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SUBSECRETARIA DA 2A.TURMA ESPECIALIZADA SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA

Caderno Judicial TRF

SUBSECRETARIA DA 2A.TURMA ESPECIALIZADA SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA

DIVISÃO DE COORDENAÇÃO E JULGAMENTO

ACÓRDÃOS

EXPEDIENTE Nº 2013/00122 DO DIA 17/04/2013

XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 2011.50.01.005094-7 Nº CNJ :0005094-80.2011.4.02.5001

RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL MESSOD AZULAY NETO RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RECORRIDO :OSEAS HENRIQUE SILVA

ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO :CARLOS ANTONIO DE OLIVEIRA ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO :TIAGO DE OLIVEIRA

ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE

VITÓRIA/ES (201150010050947) EMENTA

PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. ART. 19 E 20 DA LEI 7.492/86. OBTER, MEDIANTE FRAUDE, FINANCIAMENTO EM INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. APLICAR, EM FINALIDADE DIVERSA DA PREVISTA EM LEI OU CONTRATO, RECURSOS PROVENIENTES DE FINANCIAMENTO CONCEDIDO. PROVA DA MATERIALIDADE E INDÍCIOS DE AUTORIA.

RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. RECURSO PROVIDO.

I- Recurso em Sentido Estrito do MPF em face de decisão que rejeitou a denúncia em razão de inépcia da exordial, com fulcro no art. 395, I e III, do CPP. A imputação se refere aos delitos do art. 19 e 20 da Lei 7.492/86, por terem os acusados apresentado contratos falsos de comodato de propriedades para obter financiamento do BANDES com

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recursos oriundos do PRONAF (Programa de Fortalecimento da Agricultura) e por terem utilizado tais recursos em finalidade diversa da contratada.

II- A denúncia traz, em seu bojo, as peças administrativas que contêm fotos, depoimentos do tabelião, dos funcionários do cartório, da Presidente do Sindicato e dos verdadeiros proprietários das terras; relatórios de visitas dos técnicos do BANDES que constatam a não aplicação dos recursos nas propriedades; os denunciados sequer encontravam-se no local onde deveriam estar trabalhando.

III- Nesta fase processual, basta a comprovação da materialidade do crime e a presença de indícios de autoria ou de participação no delito. Ora, existem, nos autos, elementos comprobatórios mais do que suficientes para a propositura de uma ação penal.

IV- Recurso em sentido estrito provido para receber a denúncia.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, acordam os membros da Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, em DAR PROVIMENTO ao recurso em sentido estrito, nos termos do voto do Relator.

Rio de Janeiro, 9 de abril de 2013 (data do julgamento). Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO

Relator

2ª Turma Especializada

XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 3299 2012.50.01.008495-0

Nº CNJ :0008495-53.2012.4.02.5001 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

MESSOD AZULAY NETO RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RECORRIDO :GILBERTO ALVES FERREIRA ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE

VITÓRIA/ES (201250010084950)

EMENTA

PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO INTERPOSTO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. CRIME DE CONTRABANDO. ART. 334, § 1º, ALÍNEAS “C” E “D”, DO CP . UTILIZAR, EM

ESTABELECIMENTO COMERCIAL, MÁQUINA CAÇA-NÍQUEL DE ORIGEM ESTRANGEIRA, EM PROVEITO PRÓPRIO E ALHEIO, SEM A DOCUMENTAÇÃO DEVIDA. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA COM FULCRO NO ART. 395, III, DO CPP. RECURSO PROVIDO.

I - Recurso em sentido estrito do Ministério Público Federal em face de sentença que rejeitou a denúncia pela prática do crime de contrabando (art. 334, § 1º, “c” e “d”, do CP), sob o fundamento de ausência de lastro probatório mínimo quanto à configuração da conduta imputada na denúncia, asseverando que a falta de ciência do denunciado acerca da proibição quanto à importação dos componentes da máquina eletronicamente programada afasta o dolo da sua conduta.

II - Procedem as alegações do Parquet, na medida em que devem ser respeitados os princípios básicos do Direito Penal (devido processo legal, contraditório) para que surja o devido equilíbrio entre o direito à liberdade do acusado e o direito à proteção da sociedade; de fato, o princípio da instrumentalidade das formas é fundamental para garantir a dignidade humana, a celeridade e eficácia da prestação jurisdicional, entretanto, não pode limitar o objetivo primordial do Direito Penal, qual seja, prevenção das condutas ilícitas e defesa dos cidadãos de bem.

