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Sob a perspectiva das Relações Internacionais

4. O TRIUNFO DA VONTADE E A CONQUISTA DA HONRA:

4.3 Sob a perspectiva das Relações Internacionais

Os dois filmes citados na pesquisa foram produzidos em um contexto histórico bem distantes, o primeiro foi produzido em um momento que antecede a Segunda Guerra Mundial, onde a principal mensagem era para o território alemão onde disseminava os benefícios da doutrina nazista, apesar de ser intitulado como um documentário, é possível notar que a produção pode ser considerada como uma construção de imagem ideológica de um regime político, os elementos que evidenciam ao mesmo tempo que são sutis elas deixam muito claro qual é a verdadeira intenção de Adolf Hitler ao querer produzir esse até então chamado de documentário.

A preocupação com os elementos estéticos é perceptível em cada uma das cenas que são passadas por todo o longa-metragem, como visto anteriormente o ser humano é composto por sentidos e a visão é um dos sentidos com maior sensibilidade, de acordo com Dondis “os dados visuais podem transmitir informação: mensagens específicas ou sentimentos expressivos, tanto intencionalmente, com um objetivo definido, quanto obliquamente, como um subproduto da utilidade” (DONDIS, 2003, p. 183).

Em contrapartida, em uma época contemporânea e momento pós-Guerra Fria, mais precisamente no ano de 2006, o filme A Conquista da Honra foi lançado e havia uma grande a expectativa do público para a produção, visto que a direção do mesmo estava com Clint Eastwood, um renomado diretor de Hollywood o qual em 2004 já havia levado quatro “Oscar”31

em direções anteriores. Os anos de 2005 e 200632 tiveram grandes marcos das Relações Internacionais, entre eles estão:

I. Em 20 de Janeiro George W. Bush é reeleito como Presidente dos Estados Unidos da América;

II. No dia 30 de janeiro os Iranianos vão as urnas pela primeira vez após o ditador Saddam Hussen (1979-2003) ter caído do poder;

III. Na data de 08 de fevereiro Israel e a Autoridade Nacional da Palestina chegam em um acordo onde é estabelecido um cessar fogo na região, é neste acordo que Israel se compromete à transferência do controle de segurança de cinco cidades da Cisjordânia para os palestinos além da retomada do plano de Paz elaborado pelas potências Estados Unidos, Rússia e União Europeia com parceria da Organização das Nações Unidas;

IV. Já no mês de abril, depois de uma forte pressão internacional a Síria decide retirar seus militares do Líbano após 29 anos de ocupação;

V. Angela Merkel em 22 de novembro, líder do partido democrata da região, é eleita a Chanceler da Alemanha.

Além de contar com acontecimentos anteriores como a Guerra Fria e atentado de 11 de setembro de 2001, com base nessa linha do tempo é possível notar que o cenário internacional estava com mudanças significativas, ainda mais no que se diz a respeito Estados Unidos e Iraque, visto que no ano seguinte (2006) é marcado por atentados terroristas de extremistas islâmicos, chega ao final o julgamento do ditador Saddan Hussen (condenado a enforcamento), além de acontecimentos que antecederam esses anos, como a invasão ao Iraque no ano de 2003. Uma produção com a Conquista da Honra, chegou em um momento de grande importância internacional, onde os Estados Unidos puderam, de certa maneira, reafirmar suas conquistas relembrando suas vitórias em outros conflitos.

Nos dois filmes analisados, pode-se destacar um cuidado com os elementos representativos que exaltavam a nacionalidade dos mesmos. Em o Triunfo da Vontade, nota-se que Hitler prezou que a imagem ariana fosse vista como a melhor entre os povos, para que a doutrina nazista pudesse ser disseminada, o povo precisava “enxergar” que exterminar com os judeus era “um mal necessário”, pois a nação germânica era superior a todos e deveriam se orgulhar disso. De acordo com Evans (2010), durante o Terceiro Reich a população passou a

utilizar termos como “vermes” e “pestes” para descrever os criminosos33, porém a conotação

dessas palavras eram o de representar a forma biológica desses indivíduos, ou seja, os arianos precisavam compreender que uma nova ordem social seria posta em prática e esta traria um novo corpo e a analogia que o Terceiro Reich preconizava, ainda segundo Evans (2010) era de que, para que pudesse existir um corpo saudável e sã os micro-organismos estranhos e danosos deveriam ser exterminados.

