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Preparatório para Prova da ANCORD XPE - Apostila setembro 2011

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CURSO

CURSO

PREPARATÓRIO PARA

PREPARATÓRIO PARA

PROVA DA ANCORD 2011

PROVA DA ANCORD 2011

Conteúdo Exclusivo da XP Edu

Conteúdo Exclusivo da XP Edu

Coordenação: Silvio Paulo Hilg

Coordenação: Silvio Paulo Hilg

Conteúdo Exclusivo da XP Educação

Conteúdo Exclusivo da XP Educação

Direção Acadêmica: Silvio Paulo Hilgert 

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Importante Importante

Este material tem conteúdo meramente informativo e não se caracteriza como oferta, Este material tem conteúdo meramente informativo e não se caracteriza como oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer ação, ativo ou instrumento solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer ação, ativo ou instrumento financeiro. Todos os exemplos e modelos utilizados e citados neste material e em sala são financeiro. Todos os exemplos e modelos utilizados e citados neste material e em sala são meramente didáticos.

meramente didáticos.

Investimentos em ações, opções, contratos futuros e outros ativos de renda variável são Investimentos em ações, opções, contratos futuros e outros ativos de renda variável são operações de risco. Desta f

operações de risco. Desta forma, nas operações envolvendo estes ativos podem ocorrer porma, nas operações envolvendo estes ativos podem ocorrer perdas.erdas. Nas operações com derivativos estas perdas podem ser superiores ao valor investido e, nesta Nas operações com derivativos estas perdas podem ser superiores ao valor investido e, nesta condição, o investidor pode ser

condição, o investidor pode ser chamado a aportar recursos.chamado a aportar recursos.

Além disso, rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, desta forma, os Além disso, rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, desta forma, os percentuais de valorização apresentados neste material não significam o potencial futuro de percentuais de valorização apresentados neste material não significam o potencial futuro de valorização.

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XP EDUCAÇÃO XP EDUCAÇÃO

Educação de Novos Investidores Educação de Novos Investidores A XP Educação tem

A XP Educação tem como objetivo ensinar a população brasileira a investir como objetivo ensinar a população brasileira a investir melhor seu dinheiro.melhor seu dinheiro. Em parceria com seus escritórios afiliados já formou mais de 350 mil alunos com suas palestras, Em parceria com seus escritórios afiliados já formou mais de 350 mil alunos com suas palestras, cursos de extensão em bolsa de valores e f

cursos de extensão em bolsa de valores e finanças pessoais, realizados de forma presencial e oninanças pessoais, realizados de forma presencial e on line.

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disponível, a melhor didática e uma visão aplicada aos negócios.ma visão aplicada aos negócios.

Os professores que ministram nossos cursos possuem sólida formação acadêmica, além de Os professores que ministram nossos cursos possuem sólida formação acadêmica, além de serem profissionais experientes no mercado de capitais onde atuam como operadores e serem profissionais experientes no mercado de capitais onde atuam como operadores e assessores de investimentos. Dessa forma, a vivência do dia-a-dia é levada para dentro da sala assessores de investimentos. Dessa forma, a vivência do dia-a-dia é levada para dentro da sala de aula.

de aula.

Em todos os eventos os professores são incentivados a buscar o equilíbrio ideal entre teoria e Em todos os eventos os professores são incentivados a buscar o equilíbrio ideal entre teoria e prática, entre o aprimoramento da base conceitual do aluno e o fornecimento de ferramentas prática, entre o aprimoramento da base conceitual do aluno e o fornecimento de ferramentas práticas que possam ser rapidamente implementadas no ambiente do mercado financeiro. práticas que possam ser rapidamente implementadas no ambiente do mercado financeiro. Atualmente, a XP Educação está presente, através de seus parceiros, nas principais capitais e Atualmente, a XP Educação está presente, através de seus parceiros, nas principais capitais e cidades brasileiras. Oferecemos diferentes programas, que englobam desde palestras e cursos cidades brasileiras. Oferecemos diferentes programas, que englobam desde palestras e cursos básicos para iniciantes até estudos avançados para atender os investidores mais qualificados. básicos para iniciantes até estudos avançados para atender os investidores mais qualificados. Para maiores informações acesse www.xpe.com.br ou ligue 0800.723-3700

Para maiores informações acesse www.xpe.com.br ou ligue 0800.723-3700 Ficha Técnica do Curso

Ficha Técnica do Curso

Curso: Preparatório para Prova da ANCORD Curso: Preparatório para Prova da ANCORD Versão: Primeira Edição – Julho/2011

Versão: Primeira Edição – Julho/2011 Direção Acadêmica:

Direção Acadêmica: Sílvio Paulo HilgertSílvio Paulo Hilgert

Especialista em Mercado de Capitais formado pela UFRGS/APIMEC-SUL. Pós-graduado em Especialista em Mercado de Capitais formado pela UFRGS/APIMEC-SUL. Pós-graduado em Desenvolvimento Gerencial e graduado em Administração pela UNOESC. Certificado pela Desenvolvimento Gerencial e graduado em Administração pela UNOESC. Certificado pela ANCOR como Agente Autônomo de Investimentos. Certificado pela ANBIMA com CPA-10. ANCOR como Agente Autônomo de Investimentos. Certificado pela ANBIMA com CPA-10. Possui grande experiência e vivência no Mercado Financeiro com atuação em companhias Possui grande experiência e vivência no Mercado Financeiro com atuação em companhias como Banco HSBC, Bamerindus e Sicredi. Experiência profissional como operador da Bolsa de como Banco HSBC, Bamerindus e Sicredi. Experiência profissional como operador da Bolsa de Valores tendo atuado pela XP Investimentos Corretora. Vasta experiência em treinamento e Valores tendo atuado pela XP Investimentos Corretora. Vasta experiência em treinamento e formação de colaboradores e investidores em produtos financeiros tanto em renda fixa quanto formação de colaboradores e investidores em produtos financeiros tanto em renda fixa quanto variável. Atualmente exerce o cargo de Diretor Acadêmico e Professor da XP Educação onde variável. Atualmente exerce o cargo de Diretor Acadêmico e Professor da XP Educação onde ministra cursos e palestras na área de Mercado de Capitais e Finanças Pessoais, bem como ministra cursos e palestras na área de Mercado de Capitais e Finanças Pessoais, bem como coordena a área acadêmica da instituição.