III - De fato, no momento da deflagração da ação penal, além da materialidade do crime, basta a presença de indícios de autoria. Há laudo específico atestando a origem estrangeira do bem.

IV - Recurso em sentido estrito a que se DÁ PROVIMENTO. Denúncia recebida, nos termos da Súmula 709/STF.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, acordam os Membros da Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso em sentido estrito do Ministério Público Federal, nos termos do Relatório e Voto, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2013 (data do julgamento). Desembargador Federal MESSOD AZULAY NETO Relator

2ª Turma Especializada

XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 2011.51.10.000712-7 Nº CNJ :0000712-08.2011.4.02.5110

RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL MESSOD AZULAY NETO

RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RECORRIDO :WELLINGTON ALMEIDA SOARES ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE SÃO

JOÃO DE MERITI (201151100007127) EMENTA

EMENTA

PENAL – PROCESSUAL PENAL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – DENÚNCIA RECEBIDA – DESCAMINHO - OMISSÃO E CONTRADIÇÃO INEXISTENTES – INTERESSE EM OBTER EFEITOS INFRINGENTES – EMBARGOS REJEITADOS. I – Ausente a apontada omissão no julgado, já que este Tribunal se pronunciou sobre os pontos necessários à prolação da decisão. II – Os presentes Embargos de Declaração possuem nítido interesse em obter efeito infringente ao julgado, o que somente se verifica em situações excepcionais, nas quais não se enquadra a hipótese vertente. III – Embargos de Declaração desprovidos.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima indicadas.

Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO aos embargos de declaração, nos termos Voto do Relator, constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2013 (data de julgamento). DESEMBARGADOR FEDERAL MESSOD AZULAY NETO Relator

2ª T. Especializada

XVI – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 2012.51.01.020004-6

Nº CNJ :0020004-69.2012.4.02.5101 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

MESSOD AZULAY NETO EMBARGANTE :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EMBARGADO :V. ACÓRDÃO DE FL. 100

RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RECORRIDO :JOAO LUIZ DA SILVA NUNES ADVOGADO :ANGELA MARIA FELITTE E OUTROS ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL

CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO (201251010200046)

EMENTA

PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. OMISSÃO. RECURSO

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PARCIALMENTE PROVIDO.

I - Embargos declaratórios a que se DÁ PAICIAL PROVIMENTO para sanar omissão apontada, sem imprimir efeito modificativo ao julgado.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima indicadas.

Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator, constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado.

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2013 (data do julgamento). Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO

Relator

2ª Turma Especializada

V - APELACAO CRIMINAL 2003.50.01.000205-1 Nº CNJ :0000205-64.2003.4.02.5001 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

MESSOD AZULAY NETO

APELANTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL APELANTE :JOSE GERALDO ALCANTARA

PRATES

ADVOGADO :SEBASTIAO RIVELINO AMARAL E OUTRO

APELANTE :CELIA REGINA BERNARDINO PRATES

ADVOGADO :SEBASTIAO RIVELINO AMARAL E OUTRO

APELANTE :SAVIO JOSE THOMAZ

ADVOGADO :DAVID BOURGUIGNON BIGOSSI APELADO :OS MESMOS

ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE VITÓRIA/ES (200350010002051) EMENTA

PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÕES CRIMINAIS INTERPOSTAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E PELOS RÉUS. CONDENAÇÕES PELOS CRIMES DE GESTÃO TEMERÁRIA, APROPRIAÇÃO INDÉBITA FINANCEIRA, CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS VEDADOS E FALSIDADE IDEOLÓGICA (ARTIGOS. 4º, PARÁGRAFO ÚNICO, 5º E 17 DA LEI Nº 7.492/86, E ART. 299 DO CP). EMENDATIO LIBELLI. RECURSO MINISTERIAL DESPROVIDO QUANTO AO

APELADO SÁVIO E PREJUDICADO QUANTO AOS APELADOS JOSÉ GERALDO E CÉLIA REGINA. PRESCRIÇÃO

RETROATIVA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. PROVIDOS OS RECURSOS DOS APELANTES JOSÉ GERALDO E CÉLIA REGINA. PREJUDICADO O MÉRITO DOS RECURSOS INTERPOSTOS PELAS DEFESAS.