E Hitler deixa isso muito evidente no documentário, de uma forma sútil, mas é evidenciado esse comportamento de superioridade ariana. E é neste ponto que é possível compreender que seria apenas um documentário o Triunfo da Vontade? Ou seria uma construção de ideais? Podemos perceber que o filme de Leni Riefenstahl antecedeu a Segunda Guerra Mundial por cinco anos e até que acontecesse de fato a Guerra, Hitler já havia “endireitado” a Alemanha (EVANS, 2010) entre os anos de 1929 a 1933, e lançando o Triunfo da Vontade em 1934 como reafirmação de que estavam no caminho certo.

Como pode-se notar, Hitler soube usar o poder que a representação simbólica tem a seu favor, pois não eram somente com medidas coercitivas que ele empregava sua ideologia, Hitler usou o campo da cultural34 para obter êxito, tanto que Goebbels era seu braço direito nas

empreitadas de publicidade. Em um dos discursos de Goebbels acerca da criação do Ministério da Propaganda, o mesmo afirmou que:

Não estamos montando aqui um Ministério da Propaganda que seja de algum modo autônomo, que represente um fim em si mesmo; esse Ministério da Propaganda é um meio para um fim. Assim, se o fim for atingido por esse meio, então o meio é bom... O novo ministério não tem outra meta além de colocar a nação toda no respaldo à ideia da revolução nacional. Se a meta for atingida, podem então condenar meus métodos irrefletidamente; seria uma questão de total indiferença, uma vez que, por seus esforços, o ministério a essa altura teria atingido suas metas (WELCH, 1979,

apud, EVANS, 2010, p.423).

Já na Era Hollywoodiana, como dito anteriormente, os Estados Unidos não ficam para trás quando se trata de usar meios culturais para propagar seus ideais. Assim como em A Conquista da Honra, o patriotismo americano é exaltado, o fato de que mesmo quase sem recursos financeiros e perdendo muitos fuzileiros no campo, eles não desistiram de levar a vitória sobre a ilha de Iwo Jima contra os japoneses. No próprio filme, é evidenciado que os

33 Segundo Evans (2010). Na busca de formas mais precisas e abrangentes de definir e aplicar tais conceitos, um especialista médico, Theodor Viernstein, fundou um Centro de Informação Criminal Biológica na Bavária em 1923, para reunir informação sobre todos os infratores criminosos conhecidos, suas famílias e meio de origem, e com isso identificar cadeias hereditárias de comportamento desviante. No final da década, Viernstein e seus colaboradores haviam coletado um vasto catálogo de casos (2010, p. 176)

34 Hitler em um decreto em 07 de abril de 1933 fez com que todos os músicos e artistas judeus fossem mandados embora para que pudessem ficar somente os “artistas alemães genuínos” (EVANS, 2010).

japoneses eram portadores de grande tecnologia e estratégias e os Estados Unidos já haviam gastados seus recursos econômicos com a Segunda Guerra Mundial, e quando uma fotografia surge, é um meio estratégico de levar novamente a esperança a nação estadunidense para que o povo não desistisse e continuassem a crer que seriam vitoriosos. Esse é o contexto que o filme aborda, porém ao trazermos para o campo de análise de discurso, pode-se perceber que há uma intenção de se reafirmarem no cenário internacional, como já mostrado em qual contexto o lançamento do filme estava inserido.

