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Composição e Regulação Governamental

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) está alicerçado em um conjunto de instituições que estabelecem as condições necessárias para a sustentação de um fluxo de recursos entre os agentes deficitários e superavitários. A lei nº 4.59522de 1964 dividiu a estrutura funcional do Sistema Financeiro Nacional (SFN) nos seguintes moldes: primeiro, uma esfera normativa, que congrega os órgãos normativos e de supervisão; e segundo, a esfera operativa, que é constituída por instituições financeiras, administradoras de consórcios, demais instituições autorizadas a funcionar ou operar pelo Banco Central do Brasil, entidades auxiliares e empresas regulamentadas e fiscalizadas por outras autoridades supervisoras.

As instituições financeiras, tanto públicas quanto privadas, distinguem-se das demais por terem como atividade principal, ou acessória, a captação, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, ou pela custódia de valores de propriedade de terceiros.

O subsistema normativo é constituído por:

• órgãos normativos, responsáveis pelo estabelecimento de políticas e normas

aplicáveis ao SFN; e

• entidades supervisoras, responsáveis pela execução das políticas e normas

estabelecidas pelos órgãos normativos, bem como pela fiscalização das instituições participantes do SFN.

Os órgãos normativos do SFN são:

• Conselho Monetário Nacional (CMN), que é órgão responsável pela definição das

diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial;

• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que é o órgão responsável por

fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; e

• Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que é o orgão

responsável pela regulação do regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão).

22https://www3.bcb.gov.br/gmn/visualizacao/listarDocumentosManualPublico.do?method=visualizarDocumentoInicial&itemMa

A cada órgão normativo, estão vinculadas as seguintes entidades supervisoras:

• CMN: Banco Central do Brasil (Bacen) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM); • CNSP: Superintendência de Seguros Privados (Susep); e

• CNPC: Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

O subsistema operativo abrange:

• instituições financeiras bancárias: bancos, Caixa Econômica Federal (CEF) e

cooperativas de crédito;

• instituições financeiras não bancárias: agências de fomento, associações de

poupança e empréstimo, companhias hipotecárias, e sociedades de crédito, financiamento e investimento, de crédito imobiliário, de crédito ao microempreendedor e de arrendamento mercantil;

• instituições que operam no mercado de capitais, incluindo-se as sociedades

corretoras e as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, e bolsas de valores e de mercadorias e futuros;

• instituições que operam no mercado de câmbio, incluindo-se as corretoras de

câmbio, agências de turismo e meios de hospedagem autorizados e administradoras de cartões de crédito de validade internacional;

Orgãos normativos Entidades supervisoras Operadores Conselho Monetário Nacional - CMN Banco Central do Brasil - Bacen Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista Demais instituições financeiras Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros Bancos de Câmbio Comissão de Valores Mobiliários - CVM Bolsas de mercadorias e futuros Bolsas de valores Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP Superintendência de Seguros Privados - Susep Resseguradores Sociedades seguradoras Sociedades de capitalização Entidades abertas de previdência complementar Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC

Entidades fechadas de previdência complementar

• sociedades seguradoras e de capitalização e entidades de previdência privada,

ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguros;

• entidades administradoras de recursos de terceiros, como aquelas que

gerenciam os fundos de investimento e as administradoras de consórcio; e

• entidades prestadoras de serviços financeiros regulamentados, como os de

compensação e de liquidação e custódia de títulos, em apoio aos mercados financeiros.

• Esses tipos de instituições autorizadas a operar no SFN, bem como os respectivos

órgãos normativos e entidades supervisoras, estão detalhadas no sítio eletrônico do Banco Central do Brasil.

Conselho Monetário Nacional (CMN)

O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais a respeito do funcionamento do SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. As suas principais funções são:

• adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; • regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de

pagamentos;

• orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras;

• propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; • zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

• coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública

interna e externa. Banco Central do Brasil (BACEN)

O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. Dentre suas atribuições estão:

• emitir papel-moeda e moeda metálica; • executar os serviços do meio circulante;

• receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições

financeiras e bancárias;

• realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; • regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; • efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;

• exercer o controle de crédito; exercer a fiscalização das instituições

financeiras;

• autorizar o funcionamento das instituições financeiras;

• estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas

instituições financeiras;

• vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de

capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.

Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.

Comissão de Valores Mobiliários (CVM)23

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. Para este fim, exerce as funções de: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. Mais informações poderão ser encontradas no endereço:www.cvm.gov.br

Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976 alterações LEI No 10.411, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2002:

Art. 5o- É instituída a Comissão de Valores Mobiliários, entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária.

