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A população da pesquisa contou com a participação de 58 colaboradores, com idade variando entre 19 a 47 anos. Divididos em três categorias, sendo: 28 auxiliares de produção 12 inspetoras do setor de qualidade e 8 operadores, que prestam serviço no setor industrial de produção de tubos de embalagens plásticas. Na empresa pesquisada existem três turnos de trabalho: turno 1 iniciando às 23h20min até às 07h20min, turno 2 das 07h20min às 15h20min e turno 3 das 15h20minh às 23h20min.

A escolha dos sujeitos foi não probabilística e intencional. Foram características dos sujeitos para serem incluídos como parte da pesquisa:

a) Auxiliares de produção que trabalham há pelo menos um ano na empresa e executam a mesma função desde a sua contratação e que pratiquem as sessões de Ginástica Laboral pelo menos três vezes por semana. Estes sujeitos foram subdivididos em duas categorias, auxiliares de produção do setor industrial e auxiliares de produção do setor das injetoras;

b) Inspetoras de Qualidade, que praticam as sessões de forma sazonal, sendo o espaço entre elas de pelo menos uma semana;

c) Operadores que não pratiquem as sessões de Ginástica Laboral.

Os testes para a análise de flexibilidade de quadris foram aplicados em todos os colaboradores, independente da sua participação ou não das sessões de Ginástica Laboral.

3.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

Trata-se de uma pesquisa mista, com características documentais e analíticas, desta forma a coleta de dados ocorreu do seguinte modo:

A relação entre o absenteísmo geral e as doenças relacionadas ao esforço repetitivo, por ser uma análise documental, foi realizada com a análise dos atestados médicos que foram apresentados perante o setor de Saúde e Segurança do Trabalho, de janeiro de 2003 até dezembro de 2009, em parceria com a empresa terceirizada de Ginástica Laboral Magni Brazil Preservação da Saúde. Documentos de posse legal do Setor de Saúde e Segurança do Trabalho.

Para analisar os índices de desconforto e dor, foi utilizado um questionário dirigido aos colaboradores intitulado Escala de Desconforto de Corlett e Manenica (1980, adaptado por IIDA, 2000).

A coleta de dados sobre flexibilidade foi focada na região lombar aplicando o Teste de Sentar e Alcançar, para isso foi utilizado o instrumento conhecido como Banco de Wells (NIEMAN, 1990).

3.3.1 Análise documental

Os documentos necessários para a análise dos casos de doenças por esforço repetitivo estão de posse do setor de Segurança do Trabalho, utilizados com autorização da Gerência de Recursos Humanos. Os documentos que foram analisados são os atestados médicos apresentados à empresa, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2009.

A análise documental ocorreu de duas formas:

a) Análise geral de afastamentos. Esta análise foi feita computando todos os atestados apresentados na empresa e os dados utilizados para comparação entre o absenteísmo bem como as LER/DORT foram os dias totais de afastamento dos colaboradores;

b) Análise de afastamentos por setor. Os dados utilizados nesta seção da pesquisa foram os atestados apresentados apenas pelos quatro setores participantes desta pesquisa, sendo utilizados para medida os dias de afastamento.

Os dados foram computados conforme o código da doença (CID), os códigos referentes às doenças por Esforço Repetitivo foram agrupados e todos os outros afastamentos foram computados em um único grupo de afastamentos gerais denominado como absenteísmo.

3.3.2 Escala de desconforto de Corlett e Manenica (1980)

A Escala de desconforto de Corlett e Manenica (1980 adaptado por IIDA 2000) caracteriza-se na forma de um questionário que representa um corpo humano dividido em segmentos e cada segmento corporal é representado por um número.

Foi concebido desta forma para facilitar ao trabalhador a visualização das áreas específicas do corpo em que sentem desconforto ou dores. A partir deste diagrama corporal, o analista demonstrará em gráficos quais regiões corporais apresentam maior índice de desconforto ou dor em cada setor (IIDA, 2000).

A coleta de dados aconteceu da seguinte forma: o analista entregou o questionário a cada colaborador no final de cada turno de trabalho, pedindo para que este apontasse em cada região a quantidade de desconforto/dor que sentia nestes locais.

As regiões corporais, como mostra o apêndice 1, estão subdivididas e cada número representa um segmento corporal. Para cada segmento existe uma numeração de classificação que parte de 1 a 5, sendo o número 1 nenhum desconforto/dor e o número 5 dor insuportável. O colaborador assinala o número correspondente a seu nível de desconforto/dor (IIDA, 2000).

3.3.3 Teste de sentar e alcançar

O Teste de Sentar e Alcançar ou Teste do Banco de Wells (figura 2), busca registrar a distância máxima alcançada na flexão do tronco sobre o quadril na posição sentada. O material para a realização dos testes são o Banco de Wells e uma folha de protocolo.

Para a realização das coletas os procedimentos foram:

a) Os indivíduos sentaram com as costas eretas e posicionaram os pés embaixo da caixa, com os joelhos completamente estendidos;

b) Os braços foram estendidos à frente com uma mão colocada sobre a outra, com a palma das mãos viradas para baixo e a ponta dos dedos médios paralelas;

c) Inclinaram o corpo à frente e buscaram alcançar o máximo de distância ao longo da escala de medição.

Este procedimento foi repetido 3 vezes, com intervalo de 30 segundos entre as coletas e foi considerado a maior distância atingida (NIEMAN, 1999).

Avaliação do teste de Sentar e Alcançar Idade 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 Sexo M F M F M F M F M F M F Exc >39 >43 >40 >41 >38 > 41 > 35 > 38 > 35 > 39 > 33 > 35 Ac.Me 34-38 38-42 34-39 37-40 33-37 36-40 29-34 34-37 28-34 33-38 25-32 31-34 Média 29-33 34-37 30-33 33-36 28-32 32-35 24-28 30-33 24-27 30-32 20-24 27-30 Ab.Me 24-28 29-33 25-29 28-32 23-27 27-31 18-23 25-29 16-23 25-29 15-19 23-26 Fraco < 23 < 28 < 24 < 27 < 22 < 26 < 17 < 24 < 15 < 24 < 14 < 23 Fonte: Nieman, 1999

Figura 1. Banco de Wells.

Fonte: Portal da Educação Física, 2010.

Figura 2, execução do Teste de Sentar e Alcançar. Fonte: Portal da Educação Física, 2010.

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