Bourdieu (2010) levanta esse debate ao afirmar que o uso do capital simbólico pelos Estados estão os sistemas simbólicos produzidos por um corpo especialista para que em sua circulação possa haver a transformação no campo no qual está sendo inserido. Em suas palavras:

As ideologias devem a sua estrutura e as funções mais específicas às condições sociais da sua produção e circulação, quer dizer, às funções que elas cumprem, em primeiro lugar, para os especialistas em concorrência pelo monopólio da competência considerada (religiosa, artística, etc.) e, em segundo lugar e por acréscimo, para os não-especialistas. Ter presente que as ideologias são sempre duplamente

determinadas, - que elas devem as suas características mais especificas não só aos

interesses das classes ou das fracções de classes que elas exprimem (função de sociodiceia), mas também aos interesses específicos daqueles que as produzem e à lógica específica do campo de produção - comummente transfigurado em ideologia da “criação” e do “criador”- (2010, p.13).

Ainda de acordo com Bourdieu (2010) o poder simbólico, ou poder subordinado, é somente um outro mecanismo de se exercer poder legitimado,

Só se pode passar para além da alternativa dos modelos energéticos que descrevem as relações sociais como relações sociais como relações de força e dos modelos cibernéticos que fazem delas relações de comunicação, na condição de descreverem as leis de transformação que regem a transmutação das diferentes espécies de capital em capital simbólico e, em especial, o trabalho de dissimulação e de transfiguração que garante uma verdadeira transubstanciação das relações de força fazendo ignorar- reconhecer a violência que elas encerram objetivamente e transformando-as assim em poder simbólico, capaz de produzir efeitos reais sem dispêndio aparente de energia (BOURDIEU, 2010, p. 15).

Em suma, um filme ou documentário ou o que quer que um Estado venha usar, causa um grande impacto de persuasão no cenário internacional devido ao fato de que o telespectador “toma” aquele discurso apresentado como uma verdade absoluta, e com isso, no decorrer do tempo acaba se legitimando de certa forma, um grande exemplo é a disseminação da cultura norte-americana em outros países. No Brasil, por exemplo, temos diversos símbolos culturais como vocábulos em inglês, como internet, marketing, shopping, gigabytes entre outras, e podemos notar que essas palavras estão inseridas no nosso cotidiano e muitas delas têm um grande poder representativo da cultura americana que fazem “propaganda” somente de citarmos

seu nome. É neste ponto que é possível perceber o uso do capital simbólico do qual Bourdieu (2010) na representatividade desses elementos.

Diferentemente do século XX, que foi marcado por diversos conflitos (HOBSBAWM, 1994), o século XXI não tomou essas proporções. Quando os Estados começaram a usar o cinema durante a Segunda Guerra Mundial, puderam perceber que poderiam se manter e/ou tentar disseminar seus ideias e para uma massa populacional considerável, sem o uso da força bruta, visto que o mundo foi se globalizando (SASSEN, 2010) e a forma de impor a política acompanhou esse processo - visto que grande parte do sistema político mundial não é mais a monarquia como antigamente - e diversas agendas políticas (os Estados Unidos atualmente é um dos que mais fazem uso do uso da simbologia), levam para outros lugares a cultura de seu país, o que possuem como segurança nacional (como forma de amedrontar os inimigos) e suas quais são as suas tecnologias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dado à importância do assunto, torna-se necessário o debate sobre a manutenção de poder através do uso do poder simbólico abordado por Pierre Bourdieu (2010) pelas agendas de Estados. A presente pesquisa visou contrapor o conceito de soft power criado por Nye Jr (2002), visto que quando o debate sobre um poder não coercitivo é trazido, na maioria das vezes é a teoria do poder brando que é discutida, mas esta pesquisa teve o intuito de trazer que é possível fazer uma análise de discurso de um filme ao se atentar aos elementos estéticos do mesmo, notando que os elementos estéticos constroem uma relação de poder semiológica.

Por assim dizer, o estudo sobre símbolos nas Relações Internacionais não se limita a essa pesquisa, pois pode-se perceber um campo abrangente em relação ao assunto, visto que não há somente a linguagem do cinema como símbolo de poder representativo, existem diversos elementos como a religião, as pinturas, as músicas, as imagens e demais elementos culturais que constroem o nosso sistema social.

