Caderno Judicial TRF
SUBSECRETARIA DA 7A.TURMA ESPECIALIZADA BOLETIM: 141191
Caderno Judicial TRF
2005.51.10.002835-0
Nº CNJ :0002835-86.2005.4.02.5110 RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA
SILVA ARAÚJO FILHO APELANTE :UNIÃO FEDERAL
APELADO :RENATO SILVA DE OLIVEIRA ADVOGADO :RAQUEL FIGUEIREDO DE OLIVEIRA REMETENTE :JUÍZO DA 4ª VARA FEDERAL SÃO
JOÃO DE MERITI-RJ
ORIGEM :4ª VARA FEDERAL DE SÃO JOÃO DE MERITI (2005.51.10.002835-0)
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. REMOÇÃO A PEDIDO. CONCESSÃO DE AJUDA DE CUSTO E INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE. IMPOSSIBILIDADE.
1. A Lei Complementar 75/93 faz clara distinção entre remoção de ofício (art. 211) e a pedido singular (art. 212), prevendo expressamente a ajuda de custa e indenização de transporte apenas para o caso de remoção de ofício (art. 227, I, a e III, a), em dispositivo que não dá margem a qualquer tipo de interpretação em sentido diverso. Trata-se de opção do legislador que deve ser respeitada, não sendo cabível conceder os benefícios pleiteados contra legem.
2. Apelação da União e remessa providas. ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima indicadas. Decidem os membros da Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento à apelação da União à remessa necessária, nos termos do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 224659 2013.02.01.000591-4 Nº CNJ :0000591-13.2013.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO AGRAVANTE :COSME HENRIQUE DINIZ
RODRIGUES
ADVOGADO :RODRIGO COSTA SAMPAIO E OUTROS
AGRAVADO :SERVIÇO FEDERAL DE
PROCESSAMENTO DE DADOS – SERPRO
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (201251010490851)
EMENTA
ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROFISSIONAIS DE SAÚDE. CUMULAÇÃO DE CARGOS. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS.
1. O art. 37, XVI, “c”, da Constituição Federal admite a cumulação de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, exigindo, contudo, a compatibilidade de horários.
2.Não se verifica a plausibilidade do direito alegado apto a ensejar o deferimento da tutela de urgência, eis que o autor, ora agravante,
pleiteia posse no cargo de Técnico de Enfermagem do Trabalho, com carga horária semanal de 40h, ocupando atualmente o cargo de Técnico de Enfermagem junto ao Hospital Federal dos Servidores do Estado, exercendo esta atividade por período de plantão, com escala 12x60, com carga semanal de 30 horas, por força da aplicação da Portaria Ministerial nº 1.281/2006, pelo que a acumulação pretendida, com o cumprimento de jornada de 70 horas semanais, viola, à primeira vista, os princípios da razoabilidade e da eficiência do serviço público, por tratar-se de jornada de trabalho exaustiva, comprometendo a qualidade dos serviços prestados, o que apresenta maior gravidade por se tratar de profissional da área da saúde.
3. Agravo de instrumento improvido. ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 572445 2011.51.01.002889-0
Nº CNJ :0002889-69.2011.4.02.5101 RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA
SILVA ARAÚJO FILHO APELANTE :UNIÃO FEDERAL
APELADO :PAULA ANDREA GURIVITZ E OUTROS
ADVOGADO :IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTROS
REMETENTE :JUÍZO FEDERAL DA 3ª VARA-RJ ORIGEM :3ª VARA FEDERAL/RJ
(2011.51.01.002889-0) EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. 11,98%. JUROS DA MORA. PRESCRIÇÃO. RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA.
1. “O prazo prescricional para a cobrança de correção monetária e juros moratórios de verbas remuneratórias pagas a servidor público com atraso começa a fluir na data do pagamento realizado em valor insuficiente”(STJ, 1ª T, AgRg no Ag 1376281/RJ). Assim, somente após o pagamento da última parcela do valor principal tem início o prazo prescricional.
2. O Ato nº 48 da Presidência do CSJT, de 22/04/2010, referendado pela Resolução nº 61/2010 do CSJT, estabeleceu, de forma genérica, critérios para apuração dos débitos administrativos no “âmbito da Justiça do Trabalho” não se referindo especificamente aos juros decorrentes do pagamento do percentual de 11,98%.
