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4. Apresentação dos dados

4.4 Análise comparativa entre variáveis independentes

4.4.2 Sexo

Aula 1

Conforme se pode observar na Tabela 42, apenas os dados referentes à variável dependente Did (aspetos didáticos) obtidos pelo sexo masculino não encontraram uma distribuição normal. Contudo, decidiu-se pela estatística paramétrica uma vez que o tamanho da amostra é superior a 30 (Dancey & Reidy, 2007).

Tabela 42 - Teste da normalidade para o sexo (aula 1)

De acordo com o indicado na Tabela 43, os valores obtidos nas médias das classificações em todas as variáveis dependentes são superiores no sexo masculino, face aos encontrados no sexo feminino. Estes valores parecem indicar que as professoras de educação física são mais exigentes nas observações que fazem, relativamente aos seus colegas homens.

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Tabela 43 - Estatística descritiva para o sexo (aula 1)

Verificando a Tabela 44, os valores obtidos no teste de Levene são, nas quatro variáveis dependentes, diferentes de zero. Tal facto leva-nos a rejeitar a hipótese nula (H0), a saber, as

variâncias nos dois grupos são diferentes.

Uma vez ultrapassado o teste de Levene, coloca-se o problema: será que o sexo dos professores de educação física, feminino e masculino, com a ficha de registo da observação de aulas em vigor, observam, classificam e registam da mesma forma, na aula 1, as quatro variáveis dependentes, (1) conteúdos disciplinares, (2) conhecimentos que agilizam a aprendizagem, (3) aspetos didáticos e (4) aspetos relacionais?

Teste de hipóteses, segundo o teste t de Student, para o intervalo de confiança de 95%: H0: não existem diferenças significativas entre as médias obtidas pelos dois grupos;

Tabela 44 - Teste t para o sexo (aula 1)

Uma vez que os resultados foram inferiores a 0.05 no teste t, em três das quatro variáveis em estudo, conhecimentos disciplinares, conhecimentos que agilizam as aprendizagens e aspetos didáticos, ver a Tabela 45, para estas rejeitamos a hipótese nula, ou seja, existem diferenças

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significativas, num intervalo de confiança de 95%, entre as médias obtidas pelos dois grupos, sendo que as professoras, em situação de observação da aula 1 atribuiram melhores classificações comparadamente com os seus colegas homens. Por apresentar valores acima de 0.050 no teste t na variável de interesse aspetos relacionais, para o intervalo de confiança de 95%, a hipótese nula para esta é aceite, ou seja, não existem diferenças significativas entre as médias obtidas entre as professoras e os professores.

Tabela 45 - Teste de hipóteses para o sexo (aula 1)

Variável Dependente Teste t Decisão

Conhecimentos disciplinares 0,016 Rejeita H0

Conhecimentos que agilizam as aprendizagens 0,039 Rejeita H0

Aspetos didáticos 0,005 Rejeita H0

Aspetos relacionais 0,068 Aceita H0

Aula 2

Conforme se pode observar na Tabela 46, apenas os dados referentes à variável dependente CD (conhecimentos disciplinares) e Did (aspetos didáticos), ambas obtidos pelo sexo masculino, não encontraram uma distribuição normal. Contudo, decidiu-se pela estatística paramétrica uma vez que o tamanho da amostra é superior a 30 (Dancey & Reidy, 2007).

Tabela 46- Teste da normalidade para o sexo (aula 2)

De acordo com o indicado na Tabela 47, os valores obtidos nas médias das classificações em todas as variáveis dependentes são superiores no sexo masculino, face aos encontrados no sexo feminino. Estes valores parecem indicar que as professoras de educação física são mais exigentes nas observações que fazem, relativamente aos seus colegas homens.

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Verificando a Tabela 48, os valores obtidos no teste de Levene são, nas quatro variáveis dependentes, diferentes de zero. Tal facto leva-nos a rejeitar a hipótese nula (H0), a saber, as

variâncias nos dois grupos são diferentes.

Tabela 47 - Estatística descritiva para o sexo (aula 2)

Uma vez ultrapassado o teste de Levene, coloca-se o problema: será que o sexo dos professores de educação física, feminino e masculino, com a ficha de registo da observação de aulas em vigor, observam, classificam e registam da mesma forma, na aula 2, as quatro variáveis dependentes, (1) conteúdos disciplinares, (2) conhecimentos que agilizam a aprendizagem, (3) aspetos didáticos e (4) aspetos relacionais?

