• Nenhum resultado encontrado

Como referimos na introdução desta investigação, o trabalho com o conceito de explicação histórica é fundamental no ensino e aprendizagem da História (DEB, 2001), pelo que sugerimos que se continue a explorar este conceito de segunda ordem, que tem sido ainda pouco trabalhado em Portugal. Dias (2005) trabalhou com fontes escritas e com alunos do 7º e 9º anos de escolaridade; Barca (2000), com alunos do 7º, 9º e 11º anos; Simão (2007, 2008) com alunos do 8º e 11ºanos. Por que não continuar a utilizar as fontes materiais em cruzamento com fontes escritas e iconográficas, e com os mesmos níveis de escolaridade ou trabalhar com alunos ainda mais novos, do 2º ciclo? Seria interessante aprofundar a investigação, por exemplo, como os alunos do 5º ano lidam com a explicação histórica, algo que já emerge no estudo de Ricardo Silva (2007).

Carmen Fernandes 114

Relativamente ao trabalho com as evidências materiais, referimos também, na introdução deste estudo, que iríamos utilizar as fontes materiais, pelo facto destas serem as menos trabalhadas em sala de aula. Sugerimos, pois, mais estudos em que se explorem as fontes materiais em sala de aula ou em ambiente de Museu. Seria interessante elaborar um estudo semelhante à presente investigação mas, em vez da sala de aula, realizá-lo em ambiente de Museu ou, ainda, utilizar os dois ambientes.

Esperamos que esta investigação seja mais uma experiência que promova a reflexão e mudança de práticas docentes, dando, assim, mais um pequeno contributo para a melhoria do ensino e aprendizagem da História.

Carmen Fernandes 115 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDREETTI, Keith, (1993).Teaching History from Primary Evidence. London: David Fulton Publishers.

ASHBY, R. & Lee, P. (1987). Children`s Concepts of empathy and understanding in history. In C. Portal (Ed.), The History Curriculum for Teachers (pp. 62-88). Londres: The Falmer Press. ASHBY, R. (2003). O conceito de evidência Histórica: exigências curriculares e concepções dos

alunos. In I. Barca (Org.), Educação Histórica e Museus. Actas das Segundas Jornadas

Internacionais de Educação Histórica (pp. 37-57). Braga: IEP - Universidade do Minho.

BARCA, I. (1995). Aprender História. Reconstruir o passado. In A. D. Carvalho (Ed.), Novas

Metodologias em Educação (pp. 329-348). Porto: Porto Editora.

BARCA. I. (2000). O Pensamento Histórico dos Jovens. Braga: IEP - Universidade do Minho.

BARCA, I. (2001a). Educação Histórica: uma nova área de investigação. In Revista da Faculdade de Letras, História, Porto, III série, vol.2 (pp. 13-21), 2001. Acesso a 2 de Março, 2009, atravéshttp://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2305.pdf

BARCA, I. (2001b). Concepções de adolescentes sobre múltiplas explicações em História. In I. Barca (Org), Perspectivas em Educação Histórica. Actas das Primeiras Jornadas Internacionais

de Educação Histórica (pp. 29 – 43). Braga: IEP – Universidade do Minho.

BARCA, I. (2003). Museus e Identidades. In I. Barca (Org), Educação Histórica e Museus. Actas

das Segundas Jornadas Internacionais de Educação Histórica (pp. 97–104). Braga: IEP –

Universidade do Minho.

BARCA, I. (2004). Aula Oficina: do Projecto à Avaliação. In I. Barca (Org), Para uma Educação

Histórica de Qualidade. Actas das IV Jornadas Internacionais de Educação Histórica (pp. 131–

Carmen Fernandes 116

BARCA, I. (2007). A Educação Histórica numa sociedade aberta. In Currículo Sem Fronteiras, v.

7, nº1, pp. 5-9, Jan/Jun 2007. Acesso a 2 de Março, 2009, através

http://www.curriculosemfronteiras.org/vol7iss1articles/introbarca.pdf

BARTON, Keith (2008). I just Kinda Know: elementary students ideas about historical evidence. In L. Levstik & K.C. Barton, Researching History Education. Theory, method and context. New York: Routledge.

BLANCO, A. G. (1998). Didáctica del Museo. El Descubrimiento de los Objectos. Madrid: Ediciones de La Torre.

CARRETERO, M., Jacott, L., Limon, M., Manjón, A., León, J. (1994). Historical Knowledge: cognitive and instructional implications. In M. Carretero & J. F. Voss (Eds.), Cognitive and

Instructional Processes in History and the Social Sciences. New Jersew: Lawrence Erlbaum

Associates.