3. A certidão emitida pelo TRT a pedido do interessado, informando o valor que seria devido se houvesse cálculo de acordo com os critérios da referida Resolução, não representa reconhecimento do alegado direito aos juros, porquanto tem caráter meramente informativo. 4. Ainda que houvesse direito aos juros da mora, estes deveriam incidir a partir da citação, conforme entendimento consolidado pela Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, mediante a sistemática prevista no art. 543-C do CPC (recursos repetitivos), segundo o qual, “tendo a Administração admitido a existência de dívida de valor consolidado, sem, contudo, estipular prazo para seu pagamento, torna-se inaplicável a regra prevista no caput do art. 397 do Código Civil, devendo os juros
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moratórios incidir a partir da citação, nos termos do art. 397, parágrafo único, c.c 405 do Código Civil e 219, caput, do CPC, calculados sobre o montante nominalmente confessado” (AGA 200802612534, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, STJ – Quinta Turma, DJE:16/11/2009). 5. Apelação da União e remessa necessária providas.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, decidem os membros da Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar
provimento à apelação e à remessa necessária, na forma do voto do
Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 224328 2012.02.01.021252-6 Nº CNJ :0021252-47.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO AGRAVANTE :AGENCIA NACIONAL DO
PETROLEO, GAS NATURAL E BIOCOMBUSTIVEIS – ANP PROCURADOR :THIAGO SERPA ERTHAL
AGRAVADO :AUTO POSTO MARINHEIRO LTDA EPP
ADVOGADO :ELIANE SOARES DE BRITO VIANA E OUTROS
ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ (201251020046315)
EMENTA
ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEL. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. REQUISITOS AUSENTES.
1. Insurge-se a ANP contra a antecipação da tutela deferida para determinar que a Agência autorize o funcionamento do posto revendedor varejista no imóvel anteriormente ocupado por sociedade empresária no exercício da mesma atividade econômica.
2. A Portaria ANP nº 116/2000 (art. 4º, § 5º) determina a comprovação do encerramento das atividades do posto varejista antecedente no referido endereço e da quitação de eventuais débitos, requisito não satisfeito ante a existência de inscrição da sociedade empresária antecessora no CADIN. Como a agravada está explorando o comércio de combustíveis no mesmo imóvel, mostra-se, por ora, precipitada a concessão da autorização de funcionamento, tutela satisfativa que reclama o prosseguimento da fase instrutória, de modo a evidenciar, em cognição exauriente, a inexistência de alienação do estabelecimento ou de qualquer outra relação jurídica que provoque a responsabilização da agravada pela obrigação inadimplida pelo posto revendedor que a antecedeu.
3. Agravo de instrumento provido. ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao recurso, na forma do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.017044-1 Nº CNJ :0017044-20.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO AGRAVANTE :SEBASTIÃO SANTOS E OUTRO ADVOGADO :ELIEL SANTOS JACINTHO E OUTRO AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL – CEF ADVOGADO :LEONARDO JUNHO GARCIA E
OUTROS
AGRAVADO :EMGEA-EMPRESA GESTORA DE ATIVOS
ADVOGADO :LEONARDO JUNHO GARCIA E OUTROS
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM/ES (201150020000813)
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. SFH. SALDO RESIDUAL.
1. O contrato de financiamento habitacional prevê o pagamento do saldo residual por meio de prestações mensais e sucessivas, sem delimitar o número de prestações (§ 1º da Cláusula 18ª e letra “C” do instrumento).
2. Verificado o desproporcional aumento das prestações devidas, para cobrança do saldo residual apurado após o término do prazo fixado, deve ser deferida a antecipação dos efeitos da tutela para que sejam observadas a proporção prestação/renda do mutuário inicialmente pactuada e as demais cláusulas relativas aos reajustes dos encargos mensais, de acordo com o PES/CP, em respeito ao § 2º da Cláusula 18ª, até o julgamento definitivo.