I - Preliminar de prescrição deduzida pelos apelantes JOSÉ GERALDO E CÉLIA REGINA acolhida, restando prejudicado o exame do mérito de seus recursos, bem como do recurso interposto pelo Ministério Público, no ponto em que pugna pela condenação de José Geraldo em mais um crime do art. 5º da Lei nº 7.492/86.

II - Considerando as penas aplicadas aos acusados JOSÉ GERALDO e CÉLIA REGINA, conforme demonstrado no voto, bem assim as datas dos fatos delituosos a eles imputados (06/1997 a 7/2000 - fl. 06), e que a denúncia foi recebida em 12/03/2009 (fl. 22), há de ser reconhecida a prescrição da pretensão punitiva estatal, vez que transcorrido lapso temporal superior a 08 (oito) anos entre os fatos e o recebimento da denúncia.

III - Corretamente aplicado pelo magistrado de piso o instituto da

emendatio libelli, desclassificando a conduta do acusado SÁVIO do

art. 17 da Lei 7.492/86 para o crime descrito no art. 299 do CP, não

merecendo acolhida a insurgência ministerial.

IV - PROVIDOS os recursos interpostos por JOSÉ GERALDO ALCÂNTARA PRATES e CÉLIA REGINA BERNARDINO PRATES para, com fulcro no art. 107, IV, 1ª figura c/c art. 109, IV e V, e 110 §1º, todos do Código Penal, declarar EXTINTA A PUNIBILIDADE pela prescrição. DESPROVIDO o recurso do MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL quanto ao apelado SÁVIO JOSÉ THOMAZ e, de ofício, nos termos do art. 61 do Código de Processo Penal, DECLARADA EXTINTA a punibilidade, pela prescrição, com fulcro no art. 107, IV, 1ª figura c/c art. 109, V e art. 110 § 1º, todos do Código Penal, restando prejudicado o mérito do recurso interposto por este acusado.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima indicadas, acordam os Membros da Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, DAR PROVIMENTO aos recursos interpostos pelos apelantes JOSÉ GERALDO ALCÂNTARA PRATES e CÉLIA REGINA

BERNARDINO PRATES, para declarar extinta a da punibilidade pela prescrição; NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e prejudicado o mérito do recurso interposto pelo apelante SÁVIO JOSÉ THOMAZ, declarando, de ofício, a extinção da punibilidade pela prescrição, nos termos do Relatório e Voto, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2013 (data do julgamento). Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO

Relator

2ª Turma Especializada

X - HABEAS CORPUS 2013.02.01.002285-7 Nº CNJ :0002285-17.2013.4.02.0000 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

MESSOD AZULAY NETO IMPETRANTE :LUIS CARLOS PULEIO

IMPETRADO :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CRIMINAL DE VITORIA-ES PACIENTE :SLOBODAN KOSTOVSKI - REU

PRESO

ADVOGADO :LUIS CARLOS PULEIO

ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE VITÓRIA/ES (201150010076183) EMENTA

HABEAS CORPUS – ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE

DROGAS – NULIDADE NÃO RECONHECIDA – JUIZO

COMPETENTE PARA O ATO – ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA – ANÁLISE JUDICIAL SOBRE A NECESSIDADE E

POSSIBILIDADE – INEXISTÊNCIA DE NULIDADE – NOMEADO ADVOGADO HAD DOC PARA O ATO – ORDEM DENEGADA. I - Objetiva, a impetração, a anulação da referida ação penal, desde a expedição da precatória para a oitiva das testemunhas de acusação em Cachoeiro do Itapemirim, dado que o Juízo Federal de Vitória/ES teria deprecado àquele juízo, a oitiva das testemunhas de acusação. Sendo assim, seria, o mesmo, incompetente para presidir a audiência em que foram ouvidas as testemunhas de acusação em Cachoeiro de

Itapemirim.

II - A alegação é absolutamente impertinente e colocada para lastrear uma nulidade que não se justifica reconhecer, eis que nenhum prejuízo concreto foi apontado pelo impetrante e nenhum princípio foi lesado, dado que o juízo onde se processam os autos principais foi o que presidiu a audiência de oitiva das testemunhas.

III - A decisão que indefere o pedido de adiamento da audiência se fundamentou na ausência de provas por parte do impetrante de que houvesse o alegado compromisso, eis que não foram juntadas sequer

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cópias da emissão dos bilhetes para o exterior. E ainda que prova houvesse, este é o tipo de pedido que fica a critério do magistrado deferir ou não, tendo em vista as possibilidades reais de cunho administrativo da vara e a necessidade real da redesignação da data. IV - Designado advogado ad hoc para o ato, logo, o paciente foi devidamente representado no ato.

