• Nenhum resultado encontrado

Subprocesso “Caracterização antigênica”

No documento Download/Open (páginas 74-78)

2 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Mapeamento, análise e melhoria dos subprocessos

4.1.4 Subprocesso “Caracterização antigênica”

O quarto subprocesso mapeado foi “Caracterização antigênica”. Campioni (2013) define a caracterização antigênica, ou sorotipagem, como uma técnica de caracterização fenotípica clássica, que permite a diferenciação de micro-organismos da mesma espécie pela distinção entre os antígenos, ou seja, é uma técnica baseada em reações antígeno-anticorpos. Tal subprocesso é de responsabilidade de duas colaboradoras, capacitadas para a realização de tal tarefa, as quais participaram do mapeamento deste subprocesso. Na primeira reunião realizada foi possível identificar as etapas constituintes do subprocesso, bem como agrupá-las e sequenciá-las (Quadro 20).

Quadro 20 - Formulário de identificação das etapas do subprocesso “Caracterização antigênica” FORMULÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO

Participantes: Setor: Assinatura:

Processo:

Diagnóstico de micro-organismos envolvidos em doenças transmitidas por alimentos

Subprocesso:

Caracterização antigênica

Equipe executora do subprocesso:

Colaboradoras capacitadas para a realização de tal atividade

Objetivo do subprocesso:

Caracterizar antigenicamente as cepas recebidas no laboratório

O subprocesso está sendo executado? Sim ( x ) Não ( )

Existe fluxograma do subprocesso? Sim ( ) Não ( x )

Quais são as etapas executadas para o desenvolvimento do subprocesso?

1. Preparar suspensão de crescimento bacteriano (adição de solução salina);

2. Confirmar se a amostra se encontra na fase lisa*; 3. Testar antissoros polivalentes somáticos; 4. Testar antissoros monovalentes flagelares;

5. Se as fases flagelares estiverem conforme o esperado, interpretar e registrar os resultados;

6. Se as duas fases flagelares não estiverem conforme o esperado, ativar amostra e testar novamente os antissoros monovalentes flagelares;

7. Se somente uma das fases flagelares não estiver conforme o esperado, realizar a indução, incubar e testar novamente os antissoros monovalentes flagelares. Caso se obtenha somente uma fase, caracteriza-se a amostra como monofásica;

*Cepas com falta de integridade antigênica na parede celular se caracterizam como rugosas, podendo aglutinar indistintamente com todos os antissoros testados, impossibilitando a caracterização antigênica. Por este motivo, para análise de caracterização antigênica, necessariamente a amostra deve se encontrar na fase lisa. Caso a amostra não se encontre na fase lisa, a cepa deve ser reisolada. Neste caso devem ser selecionadas 5 colônias diferentes e reavaliadas. Caso o resultado anterior se repita, o procedimento é concluído e o resultado indica que a cepa é rugosa.

Há procedimentos definidos para todas as etapas do subprocesso? (citar documentação relacionada)

Sim. POP-XXXXXX-03.001 – Caracterização antigênica de XXX

Fonte: elaborado pela autora

A representação gráfica construída com base nas informações descritas no “Formulário de identificação das etapas do processo” é ilustrada pela Figura 14.

Figura 14 - Representação gráfica do subprocesso “Caracterização antigênica”

Fonte: elaborado pela autora

Neste subprocesso foram identificados dois problemas, podendo estes ter impacto no prazo de emissão do laudo e no custo do laboratório, ou seja, na eficiência do processo (Quadro 21).

Quadro 21 - Problemas identificados no subprocesso “Caracterização antigênica” Problema 1: Análise não pode ser finalizada

Problema 2: Antissoro com concentração inadequada (título baixo) Fonte: elaborado pela autora

O Quadro 22 ilustra as causas para os problemas identificados, levantadas durante a análise de causa e efeito. Ao serem discutidas e analisadas, foi possível identificar a causa raiz. Também descreve as ações propostas.

