Tabulação do Questionário

4.3.1.1 Conselho Fiscal

No conselho fiscal da Sicredi Noroeste RS são três conselheiros efetivos, aos quais foi enviado o questionário, onde 100% dos conselheiros responderam o documento, isso auxiliará na análise dos dados. Assim sendo os resultados apresentados foram os seguintes:

Quanto a Escolaridade do conselho fiscal:

Gráfico 1. Escolaridade Conselho Fiscal Fonte: Elaborado pela autora

O conselho fiscal apresenta uma baixa escolaridade, ou seja, dois de três conselheiros não possuem o ensino fundamental completo, e um apenas o ensino superior completo. Como foi visto no decorrer do trabalho, o conselho fiscal é responsável por inúmeras obrigações que podem proteger ou comprometer o patrimônio da Cooperativa, isso depende da atuação do conselho

fiscal, que conforme Andrade e Rossetti (2011) as atividades do conselho fiscal “estão voltadas

para o exame, a verificação, a fiscalização e a avaliação das contas e dos atos da administração.”

Gráfico 2. Profissão do Conselho Fiscal Fonte: Elaborado pela Autora

Quanto a este resultado é facilmente explicável, visto que a Sicredi Noroeste RS, era uma Cooperativa de Crédito Rural, onde apenas agricultores eram sócios, algum tempo depois é que se tornou de Livre Admissão, desta forma ainda hoje a grande maioria dos associados são agricultores e, conseqüentemente, do conselho da Cooperativa.

Quanto à idade do conselho fiscal, tem-se o seguinte:

Gráfico 3. Idade do Conselho Fiscal Fonte: Elaborado pela autora

Neste caso, verifica-se que 67% dos conselheiros tem acima de 40 anos de idade, isto demonstra que provavelmente são pessoas mais experientes, que possuem um histórico na comunidade que os elegeu para esta função.

Também foi questionado quanto ao tempo que cada conselheiro já está atuando no conselho fiscal da Cooperativa, onde tem-se o seguinte:

Gráfico 4. Tempo de Conselheiro Fiscal Fonte: Elaborado pela autora

O resultado apresentado evidencia que um dos três conselheiros já está a mais tempo no conselho fiscal, o que demonstra que este pode auxiliar os demais que estão a menos tempo no conselho e, por outro lado, isso demonstra que 67% do quadro foi renovado, isso auxilia no combate a irregularidades, evitando fraudes, desvios, entre outros.

Também foi pesquisado o tempo que cada conselheiro é sócio da cooperativa, onde tem-se o resultado abaixo:

Gráfico 5. Tempo de Associação Fonte: Elaborado pela autora

Neste caso, evidencia-se que o conselho de uma forma geral já está junto a Cooperativa há muitos anos, todos já são há pelo menos 11 anos sócios da Cooperativa, o que demonstra que conhecem e trabalham verdadeiramente com a Cooperativa e que buscam o crescimento da mesma.

Também foi feito o seguinte questionamento: “Nas reuniões do Conselho, você como conselheiro da Cooperativa, participa ativamente de que forma?”

67% dos questionados alegam que: Participam das discussões, questionando situações/números, para posteriormente tomar sua decisão sobre a questão a ser decidida, e; 33% dos questionados alegam que Já vão para as reuniões do conselho inteirados sobre os assuntos da pauta, com as análises dos números da Cooperativa feitas, preparado para fazer questionamentos, sugestões e votação.

Ao que se verifica, de acordo com as respostas, todos estão preocupados com a gestão da Cooperativa, uns um pouco mais inteirados sobre assuntos e outros procurando conhecer/saber mais.

Outro questionamento feito foi o seguinte: “Desde que você faz parte do conselho da Cooperativa, já fez ou esta fazendo algum curso, (tanto particular, ou pago pela Cooperativa), para lhe ajudar ou melhorar seu conhecimento sobre Cooperativismo, análises de balanço, análises financeiras e/ou gerenciais, entre outros.” Foram dadas as opções de “Sim. Qual?” e “Não. Porque?”

Neste caso, houve um desencontro no resultado, pois todos que responderam “sim” colocaram como o curso disponibilizado pela Cooperativa “Crescer e Pertencer” e os que responderam “não” provavelmente não se lembraram deste curso, visto que todos colaboradores e conselheiros são obrigados a estarem certificados com os módulos deste curso, então pode-se concluir que: 100% dos conselheiros fizeram este curso, disponibilizado pela Cooperativa, porém por outro lado, nenhum fez qualquer outro curso que não fosse obrigatório, os que colocaram “não”, justificaram que estão com pouco tempo no momento para realizar cursos deste tipo. Desta forma, há que se ressaltar que, no sentido de conhecimento mais aprofundado com relação a assuntos/cursos voltados a Cooperativa, o conselho fiscal até o momento não realizou nenhum curso por vontade própria, cumpriu apenas as exigências.

Outro questionamento feito foi o seguinte: “Geralmente, nas reuniões do conselho o presidente faz as explanações sobre os assuntos a serem discutidos, nesse sentido qual seu posicionamento?”

As respostas foram as seguintes:

67% disseram que: Apóiam ou decidem baseados no seu conhecimento, números e/ou fatos, sempre avaliando o que julgam ser melhor para a Cooperativa, independente da opinião do presidente, e;

33% disseram que:Apóiam ou decidem baseados no seu conhecimento, números e/ou fatos, sempre avaliando o que julgam ser melhor para a Cooperativa, mas sempre leva em consideração a opinião do presidente.

Nesta questão verifica-se que 33% do quadro do conselho fiscal tem um certa “dependência” do presidente, ou seja, podem ser influenciados pelo mesmo, isso pode ser prejudicial a Cooperativa, pois o conselho fiscal deve ser crítico, sempre verificar e fiscalizar minuciosamente cada questão para garantir os interesses da Cooperativa e não interesses pessoais de um ou outro. Não que o presidente tenha interesses pessoais ao defender um ponto de vista, mas o que se quer dizer é que o Conselho Fiscal deve ser independente, ter opinião própria.

E por último, foi questionado ao conselho fiscal quantos dias do mês eles disponibilizam para assuntos voltados a Cooperativa, onde obteve-se as seguintes respostas:

Gráfico 6. Dias disponibilizados para a Cooperativa Fonte: Elaborado pela autora

Verifica-se que existe uma disparidade entre os dias disponibilizados, sendo que 67% dos conselheiros disponibilizam até dois dias do mês e, 33% entre 6 e 8 dias. Não há como mensurar se um necessita de mais tempo que os demais para realizar seu trabalho, ou se este acaba direcionando mais tempo para assuntos que não são propriamente de sua alçada. Também pode-se supor que os que disponibilizam até dois dias não estão realmente comprometidos com a Cooperativa, porém nesta questão não há como concluir algo com clareza.