V – Ordem denegada. ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima indicadas:

Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, DENEGAR A ORDEM, nos termos do Relatório e do Voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2013. (data de julgamento) Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO

Relator

2ª Turma Especializada

X - HABEAS CORPUS 2013.02.01.003190-1 Nº CNJ :0003190-22.2013.4.02.0000 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL

MESSOD AZULAY NETO IMPETRANTE :LUIS CARLOS PULEIO

IMPETRADO :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CRIMINAL DE VITORIA-ES PACIENTE :SLOBODAN KOSTOVSKI - REU

PRESO

ADVOGADO :LUIS CARLOS PULEIO

ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE VITÓRIA/ES (201150010076183) EMENTA

HABEAS CORPUS – ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE

DROGAS - PRISÃO PREVENTIVA - EXCESSO DE PRAZO – INOCORRÊNCIA – SÚMULA 52 DO STJ - ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO NOS FATOS CRIMINOSOS - VIA INADEQUADA -– ORDEM DENEGADA.

I – Hipótese em que a defesa alega uma série de circunstâncias que teriam sido verificadas ao longo da instrução criminal, para sustentar a ilegalidade da prisão preventiva, em virtude do excesso de prazo transcorrido, por suposta culpa exclusiva do Estado.

II – Informações da autoridade apontada coatora, dando conta de que a instrução já se encontra em fase de apresentação de alegações finais, pendente somente a manifestação da acusada Sandra Kostovski, esposa do paciente, para que os autos sigam conclusos para sentença.

Aplicação da Súmula 52 do STJ.

III - Ausência de excesso de prazo que justifique a revogação da prisão preventiva, decretada ante a necessidade de se resguardar a ordem pública e a instrução criminal;

Iv – Ordem denegada. ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima indicadas:

Decide a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, DENEGAR A ORDEM, nos termos do Relatório e do Voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2013. (data de julgamento) Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO

Relator

2ª Turma Especializada

SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS DIVERSOS

DESPACHOS/DECISÕES

EXPEDIENTE Nº 2013/00145 DO DIA 17/04/2013 IV - APELACAO CIVEL 577994 2012.51.04.000029-1 Nº CNJ :0000029-52.2012.4.02.5104 RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO

MARCELO PEREIRA DA SILVA APELANTE :CARLOS ANTONIO DOS SANTOS ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES

APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROCURADOR :JOSE ALFREDO BARROS DA SILVA REIS NETO

ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE VOLTA REDONDA (201251040000291) D E C I S Ã O

Relatório

Trata-se de apelação interposta por Carlos Antonio dos Santos contra a sentença proferida pelo Juízo da 2ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ nos autos do processo eletrônico nº 0000029-52.2012.4.02.5104 (2012.51.04.000029-1), que julgou improcedente o pedido de revisão do benefício previdenciário da parte autora, mediante a aplicação das EC´s 20/98 e 41/2003, condenando a parte autora ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios de 10% sobre o valor da causa, observado, no entanto, o disposto no art. 12 da Lei 1.060/50, ao entendimento de que a revisão em questão somente deve ocorrer quando os benefícios não tiverem sido recompostos pelas Leis 8.870/94 e 8.880/94, sendo pressuposto para aplicação de tais leis que, além do salário de benefício limitado ao teto, sejam observados os períodos determinados, quais sejam: concessões entre 05.04.1991 a 31.12.1993 (Lei 8.870) e concessões a partir de 01.03.1994 (Lei 8.880), sendo, portanto, incabível a revisão da aposentadoria do Autor, haja vista tratar-se de benefício que apresenta DIB em 01.09.1990. Alega o Apelante, em síntese, que “a decisão do STF garante, sem

restrição temporal, o direito à revisão das aposentadorias concedidas antes da vigência dos valores dos tetos introduzidos pelas Emendas Constitucionais nº 20/98 e nº 41/2003, de forma retroativa”, bem

como que “o simples fator data não pode ser tomado como parâmetro

discriminante, uma vez que o Apelante encontra-se na mesma situação fática dos segurados cujos benefícios foram concedidos no coeficiente de 100%”.

O recurso foi recebido no duplo efeito, tendo sido oferecidas contrarrazões pelo Apelado.