3. Agravo de instrumento provido. ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao recurso, na forma do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 216103 2012.02.01.010601-5 Nº CNJ :0010601-53.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO AGRAVANTE :SINDICATO DOS TRABALHADORES
EM EDUCACAO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - SINTUFRJ
ADVOGADO :ANDRE ANDRADE VIZ E OUTROS AGRAVADO :UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO - UFRJ
PROCURADOR :FERNANDO BARBALHO MARTINS ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO (201251010068582) EMENTA
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SINTURFRJ. LEGITIMIDADE. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS. DESNECESSIDADE. CUSTAS.
1. Nos termos do art. 8º, inciso III, da Constituição Federal, a legitimação extraordinária do Sindicato, que atuava em nome da categoria (ou de parte dela) na fase de conhecimento da ação coletiva,
subsiste na fase executiva, podendo atuar em nome dos beneficiários
substituídos, os quais, porém, devem ser devidamente individualizados na petição inicial da execução.
2. Havendo livre distribuição das execuções individuais a juízo diverso daquele em que tramitou a ação coletiva, devem ser recolhidas as custas pertinentes, como bem ressaltado na decisão agravada.
3. Agravo interno provido. Agravo de Instrumento parcialmente provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar
provimento ao agravo interno e dar parcial provimento ao agravo de
instrumento, na forma do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
IV – APELAÇÃO CÍVEL 422278 2001.51.01.524234-3 Nº CNJ :0524234-83.2001.4.02.5101 RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA
SILVA ARAÚJO FILHO APELANTE :HELENA GROSSO FLEURY E
OUTROS
ADVOGADO :ANTONIO VIEIRA GOMES FILHO APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :ANDRE AMARAL DE AGUIAR ORIGEM :17ª VARA FEDERAL/RJ
(2001.51.01.524234-3) EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. INÉPCIA. INEXISTÊNCIA. ILEGITIMIDADE. EXTINÇÃO.
1. A Autora, falecida no curso do processo, narrou na inicial, de forma objetiva, que era pensionista desde 1983, até que seu benefício, da espécie 22 foi suspenso em 1998, o que a levou a impetrar mandado de segurança para restabelecer o pagamento, formulando pedido certo de determinado para receber os valores não pagos do período de novembro de 1998 até outubro de 1999. A Autora apenas se equivocou em defender que seu benefício era previdenciário, o que não impedia a compreensão do pedido e da causa de pedir, como entendeu a sentença para extinguir o processo por inépcia da petição inicial.
2. A partir da vigência da Lei nº 8.112/1990, os benefícios estatutários da espécie 22 pagos pelo INSS deveriam passar à responsabilidade do órgão ou entidade de origem do servidor, tendo assentado o STJ que o INSS responde pelas diferenças até a transferência efetiva (5ª T. REsp 642420/PE)
3. A Autora recebeu comunicação de que em 29/06/1998 seu benefício seria pago pelo órgão de origem e em novembro de 1998 o pagamento pelo INSS cessou, demonstrando que, nesta data, a transferência de responsabilidade havia sido concluída.
4. Assim, o INSS não tem legitimidade para responder pelos atrasados do período posterior a novembro de 1998. A União é, igualmente parte ilegítima, uma vez que o órgão responsável pelo pagamento da pensão
da Autora era a UFRJ, autarquia federal, dotada de personalidade jurídica própria.
5. Desta forma, por outro motivo deve ser mantida a extinção do processo, eis que ausente uma das condições da ação (art. 267, VI, do CPC).
6. Apelação das autoras improvida. ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas: Decidem os membros da Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar
provimento à apelação das Autoras, na forma do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 457019 2007.50.01.015436-1
Nº CNJ :0015436-92.2007.4.02.5001 RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA
SILVA ARAÚJO FILHO
APELANTE :FABIO LUIZ TOREZANI DINELLI ADVOGADO :LUIS FERNANDO NOGUEIRA
MOREIRA E OUTROS APELANTE :UNIÃO FEDERAL APELADO :OS MESMOS
REMETENTE :JUÍZO DA 2ª VARA FEDERAL CIVEL DE VITÓRIA-ES
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE VITÓRIA/ES (2007.50.01.015436-1) EMENTA
ADMINISTRATIVO. AUDITOR. REMOÇÃO. PRETERIÇÃO. DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL. HONORÁRIOS. 1. O Autor, Auditor fiscal do Trabalho, ajuizou ação pleiteando a sua remoção do Município de Colatina para Vitória/ES, alegando ter sido preterido em sua antiguidade com relação a novos candidatos empossados para o cargo.
