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5. AVALIAÇÃO DO MODELO DE MEDIÇÃO

5.2. Avaliação do modelo de medição para as variáveis endógenas

5.2.1. Sustentabilidade

A análise fatorial desenvolvida para os itens que medem o construto sustentabilidade segue as mesmas propostas estabelecidas na análise conduzida anteriormente para o construto liderança. A partir dos resultados dos testes de esfericidade de Bartlett's, das comunalidades e das análises fatoriais desenvolvidas para esse construto pode-se afirmar que há possibilidade de adequação do método de análise fatorial para os dados desse construto.

Conforme análise dos resultados das estatísticas descritivas apresentadas anteriormente, da análise fatorial e do gráfico “Dendograma” referente ao construto Sustentabilidade percebeu- se que as variáveis SE1 e SE6 (Questões 1 e 6) estão relacionadas diretamente ao fator 1; enquanto as variáveis SE2 e SE3 (Questões 2 e 3), relacionam-se diretamente ao fator 2; e as variáveis SE4 e SE5 (Questões 4 e 5) ao fator 3.

Os resultados das análises fatoriais e das comunalidades desenvolvidas para o construto Sustentabilidade são apresentados na tabela 5.3.

Tabela 5.3. Análise fatorial exploratória para o construto Sustentabilidade (SE)

Variáveis referentes ao construto Sustentabilidade Fator analysis Fato r 1 - S Fato r 2 - S Fato r 3 - S C o m u n alid ad es R 2

SE1 Possui um desempenho sustentável

comprovado por indicadores 0,980 0,801 0,356

SE6 Desenvolve suas atividades reduzindo os

custos dos serviços e consumos, bem

como preservação da qualidade. 0,688 0,765 0,428

SE3 É comprometida com ações de

sustentabilidade 0,723 0,562 0,411

SE2 Avalia e mede os riscos associados às

atividades desempenhadas 0,630 0,392 0,343

SE4 Avalia e atualiza periodicamente as metas

e objetivos pré-estabelecidos -0,817 0,840 0,451

SE5 Estabelece a gestão dos processos clínicos

e estes processos têm efeito positivo nos resultados financeiros.

-0,679 0,764 0,401

% de explicação da variância

20,8% 28.8% 32,2% 81,8%

Estatística de ajuste: NFI=0,898, NNFI = 0,800, CFI = 0,980, GFI = 0,962, PGFI = 0,208, RMSEA = 0,238

Valores sigmificativos p>0,05; valores < 0.04 foram excluídos de acordo com as proposições de Saxe and Weitz, 1982 (.83<α<.86)

De forma geral, os fatores 1, 2 e 3 representam o conteúdo das seis questões que medem o construto sustentabilidade, em concordância com o estudo bibliográfico desenvolvido nesta tese no qual obervou-se que esses três fatores são fundamentais para a desenvolvimento da acreditação dos serviços de saúde.

Ao avaliar individualmente os resultados das análises fatoriais desenvolvidas para o construto Sustentabilidade, percebeu-se que três fatores são capazes de explicar 81,8% da variância total desse construto. No entanto, as variáveis SE1 e SE6 (questões 18 e 23) possuem características em comum e estão relacionadas ao “Fator 1- S”, refere-se ao desempenho da organização como um dos pontos essenciais para tornar as organizações mais competitivas, com capacidade de gerir recursos eficazmente, concordando com os resultados obtidos por Shaw (2013).

Por outro lado, as variáveis SE4 e SE5 (questões 21 e 22) possuem características relacionadas ao “Fator 2 - S ”. Este fator refere-se às melhores práticas de qualidade desenvolvidas pela organização, por desenvolver e implantar intervenções geradoras de resultados internos e externos eficazes em concordância com os trabalhos desenvolvidos por Slaghuis (2013). As variáveis SE2 e SE3 (questões 19 e 20) estão relacionadas ao “Fator 3 -

S””, diretamente relacionado ao cumprimento das metas organizacionais estabelecidas pelas

liderança, que pode afetar diretamente na sustentabilidade da instituição, principalmente, nos aspectos relativos às metas financeiras em concordância com os estudos desenvolvidos por Parand (2012) e Jeffcott (2014).