(5)

Sumário do Curso

I. A Atividade do Agente Autônomo de Investimento . . . . . . 5

II. Ética Profissional e Aspectos Comportamentais . . . . . . 11

III. Lei nº 9.613/981; Circular BACEN 3461/092; Instrução CVM nº301/993. . . . . . .14

IV. Economia . . . . . . . . . .20

VI. Instituições e Intermediadores Financeiros . . . 29

V. Sistema Financeiro Nacional . . . .36

VII. Fundamentos de Finanças . . . . . . .61

VIII. Mercado de Capitais – Produtos, Modalidades Operacionais, Tributação e Regulamentação Básica . . . . . . . . . . . . . . .66

IX. Fundos de Investimentos . . . . . . . . . . 76

X. Outros Fundos de Investimentos Regulados pela CVM . . . . . . . . . 91

XI. Securitização de Recebíveis . . . . . . .. 100

XII. Clubes de Investimentos . . . . . . . . . . 102

XIII. Liquidação de Operações . . . . . . . . . 106

XIV. Mercado Financeiro – Produtos, Modalidades Operacionais, Tributação e Regulamentação Básica . . . .. 111

XV. Mercado de Derivativos - Produtos, Modalidades Operacionais, Tributação e Regulamentação Básica . . . .. . . . 121

REFERÊNCIAS . . . .. . . 153

1Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9613.htm

2

Ver página https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?N=109061238&method=detalharNormativo

3

(6)

I. A Atividade do Agente Autônomo de Investimento

A Atividade Agente Autônomo de Investimento Conforme a Instrução CVM Nº 434/064

O agente autônomo de investimento é a pessoa natural que obtém registro na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, para exercer, sob a responsabilidade e como preposto de instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários, a atividade de distribuição e mediação de valores mobiliários. Por sua vez, os agentes autônomos de investimento podem constituir pessoa jurídica para o exercício da sua atividade. As instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários são: bancos múltiplos (com carteira de investimento), bancos de investimento, corretoras de valores e de mercadorias e

distribuidoras de valores.

Diferenciação da Atividade de Agente Autônomo das Atividades de Administração, Análise e Consultoria de Valores Mobiliários

Analista de Valores Mobiliários5

A atividade de analista de valores mobiliários consiste na avaliação de investimento em valores mobiliários, em caráter profissional, com a finalidade de produzir recomendações, relatórios de acompanhamento e estudos para divulgação ao público, que auxiliem no processo de tomada de decisão de investimento.

Consultor de Valores Mobiliários6

Profissional ou empresa, credenciado pela CVM, com experiência em atuação no mercado de valores mobiliários, que presta consultoria aos investidores interessados em fazer aplicações diretamente nesse mercado. Possui conhecimentos técnicos e práticos para assessorar seu cliente na busca do produto que irá melhor atender a seus objetivos e necessidades pessoais.

Administrador de Carteiras7

4

Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9613.htm

4

Ver página https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?N=109061238&method=detalharNormativo

4

Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst301.htm

4

Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst434.htm

5

Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?Tipo=I&File=/inst/inst388.htm

6

Ver página http://www.portaldoinvestidor.gov.br/Investidor/Ondeinvestir/Quempodemeajudarainvestir/tabid/87/Default.aspx

7

Ver instrução da CVM no.043/85, e alterações 082/88, 306 /99, 448/07 e 456/07

Segundo a Resolução no. 2838/01 no seu art. 5º, fica a Comissão de Valores Mobiliários autorizada a adotar as medidas e a baixar as normas complementares que se fizerem necessárias à execução da atividade de Agente Autônomo de Investimento.

A resolução no. 3.158/03 dispõe sobre a certificação de empregados das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

(7)

A administração de carteira de valores mobiliários consiste na gestão profissional de recursos ou valores mobiliários, sujeitos à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários, entregues ao administrador, com autorização para que este compre ou venda títulos e valores mobiliários por conta do investidor8.

Concessão da Autorização para Exercício da Atividade Autorização Do Agente Autônomo – Pessoa Natural

A autorização para o exercício da atividade de agente autônomo de investimento somente será concedida à pessoa natural, domiciliada no País, que preencha os seguintes requisitos:

• tenha concluído o ensino médio no País ou no exterior;

• tenha sido aprovada em exame técnico específico para agente autônomo de

investimento, organizado por entidade certificadora autorizada pela CVM;

• não esteja inabilitada ou suspensa para o exercício de cargo em instituições financeiras

e demais entidades autorizadas a funcionar pela CVM, pelo Banco Central do Brasil, pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ou pela Secretaria de Previdência Complementar – SPC;

• não tenha sido condenada criminalmente, ressalvada a hipótese de reabilitação; e

• não esteja impedida de administrar seus bens ou deles dispor em razão de decisão

 judicial.

A identificação do candidato deverá ser verificada pela entidade certificadora, que enviará à CVM a relação dos candidatos aprovados no exame previsto, conservando em seu poder os documentos respectivos enquanto for mantida a habilitação do candidato, e pelo prazo de 5 (cinco) anos a partir de seu cancelamento.

O pedido de autorização para o exercício da atividade de agente autônomo de investimento por pessoa natural deverá ser instruído com os seguintes documentos:

• formulário cadastral, preenchido na página da CVM na rede mundial de computadores;

e

• declaração do candidato, enviada à CVM com data e assinatura, informando o

cumprimento dos requisitos.

O prazo de validade do exame técnico de certificação para a obtenção de autorização da CVM para o exercício da atividade é de 1 (um) ano, contado da data da divulgação do resultado final pela entidade certificadora.

Autorização Do Agente Autônomo – Pessoa Jurídica

(8)

A autorização para o exercício da atividade de agente autônomo de investimento somente será concedida à pessoa jurídica domiciliada no País que preencha os seguintes requisitos:

• tenha como objeto social exclusivo o exercício da atividade de agente autônomo de

investimento e esteja regularmente constituída e registrada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; e

• tenha como sócios unicamente agentes autônomos autorizados pela CVM, e a eles seja

atribuído, com exclusividade, o exercício das atividades, sendo todos os sócios responsáveis perante a CVM pelas atividades da sociedade.

Será admitido que a sociedade tenha como sócios terceiros que não sejam agentes autônomos, desde que sua participação no capital social e nos lucros não exceda de 2% (dois por cento), e que tais sócios não exerçam função de gerência ou administração ou por qualquer modo participem das atividades que constituam o objeto social.

Um mesmo agente autônomo pessoa natural não poderá ser sócio de mais de um agente autônomo pessoa jurídica. Da denominação do agente autônomo pessoa jurídica deverá constar a expressão "Agente Autônomo de Investimentos", sendo vedada a utilização de palavras ou expressões que induzam a interpretação indevida quanto ao objetivo da sociedade. Suspensão e Cancelamento da Autorização para Exercício da Atividade

Suspensão da Autorização

A CVM poderá, por solicitação do agente autônomo pessoa natural, suspender a autorização para o exercício de sua atividade por um período contínuo de até 12 (doze) meses, não renovável, mediante a apresentação de:

• comprovante de sua retirada da sociedade de agentes autônomos de investimento de

que seja sócio, se for o caso; e

• comprovante de rescisão ou suspensão do contrato de distribuição e mediação de

valores mobiliários ou declaração de que não mantém contrato de distribuição e mediação de valores mobiliários com instituição integrante do sistema de distribuição. A suspensão somente será concedida se houver decorrido o prazo de pelo menos 3 (três) anos da data de concessão da autorização do agente autônomo ou do término de sua última suspensão. Durante a vigência da suspensão, o agente autônomo ficará impedido de exercer a atividade, exonerando-se do cumprimento das obrigações previstas e do dever de pagar a taxa de fiscalização instituída pela Lei nº 7.940/899.

