5 ANÁLISE DE DADOS
6.2 SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
Como sugestão de estudos futuros, apontamos:
• A necessidade de trabalhos voltados para a legislação de contratação de serviços devido à ambiguidade para a assinatura de bases de dados; • Apreciação da legislação e jurisprudência a respeito da formação de
consórcios para esse fim;
• Verificação da usabilidade nas bases de legislação, doutrina e jurisprudência com o objetivo de auxiliar a construção de plataformas adequadas de consulta;
• Levantamento de requisitos das bases de dados a partir da perspectiva do usuário;
• Estudo das métricas e estatísticas de uso aplicáveis a livros eletrônicos e bases de dados;
• Observação do mercado editorial eletrônico de países emergentes; • Investigação a respeito do impacto e da quantidade de doutrina em acesso
aberto;
• Análise da experiência de bibliotecas que editam livros e periódicos e incentivam a produção intelectual de livre acesso.
• Verificação de iniciativas de proteção de dados pessoais de usuários de plataformas eletrônicas.
• Levantamento de requisitos de bases de dados para bibliotecas especializadas e universitárias.
É possível afirmar que esta pesquisa (mesmo focada para o ambiente jurídico) está em conformidade com a literatura científica levantada para este trabalho, sobretudo os estudos de Serra; Santarem Segundo (2018b) no que diz respeito às particularidades dos livros digitais como a visualização na plataforma do fornecedor, a impossibilidade de empréstimo e eventual condicionamento ao acesso ao conteúdo pela Internet, relutância em fornecer os arquivos por temor à queda de vendas e pirataria e a fixação de preços muito altos. Apesar das desvantagens, são inúmeros os benefícios da informação em formato digital e é improvável que as unidades de informação abram mão desse recurso.
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Parafraseando a fala do bibliotecário José Ronaldo Vieira 17, é preciso que os
bibliotecários olhem a informação eletrônica com a mesma cautela que a informação impressa. Há que se cuidar do objeto digital na seleção, aquisição, processamento técnico, disseminação e preservação. Na mesma linha do defendido por Serra (2016), as bibliotecas digitais, não devem ser um produto à parte da biblioteca. Elas devem ser integradas às rotinas da unidade de informação e os procedimentos devem ser aperfeiçoados a fim de garantir que as particularidades dos conteúdos digitais não dificultem ou impeçam o acesso à informação. Para isso, é imprescindível o diálogo entre os bibliotecários e o mercado editorial. Todavia, para que isso seja possível, os profissionais da informação devem ter conhecimento do que querem demandar do mercado e qual é o papel de suas instituições neste processo.
17 José Ronaldo Vieira manifestou essa opinião durante o 6º Seminário Nacional de Documentação e
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