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T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico

6.5 Novos Projetos de Lei

6.5.2 T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico

Nesta sec¸˜ao ser´a apresentado o Projeto de Lei no958 (Da Comiss˜ao de

Legislac¸˜ao Participativa), de 2003 que institui o T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico, segundo o projeto de Lei 958 [pro b].

“SUG no48/2002

Disp˜oe sobre o T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico. O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1o Esta Lei institui o T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico.

Art. 2oOs Tribunais Regionais Eleitorais, nos Estados em que o Tribunal Superior Eleitoral autorizar, poder˜ao adotar o T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico, na forma prevista nesta Lei.

Par´agrafo ´unico. A autorizac¸˜ao do Tribunal Superior Eleitoral poder´a referir-se a todo o Estado ou ao Distrito Federal, a determinadas Zonas Elei- torais ou a parte destas.

Art. 3oO Tribunal Superior Eleitoral aprovar´a o modelo do T´ıtulo Eleito-

ral Eletrˆonico e definir´a o procedimento a ser seguido pela Justic¸a Eleitoral para sua expedic¸˜ao.

§1o Do T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico constar´a a impress˜ao do polegar di-

reito do eleitor.

§2o Da urna eletrˆonica de cada Sec¸˜ao Eleitoral em que for autorizada a

adoc¸˜ao do T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico, constar´a a impress˜ao dos polegares direitos dos eleitores nesta inscritos, somente podendo ser liberada a urna para a recepc¸˜ao dos votos de cada eleitor, se a impress˜ao do polegar dela constante coincidir com a do votante, aferida mediante press˜ao em disposi- tivo pr´e-determinado.

Art. 4o O Tribunal Superior Eleitoral baixar´a as instruc¸˜oes necess´arias

`a execuc¸˜ao desta Lei, podendo determinar a pr´evia revis˜ao do eleitorado das Sec¸˜oes em que deva ser adotado o modelo de t´ıtulo de que trata o art. 3o e a adaptac¸˜ao das respectivas urnas eletrˆonicas.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicac¸˜ao. JUSTIFICAC¸ ˜AO:

Este projeto, oriundo de sugest˜ao da Associac¸˜ao Comunit´aria do Chonin de Cima - ACOCCI, visa a facilitar e agilizar o processo eleitoral, mediante a instituic¸˜ao do T´ıtulo Eleitoral Eletrˆonico.

A adoc¸˜ao da medida proposta contribuir´a para diminuir as fraudes nas eleic¸˜oes, evitando que outra pessoa vote em lugar do eleitor, uma vez que a urna eletrˆonica somente ser´a liberada se a impress˜ao do polegar direito do votante coincidir com a gravada eletronicamente na urna.

Cremos que o mecanismo ora sugerido aperfeic¸oar´a a nossa legislac¸˜ao, sendo um meio para se chegar `a verdade eleitoral, meta da Democracia que desejamos ver implantada no Pa´ıs.

Sala da Comiss˜ao, em 24 de abril de 2003. Deputado HENRIQUE EDUARDO ALVES”

Este projeto de Lei ´e muito interessante, visto que a identificac¸˜ao do eleitor ´e muito fr´agil (ver p´agina 130). Desta forma estaria incluindo uma medida bio- m´etrica, neste caso a impress˜ao digital, para aumentar a seguranc¸a na autenticac¸˜ao do eleitor.

6.6

Conclus˜ao

Neste cap´ıtulo foram apresentadas opini˜oes de cr´ıticos sobre a urna ele- trˆonica, bem como algumas propostas de cr´ıticos para mudanc¸as, o resultado da avaliac¸˜ao feita pela UNICAMP, as alterac¸˜oes sofridas pelo projeto de lei PLS 194/99 at´e a sua aprovac¸˜ao. Tamb´em s˜ao apresentados o relat´orio do TSE das eleic¸˜oes de 2002 e novos projetos de Lei que visam substituir o voto impresso e melhorar a identificac¸˜ao do eleitor. Verificou-se que muitas das cr´ıticas j´a foram atendidas pelo TSE, as mais comuns ainda n˜ao atendidas, est˜ao resumidas a seguir.

Permanˆencia do voto impresso em todas as urnas, permitindo desta forma a conferˆencia do voto e recontagem. Identificac¸˜ao do eleitor e coleta do voto em m´aquinas diferentes, impossibilitando a quebra do sigilo. Sorteio das urnas a serem au- ditadas ap´os a votac¸˜ao (n˜ao na v´espera). Implementac¸˜ao da autenticac¸˜ao (com assinatura digital) do BU garantindo a integridade e n˜ao cifragem que garante o sigilo e utilizac¸˜ao de softwares abertos.

Cap´ıtulo 7

An´alise da Ergonomia do Sistema

Eleitoral Brasileiro

7.1

Introduc¸˜ao

A utilizac¸˜ao da urna eletrˆonica no processo eleitoral brasileiro exige do eleitor a manipulac¸˜ao de dispositivos eletrˆonicos, como um teclado e a visualizac¸˜ao das informac¸˜oes em uma tela de computador. Muitas pessoas sentiram dificuldade em utiliz´a- la corretamente, n˜ao conseguindo expressar sua intenc¸˜ao de voto. Isso se deve `a grande dificuldade de se projetar uma interface garantindo facilidade de uso para uma populac¸˜ao t˜ao heterogˆenea cultural e socialmente como ´e o caso da populac¸˜ao brasileira.

Clientes banc´arios, apesar de constitu´ırem uma categoria com maior n´ıvel de escolaridade e familiaridade com os terminais eletrˆonicos de auto-atendimento, apresentam dificuldades de utilizac¸˜ao e navegac¸˜ao no sistema. Estudos da an´alise da rela- c¸˜ao entre clientes banc´arios e terminais eletrˆonicos de auto-atendimento demonstram tal afirmac¸˜ao. Logo pressup˜oe-se que o mesmo poder´a ocorrer com os usu´arios do termi- nal de urna eletrˆonica que possuem um perfil bem mais heterogˆeneo, principalmente se considerarmos o perfil s´ocio-educacional dos brasileiros e a distribuic¸˜ao geogr´afica das populac¸˜oes alfabetizadas.

brasileiro, ou seja, da facilidade de uso da urna eletrˆonica pela populac¸˜ao. Al´em do sistema ser seguro e confi´avel, ´e importante que a populac¸˜ao tenha condic¸˜oes de expressar seu voto na tecnologia adotada. ´E necess´ario que o requisito conveniˆencia seja atendido, o ato de votar deve ser o mais simples poss´ıvel e sem necessidade de habilidades especiais pelo votante.

Na sec¸˜ao 7.2 ´e apresentado um estudo ergonˆomico realizado em 1996 e tamb´em ´e verificado se as sugest˜oes de melhoria do estudo foram atendidas no modelo da urna de 2002. Na sec¸˜ao 7.3 foram apresentadas algumas sugest˜oes de melhoria sobre o modelo atual da urna eletrˆonica e, finalmente, na sec¸˜ao 7.4 s˜ao apresentadas algumas conclus˜oes.