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SUBSECRETARIA DA 6A.TURMA ESPECIALIZADA BOLETIM: 141167

Caderno Judicial TRF

SUBSECRETARIA DA 6A.TURMA ESPECIALIZADA BOLETIM: 141167

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.013516-7 Nº CNJ :0013516-75.2012.4.02.0000

RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA

AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA - INCRA

PROCURADOR :WALDIR MIRANDA RAMOS FILHO AGRAVADO :JOSE NEME

ADVOGADO :FABRÍCIO SANTOS TOSCANO E OUTRO

ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO MATEUS/ES (201250030003852) ementa

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. REQUISITOS AUTORIZADORES DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. QUILOMBOLAS. SUPENSÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO. PODER GERAL DE CAUTELA DO JUIZ. IMPROVIMENTO.

1. Cuida-se de agravo de instrumento interposto pelo INCRA contra decisão interlocutória que deferiu o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela em ação de rito ordinário. O autor, ora agravado, pretendia a concessão da tutela que determinasse a suspensão do curso de processo administrativo instaurado pelo INCRA para a identificação de suposta área de remanescentes de quilombolas na localidade denominada “Serraria, Mata Sede, São Cristóvão”, em São Mateus-ES e, ao final, a invalidação do procedimento.

2. A questão dos quilombolas está prevista em sede constitucional, no art. 68 do ADCT, o qual foi regulamentado pelo Decreto nº 4.887/03, que traçou as diretrizes para o procedimento de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes daquelas comunidades especificadas no referido dispositivo constitucional.

3. Referido Decreto foi objeto de questionamento no Supremo Tribunal Federal, por intermédio da ADI nº 3239/DF, havendo o Relator votado no sentido da sua inconstitucionalidade. O julgamento foi adiado em razão de pedido de vista. Percebe-se, em um primeiro momento, que o STF aponta para a inconstitucionalidade do Decreto, o que indica o acerto da decisão agravada ao deferir a tutela pleiteada.

4. O fato de que ainda não houve julgamento definitivo pelo STF não impede que o voto acima aludido seja tomado como paradigma, tendo em vista que os argumentos expendidos pelo Min. César Peluso são fortes e convincentes, podendo seu entendimento ser livremente adotado pelos demais magistrados.

5. É gritante a existência do periculum in mora, tendo em vista que a continuação do processo administrativo implicará na desapropriação do imóvel do agravado, fazenda produtiva de 12,2 Km² (doze vírgula dois quilômetros quadrados), trazendo-lhe enormes prejuízos.

6. A concessão de tutela de urgência se insere no poder geral de cautela do juiz, cabendo sua reforma, através de agravo de instrumento, somente quando o juiz dá à lei interpretação teratológica, fora da razoabilidade jurídica, ou quando o ato se apresenta flagrantemente ilegal, ilegítimo e abusivo, o que não é o caso.

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7. O presente julgamento não esgota a questão, pois a tese do agravante será melhor examinada na sentença. A decisão agravada faz apenas a análise perfunctória da matéria, sob a luz do art. 273 do CPC, não esgotando toda a questão em exame. Sendo assim, a questão do acerto, ou não, do critério de auto-definição trazido no Decreto nº 4.887/03 será analisada na sentença e não no presente agravo, tendo em vista que não foi tratada na decisão agravada.

8. Agravo de instrumento improvido. acórdão

Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 10 / 04 / 2013 (data do julgamento). GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA Relator

BOLETIM: 141168

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.51.01.020693-1 Nº CNJ :0020693-21.2009.4.02.5101

RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME COUTO DE CASTRO APELANTE :AGENCIA NACIONAL DO

PETROLEO, GAS NATURAL E BIOCOMBUSTIVEIS - ANP

PROCURADOR :LEONARDO CARDOSO M T MENDES APELADO :PETROLEO BRASILEIRO S/A -

PETROBRAS

ADVOGADO :VAGNER DA SILVA DOS SANTOS E OUTROS

REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 11A VARA-RJ ORIGEM :DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO (200951010206931) EMENTA