Cancelamento da Autorização

A autorização para o exercício da atividade de agente autônomo de investimento pode ser cancelada:

9

(9)

• se constatada a falsidade dos documentos ou de declaração apresentada para obter a

autorização;

• se, em razão de fato superveniente devidamente comprovado, ficar evidenciado que a

pessoa autorizada pela CVM não mais atende a quaisquer dos requisitos e condições estabelecidos para a concessão da autorização; e

• a pedido do agente autônomo.

A CVM comunicará previamente ao agente autônomo a decisão de cancelar o seu registro concedendo-lhe o prazo de 10 (dez) dias úteis, contados da data do recebimento da comunicação, para apresentar as suas razões de defesa ou regularizar o seu registro.

O pedido de cancelamento da autorização deverá ser instruído com os seguintes documentos:

I – no caso de pessoa natural:

• se for o caso, comprovante de sua retirada da sociedade de agentes autônomos de

investimento ou da adequação de sua participação; e

• comprovante de rescisão dos contratos de distribuição e mediação de valores

mobiliários ou declaração de que não mantém contrato de distribuição e mediação de valores mobiliários com instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários;

II – no caso de pessoa jurídica:

• apresentação do seu distrato social ou mudança de seu objeto, com registro no órgão

competente; e

• comprovante de rescisão dos contratos de distribuição e mediação de valores

mobiliários ou declaração de que não mantém contrato de distribuição e mediação de valores mobiliários com instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários.

O deferimento do pedido de cancelamento não impede que a CVM instaure ou dê andamento a procedimento visando apurar a responsabilidade do agente, por atos ocorridos até aquela data. O cancelamento da autorização de agente autônomo será comunicado pela CVM às instituições que o houverem inscrito no cadastro da CVM como agente autônomo contratado.

Contrato de Agenciamento/ Remuneração, Responsabilidade e Co-Responsabilidade dos AAI e das Instituições

As instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários somente podem contratar para exercer a atividade de agente autônomo de investimento pessoa natural ou jurídica devidamente autorizada pela CVM. A instituição contratante de agentes autônomos deverá inscrevê-los em sua relação de agentes contratados na página da CVM, na rede mundial

(10)

de computadores, quando celebrar um novo contrato, e retirá-los da página, quando o contrato for rescindido, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis após a contratação ou rescisão.

A instituição contratante deverá conservar à disposição da CVM, enquanto vigorar o contrato, e pelo prazo de 5 (cinco) anos a partir de sua rescisão, todos os documentos relacionados à contratação e à prestação de serviços de cada agente autônomo por ela contratado.

A remuneração do agente autônomo de investimento será acordada entre as partes e escrito no contrato de prestação de serviços pela instituição contratante.

Normas de Conduta

O agente autônomo de investimento deve observar as seguintes regras de conduta:

• empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado e a diligência que todo

homem ativo e probo costuma dispensar à administração de seus próprios negócios;

• abster-se da prática de atos que possam ferir a relação fiduciária entre

investidores e a instituição intermediária à qual estiver vinculado; e

• zelar pelo sigilo de informações confidenciais a que tenha acesso no exercício de

sua função. Práticas Vedadas

É vedado ao agente autônomo de investimento:

• receber ou entregar a investidores, por qualquer razão, numerário, títulos ou

valores mobiliários, ou quaisquer outros valores, que devem ser movimentados através de instituições financeiras ou integrantes do sistema de distribuição;

• ser procurador de investidores para quaisquer fins;

• atuar como contraparte, direta ou indiretamente, em operações das quais

participem clientes da instituição intermediária à qual o agente autônomo esteja vinculado, sem prévia e específica autorização do mesmo;

• contratar com investidores a prestação de serviços de:

o análise ou consultoria de valores mobiliários, salvo se estiver autorizado pela

CVM a exercer tais atividades; e

o administração de carteira de títulos e valores mobiliários, salvo se o agente

autônomo pessoa natural, autorizado pela CVM também para exercer a atividade de administração de carteira, não estiver contratualmente vinculado, direta ou indiretamente, a entidades do sistema de distribuição de valores.

• atuar como preposto de instituição com a qual não tenha contrato; e

• delegar a terceiros, total ou parcialmente, a execução dos serviços que

(11)

Penalidades e Multa Cominatória

Constituem infração grave, para efeito do disposto no § 3º do art. 11 da Lei nº 6.385, de 197610:

• o exercício da atividade de agente autônomo de investimento por pessoa não

autorizada ou autorizada com base em declaração ou documentos falsos;

• o descumprimento dos deveres estabelecidos nas normas de conduta; e

• aconselhar clientes da instituição intermediária à qual o agente autônomo esteja

vinculado a realizar negócio com a finalidade de obter, para si ou para outrem, vantagem indevida.

Sujeitam-se à multa cominatória diária de R$ 200,00 (duzentos reais), incidente a partir do dia seguinte ao término do prazo estabelecido para o cumprimento da obrigação, e sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas no art. 11 da Lei nº 6.385, de 1976:

I – o agente autônomo de investimento que:

• não encaminhar à CVM as informações previstas na autorização do agente

autônomo; ou

• não mantiver seu cadastro atualizado;

10

(12)

II. Ética Profissional e Aspectos Comportamentais

Princípios Éticos Ética11

A palavra ética é originada do grego ethos, que significa modo de ser, caráter. A Ética é

de suma importância para todas as profissões, e para todo ser humano, afim de que possamos viver relativamente bem em sociedade. O processo de crescimento econômico e do aumento das relações humanas, atrelado a um mundo cada vez mais globalizado, faz com que a pressão sobre as pessoas aumente. Por sua vez, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente, não permitindo a reflexão sobre as atitudes tomadas. Os indivíduos precisam ter a consciência de que seus atos podem influenciar na vida dos outros e que o aumento da liberdade resulta em maior responsabilidade. De forma ampla a Ética é definida como a explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca do bem comum e da realização individual.