Teste de hipóteses, segundo o teste t de Student, para o intervalo de confiança de 95%: H0: não existem diferenças significativas entre as médias obtidas pelos dois grupos;

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Tabela 49 - Teste de hipóteses para o sexo (aula 2)

Variável Dependente Teste t Decisão

Conhecimentos disciplinares 0,054 Aceita H0

Conhecimentos que agilizam as aprendizagens 0,173 Aceita H0

Aspetos didáticos 0,005 Rejeita H0

Aspetos relacionais 0,008 Rejeita H0

Uma vez que os resultados foram inferiores a 0.050 no teste t, em duas das quatro variáveis em estudo, aspetos didáticos e aspetos relacionais, ver a Tabela 49, rejeitamos a hipótese nula, ou seja, existem diferenças significativas, num intervalo de confiança de 95%, entre as médias obtidas pelos dois grupos, sendo que as professoras, em situação de observação da aula 2 atribuiram melhores classificações comparadamente com os seus colegas homens. Por apresentarem valores acima de 0.050 no teste t nas variáveis de interesse conhecimentos disciplinares e conhecimentos que agilizam as aprendizagens, para o intervalo de confiança de 95%, a hipótese nula para estas duas é aceite, ou seja, não existem diferenças significativas entre as médias obtidas entre as professoras e os professores.

Aula 3

Conforme se pode observar na Tabela 50, os resultados alcançados nos testes da normalidade,

K-S, S-W ou Skewness, permitem o uso da estatística paramétrica.

Tabela 50 - Teste da normalidade para o sexo (aula 3)

De acordo com o indicado na Tabela 51, os valores obtidos nas médias das classificações em todas as variáveis dependentes são superiores no sexo masculino, face aos encontrados no

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sexo feminino. Estes valores parecem indicar que as professoras de educação física são mais exigentes nas observações que fazem, relativamente aos seus colegas homens.

Tabela 51 - Estatística descritiva para o sexo (aula 3)

Verificando a Tabela 52, os valores obtidos no teste de Levene são, nas quatro variáveis dependentes, diferentes de zero. Tal facto leva-nos a rejeitar a hipótese nula (H0), a saber, as

variâncias nos dois grupos são diferentes.

Uma vez ultrapassado o teste de Levene, coloca-se o problema: será que o sexo dos professores de educação física, feminino e masculino, com a ficha de registo da observação de aulas em vigor, observam, classificam e registam da mesma forma, na aula 3, as quatro variáveis dependentes, (1) conteúdos disciplinares, (2) conhecimentos que agilizam a aprendizagem, (3) aspetos didáticos e (4) aspetos relacionais?

Teste de hipóteses, segundo o teste t de Student, para o intervalo de confiança de 95%: H0: não existem diferenças significativas entre as médias obtidas pelos dois grupos;

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Tabela 53 - Teste de hipóteses para o sexo (aula 3)

Variável Dependente Teste t Decisão

Conhecimentos disciplinares 0,151 Aceita H0

Conhecimentos que agilizam as aprendizagens 0,162 Aceita H0

Aspetos didáticos 0,145 Aceita H0

Aspetos relacionais 0,383 Aceita H0

Uma vez que os resultados foram superiores a 0.050 no teste t, em todas as variáveis em estudo, ver a Tabela 53, aceitamos a hipótese nula, ou seja, não existem diferenças significativas, num intervalo de confiança de 95%, entre as médias obtidas pelos dois grupos, sendo que as professoras, em situação de observação da aula 3 atribuiram melhores classificações comparadamente com os seus colegas homens.

Aula 4

Tabela 54 - Teste da normalidade para o sexo (aula 4)

Conforme se pode verificar através da Tabela 54, a normalidade da distribuição dos dados não foi satisfeita, inviabilizando por conseguinte o uso do teste paramétrico t de Student. A opção recaiu no teste não-paramétrico Mann-Whitney-Wilcoxon (M-W-W), enquanto teste equivalente ao anterior, para comparar as médias de duas variáveis independentes.

Teste de hipóteses, segundo o teste M-W-W, para o intervalo de confiança de 95%: H0: os dois sexos apresentam distribuições idênticas;

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Tabela 55 - Estatística descritiva para o sexo (aula 4)

De acordo com o indicado na Tabela 55, os valores obtidos nas médias das classificações em todas as variáveis dependentes são superiores no sexo feminino, face aos encontrados no sexo masculino. Contrariando o que tinha sucedido nas aulas 1, 2 e 3, estes valores parecem indicar que os professores são mais exigentes nas observações que fazem, relativamente às suas colegas mulheres.

Tabela 56 - Teste Mann-Whitney para o sexo (aula 4)

Tabela 57 - Teste de hipóteses para o sexo (aula 4)

Variável Dependente Teste M-W-W Decisão

Conhecimentos disciplinares 0,407 Aceita H0

Conhecimentos que agilizam as aprendizagens 0,463 Aceita H0

Aspetos didáticos 0,611 Aceita H0

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Por apresentarem valores acima de 0.050 no teste Mann-Whitney em todas as variáveis de interesse, para o intervalo de confiança de 95%, ver as Tabelas 56 e 57, a hipótese nula é aceite, ou seja, os dois sexos apresentam distribuições idênticas quanto às médias obtidas nas quatro variáveis em estudo.

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