No primeiro momento da pesquisa, foi apontado pontos sobre como a indústria da mídia teve sua ascensão no sistema internacional, através da globalização a qual pode por sua vez diluiu fronteiras e tornou a distância um mero detalhe, entre os grupos sociais. A origem da arte cinematográfica pode-se dizer por sua vez que está desde os tempos primórdios para os indivíduos, e com o passar do tempo foi evoluindo de acordo com a necessidade dos povos. O campo do entretenimento ganhou notoriedade e passou a ser utilizado com frequência pelos Estados (conteúdo abordado no capítulo dois da pesquisa).

Além da trajetória da indústria da mídia, ainda neste primeiro momento faz-se necessário uma explanação sobre os elementos que compõe a semiologia. A cada forma, linha, curva ou cor, é possível identificar um significado diferente para o sentido da visão humana. O corpo humano é composto por cinco sentidos (ou capacidades) e entre eles está a visão: nossa visão tem capacidade de captar uma imagem e decifrar seu significado fixando de maneira rápida e eficaz em nosso subconsciente e através disso desenvolvendo desejos, memórias e até mesmo a produção de verdades.

Em seguida, para complementar o conteúdo, o tema Relações Internacionais e Cinema é abordado evidenciando como um “simples” entretenimento pode ser usado por agendas estatais como meio de disseminar suas ideologias e políticas para outros povos, fazendo assim com que se mantenham no poder. Mesmo não sendo um debate recorrente, essa temática tem ganhado notoriedade nas discussões sobre a manutenção do poder invisível segundo Bourdieu (2010) ou como outros estudiosos chamam de soft power - poder brando (NYE, 2002-b).

Outro ponto evidenciado é sobre a cultura como instrumento de poder. A palavra cultura possui diversas conotações para seu significado. De acordo com o eurocentrismo (viés pelo qual o mundo sofreu forte influência política, econômica e social) a determinação de cultura se dava através do grau de conhecimento do indivíduo. O que se perpetua até os dias de hoje, onde o rótulo de indivíduo culto é determinado pela sociedade por obter conhecimentos, falar de maneira formal, usar determinadas marcas de objetos ou roupas, trabalhar em determinados cargos entre outros, ou seja, os trejeitos no qual determinado indivíduo é inserido e reproduz esse comportamento este pode ser considerado superior aos demais.

Diversos Estados, sabendo de como a cultura tem uma grande força para a reprodução de comportamento, se utilizam desse mecanismo para propagar diversas ideias de comportamento. A exemplo da utilização da cultura para fins de construção de mundo, a presente pesquisa traz Adolf Hitler, na propagação da Doutrina Nazista por intermédio da arte, livros, música e cinema. Hitler a todo custo queria elevar a imagem abatida da Alemanha, pois a mesma já estava desgastada devido ao fracasso na Grande Guerra e a população não tinha mais notoriedade diante do cenário internacional. Após conseguir subir ao poder, Hitler começa o processo de depreciação humana, com exceção aos arianos, pois segundo ele, a única raça que deveria existir eram os arianos puros e com isso os demais deveriam ser exterminados da face da terra.

Dá-se início a uma nova era na Alemanha, a depreciação dos genes dos indivíduos que não pertenciam aos arianos é disseminada através de registros, relatórios hospitalares entre outros documentos. Hitler então produz um documentário de uma hora de exibição onde a superioridade ariana é exaltada e neste documentário produzido por Leni Riefenstahl em 1934, é possível notar uma representação política para que essa ideologia pudesse ser aceita por toda a população.

Na pesquisa destaca-se o uso da semiologia por Hitler, como a suástica - representação do sol se associando aos quatros pontos cardeais e aos quatro elementos (terra, água, fogo e gelo) e aos quatro ventos - a qual por sua vez até os tempos atuais carrega o significado ao ser vista. Além da suástica, era símbolo da Doutrina Nazista a águia para a representação de poder, força, autoridade e universalidade. Já a abreviatura ‘SS’ estava ligada a Schutzstaffel35, a qual era um grupo paramilitar que foi responsável pelo holocausto. Outra abreviação muito conhecida no nazismo é ‘88’, simbolizando a saudação “Heil Hitler”, visto que a pronúncia do número oito na língua inglesa é semelhante a pronuncia da letra ‘h’, ou seja, ‘HH’ formando

dessa forma a saudação oficial para Adolf Hitler. Com isso é possível notar como cada símbolo carrega uma mensagem e esta é transmitida a massa, e o indivíduo muita das vezes associa de forma ingênua.