Valores Éticos

Honestidade, justiça, respeito, obediência, competência, profissionalismo, tolerância, confidencialidade, diligência, solidariedade representam o conjunto de ações éticas que auxiliam os funcionários a tomarem decisões de acordo com os princípios da organização. Quando bem estruturado, os valores éticos ilustram a maneira como a empresa administra os negócios e consolida relações com clientes e demais parceiros. Um administrador ético só o é, se também for um homem ético, e este valor o qualifica como íntegro, primeiro como indivíduo e depois como profissional.

Ética Normativa12

A ética normativa pode ser definida como estudo de valores, princípios e normas de comportamento em relação ao que é lícito ou ilícito procurando seus fundamentos e  justificativas.

Integridade

Um Agente Autônomo de Investimento (AAI) deve oferecer e proporcionar serviços com integridade, devendo ser considerado por seus clientes como uma pessoa merecedora de confiança plena. Normalmente, as pessoas confiam em indivíduos íntegros e desconfiam dos que não vivem de acordo com o que acreditam, falam ou defendem.

11

Ethics, in The Encyclopaedia Britannica: a dictionary of arts, sciences, literature and general information. 11.ª ed. New York, 1911. pp. 808-845.

12

LARA, M.C.G; PENA, Roberto Patrus Mu ndim.A Ética na Atividade Docente da PUC Minas-Contagem.27º Encontro da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Administração, Atibaia/SP, 2003.

(13)

Nas empresas existem pessoas fazem jus a confiança recebida porque mantém sua palavra, honram seus compromissos e conservam na prática o que recomendam. Ao decidir o que é correto e justo, o AAI deve atuar com integridade, como condição essencial. A integridade pressupõe honestidade e sinceridade que não devem estar subordinadas a ganhos e vantagens pessoais.

Competência

O AAI deve prestar serviços aos clientes de maneira competente, mantendo os necessários conhecimentos e habilidades para continuar a fazê-lo nas atividades em que estiver envolvido. Entende-se por competente aquela pessoa que atinge e mantém um nível adequado de conhecimento e habilidade, utilizando-os na prestação de serviços aos clientes. Competência inclui, a sabedoria para reconhecer suas limitações e suas situações em que a consulta a outro profissional seja necessária, e também a persistência na continuação do aprendizado, atualização e aperfeiçoamento profissional.

Profissionalismo

A conduta de um profissional em todas as questões deve refletir zelo e crença na profissão, pois há responsabilidades concomitantes de comportamento digno com todos aqueles que usam seus serviços profissionais. É importante que o AAI coopere com outros profissionais para melhorar a qualidade dos serviços e manter a imagem pública da profissão. Confidencialidade

Um profissional não deve revelar nenhuma informação confidencial do cliente sem o seu específico conhecimento, a menos que em resposta a qualquer procedimento judicial, inclusive, mas não limitado a, defender-se contra acusações de má prática de sua parte e/ou em relação a uma disputa civil entre o profissional e o cliente.

Um cliente, ao buscar os serviços de um profissional, pode estar interessado em criar um relacionamento de confiança pessoal. Este tipo de relacionamento só pode ser criado tendo como base o entendimento de que as informações serão confidenciais.

Para prestar os serviços eficientemente e proteger a privacidade do cliente, o profissional deve salvaguardar a confidencialidade das informações e o seu escopo de seu relacionamento com os clientes finais.

Probidade

Significa: retidão, integridade, honestidade de caráter. Tratar os outros de maneira que você gostaria de ser tratado e constitui o traço essencial de qualquer profissional. O AAI deve realizar os serviços de maneira íntegra e justa para os clientes, diretores e sócios, devendo revelar conflitos de interesses surgidos em razão da prestação dos serviços.

(14)

Probidade requer imparcialidade, honestidade intelectual e a revelação de conflitos de interesses. Envolve uma subordinação dos próprios sentimentos, preconceitos e desejos, de modo a conseguir um equilíbrio adequado dos interesses conflitantes.

Diligência

Diligência é a prestação de serviços realizada em um prazo adequado ao normalmente demandado para sua execução. Diligência também pressupõe um planejamento adequado e sua supervisão.

Conhecimento do cliente

O AAI deve tomar todas as medidas para conhecer os clientes e suas necessidades, devendo especialmente: documentar e confirmar a verdadeira identidade dos clientes com quem mantenha qualquer tipo de relação profissional; documentar e confirmar qualquer informação adicional sobre os clientes; tomar todas as medidas necessárias a fim de que não se realizem operações com pessoas ou entidades, na qual identidade não se possa confirmar; informações de difícil obtenção, ou informação fornecida falsa (que contenha incoerência significativa), ou então que não caiba retificação.

(15)

III. Lei nº 9.613/98

13

; Circular BACEN 3461/09

14

; Instrução CVM

nº301/99

15

Conceito de Crime de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores16

De acordo com o COAF17 (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; segundo, o disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; e terceiro, a disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado "limpo".

Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem em tese essas três etapas independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente:

1

a

etapa –

Colocação

:

objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal. A colocação se efetua por meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens. Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie.

2

a

. etapa –

Ocultação

:

o objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas "fantasmas".

3

a

. etapa –

Integração

:

os criminosos procuram fazer com que os ativos sejam incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.

13

Ver página http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9613.htm

14

Ver página https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?N=109061238&method=detalharNormativo

15

Ver página http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/atos/exiato.asp?File=%5Cinst%5Cinst301.htm

16

Ver página https://www.coaf.fazenda.gov.br/conteudo/sobre-lavagem-de-dinheiro-1/fases

17

O COAF foi criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades. O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores.

(16)

Tipificação

Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime:

• de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;

• de terrorismo e seu financiamento; (Redação dada pela Lei nº 10.701/0318)

• de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção; • de extorsão mediante sequestro;

• contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem, direta ou

indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos;

• contra o sistema financeiro nacional; • praticado por organização criminosa.

• praticado por particular contra a administração pública estrangeira.

Pena: reclusão de três a dez anos e multa. Responsabilidades e Co-responsabilidades

Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes:

• os converte em ativos lícitos;

• os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,

movimenta ou transfere;

• importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.

Incorre, ainda, na mesma pena quem:

• utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores que sabe serem

provenientes de qualquer dos crimes antecedentes;

• participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade

principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos na Lei.

A pena será aumentada de um a dois terços se o crime for cometido de forma habitual ou por intermédio de organização criminosa. A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, co-autor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.

Ações Preventivas: Princípio do “Conheça seu Cliente”

O conceito do “Conheça seu Cliente” está diretamente relacionado a identificação do cliente, de tal sorte que esta deve ser feita antes da concretização de qualquer operação. Em caso de recusa por parte do cliente em fornecer as informações necessárias, a instituição financeira e o agente autônomo de investimentos não deve aceitá-lo. Sugere-se que seja

18

(17)

utilizado um formulário de identificação, cujos documentos requisitados sejam difíceis de se obter de forma ilegítima.