ADMINISTRATIVO. ANP. AUTO DE INFRAÇÃO. MULTA SINGULAR. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA CONTINUADA. O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento assente de que há continuidade infracional, também no ilícito administrativo, quando diversos ilícitos de mesma espécie e natureza, unidos por

circunstâncias que o tornam todo único, são apurados durante mesma ação fiscal. No caso, embora inquestionável que a Petrobrás infringiu os artigos 3º, V da Lei nº 9.847/99 e 3º, IV da Portaria ANP nº 29/2001, entre julho de 2005 a dezembro de 2008, tudo decorreu de problema único de classificação da estação como de embarque e desembarque (e não de dolo múltiplo) e a ANP apenas a autuou uma única vez, em 2009, e aplicou 42 multas relativas aos 42 meses em que não enviadas as informações sobre a movimentação de hidrocarbonetos na estação coletora. Remessa e apelação desprovidas.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a 6ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, na forma do voto do relator, negar provimento à remessa e ao apelo.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013. GUILHERME COUTO DE CASTRO Desembargador Federal - Relator

IV - APELACAO CIVEL 578811 2010.51.01.006144-0 Nº CNJ :0006144-69.2010.4.02.5101 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

GUILHERME COUTO DE CASTRO APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

E OUTRO

ADVOGADO :FLAVIA DA FONSECA DIAS CORREA E OUTROS

APELADO :FERNANDO DA SILVA GOMES E OUTRO

ADVOGADO :MARCUS VINICIUS SAMPAIO FLINTZ E OUTROS

ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (201051010061440)

EMENTA

EMBARGOS DE TERCEIRO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA QUITADA. HIPOTECA. INOPONIBILIDADE CONTRA O PROMISSÁRIO COMPRADOR NOS CASOS DE OFENSA À BOA-FÉ OBJETIVA.

Instituição financeira que executa mútuo concedido à construtora insolvente, objeto de garantia hipotecária sobre o terreno e unidades construídas. Unidades logo depois prometidas à venda a compradores de boa-fé. Promessa quitada. Aplicação do enunciado nº 308 do STJ. No caso, a Caixa Econômica Federal aceitou receber em hipoteca terreno que seria alienado a terceiros, conhecendo ou podendo conhecer os notórios problemas de solvabilidade da empresa com a qual contratou. Em nome da boa-fé, não se pode prejudicar o adquirente. Adequado é deixar o ônus recair sobre a instituição financeira, que sabia que as unidades seriam alienadas, e não poderia se fiar apenas na literal afirmação da eficácia erga omnes de seu título, sem observar a situação da construtora. Admitir a eficácia do título sobre o adquirente é deixar que o ônus da investigação recaia sobre o consumidor, e não sobre a instituição, que deveria e deve ter o cuidado dos profissionais. Apelação desprovida.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a 6ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, na forma do voto do relator, negar provimento à apelação.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013. GUILHERME COUTO DE CASTRO Desembargador Federal - Relator

IV - APELACAO CIVEL 580061 2012.51.01.002358-6 Nº CNJ :0002358-46.2012.4.02.5101 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

GUILHERME COUTO DE CASTRO APELANTE :VINICIUS MARINHO DE JESUS ADVOGADO :DRAYTON DA SILVA LESSA E

OUTRO

APELADO :UNIAO FEDERAL

ORIGEM :DÉCIMA NONA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (201251010023586) EMENTA

PROCESSO CIVIL. CAUTELAR. EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. EXTINÇÃO.

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A cautelar de exibição não pode ser usada com o fito de, sem

ilegalidade narrada, fazer o Judiciário burlar os prazos e ritos existentes para a vista de documentos perante a administração. Correta a sentença de extinção. Apelação desprovida.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a 6ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, na forma do voto do relator, negar provimento à apelação.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013. GUILHERME COUTO DE CASTRO Desembargador Federal - Relator

IV - APELACAO CIVEL 579514 2012.51.01.004835-2 Nº CNJ :0004835-42.2012.4.02.5101 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

GUILHERME COUTO DE CASTRO APELANTE :UNIAO FEDERAL

APELADO :NEIDE APARECIDA DA SILVA ADVOGADO :RODRIGO COSTA SAMPAIO ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO (201251010048352) EMENTA

REGIME ESTATUTÁRIO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. PROFISSIONAL DA SAÚDE. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS NÃO COMPROVADA.

Inviável cumular cargos públicos cujos horários, sabidamente, não serão cumpridos, e chancelar tal tese é homenagear o fingimento e a improbidade. Embora seja possível exercer dois cargos próprios de profissionais de saúde – art. 37, inciso XVI, alínea “c”, da Lei Maior – isto se submete à compatibilidade de horário. O exercício de 70 horas semanais mostra, em si, a impossibilidade de fazer compatíveis os horários, além de ferir tratados e regime máximo de horas (que deve ser garantido a todos). A leniência com o trato da questão se reflete de modo crônico nas notícias sobre faltas em hospitais públicos, e é impossível desconhecer que, com intervalos obrigatórios, refeição e deslocamento de um para o outro local, na prática, tudo redunda em atividade não exercida, dano à saúde da autora e risco para a eficiência do serviço e saúde da população. Remessa necessária (conhecida de ofício) e apelação providas.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a 6ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por maioria, na forma do voto do relator, dar provimento à remessa (conhecida de ofício) e ao apelo.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013. GUILHERME COUTO DE CASTRO Desembargador Federal - Relator