Objetivos

De acordo com FORTUNA (2011, p.24), os objetivos fundamentais da CVM ficam caracterizados como o do fortalecimento do mercado de ações e dos demais valores mobiliários, através do(a):

• estímulo à aplicação de poupança no mercado acionário;

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• garantia do funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e

instituições auxiliares que operem neste mercado;

• proteção aos titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e

outros tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados primários e secundários de ações;

• fiscalização da emissão, do registro, da distribuição e da negociação de

títulos emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.

A Comissão de Valores Mobiliários será administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovados pelo Senado Federal, dentre pessoas de ilibada reputação e reconhecida competência em matéria de mercado de capitais.

1oO mandato dos dirigentes da Comissão será de cinco anos, vedada a recondução, devendo ser renovado a cada ano um quinto dos membros do Colegiado.

2oOs dirigentes da Comissão somente perderão o mandato em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar.

3o Sem prejuízo do que preveem a lei penal e a lei de improbidade administrativa, será causa da perda do mandato a inobservância, pelo Presidente ou Diretor, dos deveres e das proibições inerentes ao cargo.

4o Cabe ao Ministro de Estado da Fazenda instaurar o processo administrativo disciplinar, que será conduzido por comissão especial, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir o julgamento.

5oNo caso de renúncia, morte ou perda de mandato do Presidente da Comissão de Valores Mobiliários, assumirá o Diretor mais antigo ou o mais idoso, nessa ordem, até nova nomeação, sem prejuízo de suas atribuições.

6o No caso de renúncia, morte ou perda de mandato de Diretor, proceder-se-á à nova nomeação pela forma disposta nesta Lei, para completar o mandato do substituído.

Compete à Comissão de Valores Mobiliários:

• emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;

• negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; • negociação e intermediação no mercado de derivativos;

• organização, funcionamento e operações das Bolsas de Valores;

• organização, funcionamento e operações das Bolsa de Mercadorias e

Futuros;

• administração de carteiras e custodias de valores mobiliários; • auditoria das companhias abertas;

• serviços de consultor e analista de valores mobiliários.

Redefiniram-se os valores mobiliários sujeitos ao regime da nova Lei, como sendo:

• as ações, debêntures e bônus de subscrição;

• os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento

relativos aos valores mobiliários;

• as cédulas de debêntures;

• as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de

investimento em quaisquer ativos;

• as notas comerciais;

• os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes

sejam valores mobiliários;

• outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e, • quando ofertados publicamente, quaisquer outro títulos ou contratos de

investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; é composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social, Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão de Valores Mobiliários. Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.

Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC)

Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja competência é regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). Mais informações poderão ser encontradas no endereço www.previdenciasocial.gov.br

BSM24

Criada em 2007, a BM&FBOVESPA Supervisão de Mercados (BSM) atua na fiscalização do mercado de valores mobiliários, cuja integridade busca fortalecer. A BSM foi desenhada à luz dos melhores padrões internacionais de supervisão e fiscalização privada dos mercados de bolsa; e dos marcos de excelência regulatória pública dos mercados de valores mobiliários, mundialmente reconhecidos. Aliás, já a partir de sua constituição, a BSM sempre esteve

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perfeitamente adequada aos princípios e às regras da Instrução CVM nº 461/07, que disciplina os mercados regulamentados de valores mobiliários.

Desta maneira, a BSM sempre atuou como órgão auxiliar da CVM no que concerne à regulação dos mercados da bolsa. Antes, só cuidava do que agora se chama “segmento” Bovespa (mercado de ações). A partir de 2008, com a completa integração das antigas bolsas, Bovespa e BM&F, a BSM passou a responder também pela regulação do “segmento” BM&F (mercados de commodities e futuros), contando com pessoal qualificado a supervisionar cada um desses mercados. Hoje a BSM, o que faz, então, é a autorregulação de todos os mercados da BM&FBOVESPA.

Na verdade, a Instrução CVM nº 461/07 determina que a BM&FBOVESPA deve estabelecer mecanismos e procedimentos eficazes para que a BSM fiscalize a observância de suas regras e normas de conduta, bem como da regulamentação vigente, de maneira a identificar violações, condições anormais de negociação ou comportamentos suscetíveis de por em risco a regularidade de funcionamento, a transparência e a credibilidade do mercado. Assim, a eficiência da autorregulação praticada pela BSM é exigida pela Instrução, possibilitada pela Bolsa e, certamente, desejada pelo mercado.