5.2.1.1. Testes de dimensionalidade para o construto endógeno Sustentabilidade

A análise fatorial confirmatória realizada para os itens que medem o construto sustentabilidade foi desenvolvida de forma análoga à liderança. No que diz respeito às potenciais ameaças à unidimensionalidade, a matriz de resíduos padronizados não apresenta valores absolutos acima de 2,58.

Este resultado verifica-se na tabela 5.3. A partir dos resultados das estatísticas de ajuste do modelo desenvolvida no software LISREL® verifica-se que os resultados encontrados para os índices ajuste normalizado (NFI=0,898), ajuste não normalizado (NNFI= 0,800), ajuste comparativo (CFI = 0,980), qualidade de ajuste (GFI = 0,962) e o parcimônico de qualidade de ajuste (PGFI = 0,208) foram consideradas bastante aceitáveis, quando comparados aos limites geralmente aceitos.

5.2.1.2. Testes de validade convergentes para Sustentabilidade

A partir da análise fatorial confirmatória desenvolvida para os itens que medem o construto sustentabilidade percebe-se que os resultados para as seis variáveis de medição do construto sustentabilidade revelam um bom ajuste global do modelo apresentando estimativas superiores a 0,70. Nesse caso, a validade convergente foi suportada dado que cada item carregado são significantes (maiores do que 0,50) , todas as estimativas de parâmetros são superiores a 0,70 e, também, por causa do bom ajuste geral do modelo. Este resultado é obtido a partir do teste das relações e pode ser verificado a partir dos valores dos coeficientes γ, dos resultados para a solução padronizada e dos valores do teste T (T.Values) conforme tabela. Verificam-se estes resultados na tabela 5.4

Tabela 5.4. Resultados da AFC sustentabilidade

Variável Estimativas (γ) Solução

padronizada (sd) T.Values (valor-t) Fator 1- S 0.90 0,89 1.00 Fator 2 - S 0,72 0,78 8,66 Fator 3 - S 0,93 0,67 6.98

Os resultados da solução padronizada obtidos a partir da AFC do construto sustentabilidade verificam-se na figura 5.2.

Figura 5.2. Resultado da solução padronizada para o construto sustentabilidade

Ao considerar os resultados das soluções padronizadas para os itens que medem o construto sustentabilidade observa-se que há evidência suficiente de validade convergente. No entanto, a evidência de validade convergente é reforçada quando verificados os resultados das

estimativas (γ) > 0,50 e dos resultados dos valores obtidos (valor-t) que sugere um bom ajuste geral do modelo. A partir dos resultados obtidos para os coeficientes γ, da solução padronizada e do t-valor afirma-se que o modelo de medição – Sustentabilidade possui evidências suficientes para a validade convergente.

5.2.1.3. Testes de confiabilidade para Sustentabilidade

A confiabilidade foi examinada após avaliar a unidimensionalidade e convergência. Os resultados obtidos a partir do cálculo dos alfas de Cronbach (valores maiores que 0,8090) disponível no apêndice 2 seção C desta tese, sugerem a existência de confiabilidade adequada. Além disso, a confiabilidade composta para cada um dos fatores não excedem o valor de 0,60, proporcionando assim, um apoio de confiabilidade aceitável das construções (HAIR et al., 1998).

5.2.1.4.Testes de validade discriminantes para Sustentabilidade

A partir da análise fatorial confirmatória desenvolvida para o construto sustentabilidade, é possível verificar que as correlações entre os fatores não excedem 0,70 (ver apêndice 5 – sessão b) o que proporciona apoio à validade discriminante de acordo com as proposições estabelecidas por Steenkamp e van Trijp (1991). A validade discriminante é reforçada a partir dos resultados obtidos para a variância média extraída com resultados acima de 0,50.