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Esta se mostrou uma oportunidade de revisitar conceituados especialistas da TGA, como Maximiano (2007) e Chiavenato (2003) e outros que se ocuparam em aplicar os princípios da Administração nas organizações e serviços de informação, a exemplo de Lancaster (2004), Guinchat e Menou (1994), Santos (2000), Maciel e Mendonça (2000), Vergueiro e Carvalho(2000), Arriola Navarrete(2006), Gimeno Perilló(2005) e Jacok Nielsen (1993 e 2007), além dos já anteriormente citados. Deste modo, este capítulo está eivado de conceitos, ideias, princípios enunciados por tais autores, sobretudo porque, no âmbito dos processos gerenciais, muitos dos procedimentos são regras prescritas, que oferecem pouca condição de diversificação. O que se tentou, na verdade, foi sistematizar

e reunir conceitos intrinsecamente relacionados e, sobretudo, apreciar a aplicação de tais princípios e processos na gestão de bibliotecas, arquivos e qualquer outra unidade de informação documentária e bibliográfica.

Do ponto de vista da avaliação, concorda-se com o pensamento de Geisler (2000 apud ROZADOS, 2005, p. 61), que medir fenômenos, processos, atividades no campo das ciências sociais e da administração é muito complicado, porque envolve pessoas, cujo comportamento é complexo e indefinido, e fatos sociais, políticos, econômicos, que são imprecisos e imprevisíveis.

No entanto, há que se tentar, porque o controle, o acompanhamento e a avaliação são os processos da gestão que monitoram a execução do planejamento e, por tabela, mantêm, em constante vigilância, o desempenho da organização, corrigindo a tempo os desvios, que podem prejudicar seu percurso na direção do cumprimento da missão, objetivos e metas instituídos.

Neste sentido, como foi explanado no texto, é preciso que o planejamento, a organização, a execução e o controle sejam praticados como atividades sistêmicas e sistemáticas, num processo contínuo de avaliação e retroalimentação, de modo a garantir a melhoria contínua da qualidade dos processos e dos resultados, que, no caso específico das unidades de informação, são representados pela prestação de serviços aos usuários.

Nesta conjuntura, os padrões e indicadores são instrumentos de primeira linha; os primeiros, porque são os parâmetros para comparação/ avaliação; os segundos, porque são os instrumentos de medição, e medir é meio para comparar/avaliar.

Enfim, como ressaltam Guinchat e Menou (1994, p. 460), “ a avaliação das atividades de informação não é um exercício teórico gratuito”, mas, pelo contrário, tem o objetivo preciso e funcional de revelar as fraquezas da unidade de informação e de seus serviços para corrigi-las, melhorando continuamente a condição de trabalho do profissional, a prestação de serviço ao usuário e o desempenho organizacional.

Por isso, a avaliação não pode ser praticada, esporadicamente, apenas para avaliar serviços pontuais, mas como integrante do último processo gerencial – o controle – cuja função, como já foi dito, é regular, sistematicamente, em todo o processo administrativo. Reforça-se,

portanto, a ideia de que a avaliação deve ser adotada em todos os passos de funcionamento das unidades de documentação e informação.

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A BUSCA DA QUALIDADE NO