O significado do “Conheça seu Cliente” é abrangente e expressa conhecer suas atividades e negócios, o mercado onde atua, as perspectivas desse mercado e, se possível, quem são seus clientes e fornecedores. O princípio “conheça seu cliente” deve ser aplicado sempre que se for analisar a capacidade financeira do cliente. Neste caso, se as informações obtidas não forem suficientes para justificar a movimentação financeira do cliente, deve-se fazer a comunicação de indício de lavagem de dinheiro.

Cadastro de Cliente: Informações e Atualizações Cadastrais A lei 9.613/98 estabelece que as instituições financeiras:

• identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de

instruções emanadas das autoridades competentes;

• manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos

e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedidas;

• deverão atender, no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições

formuladas pelo COAF, que se processarão em segredo de justiça.

Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a identificação referida deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus proprietários.

Os cadastros e registros deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade competente.

O registro será efetuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela autoridade competente.

O Banco Central manterá registro centralizado formando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº 10.701, de 9.7.2003)

PPE (Pessoas Politicamente Expostas)

Consideram-se pessoas politicamente expostas os agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo.

No caso de clientes brasileiros, devem ser abrangidos:

• os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União; • os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União:

• de ministro de estado ou equiparado; • de natureza especial ou equivalente;

(18)

• de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fundações

públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista;

• do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6, ou equivalentes; • os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal e dos

tribunais superiores;

• os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da

República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;

• os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do Ministério

Público junto ao Tribunal de Contas da União;

• os governadores de estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de

 justiça, de Assembleia e Câmara Legislativa, os presidentes de tribunal e de conselho de contas de Estado, de Municípios e do Distrito Federal;

• os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal de capitais de Estados.

No caso de clientes estrangeiros, as instituições mencionadas devem adotar pelo menos uma das seguintes providências:

• solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua classificação; • recorrer a informações publicamente disponíveis;

• consultar bases de dados comerciais sobre pessoas politicamente expostas;

• considerar a definição constante do glossário dos termos utilizados no documento

"As Quarenta Recomendações", do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), não aplicável a indivíduos em posições ou categorias intermediárias ou inferiores, segundo a qual uma pessoa politicamente exposta é aquela que exerce ou exerceu importantes funções públicas em um país estrangeiro, tais como, chefes de estado e de governo, políticos de alto nível, altos servidores dos poderes públicos, magistrados ou militares de alto nível, dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de partidos políticos.

O prazo de cinco anos referido deve ser contado, retroativamente, a partir da data de início da relação de negócio ou da data em que o cliente passou a se enquadrar como pessoa politicamente exposta.

Para efeito, são considerados familiares os parentes, na linha reta, até o primeiro grau, o cônjuge, o companheiro, a companheira, o enteado e a enteada.

No caso de relação de negócio com cliente estrangeiro que também seja cliente de instituição estrangeira fiscalizada por entidade governamental assemelhada ao Banco Central do Brasil, admite-se que as providências em relação às pessoas politicamente expostas sejam adotadas pela instituição estrangeira, desde que assegurado ao Banco Central do Brasil o acesso aos respectivos dados e procedimentos adotados.

(19)

As instituições devem manter registros de todos os serviços financeiros prestados e de todas as operações financeiras realizadas com os clientes ou em seu nome.

No caso de movimentação de recursos por clientes permanentes, os registros devem conter informações consolidadas que permitam verificar:

• a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a atividade econômica e

capacidade financeira do cliente;

• a origem dos recursos movimentados; • os beneficiários finais das movimentações.

O sistema de registro deve permitir a identificação:

• das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado financeiro ou

grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais);

• das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que

objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e registro.

As instituições devem manter registros específicos das operações de transferência de recursos. O sistema de registro deve permitir a identificação:

• das operações referentes ao acolhimento em depósitos de Transferência Eletrônica

Disponível (TED), de cheque, cheque administrativo, cheque ordem de pagamento e outros documentos compensáveis de mesma natureza, e à liquidação de cheques depositados em outra instituição financeira;

• das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pagamento, de ordem

de pagamento, de Documento de Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos de transferência de recursos, quando de valor superior a R $1.000,00 (mil reais). Os registros efetuados por instituição depositária devem conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque depositado, o código de compensação da instituição sacada, os números da agência e da conta de depósitos sacadas e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular.

Os registros efetuados por instituição sacada devem conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque, o código de compensação da instituição depositária, os números da agência e da conta de depósitos depositárias e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular, cabendo à instituição depositária fornecer à instituição sacada os dados relativos ao seu código de compensação e aos números da agência e da conta de depósitos depositárias.

No caso de cheque utilizado em operação simultânea de saque e depósito na própria instituição sacada, com vistas à transferência de recursos da conta de depósitos do emitente para conta de depósitos de terceiros, os registros devem conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do cheque sacado, bem como aos números das agências sacada e depositária e das respectivas contas de depósitos.

(20)

• o tipo e o número do documento emitido, a data da operação, o nome e o

número de inscrição do adquirente ou remetente no CPF ou no CNPJ;

• quando pagos em cheque, o código de compensação da instituição, o número da

agência e da conta de depósitos sacadas referentes ao cheque utilizado para o respectivo pagamento, inclusive no caso de cheque sacado contra a própria instituição emissora dos instrumentos referidos neste artigo;

• no caso de DOC, o código de identificação da instituição destinatária no sistema

de liquidação de transferência de fundos e os números da agência, da conta de depósitos depositária e o número de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular;

• no caso de ordem de pagamento:

o destinada a crédito em conta: os números da agência destinatária e da conta

de depósitos depositária;

o destinada a pagamento em espécie: os números da agência destinatária e de

inscrição do beneficiário no CPF ou no CNPJ.

Em se tratando de operações de transferência de recursos envolvendo pessoa física residente no exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a identificação pode ser efetuada pelo número do respectivo passaporte, complementada com a nacionalidade da referida pessoa e, quando for o caso, o organismo internacional de que seja representante para o exercício de funções específicas no País.

A identificação não se aplica às operações de transferência de recursos envolvendo pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma definida pela RFB.

Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal, os bancos múltiplos com carteira comercial ou de crédito imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as sociedades de poupança e empréstimo e as cooperativas de crédito devem manter registros específicos das operações de depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque.

O sistema de registro deve permitir a identificação de:

• depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão

pré-pago ou pedido de provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais);

• depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão

pré-pago ou pedido de provisionamento para saque, que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores;

• emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer outro instrumento de

transferência de fundos contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais).