Quadro 22 - Causas e ações propostas para os problemas do subprocesso “Caracterização antigênica” PROBLEMA TIPO DE AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO

1: Análise não pode ser finalizada

Causa: Cepa na fase

rugosa

Causa raiz: Alteração

estrutural de natureza genética

Correção Realizar reisolamento da cepa na tentativa de obter cepas lisas

Ação corretiva

Não aplicável, já que o problema é originado por uma alteração estrutural genética, não havendo ações a serem executadas pelos colaboradores neste sentido

2: Antissoro com concentração inadequada (título baixo)

Causa raiz: Não se

realiza controle de qualidade do antissoro

Correção Não aplicável

Ação corretiva

Implementar controle de qualidade do antissoro, avaliando se a concentração está adequada. Esta ação somente pode ser realizada em antissoros produzidos pelo Laboratório, não sendo aplicável em antissoros comerciais.

Fonte: elaborado pela autora

Propôs-se para o subprocesso em questão os indicadores de desempenho “Percentual de amostras analisadas dentro do prazo previsto”, “Tempo médio da análise de caracterização antigênica” e “Percentual de análises não finalizadas” (Quadros 23, 24 e 25).

Os três indicadores propostos são relevantes por permitirem a mensuração de problemas que têm impacto na eficiência dos serviços prestados pelo laboratório, no que diz respeito ao tempo necessário para emissão do resultado do teste e no custo da análise realizada (a realização de retestes demanda mão-de-obra e utilização de insumos).

Para ser possível a medição destes indicadores, dois importantes controles a serem efetuados no subprocesso “Caracterização antigênica” são o registro das datas de início e final da análise e também o registro das análises não finalizadas, demandando reisolamento da cepa analisada. É importante registrar também os motivos que levaram ao atraso, de modo a possibilitar a tomada de ações.

Quadro 23 - Ficha do indicador 6

FICHA DE INDICADOR

Nome do subprocesso Caracterização antigênica

Nome do indicador Percentual de amostras analisadas dentro do prazo previsto

Descrição do indicador Tal indicador demonstra o percentual de amostras analisadas dentro do prazo previsto, considerando os tempos de análise e incubação necessários.

Unidade de medida Percentual

Tipo Eficiência

Forma de cálculo (Número de amostras analisadas dentro do prazo/ número total de amostras analisadas) x 100

Fonte das informações A definir

Interpretação Maior-melhor

Meta A definir

Responsável pela medição A definir

Periodicidade de medição Mensal

Responsável pelo resultado Gestor do laboratório

Periodicidade de avaliação Trimestral

Quadro 24 – Ficha do indicador 7

FICHA DE INDICADOR

Nome do subprocesso Caracterização antigênica

Nome do indicador Tempo médio da análise de caracterização antigênica

Descrição do indicador Tal indicador demonstra quanto tempo (dias) está sendo gasto além do previsto para realização da análise de caracterização antigênica.

Unidade de medida Dias

Tipo Eficiência

Forma de cálculo (Somatório do número de dias gastos em cada análise realizada/número total de análises realizadas)

Fonte das informações A definir

Interpretação Menor-melhor

Meta A definir

Responsável pela medição A definir

Periodicidade de medição Mensal

Responsável pelo resultado Gestor do laboratório

Periodicidade de avaliação Trimestral

Fonte: elaborado pela autora

Quadro 25 – Ficha do indicador 8

FICHA DE INDICADOR

Nome do subprocesso Caracterização antigênica

Nome do indicador Percentual de análises não finalizadas

Descrição do indicador Tal indicador permite mensurar o impacto dos problemas apontados

Unidade de medida Percentual

Tipo Eficiência

Forma de cálculo (Número de análises não finalizadas/número total de amostras analisadas) x 100

Fonte das informações A definir

Interpretação Menor-melhor

Meta A definir

Responsável pela medição A definir

Periodicidade de medição Mensal

Responsável pelo resultado Gestor do laboratório

Periodicidade de avaliação Trimestral

Fonte: elaborado pela autora

No documento Download/Open (páginas 74-78)