COOPER, H. (1992).The Teaching of History. Londres: David Fulton Publishers.

COOPER, H. (2002), Didáctica de la Historia en la Education Infantil y Primaria, Madrid: Ediciones Morata.

COOPER, H. (2004). O pensamento histórico das crianças. In I. Barca (Org), Para uma Educação

Histórica de Qualidade. Actas das IV Jornadas Internacionais de Educação Histórica (pp. 55–

74). Braga: IEP – Universidade do Minho.

DEB. (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico: Competências Essenciais. Lisboa: Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica.

DIAS, Paula (2005). As Explicações dos alunos sobre uma situação histórica. Um estudo com

alunos do 3º ciclo do ensino básico. Dissertação de Mestrado.Braga:Universidade do Minho.

DICKINSON, A. & Lee, P. (1981). History Teaching and Historical Understanding. Londres: Heinemann.

Carmen Fernandes 117

DICKINSON, A. & Lee, P. (1984). Making sense of History. In A. Dickinson, P. Lee, P. Rogers (Eds.)

Learning History (pp. 117 -153). Londres: Heinemann.

DURBIN, G., Morris, S., Wilkinson, S. (1996). Learning from Objects. A Teachers Guide. Londres: English Heritage.

FERREIRA, A., Melo, M. C. (2008). Diálogos num museu escolar: dos objectos às vozes dos alunos. In M. C. Melo (Org.), Imagens na Aula de História. Diálogos e Silêncios (pp. 83-103). Mangualde: Edições Pedago.

FOSNOT, C. (1999). Construtivismo e Educação: teorias, perspectivas e prática. Lisboa: Instituto Piaget.

FREITAS, S. M. (2005). As representações imagético-mentais dos alunos sobre as ruínas

arqueológicas da “Bracara Augusta”. Dissertação de Mestrado. Braga: IEP – Universidade do

Minho.

FREITAS, S. (2009). Caminhar na Bracara Augusta com os arqueólogos pelos passos dos alunos. In M. C. Melo (Ed.), O Conhecimento (tácito) Histórico. Polifonia de Alunos e Professores. Braga: IEP - Universidade do Minho.

GRUPO VALLADOLID (1994). La Comprensión de la Historia por los Adolescentes. Valladolid: ICE - Universidad de Valladolid.

HEIN, G. (1999). The constructivist museum. In E. Hooper- Greenhill (Ed.), The Educational Role of

the Museum (pp. 73-79). London: Routlegde.

HOOPER-GREENHILL, E. (1998). Los Museos y sus Visitantes. Gijón: Ediciones Trea

HOOPER-GREENHILL, E. (Ed). (1999). The Educational Role of the Museum. London: Routlegde.

HOOPER-GREENHILL, E. (2007). Museums and Education: purpose, pedagogy, performance. London and New York: Routledge.

Carmen Fernandes 118

LEE, P.J. (1981). Explanation and understanding in History. In A. K. Dickinson & P.J. Lee (Eds),

History Teaching and Historical Understanding (pp.72 -93). London: Heinemann Educational

Books.

LEE, P. (2001). Progressão da compreensão dos alunos em História. In I. Barca (Org.), Perspectivas em Educação Histórica. Actas das Primeiras Jornadas Internacionais de

Educação Histórica (pp. 13-27). CEEP: Universidade do Minho.

LEE, P. (2003). Nós fabricamos carros e eles tinham de andar a pé: compreensão das pessoas do passado. In I. Barca (Org.), Educação Histórica e Museus. Actas das Segundas Jornadas

Internacionais de Educação Histórica (pp. 19-36). Braga: CEEP - Universidade do Minho.

LEVSTIK, L. & Barton, K. (1997). Doing History: investigating with children in elementary and

middle schools (pp. 65-78). New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

LEVSTIK, L., Henderson, A., Schalarb, J. (2005). Digging for Clues: an archaeological exploration of historical cognition. In R. Ashby, P. Gordon, P. Lee, (Eds.), Understanding history: Recent

Research in History Education. International Review of History Education, 4 (pp. 37-53).

Londres: Routledge Falmer.

Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa (sítio Web), acesso em 7 de Outubro de 2009, através http://mdds.imc-ip.pt/pt-PT/museu/HighlightList.aspx

NAKOU, I. (1996). Pupil´s Historical Thinking within a Museum Environment. Tese de Doutoramento. Londres: Universidade de Londres.