(21)

IV. Economia

Noções Gerais

A atividade econômica de um país é mensurada através de indicadores macroeconômicos. Entre os principais indicadores, pode-se destacar as taxas de inflação, de desemprego, de câmbio e de juros, o nível de reservas cambiais, déficits e superávits das contas governamentais. O estudo da situação macroeconômica é vital para o bom funcionamento da economia, tendo em vista que os agentes econômicos são afetados direta e indiretamente pela saúde financeira e econômica do país.

Índices e Indicadores19

Os índices de preços são números agregados que refletem os preços de uma dada cesta de produtos. A oscilação de um determinado índice representa a variação média dos preços dos

produtos dessa cesta. Em certos casos, o índice pode refletir os preços ao consumidor, preços ao produtor, custos de produção (p.ex. da construção civil) ou preços de exportação e importação. Os índices mais difundidos são os índices de preços ao consumidor (IPC)e o índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA), este último é o indicador da oficial da inflação.

Os índices gerais de preços medem a variação do custo de vida de segmentos da população (a taxa de inflação ou de deflação).

Os índices de preços podem ser utilizados:

• no cálculo do valor presente de um montante financeiro no passado, mensurando

assim o poder de compra presente. A esse cálculo o mercado dá-se o nome de

inflacionar ;

• no cálculo do  poder de compraque um montante financeiro presente teria no

passado. Nesse caso, dá-se o nome dedeflacionar .

Em termos práticos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 3.006,47 em novembro de 2009 e 3.017,59 em dezembro de 200920. A partir dos dados tem-se que a taxa de inflação em dezembro de 2009 foi de 0,37% e que a inflação acumulada entre dezembro de 1993 e dezembro de 2009 atingiu 2.917,59%, isto é, os preços medidos por este indicador ficaram 30,1759 vezes maiores no período.

Teoricamente, cada consumidor tem a sua própria inflação, ou seja, os pesos das cestas de consumo diferem entre os indivíduos. Entretanto, não seria factível calcular a inflação individualmente. Para contornar esse fato, os institutos de pesquisas realizam uma ponderação média das cestas de consumo, tendo como base alguns fatores pré-determinados. Há uma série de elementos implícitos nas medidas de inflação ao consumidor, destacando-se os seguintes fatores:

a) região/cidade e faixa de renda da população coberta;

 b)   pesquisa de orçamentos familiares (POF), que identifica a cesta de consumo da

população da região/cidade e da faixa de renda selecionada;

c) metodologia empregada no cálculo, de forma a combinar em uma única medida estatística a variação do preço do conjunto de bens e dos serviços pesquisados;

19Ver página http://www4.bcb.gov.br/pec/gci/port/focus/FAQ02-%20Índices%20de%20Preços.pdf  20A data-base do índice é igual a 100 em dezembro de 1993

(22)

d) definição da periodicidade e das fontes para a coleta de preços (tipo e tamanho de pontos comerciais, coletas de informações de preços de serviços e aluguéis, entre outras).

Instituto Índice Índice

Componentes

Faixa de Renda

Área de

Abrangência Coleta Divulgação

Início da Série IBGE IPCA-15 1 a 40 salários mínimos 11 maiores regiões metropolitanas dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de

referência até o dia 15

do mês subsequente 2000 IPCA Não há dia 1o. ao dia 30 do mês de referência 1979 INPC 1 a 6 salários mínimos FGV IGP-10 IPA IPC INCC 1 a 33 salários mínimos no IPC, que é computado  juntamente com Índices de Preços no Atacado (IPA) e na Construção Civil (INCC) 12 maiores regiões metropolitanas Dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês de referência Até o dia 20 do mês de referência 1994 IGP-M Dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência - 1a. Prévia dia 21 a 30 - 2a. Prévia dia 21 a 10 Até o dia 30 do mês de referência -1a prévia até dia 10 -2a prévia até dia 20 1989

(23)

IGP-DI Dia 1o. ao dia 30 do mês de referência Até o dia 10 do mês subsequente 1944 Fipe IPC-Fipe não há 1 a 20 SM Município de São Paulo Dia 1o ao dia 30 do mês de referência Até o dia 10 do mês subsequente 1939

IPCA - Índice de Preço ao Consumidor Amplo

O IBGE calcula o IPCA desde 1980, sendo que o índice foi instituído com a finalidade de corrigir as demonstrações financeiras das companhias abertas. O objetivo do IPCA é calcular as variações dos custos com os gastos de famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. A pesquisa é feita nas regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, município de Goiânia e Distrito Federal.

O IPCA vem sendo utilizado como índice oficial do governo no regime de metas de inflação desde julho/99. Sua apuração é mensal, sendo que o seu período de coleta vai do primeiro aos últimos dias do mês de referência.

O núcleo da inflação é uma medida menos volátil do que os índices tradicionais. Essa é uma medida que permite uma visão do comportamento geral dos preços que exclua ou atribua menor peso na composição do índice dos aumentos sazonais e circunstanciais, provocado por fatores temporários ou casuais.

Os núcleos de inflação são indicadores úteis aos bancos centrais na encaminhamento da política monetária, e particularmente para os países que adotam o regime de metas para a inflação. No caso do Brasil, o Conselho de Política Monetária (COPOM) define a meta através da variação do IPCA, ao mesmo tempo em que utiliza medidas de núcleo como parte de um amplo conjunto de informações no qual baseia o processo decisório da política monetária. Essas medidas de núcleo são divulgadas periodicamente nos documentos oficiais do Comitê de Politica Monetária (Copom).

IGP - Índice Geral de Preços

O IGP foi criado em 1947, sendo mensurado mensalmente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). O Índice Geral de Preços mede a inflação de preços da agrícolas, industriais, bens e serviços finais.

O IGP possui três versões, o IGP-DI, o IGP-10 e o IGP-M, sendo que a distinção entre

cada um deles é o período de coleta. No caso do IGP-M, são feitas 3 apurações mensais: duas

prévias e uma de fechamento do índice. Para os outros é feita apenas uma apuração mensal. Os IGPs são compostos pelos índices IPA (índice de preços por atacado), o IPC (índice de preços ao consumidor) e o INCC (índice nacional de custos da construção).

(24)

IGP

IPA = 60% IPC = 30% INCC = 10%

IPA (Índice de Preços por Atacado)

O IPA é um índice de preços no atacado de abrangência nacional. Além do índice geral, o IPA desdobra-se em dois conjuntos:

• segundo a origem de produção: agrícola, com peso de 24,7%%, e industrial

(incluindo extrativa mineral e de transformação), com peso de 75,3%;

• segundo o destino ou uso: bens finais (33,7%), bens intermediários (41,5%), e

matérias-primas brutas (24,8%);

O sistema de ponderações do IPA está estruturado na ponderação das séries Produtos Agropecuários, Indústria Extrativa Mineral e Indústria de Transformação de acordo com as participações médias destas atividades no Valor Adicionado Bruto, calculado pelo IBGE no âmbito das Contas Nacionais.