2. A União, em ação civil pública, foi condenada a realizar concurso de remoção oferecendo todas as vagas existentes para lotação, inclusive as previstas no edital do último concurso em andamento. Entretanto, após divulgar o resultado do concurso de remoção, publicou portaria com o resultado do concurso para o provimento do cargo inicial de Auditor, lotando os aprovados nas vagas inicialmente oferecidas.
3. Verificado, pois, o descumprimento de decisão judicial e não demonstrando a União que o Autor não teria sido classificado de acordo com sua antiguidade e preferência de lotação com relação aos demais auditores, se tivessem sido oferecidas todas as vagas existentes, é devida a remoção pleiteada.
4. Vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários advocatícios deve atender ao § 4º do art. 20 do CPC, e não ao § 3º do mesmo artigo. Não obstante, na “apreciação eqüitativa” deve o juiz observar as peculiaridades do caso sob exame a fim de que os honorários não sejam nem irrisórios nem exorbitantes, afigurando-se razoáveis os honorários fixados em 10% sobre o valor da causa.
5. Apelação da União e remessa improvidas; apelação do Autor parcialmente provida.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima indicadas, decidem os membros da Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação da União e à remessa necessária e dar parcial provimento à
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apelação do Autor, nos termos do voto do Relator. Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 450889 2004.51.01.513833-4
Nº CNJ :0513833-20.2004.4.02.5101 RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA
SILVA ARAÚJO FILHO
APELANTE :JORGE LUIZ AUGUSTO DE SOUZA ADVOGADO :NEWTON BATISTA TRANQUEIRA
CALDAS E OUTROS
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROCURADOR :FRANCISCO VIEIRA FILHO APELADO :OS MESMOS
REMETENTE :JUÍZO FEDERAL DA 16ª VARA-RJ ORIGEM :16ª VARA FEDERAL/RJ
(2004.51.01.513833-4) EMENTA
ADMINISTRATIVO. ANISTIA. PAGAMENTO RETROATIVO. CONTAGEM FICTÍCIA DO TEMPO DE AFASTAMENTO. RETIFICAÇÃO DOS ASSENTOS FUNCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE.
1. A partir da data do retorno do Autor ao serviço público, em 1995, teve início o prazo prescricional para a postulação de atrasados. Tendo em vista, porém, a existência de requerimento administrativo em 1993, relativo à reintegração e pagamento de atrasados, concluído somente em 2004, o prazo prescricional foi suspenso, não tendo sido consumado, eis que proposta a ação em maio de 2004.
2 Não se aplica o art. 37, § 6º, da Constituição à hipótese, visto que o Autor tinha vínculo empregatício com o então INPS, não sendo
terceiro com relação ao Poder Público.
3. O fundamento de decisão proferida em Reclamação Trabalhista que considerou ser ilegal o ato de demissão para condenar o INSS a pagar atrasados da data da demissão até a edição da Lei nº 8.112/1990, não faz coisa julgada (art. 469, I, do CPC).
4. A indenização, consistente no pagamento das remunerações, retroativo a dezembro de 1994, não é devida, pois: 1) a Lei nº 8.878/1994 não levou à incidência automática dos efeitos do direito à anistia (art. 2º, 4º e 5º) e vedou a “remuneração de qualquer espécie em caráter retroativo” (art. 6º), tratando-se de pedido contra legem (STJ, 2ª Turma, AgRg no REsp 1345496/RS); 2) não se verifica a prática de ato ilícito cometido pela União a ensejar o pagamento de indenização de qualquer espécie.
