esta? É uma palavra portuguesa? Então onde deverá ter surgido este dia especial?”).

Depois deste momento inicial, e de se dialogar sobre as várias opiniões das crianças, a educadora explicou às crianças a origem do Halloween, mostrando uma apresentação em PowerPoint (Cf. Figura 1) com algumas imagens e vídeos. Assim, esta serviu para esclarecer dúvidas sobre o que se tinha estado a falar previamente, dando a perceber a cada criança as razões para tal festividade.

Figura 1 – Apresentação em PowerPoint - Halloween

73 Sendo um tema que desperta alguns medos, a educadora aproveitou também para conversar com as crianças sobre isso, recordando a história “A Bruxa Mimi” (Paul, K. & Thomas, V.) que trabalharam no ano anterior, nesta mesma época.

Assim, foi solicitado às crianças que andavam na mesma sala que recordassem e contassem aos restantes colegas essa mesma história (esta falava sobre uma bruxa que não era má, mostrando que não temos sempre que denotar o lado negativo da simbologia da bruxa como estão habituados nas histórias infantis).

Aproveitando então esta ligação com um assunto já trabalhado (medos), a educadora questionou as crianças sobre os vários símbolos característicos do Halloween, desmistificando cada um deles (por exemplo, “as máscaras que se usam, que tem pessoas como nós por trás delas e que não precisamos de ter medo”).

Para isso foram dados às crianças alguns desses símbolos (chapéu e nariz de bruxa, máscaras, fantoche de morcego…) para que pudessem ser explorados e conhecidos por elas.

2.4.1.2. Sessão preparatória II – Globalização

Temática da semana: Globalização - 5 e 6 de novembro de 2012 1º Momento: 5 de novembro de 2012

Apresentação de Handa e exploração da história “A menina sem nome”

Após a rotina habitual do acolhimento, seguiu-se a apresentação da Handa, nome adotado para criação de uma personagem real de outro país que nos permitisse introduzir o nosso projeto. Como Handa era da República do Gana, teria de ter alguém intermediário que recebesse as histórias que enviava para as crianças. Assim surge a sua amizade com a lagartinha Sânia que a auxiliava neste processo.

74 Assim, foi apresentada uma fotografia da Handa (Cf. figura 2) e foi lida também uma carta sua enviada às crianças (Cf. figura 4), na qual dizia a sua idade, onde morava, as línguas que falava e contava um pouco sobre si.

Depois disto e dando seguimento a esta parte, a educadora propôs ao chefe do dia que fosse buscar o globo terrestre que se encontrava na área da ciência para que, juntos e com o auxílio da educadora, pudessem localizar

geograficamente o país e o continente onde morava Handa. Seguidamente, foi dado a conhecer o livro que a Handa enviou para que a história fosse lida às crianças. Desta forma, foi contada a história “A menina sem nome” (Garcia, J. & Pacheco, M., 1980) (Cf. figura 5) ao mesmo tempo que foram sendo mostradas as ilustrações da mesma.

Figura 3 – Identificação de Handa

Figura 4 – Carta enviada por Handa

Figura 5 – Livro “A menina sem nome”

75 De seguida foram colocadas algumas questões às crianças para que se conseguisse perceber se as mesmas tinham conseguido compreender a informação transmitida oralmente, tais como:

- Qual o título da história?

- Porque é que a menina não tinha nome? - O que aconteceu à menina?

- Ela percebia tudo o que lhe diziam? Porquê?

2º Momento: 6 de novembro de 2012

Música do Gana e elaboração de desenhos sobre a importância da aprendizagem de novas línguas

Dando início a este segundo momento, a educadora apresentou uma música às crianças, em suporte áudio, retirada do livro: “Volta ao Mundo em 40 Canções” (Gomes, F. & Matos, L., 2005: 65), tratando-se esta de uma música tradicional do Gana, país onde morava a menina Handa apresentada no dia anterior às crianças.

Após a audição da música, procedeu-se a um diálogo em grande grupo sobre o que aquela música representou para as crianças, ou o que sentiram ao ouvi-la.

Sendo uma música desconhecida e noutra língua, a educadora questionou as crianças sobre o que conseguiram compreender, fazendo questões como: “Conseguiram perceber alguma coisa da música? O que é que esta diz? E porque é que é tão difícil conseguirmos perceber esta música? Será que é cantada numa língua diferente da nossa?”.

Neste seguimento, a educadora aproveitou também para introduzir nesta conversa a importância de aprender novas línguas, questionando as crianças sobre isso:

76 - “Então se nós não conseguimos perceber a música que ouvimos porque está noutra língua, acham importante aprendermos novas línguas?”

- “E será que aprender novas línguas é só importante para ouvir músicas noutras línguas ou existem mais razões importantes? O que vocês acham sobre isso?”.

À medida que as crianças foram respondendo às questões colocadas, exprimindo as suas ideias sobre o que se estava a falar, a educadora foi dando exemplos de outras razões importantes para a aprendizagem de novas línguas, de modo a explorá-las com as crianças. Uma das razões discutidas para aprender línguas prendeu-se com a necessidade de hoje em dia as pessoas terem que sair do nosso país (emigrar) devido a várias condições, como por exemplo a procura de emprego, irem de férias para outros países, manterem contacto com familiares noutros países, mas também no âmbito de circunstâncias como receberem e comunicarem com pessoas estrangeiras no nosso próprio país.

Após esta troca de ideias, a educadora propôs a elaboração de um desenho sobre o que o grupo esteve a falar. Esta tarefa pretendia que as crianças registassem as razões possíveis que podem levar à aprendizagem de novas línguas, tornando-se também um meio para a educadora ter a perceção do que as crianças conseguiram ou não perceber do tema tratado.

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