IPC (Índice de Preços ao Consumidor)

O IPC é composto por sete grupos: alimentação; habitação; vestuário; saúde e cuidados pessoais; educação; leitura e recreação; transportes e despesas diversas. A cesta de consumo, a partir da qual se definiram os bens incluídos no índice e sua respectiva ponderação, foi selecionada da Pesquisa de Orçamento Familiares - POF, elaborada pelo IBRE no biênio 2002/2003.

Até 1989, o IPC era calculado apenas para a cidade do Rio de Janeiro, abrangendo famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos. A partir de janeiro de 1990, cedeu lugar ao IPC-Br, calculado para o extrato de famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos, que voltou a ser referido apenas como IPC. A pesquisa de preços se desenvolve diariamente, cobrindo sete das principais capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília.

INCC (índice nacional de custos da construção)

O INCC mede a evolução mensal de custos de construções habitacionais, a partir Soma 100,00 da média dos índices de sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília). A lista de itens componentes do INCC e respectivos pesos atualizados é feita com base em orçamentos de edificações previstas pela ABNT (materiais e equipamentos, serviços e mão-de-obra). Além do índice geral, o INCC desdobra-se em dois grupos: mão-de-obra (16 itens) e de materiais, equipamentos e serviços (51 itens). IGP-M

O Índice Geral de Preços do Mercado, da FGV, também por solicitação do mercado financeiro, é calculado da mesma forma que o IGP-DI e o IGP-10, somente diferindo no período

(25)

de coleta dos preços, efetuadas entre o 21° dia do mês anterior e o 20° do mês em referência e divulgadas no dia 30. É o parâmetro de inflação do mercado financeiro. Até o Plano Real, atualizava títulos do governo (Notas do Tesouro Nacional - NTN - séries B e C), títulos privados como as debêntures e aluguéis comerciais e residenciais.

Índices e Indicadores

Indicadores da Atividade Econômica PIB (Produto Interno Bruto)

A medida individual de produção mais importante numa economia é o Produto Interno Bruto (PIB), uma estatística que visa medir o valor total de bens e serviços gerados dentro dos

limites geográficos de uma economia, em um determinado período de tempo21. O PIB do Brasil é calculado pelo IBGE e divulgado trimestralmente.

O PIB (Y) é determinado através da seguinte equação: Y = C + I + G + X – M C= consumo privado I = investimento G= gastos do governo X= exportações M = importações Produção Industrial (IBGE)

Mede o total da produção física de bens em determinado mês em diversas regiões do país. Abrange bens de consumo (duráveis e não duráveis), bens intermediários e bens de capital. Desemprego (IBGE)

Mede o total de pessoas desempregadas como percentagem da PEA (População Economicamente Ativa). Com abrangência nacional, esse é o índice de desemprego oficial do Brasil.

Indicadores Fiscais

 Arrecadação de Impostos e Contribuições Federais

Resultado de toda a arrecadação de tributos e contribuições federais de um mês medidos pela STN (Secretaria do Tesouro Nacional) e Receita Federal. Dentre os impostos e contribuições federais mais importantes estão:

- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - IR (Imposto de Renda)

- CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido)

- IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), entre outras.

(26)

Resultado Primário

O cálculo do resultado primário envolve todas as esferas de governo: Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), estados, municípios e empresas estatais. O resultado primário representa o total das arrecadações de impostos e contribuições menos os gastos destes mesmos órgãos, sem levar em conta as despesas e receitas financeiras. Quando as receitas excedem as despesas fala-se em superávit primário e, quando as despesas superam as receitas fala-se em déficit primário. O resultado primário serve para avaliar o equilíbrio fiscal de um país.

Resultado Nominal 

É a soma do resultado primário com o resultado do pagamento e recebimento de juros. Como o Brasil é um pagador líquido de juros, fala-se que o resultado nominal é o resultado primário mais os gastos com juros. Se a soma dos dois for positiva, fala-se em superávit nominal e se negativa, fala-se em déficit nominal.

Dívida Líquida do Setor Público

A dívida líquida do setor público é a consolidação do endividamento líquido do setor público não financeiro e do Banco Central (BACEN) junto ao sistema financeiro (público e privado), setor privado não financeiro e resto do mundo.

Indicadores do Setor Externo Balança Comercial 

A Balança Comercial mensura o resultado das transações de bens entre o Brasil e o resto do mundo. As exportações são os bens vendidos ao exterior e as importações são os bens que compramos do exterior, sendo que o resultado líquido da diferença entre exportações menos as importações é o saldo da balança comercial.

Balança de Serviços (Serviços e Rendas)

Mede o resultado das transações de serviços entre o Brasil e o resto do mundo. Nessa conta é computado o saldo entre nossas remessas de lucros, juros, royalties, seguros, viagens internacionais, e aquilo que recebemos do exterior nessas mesmas categorias.

Transações Correntes

Mede o resultado de todas as nossas transações com o exterior, tanto de bens quanto de serviços. É, na prática, a soma dos saldos da balança comercial e da balança de serviços. Saldos negativos na conta-corrente têm de ser financiados, pois indicam que o país gastou mais do que recebeu do exterior. Esse financiamento vem de superávits na conta de capitais ou redução do total de reservas internacionais do país.

Conta de Capital e Financeira

Essa conta registra todo o fluxo de capitais que entram e saem do país. Passam também por essa conta os investimentos estrangeiros diretos.

(27)

Resultado do Balanço de Pagamentos

Essa conta representa a soma da conta-corrente e da conta de capitais. Caso haja um déficit no Balanço de Pagamentos esse será automaticamente financiado com perda de reservas num regime de câmbio fixo ou com ajustes na cotação da moeda num câmbio flutuante.

(28)

Reservas Internacionais

Correspondem ao total de reservas em moeda estrangeira detidas pelo BACEN. As reservas aumentam quando o BACEN compra moeda estrangeira e diminuem quando ele as vende. As reservas também podem aumentar ou diminuir devido a empréstimos ou pagamentos de empréstimos a organismos internacionais.

Dívida Externa

Total dos passivos externos tanto privados quanto públicos

Taxa de Juros

As taxas de juros resultam das relações entre a oferta e a demanda de recursos financeiros dentro de uma economia. A taxa de juros tem influência não somente sobre o mercado monetário, mas também sobre o lado real da economia, sendo considerado um importante mecanismo de gestão da política monetária. O governo controla a taxa de juros através do depósito compulsório, das operações com títulos públicos e das taxas de redesconto.