IV - APELAÇÃO CÍVEL 2005.51.01.000167-7 Nº CNJ :0000167-72.2005.4.02.5101 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

GUILHERME COUTO DE CASTRO APELANTE :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADVOGADO :CARMELIA DE MATTOS

GONÇALVES CRUZ E OUTROS

APELADO :MARIA FRANCISCA VICENTE DA SILVA ALVES

ADVOGADO :DENISE FERNANDES SAMPAIO ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200551010001677)

EMENTA

PROCESSO CIVIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ARRENDAMENTO RESIDENCIAL. TRANSAÇÃO CELEBRADA EM AUDIÊNCIA.

Em ação de reintegração de posse fundada no art. 9º da Lei n.º 10.188/2001, após a celebração de acordo em audiência, e o decurso de prazo nele fixado, foi comunicado ao juízo o cumprimento das condições pactuadas, com a quitação do débito. Não subsiste, portanto, a inadimplência que embasava a pretendida reintegração de posse, sendo correta a improcedência do pedido. Apelação desprovida. ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a 6ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, na forma do voto do relator,

negar provimento à apelação.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013. GUILHERME COUTO DE CASTRO Desembargador Federal - Relator

IV - APELACAO CIVEL 578766 2007.51.01.026569-0 Nº CNJ :0026569-25.2007.4.02.5101 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

GUILHERME COUTO DE CASTRO APELANTE :SERGIO PAULO HILLEBRAND -

ESPOLIO

ADVOGADO :MARIA CRISTINA C. CESTARI APELADO :DIFERENCIAL CORRETORA DE

TITULOS E VALORES MOBILIARIOS S/A

ADVOGADO :ADRIANO AUGUSTO CORREA LISBOA E OUTROS

ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (200751010265690)

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS. ART. 20, § 4° DO CPC. Correta a sentença que, ao fixar a verba honorária, observa o disposto no § 4° do artigo 20 do CPC. Se não há condenação, o cálculo pode não levar em conta o valor da causa, e sim as outras variáveis do feito. Apelo desprovido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide a 6ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, na forma do voto do relator, negar provimento à apelação.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013. GUILHERME COUTO DE CASTRO Desembargador Federal - Relator

Caderno Judicial TRF

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.006692-0 Nº CNJ :0006692-37.2011.4.02.0000

RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO CARMO

AGRAVANTE :ADALBERTO DE ALMEIDA E SILVA E OUTROS

ADVOGADO :HUGO LEONARDO VELLOZO PEREIRA E OUTROS

AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADVOGADO :CINTIA DE FREITAS GOUVEA E

OUTROS

ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (0007748973)

EMENTA

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CADERNETA DE POUPANÇA. EXECUÇÃO. PLANOS BRESSER E VERÃO. INCLUSÃO DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS SUBSEQUENTES (COLLOR I E II). TÍTULO JUDICIAL OMISSO. OFENSA À COISA JULGADA.

1. A decisão agravada, em execução de valores expurgados por planos econômicos das contas de poupança, verificando o excesso nos cálculos da autora, acolheu a impugnação da CAIXA para declarar devido o valor de R$ 11.305,47 (onze mil, trezentos e cinco reais e quarenta e sete centavos).

2. Na omissão de título executivo que determinou o pagamento dos Planos Bresser e Verão, com correção monetária pelos índices da Tabela de Atualização de Precatórios da Justiça Federal, é impossível a incidência de outros expurgos inflacionários subseqüentes, Color I e II, na fase executória, à vista de inexistência de debate da questão no processo de conhecimento, pena de ofensa à coisa julgada e à preclusão.

3. Agravo de instrumento desprovido. ACÓRDÃO

Decide a Sexta Especializada do Tribunal Regional Federal da Segunda Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 3 de abril de 2013.

NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO Desembargadora Federal

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2013.02.01.002905-0 Nº CNJ :0002905-29.2013.4.02.0000

RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO CARMO AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DE

METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO) PROCURADOR :PAULO JOSE NEVES VILLAR AGRAVADO :ENGELUZ COMERCIAL E

INSTALADORA LTDA ADVOGADO :SEM ADVOGADO

ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO DA ALDEIA/RJ (201351080000580) EMENTA

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. COMPETÊNCIA FUNCIONAL. DOMICÍLIO DO DEVEDOR.