O Ministério Público Federal emitiu parecer à fl. 04/05, deixando, todavia, de opinar, ante a inexistência de fato a ensejar a

obrigatoriedade de sua interferência no feito. É o relatório. Passo a decidir.

Fundamentação

Verifica-se que a pretensão da parte autora encontra-se em consonância com o entendimento adotado pela Suprema Corte, em sede de

Repercussão Geral, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º 564.354/SE, de relatoria da Ministra Carmen Lúcia, cuja ementa tem o seguinte teor:

EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO TETO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS ANTES DA ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E 41/2003. DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DA LEI INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO

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PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Há pelo menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal Federal como guardião da Constituição da República demanda interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei sem antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei

superveniente, pois a solução de controvérsia sob essa perspectiva pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados os seus alcances para se dizer da existência ou ausência da

retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art. 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto constitucional. 3. Negado provimento ao recurso extraordinário. (STF, Pleno, RE 564354/SE, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe-030, pub. 15.02.2011, Ement. Vol-02464-3, p. 487)

Com efeito, restou fixado que os novos tetos instituídos tanto pela Emenda Constitucional n.º 20/98, quanto pela Emenda Constitucional n.º 41/2003 devem ser aplicados imediatamente, mesmo aos benefícios concedidos anteriormente à promulgação de tais normas, mas que tiveram o salário de benefício limitado ao teto na época da concessão, para fins de cálculo da renda mensal.

Na hipótese dos autos, a RMI do benefício do Autor foi revisada em 1993, de acordo com as regras aplicadas aos benefícios concedidos no período do “buraco negro” (art. 144, da Lei nº 8.213/91), e, com esta revisão, o salário-de-benefício (99.087,44) ficou acima do teto do salário-de-contribuição vigente à época, sofrendo, consequentemente, a redução pertinente ao limite do teto (45.287,76).

Dispositivo

Do exposto, com fulcro no § 1º-A do art. 557 do CPC, DOU PROVIMENTO à apelação para, reformando a sentença recorrida, julgar procedente o pedido, para condenar o INSS a revisar a renda mensal do beneficio do Autor (NB 46/849230411), considerando, no cálculo, a nova limitação estabelecida pelas EC´s 20/98 e 41/2003, pagando-lhe as prestações vencidas, respeitada a prescrição quinquenal, acrescidas de correção monetária e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês até 29.06.2009, a partir de quando devem ser observados os índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados às cadernetas de poupança, conforme art. 1º-F da Lei 9.494/97 com a redação que lhe foi dada pela Lei 11.960/09, desconsiderada apenas a expressão “haverá a incidência uma única vez”. Condeno ainda a Autarquia em honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da condenação, na forma do art. 20, §4º, do CPC. Custas ex lege. P.I. Preclusa a presente decisão, remetam-se os autos à Primeira Instância

Rio de Janeiro, ____ de março de 2013 MARCELO PEREIRA DA SILVA Juiz Federal Convocado

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 578001 2011.51.04.001509-5

Nº CNJ :0001509-02.2011.4.02.5104 RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO

MARCELO PEREIRA DA SILVA APELANTE :LUIZ PIRES DE RAMOS ADVOGADO :LUIZ FERNANDO MARQUES

APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

PROCURADOR :JOSE ALFREDO BARROS DA SILVA REIS NETO

REMETENTE :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL DE VOLTA REDONDA-RJ

ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE VOLTA REDONDA (201151040015095) D E C I S Ã O

Trata-se de remessa necessária e apelação interposta pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra a sentença proferida pelo Juízo da 25ª Vara Federal/RJ (antiga 35ª Vara) nos autos do processo eletrônico nº 0811240-95.2011.4.02.5101 (2011.51.01.811240-3), que julgou procedente o pedido para “declarar o direito da parte autora à

revisão da RMI de seu benefício (NB 116.918.078-4) decorrente das alterações promovidas pela emenda constitucional 41/2003, nos termos do julgado Supremo Tribunal Federal no RE 564.354, considerando que na competência maio de 2012, o benefício do autor deva corresponder a R$ 3.423,15 (fls. 79/83)”, bem como “condenar o INSS a pagar as parcelas atrasadas do benefício desde 24/11/2006 (prescrição qüinqüenal), até a data da efetiva revisão do valor mensal do benefício, com correção monetária nos termos da tabela aprovada pelo Conselho de Justiça Federal para pagamento de benefícios