A taxa de juros pode ser a expressão de tudo aquilo que pode ser acrescido ao valor principal, podendo ser pós-fixada no caso do percentual ser atrelado a uma taxa futura ou prefixada caso a taxa seja fixada no momento da transação. Assim, podem ser denominadas prefixadas todas as taxas de juros com prazo e taxa definidos no ato da operação, ou seja, sabe-se antecipadamente o valor do resgate na data estipulada anteriormente, independente de oscilação da inflação ou outros fatores que possam vir a alterar as taxas praticadas no ato da operação. Por outro lado, serão consideradas pós-fixadas as operações onde só se sabe o valor de resgate no dia do vencimento, ficando assim sujeitas às flutuações de taxas praticadas diariamente, e a todas as situações político-econômicas ocorridas dentro do período da operação. O pós-fixado rende juros mais "correção monetária" (p.ex. TR e IGP-M).

Denomina-se taxa de juros nominal, a taxa contratada que irá atualizar certa aplicação ou dívida. A taxa de juros real, por sua vez, é a taxa nominal descontada da variação da inflação no mesmo período.

TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo)

A Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e divulgada até o último dia útil do trimestre imediatamente anterior ao de sua vigência. Tem período de vigência de um trimestre-calendário e é calculada a partir dos seguintes parâmetros: I - Meta de inflação calculada pro-rata para os doze meses seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa, baseada nas metas anuais fixadas pelo CMN.

II - Prêmio de risco. Prime Rate

Taxa de juros básica utilizada por bancos comerciais norte-americanos em empréstimos para clientes preferenciais.

(29)

Taxa de Juros Libor (London Interbank Offered Rate)

É a taxa de juros praticada no mercado interbancário londrino. A Libor é normalmente utilizada no Brasil nas operações financeiras internacionais e nas operações de comércio internacional (trade finance) – envolvendo importação e exportação de bens e serviços.

Taxa de Risco do País

Indicador de uma taxa de juros anual linear calculado com base nos níveis de remuneração praticados no mercado secundário de títulos da dívida externa pública de alguns países emergentes. Usualmente é expressa em pontos base (cada ponto base equivale a 0,01%). A grosso modo indica o quanto a mais de juros anuais (em relação às taxas básicas de juros dos países desenvolvidos) está sendo exigido das captações de recursos feitas pelos países emergentes, em função da percepção do mercado em relação ao risco desses empréstimos não serem honrados pelo emissor dos títulos.

Taxa de Juros Selic (Selic Over)

A taxa Over/SELIC é um indicador diário da taxa de juros. Constitui-se na taxa média ajustada do financiamento diário lastreado em títulos do governo federal, calculado no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) e publicada pelo Banco Central do Brasil.

Taxa Referencial (TR)

Taxa referencial de juros calculada e divulgada diariamente pelo BACEN. É a taxa que define o rendimento das Cadernetas de Poupança e dos empréstimos do Crédito Rural e do SFH (Sistema Financeiro de Habitação). É usada, também, como referência de vários contratos, entre eles os de pagamento a prazo e de seguros em geral. É apurada com base na TBF (Taxa Básica Financeira).A TBF (Taxa Básica Financeira) e a TR (Taxa Referencial) são calculadas a partir da remuneração mensal média dos CDB/RDB emitidos a taxas de mercado prefixados, com prazo entre 30 e 35 dias, praticada por uma amostradas 30 maiores instituições financeiras - em termos de volume de captação. Para cada dia do mês - dia de referência - o BACEN calcula e divulga a TBF, para o período de um mês com início no próprio dia de referência e término no seu correspondente do mês seguinte. Para cada TBF obtida, o BACEN calcula a correspondente TR, pela aplicação de um redutor (Art. 5º da Resolução CMN n° 2.809/00).

(30)

V. Sistema Financeiro Nacional

Composição e Regulação Governamental

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) está alicerçado em um conjunto de instituições que estabelecem as condições necessárias para a sustentação de um fluxo de recursos entre os agentes deficitários e superavitários. A lei nº 4.59522de 1964 dividiu a estrutura funcional do Sistema Financeiro Nacional (SFN) nos seguintes moldes: primeiro, uma esfera normativa, que congrega os órgãos normativos e de supervisão; e segundo, a esfera operativa, que é constituída por instituições financeiras, administradoras de consórcios, demais instituições autorizadas a funcionar ou operar pelo Banco Central do Brasil, entidades auxiliares e empresas regulamentadas e fiscalizadas por outras autoridades supervisoras.

As instituições financeiras, tanto públicas quanto privadas, distinguem-se das demais por terem como atividade principal, ou acessória, a captação, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, ou pela custódia de valores de propriedade de terceiros.

O subsistema normativo é constituído por:

• órgãos normativos, responsáveis pelo estabelecimento de políticas e normas

aplicáveis ao SFN; e

• entidades supervisoras, responsáveis pela execução das políticas e normas

estabelecidas pelos órgãos normativos, bem como pela fiscalização das instituições participantes do SFN.

Os órgãos normativos do SFN são:

• Conselho Monetário Nacional (CMN), que é órgão responsável pela definição das

diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial;

• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que é o órgão responsável por

fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; e

• Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que é o orgão

responsável pela regulação do regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão).

22https://www3.bcb.gov.br/gmn/visualizacao/listarDocumentosManualPublico.do?method=visualizarDocumentoInicial&itemMa

(31)

A cada órgão normativo, estão vinculadas as seguintes entidades supervisoras:

• CMN: Banco Central do Brasil (Bacen) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM); • CNSP: Superintendência de Seguros Privados (Susep); e

• CNPC: Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

O subsistema operativo abrange:

• instituições financeiras bancárias: bancos, Caixa Econômica Federal (CEF) e

cooperativas de crédito;

• instituições financeiras não bancárias: agências de fomento, associações de

poupança e empréstimo, companhias hipotecárias, e sociedades de crédito, financiamento e investimento, de crédito imobiliário, de crédito ao microempreendedor e de arrendamento mercantil;

• instituições que operam no mercado de capitais, incluindo-se as sociedades

corretoras e as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, e bolsas de valores e de mercadorias e futuros;

• instituições que operam no mercado de câmbio, incluindo-se as corretoras de

câmbio, agências de turismo e meios de hospedagem autorizados e administradoras de cartões de crédito de validade internacional;

Orgãos normativos Entidades supervisoras Operadores Conselho Monetário Nacional -CMN Banco Central do Brasil - Bacen Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista Demais instituições financeiras Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros Bancos de Câmbio Comissão de Valores Mobiliários -CVM Bolsas de mercadorias e futuros Bolsas de valores Conselho Nacional de Seguros Privados -CNSP Superintendência de Seguros Privados - Susep Resseguradores Sociedades seguradoras Sociedades de capitalização Entidades abertas de previdência complementar Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC Superintendência Nacional de Previdência Complementar -PREVIC

Entidades fechadas de previdência complementar

Referências

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