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Observa-se que o numerador do quociente responsável pela parcela B depende das produtibilidades das usinas do REE de jusante apenas, enquanto que o denominador é o mesmo visto na análise anterior, que contempla as produtibilidades de ambos os sistemas. Logo, quando as produtibilidades do sistema de montante aumentam, a energia armazenada no sistema de montante aumenta, elevando o denominador desse quociente e resultando em um decréscimo no valor de EC.

Nas figurasFigura 20 aFigura 25 fica evidente que tanto o valor de GH quanto o de EC aumentam à medida que a energia defluente cresce, estando de acordo com a equação mostrada para o cálculo destas, enquanto que apresentam pequenas variações devido à energia armazenada no sistema de jusante. Isso se dá devido à pequena variabilidade na produtibilidade das usinas do jusante; a diferença entre seu valor mínimo e máximo é relativamente baixa, tendo um impacto reduzido no estudo visto que está sendo averiguado o impacto da variação dos parâmetros na geração.

Sistema Tocantins

Analogamente para o sistema do Alto Tocantins, foram gerados cortes das funções de GH e EC, porém nesse sistema existe a parcela fio d’água EF e o mesmo também foi feito para essa função. Pelos mesmos motivos do caso anterior, serão mostrados apenas os gráficos com a variável fixa em 50% como representação do comportamento da função.

54  Energia Defluente em 50%

O gráfico da Figura 26 representa um corte da função de geração própria para uma energia defluente no sistema de 50%, variando os níveis de armazenamento de montante e jusante. Observa-se que à medida que a energia armazenada no sistema de montante aumenta, cresce também o GH, ou seja, a geração própria do sistema de montante.

Assim como foi visto no gráfico da Figura 20, análogo para o Sistema São Francisco, essa parcela própria é praticamente invariável em relação à energia armazenada no sistema de jusante. Uma característica distinta desse gráfico em comparação com o outro é que este possui uma curvatura mais acentuada, formando um platô que representa o limite de geração máxima.

O gráfico da Figura 27 representa um corte da função da energia controlável que chega ao sistema de jusante em função dos armazenamentos de montante e jusante, tendo uma energia defluente fixada em 50% para o Sistema do Alto Tocantins.

55 No gráfico da Figura 27, observa-se que as características apresentadas para o gráfico análogo ao Sistema São Francisco se repetem, mas devido à diferença do armazenamento de montante em relação ao de jusante e a presença de uma parcela fio d’água é possível ver um gradiente diferente do primeiro.

Na Figura 28, é ilustrado o comportamento da parcela da energia afluente a fio d’água. É possível notar que essa parcela decresce à medida que tanto as energias de montante quanto a de jusante aumentam. Isso se dá devido ao aumento das parcelas A e B e como a soma das três parcelas precisa ser nula, ocorre um decréscimo na parcela C e, portanto de EF.

: Corte da função de EC para EDEFL em 50%

56 Assim como foi feito para o sistema São Francisco, para analisar o comportamento da função em relação aos parâmetros, seguem as análises feitas nas mesmas condições para o Sistema Tocantins. A Figura 29 mostra o comportamento da função de GH para EARM de montante fixo em 50%. Nota-se que para uma EDEFL no entorno de 40% a função de GH esbarra em seu limite de geração, fato que não ocorreu para o sistema anteriormente analisado.

Na Figura 30 pode ser observado o comportamento de EC em função da energia defluente e do armazenamento de jusante.

: Corte da função de GH para EARMm em 50%

57 Percebe-se que quando esses parâmetros aumentam, a energia afluente controlável (EC) também cresce, tendo seu ápice quando ambas estão em seus respectivos máximos. Como EC depende tanto da parcela B quanto da energia defluente, conforme visto anteriormente, esse comportamento é adequado.

Na Figura 31 está ilustrado o comportamento da parcela da energia afluente a fio d’água para variações de energia defluente e energia armazenada no sistema de jusante.

A seguir, mantendo a energia armazenada do sistema de jusante constante e variando a energia armazenada do sistema de montante.

A Figura 32 ilustra o comportamento da parcela própria da energia para variações de energia defluente e energia armazenada no sistema de montante.

58 Percebe-se que o ponto em que há maior parcela de geração própria é quando se tem mais energia defluente e mais energia armazenada no sistema de montante. Em determinado momento, GH chega a seu limite de geração e por isso há esse platô mostrado na Figura 32.

Na Figura 33 observa-se a EC variando com os mesmos parâmetros, apresentando um comportamento diferente da GH.

: Corte da função de GH para EARMj em 50%

59 Na Figura 33, é visto que a energia afluente controlável cresce á medida que há um acréscimo na energia defluente e cai à medida que a energia armazenada no sistema de montante aumenta. Comportamento esse, inverso ao visto na Figura 30, para variações de energia armazenada no sistema de jusante.

O comportamento da energia afluente a fio d’água para variações da energia defluente e da energia armazenada no sistema de montante é visto na Figura 34, onde se percebe que há uma tendência semelhante à vista na Figura 33 para a energia afluente controlável. Isso é devido ao aumento que ocorre na parcela própria (GH) com o crescimento da energia armazenada no sistema de montante, provocando uma diminuição das parcelas B e C (Eq.) e por sua vez a diminuição de EC e EF.

Observando os gráficos dos cortes das funções de GH, EC e EF mostrados nesta seção, conclui-se que a energia própria cresce à medida que o armazenamento de montante aumenta; a energia afluente controlável cresce à medida que o armazenamento de jusante aumenta; e que a energia afluente a fio d’água diminui para ambos os aumentos de armazenamento, fechando o balanço das energias.

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