5. As leis que concedem benefícios devem ser interpretadas restritivamente, não podendo o Judiciário se outorgar em legislador positivo para conferir direitos não previstos em lei. Logo, não é possível, sem previsão legal, deferir a contagem do tempo de afastamento para fins de concessão de anuênios e de aposentadoria. 6 É indevida a retificação dos assentamentos funcionais do Autor para que conste o dia 05/06/1984 como data inicial do vínculo com a autarquia, pois a Lei nº 8.878/1994 não determinou a anulação dos atos de demissão, se restringindo a determinar o retorno ao serviço ativo. 7. Apelação do INSS e remessa providas; apelação do Autor, restrita à majoração de honorários, prejudicada.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, decidem os Membros da Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região, por unanimidade, dar provimento à apelação do INSS e à remessa necessária; prejudicada a apelação do Autor, nos termos do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
IV – APELAÇÃO CÍVEL 455138 2005.50.01.006470-3 Nº CNJ :0006470-14.2005.4.02.5001 RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA
SILVA ARAÚJO FILHO APELANTE :UNIÃO FEDERAL
APELADO :NORMINDA SILVA DE SOUZA ADVOGADO :EUSTACHIO DOMICIO LUCCHESI
RAMACCIOTTI E OUTROS ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
VITÓRIA/ES (2005.50.01.006470-3) EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. EX-CELESTISTAS. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO.
1. É admissível a contagem do tempo de serviço prestado sob o regime celetista para fins de concessão de anuênios (art. 100 da Lei nº 8.112/90), tendo em vista a declaração incidental de inconstitucionalidade, pelo STF, dos incisos I e III do art. 7º da Lei nº 8.162/91 (Súmula 478 do STF).
2. No entanto, tendo sido reconhecida, na sentença, a prescrição das parcelas anteriores a julho de 2000 e demonstrado que a Autora já recebe o adicional por tempo de serviço desde setembro de 1999, sem prova de incorreção quanto ao valor pago, nenhuma diferença é devida a este título, sendo o caso de improcedência do pedido.
3. Apelação da União provida. ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, decidem os Membros da Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento a apelação da União, nos termos do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2013 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal
BOLETIM: 141204
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.13.000872-6 Nº CNJ :0000872-63.2007.4.02.5113
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ ANTONIO NEIVA
APELANTE :LUCIENE TERESA PEREIRA COUTINHO E OUTRO
ADVOGADO :ANTONIO SERGIO SOARES E OUTROS
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :CARLOS MARTINS DE OLIVEIRA E OUTROS
ORIGEM :VARA ÚNICA DE TRÊS RIOS (200751130008726)
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EMENTA
AÇÃO MONITÓRIA. CONTRATO DE ABERTURA DE LIMITE DE CRÉDITO (GIROCAIXA INSTANTÂNEO). CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA.
1. Não há cerceamento de defesa, uma vez que as teses apresentadas pelos apelantes não dependem de perícia, sendo viável a solução mediante análise da prova documental e aplicação do direito. Ressalte-se que o juiz pode formar o seu convencimento a partir de documentos e elementos que já existam nos autos (art. 131 do CPC), devendo indeferir provas desnecessárias (art. 130 do CPC), desde que possa resolver fundamentadamente a lide, o que ocorreu neste caso.
2. A inicial da ação monitória deve ser instruída com documento escrito, sem eficácia de título executivo, mas com força probante suficiente à comprovação do crédito da autora. Deve, portanto, consistir em prova cabal da existência da obrigação, seja de pagar quantia certa ou de entrega de coisa, não lhe sendo exigida, apenas, a eficácia própria de título executivo extrajudicial.
3. O contrato de abertura de limite de crédito – GIROCAIXA INSTANTÂNEO constitui título hábil ao manejo da ação monitória, desde que acompanhado de demonstrativo de evolução do débito.
4. A orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, hoje cristalizada em sua Súmula n.º 247, é a de que: “O
contrato de abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória.”
5. Na presente hipótese, a CEF anexou o demonstrativo de débito acompanhado da planilha de evolução da dívida, que informa a aplicação de comissão de permanência, observando o disposto na Súmula nº 247 do STJ.
6. Ajuste efetivado após a edição da MP nº 1.963-17/2000, que passou a autorizar a capitalização. Em relação à capitalização de juros em contratos bancários, a jurisprudência tem considerado esta lícita, valendo salientar que a Súmula nº 121 do STF não se aplica às instituições financeiras. Assim, caso averiguada a ocorrência de amortização negativa, não há que se falar em inadmissível anatocismo praticado pela CEF, notadamente quando decorre do inadimplemento da parte