Um dos múltiplos instrumentos que permitem que a BSM possa cumprir suas funções de autorregulação é a administração do Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos, o MRP, igualmente instituído por aquela Instrução, em substituição ao antigo Fundo de Garantia da Bovespa e à similar provisão financeira da BM&F.

O MRP é um mecanismo constituído para o exclusivo benefício dos investidores. Administrado pela BSM, trata-se de um ágil meio de cobertura dos prejuízos sofridos por investidores em razão de ações ou omissões dos intermediários. Porque os investidores que se sentirem prejudicados só o que têm a fazer é reclamar à BSM, justificadamente, o ressarcimento de seus prejuízos pelo MRP. E se os investidores tiverem razão, serão imediatamente indenizados. Até o máximo possível, previsto na legislação. Uma ótima garantia, especialmente para o pequeno investidor.

Em suma, as responsabilidades da BSM são:

• fiscalizar e supervisionar os participantes do mercado e a própria BM&FBOVESPA; • identificar violações à legislação e à regulamentação vigentes, condições anormais

de negociação ou comportamentos que possam colocar em risco a regularidade de funcionamento, a transparência e a credibilidade do mercado;

• instaurar e conduzir processos administrativos disciplinares; penalizar os que

cometem irregularidades; e

VI. Instituições e Intermediadores Financeiros – 5,00%

A Lei n° 4595/64 dispõe em seu artigo 17 (anexo 1) - “Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.” O exercício da atividade financeira no Brasil está sujeito à autorização e regulamentação governamental. Conforme a origem dos recursos que compõem seu capital, as instituições financeiras dividem-se em públicas e privadas, conforme a seguir:

Públicas:

o Federais: constituídas com sede no país, com controle direto ou indireto pela União. o Estaduais: instituições cuja maioria do capital votante seja detida, de forma direta ou

indireta, por um ou mais estados da federação. Privadas:

o Nacionais: caracterizadas pelo fato de a maioria do capital votante ser de titularidade de

pessoas físicas e/ou jurídicas domiciliadas e residentes no Brasil.

o Nacionais com participação estrangeira: instituições que tenham direta e/ou

indiretamente, participação estrangeira superiora 10% e até 50% de seu capital votante

o Nacionais com controle estrangeiro: instituições cuja maioria do capital votante tenha,

direta ou indiretamente, controle estrangeiro.

o Estrangeiras: filiais instaladas no Brasil de bancos com sede no exterior.

Classificação

As instituições financeiras que operam no mercado são classificadas segundo a natureza dos ativos que emitem e os tipos de operações que estão autorizadas a realizar. Segundo o ativo bancário e não bancário; segundo as operações: crédito e distribuidoras.

As instituições de crédito classificadas como bancárias (ou monetárias) são os bancos comerciais e o Banco Central, que são responsáveis pela oferta de moedas. O Banco Central emite papel moeda (moeda legal), a qual, uma vez em poder do público, vai constituir, com os depósitos à vista nos bancos comerciais, os meios de pagamento da economia.

Os ativos financeiros podem também ser classificados em ativos financeiros monetários e ativos financeiros não monetários. No caso brasileiro: a) papel moeda em poder do público mais depósito a vista; b) não monetários: todos os demais - letras de câmbio, duplicatas, depósito de poupança, certificados de depósito a prazo, etc.

Conceituação25 Bancos Comerciais

Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).

Instituição financeira regulada e fiscalizada pelo BACEN, cujo objetivo é proporcionar o suprimento de recursos para financiar, a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas e pessoas físicas. Esses bancos podem: descontar títulos, realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações especiais, inclusive de crédito rural, de câmbio e comércio internacional, captar depósitos à vista e a prazo, emitir CDB e RDB, efetuar cobrança de títulos, arrecadar tributos e tarifas públicas, realizar empréstimos para giro da atividade produtiva (capital de giro, salários, etc.), obter recursos junto a instituições oficiais para repasse aos clientes, obter recursos externos para repasses, efetuar apresentação de serviços diretamente ou em convênio com outras instituições.

Bancos de Investimentos26

Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).

Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes.

Aos bancos de investimento é facultado, além da realização das atividades inerentes à consecução de seus objetivos:

I - praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valores mobiliários, nos mercados financeiros e de capitais;

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Ver página http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bc.asp

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II - operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão organizados, por conta própria e de terceiros;

III - operar em todas as modalidades de concessão de crédito para financiamento de capital fixo e de giro;

IV - participar do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de títulos e valores mobiliários;

V - operar em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central do Brasil;

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