1. A decisão agravada, do Juízo da 2ª Vara Federal de São Pedro da Aldeia/RJ, corretamente remeteu a execução fiscal ao Juízo de Direito de Cabo Frio/RJ, município do domicílio do devedor.

2. Nas comarcas do domicilio do devedor, sem vara federal, compete ao Juiz Estadual que atua investido na jurisdição federal, processar e julgar executivos fiscais da União e de suas autarquias, para facilitar o acesso à Justiça e o exercício da defesa. A competência não é territorial, mas absoluta-funcional, cognoscível de ofício. Interpretação diversa tornaria inócua a previsão constitucional, obrigando o executado a deslocar-se à cidade sede de vara federal cuja competência alcançasse o local de seu domicílio, em prejuízo dos princípios da menor onerosidade e morosidade à prestação jurisdicional. Precedentes desta Corte. Aplicação dos artigos 109, §3º, parte final, da Constituição da República e 15, I, da Lei nº 5.010/1966.

3. Agravo de instrumento desprovido. ACÓRDÃO

Decide a Sexta Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013.

NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO Desembargadora Federal

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.018181-5 Nº CNJ :0018181-37.2012.4.02.0000

RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO CARMO AGRAVANTE :ENÉAS MENDES DA SILVA

ADVOGADO :LEONARDO CAMANHO CAMARGO E OUTRO

AGRAVADO :UNIAO FEDERAL

ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (201251010437733)

EMENTA

DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. LIMINAR. CUMULAÇÃO DE PROVENTOS DE MAGISTRADO. EC Nº 20/98. IMPOSSIBILIDADE.

1. A decisão agravada indeferiu a liminar em ação ordinária para determinar à União Federal o pagamento integral dos proventos de aposentadoria de juiz do trabalho e juiz estadual, sem limitação do teto constitucional, fundado em que, em caso semelhante, na Suspensão de Segurança nº 2.860, o STF suspendeu a liminar que autorizara a cumulação de proventos.

2. A concessão ou denegação de providências liminares, neste momento, é prerrogativa inerente ao poder geral de cautela do juiz, não devendo o Tribunal, por princípio, sobrepor-se a ele na avaliação das circunstâncias fáticas que ensejaram o deferimento ou não da medida, eis que não se trata, ainda, de pronunciamento em cognição exauriente. Não se modifica decisão agravada, exceto se teratológica, não razoável, flagrantemente ilegal ou com abuso de poder, o que não é o caso. Precedentes.

3. Inexiste periculum in mora se o agravante mantém os proventos de aposentadoria no cargo de juiz estadual. Reputa-se ausente, também, o

fumus boni iuris, à vista da reiterada jurisprudência que veda a

cumulação de dois proventos de aposentadoria ligados ao regime do art. 40 da CF/88, ainda que o reingresso no serviço público tenha se dado antes da EC nº 20/98, inexistindo violação a ato jurídico perfeito nem a direito adquirido.

4. Agravo de instrumento desprovido. ACÓRDÃO

Caderno Judicial TRF

Decide a Sexta Especializada do Tribunal Regional Federal da Segunda Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, na forma do voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013.

NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO Desembargadora Federal

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.017867-4 Nº CNJ :0017867-62.2010.4.02.0000

RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO CARMO AGRAVANTE :PETROLEO BRASILEIRO S.A -

PETROBRAS

ADVOGADO :MARCELA FERNANDO DUARTE LUCAS E OUTROS

AGRAVADO :ALAOR CRISTOVAM MIRANDA - ESPOLIO E OUTRO

ADVOGADO :IZAEL DE MELLO REZENDE E OUTROS

AGRAVADO :UNIAO FEDERAL

ORIGEM :4ª VARA FEDERAL CÍVEL DE VITÓRIA/ES (200850010085940) EMENTA

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE SERVIDÃO DE PASSAGEM. EXECUÇÃO. JUROS MORATÓRIOS. TERMO INICIAL. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. ARTIGO 15-B DO DECRETO-LEI 3.365/41. NÃO APLICABILIDADE.

1. A decisão agravada, em execução, homologou os cálculos de liquidação, feitos pela Contadoria Judicial, computando juros moratórios a partir de 1/1/2006, exercício seguinte à propositura da ação, em 2005, convencida de ser a conta adequada à sentença, transitada em julgado em 2009, que declarou a desapropriação, para instituição de servidão administrativa de passagem em favor da PETROBRAS.