NAKOU, I. (2003). Exploração do pensamento histórico dos jovens em ambiente de Museu. In I. Barca (Org.), Educação Histórica e Museus. Actas das segundas Jornadas Internacionais de

Educação Histórica (pp. 59-82). Braga: IEP – Universidade do Minho.

NOVI, Antoni Bardavio, Arcén, Paloma G. (2003). Objetos en el Tiempo. Las Fuentes Materiales en

Carmen Fernandes 119

PAIS, J. M. (1999). Consciência Histórica e Identidade: os jovens portugueses num contexto europeu. Lisboa: Celta editora.

PINTO, H. (2004). Guimarães, Centro Histórico: Património e Educação. Dissertação de Mestrado em Património e Turismo. Guimarães: Instituto de Ciências Sociais – Universidade do Minho.

PINTO, H. (2007). À Descoberta do Centro Histórico de Guimarães: uma experiência com crianças e adolescentes. In M. A. Schmidt & T. Garcia (Orgs.), Perspectivas de Investigação em

Educação Histórica. Actas das VI Jornadas Internacionais de Educação Histórica, vol. 2 (pp.

76-92). Curitiba: Editora UTFPR.

RAMOS, F. (2004). A Danação do Objecto. O Museu no Ensino da História. Chapecó: Argos.

RAMOS, F. (2007). A memória do objecto no ensino da História. In M. A. Schmidt, & T. Garcia (Orgs.), Perspectivas de Investigação em Educação Histórica. Actas das VI Jornadas

Internacionais de Educação Histórica, vol. 2 (pp. 63-75). Curitiba: Editora UTFPR.

RIBEIRO, F. (2002). O pensamento arqueológico na aula de História. Dissertação de Mestrado. Braga: Universidade do Minho.

RIBEIRO, F. (2004). Exploração do pensamento arqueológico na aula de História. In I. Barca (Org.), Para uma Educação Histórica de Qualidade. Actas das Quartas Jornadas Internacionais de

Educação Histórica (pp. 39 – 53). Braga: IEP – Universidade do Minho.

SCHMIDT, M. A. & Garcia, T. B. (2007). O Trabalho com objectos e as possibilidades de superação do sequestro da cognição histórica: estudo de caso com crianças nas séries iniciais. In M. A. Schmidt & T. Garcia (Orgs.), Perspectivas de Investigação em Educação Histórica. Actas das

VI Jornadas Internacionais de Educação Histórica, vol. 1 (pp. 52-67). Curitiba: Editora UTFPR.

SHEMILT, D. (1984). Beauty and the Philosopher: Empathy in History and the classroom. In A. Dickinson, P. Lee, P. Rogers (Eds.), Learning History (pp. 39-84). Londres: Heinemann.

SHEMILT, D. (1987). Adolescent ideas about evidence and methodology in history. In C. Portal, (Ed.), The Curriculum for Teachers (pp. 39-61). Londres: The Falmer Press.

Carmen Fernandes 120

SHUH, J. H (1999). Teaching yourself to teach with objects. In E. Hooper–Greenhill (Ed.), The

Educational Role of the Museum (pp. 80-91). London: Routlege.

SILVA, Isabel (2003). Escola e Museu – virtudes e debilidades de uma longa parceria (Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa). In I. Barca (Org.), Educação Histórica e Museus.

Actas das Segundas Jornadas Internacionais de Educação Histórica (pp. 85-93). Braga: IEP –

Universidade do Minho.

SILVA, Isabel (Ed.). (2005). D. Diogo de Sousa – Museu Regional de Arqueologia (roteiro). Lisboa: Instituto Português de Museus.

SILVA, Ricardo (2007). A construção do conhecimento histórico a partir das actividades propostas pelos manuais: um estudo com alunos do 2º ciclo do ensino básico. Dissertação de Mestrado. Braga: Universidade do Minho.

SIMÃO, A. C. (2007). A construção da evidência histórica: concepções de alunos do 3º ciclo do

ensino básico e secundário. Tese de Doutoramento. Braga: Universidade do Minho.

SIMÃO, A. C. (2008). A construção de evidência histórica: concepções de alunos do 3º ciclo e secundário. In I. Barca (Org.), Estudos de Consciência Histórica na Europa, América, Ásia e

África. Actas das Sétimas Jornadas Internacionais de Educação Histórica (pp. 75-92). Braga:

Universidade do Minho.

STRAUSS, A. & Corbin, J. (1991). Basics of Qualitative Research. Grounded Theory, procedures and tecniques. Newbury Park: Sage.

Carmen Fernandes 121