Para finalizar o segundo capítulo da pesquisa, há a contextualização do poder simbólico de Bourdieu (2010) em comparação ao Soft Power apresentado por Nye (2002-b). Neste contexto é possível compreender o que está por de trás no uso da semiologia na indústria do entretenimento. Diversos estudiosos, como Nye (2002-b) irão apontar que o cinema, por exemplo, é um poder secundário e que através dele os Estados disseminam seus ideais para que o hard power (leia-se poder bélico) possa ser legitimado. Porém, Bourdieu (2010) – um sociólogo francês – expõe um novo conceito sobre o uso de elementos culturais para legitimação de poder, para ele o poder é exercido de forma legítima através dos símbolos e estes por sua vez se tornam uma representação ou uma construção de mundo para a sociedade.

E é neste ponto que o último capítulo aborda sobre a teoria de Bourdieu (2010). O terceiro capítulo se inicia com uma leitura estética de cada elemento usado nos dois filmes, projeção de sombras, cores, luzes, closes, imagens, símbolos onde que quando analisados de forma separada é possível notar a mensagem que está secretamente conotada em cada cena. Os filmes o Triunfo da Vontade (1934) e A Conquista da Honra (2006) foram produzidos em épocas muito distintas, porém com a mesma finalidade – a reafirmação de um Estado no cenário Internacional – cada um com sua particularidade, porém com os mesmos elementos. O que resulta, na afirmação do poder simbólico existir e ser uma força invisível que movimenta as ações do Estado.

Ao transformarmos um filme em um discurso narrado, é nítido o cuidado que há para que o telespectador possa absorver cada detalhe e reproduzir, ou levar o que lhe foi mostrado como verdade absoluta, sem contestação. Os filmes hollywoodianos trazem contos, estórias e histórias que impressionam o receptor e este recebe a mensagem como uma extrema verdade, que a vida nos Estados Unidos por exemplo, é exatamente aquilo que foi mostrado. Ou que os norte-americanos são os maiores detentores de tecnologia e que ninguém (leia-se demais Estados) são páreos em espionagem, poder bélico ou estratégia de negociações. O que a indústria de Hollywood evidência é, a depreciação das demais culturas e a exaltação de sua política interna e externa. Nota-se, porém que não é somente Hollywood que vende essa caracterização americana, os estúdios Disney, por exemplo, produziram um desenho típico dos Estados Unidos, onde os personagens viajam por toda a América do Sul e é nítido a política da diplomacia cultural como forma de manutenção do poder no Sistema Internacional.

A presente pesquisa, buscou identificar os elementos da semiologia para que o debate sobre a projeção de poder através do cinema, continue ganhando seu espaço na comunidade acadêmica, através desse estudo levantado, foi possível obter resultados de que o uso do poder simbólico não esteve presente somente durante o período de guerra no mundo, ele teve sua ascensão na Segunda Guerra Mundial e continuou a evoluir com o pássaro dos anos, e é possível notar que não foi somente os Estados Unidos que usa desse recurso. Os norte- americanos têm utilizado sim dessa ferramenta, porém os demais países também usufruem quando querem transmitir uma mensagem para a sua sociedade. Um claro exemplo disso, foi um comercial de televisão, lançado em novembro de 2016 sobre a reforma institucional do Ministério da Educação (MEC) no ensino médio nas escolas brasileiras.

Em um vídeo de um minuto, buscou-se utilizar de elementos que chamassem a atenção do telespectador para que este pudesse ver que essa nova proposta era uma grande melhoria na vida acadêmica do adolescente brasileiro. Há uma professora e alunos negros – onde os debates sobre racismo têm ganhado espaço no cenário interno – isso faz com que quem assiste veja e reflita sobre a diversidade cultural e como a proposta é bem pensada e que abrange a qualquer indivíduo. Está presente também um adolescente masculino com seu cabelo comprido – fugindo do padrão que é imposto pela sociedade – mostrando dessa forma que algo atualizado,

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