2. O art. 15-B do Decreto-Lei n. 3.365/41, incluído pela MP n. 1.901-30, de 24/09/1999, prevê que, nas ações de desapropriação por necessidade ou utilidade pública e interesse social, “ ... os juros

moratórios destinam-se a recompor a perda decorrente do atraso no efetivo pagamento da indenização fixada na decisão final de mérito, e somente serão devidos à razão de até seis por cento ao ano, a partir de 1º de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser feito, nos termos do art. 100 da Constituição.”

3. Na hipótese, proposta a ação em 2005, aplica-se a ela, inequivocamente, o regramento infraconstitucional, como o fez o juízo sentenciante ao estabelecer, no dispositivo da sentença “... juros

moratórios à taxa de 6% (seis por cento) ao ano, calculados sobre idêntica base de incidência, a partir de 1o de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser feito, nos termos do art. 100 da Constituição (Súmulas 12 e 102 do STJ e art. 15-B do Decreto-Lei n. 3.365/41), afastada a incidência da Súmula 70, do Col. STJ”.

4. Em conformidade com o título judicial executivo, incidiriam juros de mora somente a partir de 1/1/2012, porquanto a sentença transitou em julgado em 2009 (art. 100, §5º, CF), não fosse o título executivo incidir em dois equívocos: (i) o prazo do art. 100, da CF, não se aplica à Requisição de Pequeno Valor (RPV), assim compreendidas as quantias de até sessenta salários mínimos - como a dos autos – se a devedora for a Fazenda federal (art. 17, § 1º, da Lei n. 10.259, de 12 de julho de 2001) e (ii) não se cogita de pagamento por precatório ou

RPV, eis que a PETROBRAS, sociedade de economia mista, é quem oferta o quantum indenizatório.

5. À vista da extensão e alcance do título judicial é razoável deferir a agravante “... que seja aplicado como marco inicial para a aplicação

dos juros moratórios o dia 1º de janeiro de 2010, ou seja, 1º de janeiro do ano subsequente ao trânsito em julgado da ação”, pedido recursal

fundado em que, antes do título que declara a desapropriação e o valor a indenizar, não há diferença devida, cabendo aguardar-se o trânsito em julgado da decisão.

6. Agravo de instrumento provido. ACÓRDÃO

Decide a Sexta Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do voto da relatora.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data de julgamento). NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO Desembargadora Federal

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2013.02.01.002437-4 Nº CNJ :0002437-65.2013.4.02.0000

RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO CARMO

AGRAVANTE :INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS - IBAMA PROCURADOR :VIVIANE MILED MONTEIRO CALIL

SALIM

AGRAVADO :ANTONIO MARCOS SARAIVA ADVOGADO :SEM ADVOGADO

ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO MATEUS/ES (200950030008103) EMENTA

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. COMPETÊNCIA FUNCIONAL. DOMICÍLIO DO DEVEDOR.

1. A decisão agravada, do Juízo da 1ª Vara Federal de São Mateus/ES, corretamente remeteu a execução fiscal ao Juízo de Direito de Pinheiros/ES, município do domicílio do devedor.

2. Nas comarcas do domicilio do devedor, sem vara federal, compete ao Juiz Estadual que atua investido na jurisdição federal, processar e julgar executivos fiscais da União e de suas autarquias, para facilitar o acesso à Justiça e o exercício da defesa. A competência não é territorial, mas absoluta-funcional, cognoscível de ofício. Interpretação diversa tornaria inócua a previsão constitucional, obrigando o executado a deslocar-se à cidade sede de vara federal cuja competência alcançasse o local de seu domicílio, em prejuízo dos princípios da menor onerosidade e morosidade à prestação jurisdicional. Precedentes desta Corte. Aplicação dos artigos 109, §3º, parte final, da Constituição da República e 15, I, da Lei nº 5.010/1966.

3. Agravo de instrumento desprovido. ACÓRDÃO

Decide a Sexta Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora.

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013.

NIZETE ANTÔNIA LOBATO RODRIGUES CARMO Desembargadora Federal

Caderno Judicial TRF

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.006975-4 Nº CNJ :0006975-26.2012.4.02.0000

RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL NIZETE LOBATO CARMO AGRAVANTES :FERNANDO DORMEA VASQUES

MANSO E S/M

ADVOGADO :SERGIO SOLLE DE FIGUEIREDO AGRAVADA :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADVOGADOS :LUIZ FERNANDO PADILHA E

OUTROS

ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (201251010035436) EMENTA

PROCESSO CIVIL. DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE