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(COLABORADORAS)

INSTITUIÇÃO

DADOS DAS GRAVAÇÕES

DATA DA ENTREVISTA

TEMPO DA ENTREVISTA Áurea Lúcia Bonnard

Dias Escola Normal do Município da Côrte 24/07/2014 60':06'' Francisca Alves Martins Escola Normal do Município da Côrte 23/07/2014 49':02'' Hanriete Conceição Souza Alves Escola Normal do Município da Côrte 23/07/2014 26':15'' Iolete Barros de Araújo Escola Normal Oficial de Pernambuco 18/08/2011 58':42'' Maria Lindete Oliveira Escola Normal Oficial de Pernambuco 14/09/2015 90':30'' Norma Rodrigues de Figueirôa Escola Normal Oficial de Pernambuco 04/07/2011 34':58'' Rosenilda de Paiva Diniz Escola Normal Oficial de Pernambuco 20/09/2011 35':55'' Edivalda Porfírio de Albuquerque Escola Normal Pinto Júnior da Sociedade Propagadora 21/09/2015 47':37'' Ingracita Queiroz Bastos Escola Normal Pinto Júnior da Sociedade Propagadora 08/10/2015 58'47''

Bezerra Pinto Júnior da Sociedade Propagadora Maria Lúcia Galiza de

Oliveira Escola Normal Pinto Júnior da Sociedade Propagadora 24/08/2015 50':04'' Fonte: A autora, (2015).

Todas as entrevistas foram realizadas de acordo com a disponibilidade de tempo das Normalistas e funcionárias, assim sendo, não foi instaurado um determinado período de duração das mesma, e como o viés da entrevista é a "livre", a mesma decorreu da forma mais espontânea possível, em relação ao número de Normalistas e funcionárias entrevistadas, não se deteve há um número "amostral", de cunho quantitativo, pois em história oral depende diretamente dos objetivos e da temática escolhida, pois também para Verena Alberti (2005), uma única pessoa pode suprir o objeto investigado, podendo ser complementado com outras fontes.

[...] a escolha dos entrevistados de uma pesquisa oral segue critérios qualitativos, e não quantitativos. Ocorre que tais critérios devem levar em conta também quantos entrevistados são necessários para que possa começar a articular os depoimentos entre si e, dessa articulação, chegar a inferências significativas para os propósitos da pesquisa. Ou seja, uma única entrevista pode ser relevante. (ALBERTI, 2005, p.36).

Os encontros foram realizados nos locais mais diversos, de acordo com a conveniência de cada entrevistada. As entrevistas da Escola Normal Oficial de Pernambuco foram realizadas nas dependências da própria Instituição educadora; as entrevistas realizadas na Escola Normal do Município da Côrte, em Niterói/Rio de Janeiro, no atual Instituto Professor Ismael Coutinho, Niterói-RJ, foram realizadas em salas do próprio Instituto, também em Niterói, e as do Pinto Júnior, foram realizadas nas residências das Normalistas, devido ao estado de conservação da referida instituição, exceto para Edivalda Porfírio de Albuquerque, que, como é sócia da Escola Pinto Júnior, tem um horário na instituição, segunda-feira, no período da manhã.

Como nesse estudo não houve delimitação de tempo, as particularidades do objeto de estudo foram surgindo no decorrer das entrevistas, sendo perceptível que, quando uma indicava a outra, elas se sentiam confortáveis, e quanto mais eu ia aos encontros, mais confiança elas depositavam e diziam detalhes, onde as nuanças e a profundidade dos depoimentos sobressaíram em relação a quantidade. Como nos diz Gaskell (2013).

Essas formas de entrevistas qualitativas podem ser distinguidas de um, da entrevista de levantamento fortemente estruturada, em que é feita uma série de questões predeterminadas; e de outro, distingue-se da conversação continuada menos estruturada da observação participante, ou etnografia, onde a ênfase é mais em absorver o conhecimento local e a cultura por um período de tempo mais longo do que em fazer perguntas dentro de um período relativamente limitado. (GASKELL, 2013, p.64).

Neste contexto, esse estudo se deteve na abordagem qualitativa, apropriando-se da técnica de pesquisa da história oral, com os procedimentos do delineamento da investigação, delimitando o foco, isto é, determinando os locais de pesquisa e o grupo que foi entrevistado.

Pois para Meihy e Ribeiro (2011, p. 35), "A consideração da história oral como técnica [...] considera-se a existência de uma documentação paralela, escrita ou iconográfica." Dando continuação a coleta de dados nas instituições publicas: Escola Normal de Niterói e a Escola Normal Oficial de Pernambuco, e a privada: Escola Normal Pinto Júnior da Sociedade Propagadora, que tiveram materiais que puderam aludir a pesquisa com as entrevistas.

A pesquisa qualitativa é um meio para explorar e para entender o significado que os indivíduos ou os grupos atribuem a um problema social ou humano. O processo de pesquisa envolve as questões e os procedimentos que emergem, os dados tipicamente coletados no ambiente do participante. (CRESWELL, 2010, p.26).

Quanto ao tratamento da análise de dados, esse se deterá com a análise do conteúdo. A apreciação será feita através das características comuns expressadas oralmente pelas colaboradoras, como também os documentos, assim sendo, esclarecemos as particularidades encontradas na época de estudo proposto. Representando as informações da oralidade e da escrita, no aspecto qualitativo, organizando um banco de dados, pois as informações orais e sua análise, não se encontram em nenhum órgão público de armazenamento, como também as imagens particulares e seus documentos, como: teste de admissão, carteiras de frequências, fotos de formaturas, convites, fichas dezoito e dezenove.

Laurence Bardin (2011) no livro: Análise do Conteúdo, explica várias etapas e categorias das entrevistas e suas análises, como a categorização, a codificação, expressão e relações, mas nesse estudo rico de conteúdo e de suas especificidades individuais, se deterá nas significações expressadas pelas colaboradoras, no sentido de gênero, família, a educação que proporcionou a sua formação profissional, e o que elas tiveram em comum, nos três grupos e nas duas regiões, isto é, fazendo uma categorização do processo que:

A principal dificuldade da análise de entrevistas de inquérito deve-se a um paradoxo. De forma geral, o analista confronta-se com um conjunto de "x" entrevistas, e o seu objetivo final é poder inferir algo, por meio dessas palavras, a propósito de uma realidade (seja de natureza psicológica, sociológica, histórica, pedagógica...) representativa de uma população de indivíduos ou de um grupo social. (BARDIN, 2011, p.95).

Portanto, na construção da categorização, irá ao longo do texto das entrevistas transcritas, usar tipologias diferentes, representando as distintas comunicações relatadas, partindo de um contexto macro, que poderá levar para outros questionamentos. O principal, será a compreensão da implantação do Ensino Normal, juntamente com o contexto da inserção das mulheres nas Escolas: Normal do Município da Corte, Normal Oficial de Pernambuco e na Escola Normal Pinto Júnior da Sociedade Propagadora, no período de 1946 a 1972.

Este tipo de análise, o mais generalizado e transmitido, foi cronologicamente o primeiro, podendo ser denominado análise categorial. Esta pretende tomar em consideração a totalidade de um "texto", passando-o pelo crivo da classificação e do recenseamento. [...] A finalidade dessa classificação é deduzir daí certos dados. (BARDIN, 2011, p.42-43).

Nos próprios quadros das produções dos conhecimentos, foi utilizado o princípio da categorização, onde elaboramos e dividimos por: região, estado, instituição, nível de pesquisa, título e ano. Afim de sistematizar como a temática do Ensino Normal vem sendo estudada e contemplada no Brasil.

Na transferência da forma oral para a escrita, não mudaremos o sentido do pensamento das entrevistadas, havendo uma variação de entendimento na audição, porque nem todas às vezes falam da mesma forma que escrevem, todavia nos caberá transcrevê-las sem perder os detalhes, pois estes muitas vezes não são encontrados nos documentos oficiais.

[...] Leva-se muito mais tempo para escutar do que para ler, e se o que foi gravado tiver que ser citado num livro ou artigo, é preciso primeiro fazer uma transcrição. Por outro lado, a gravação é um registro muito mais fidedigno e preciso de um encontro do que um registro simplesmente escrito. (THOMPSON, 2002, p.146).

Transcrever e contar as histórias das Normalistas, através da sua memória, é explicar esse trajeto, não só das suas bases educacionais como também das sociais, uma vez que a educação está inserida na sociedade, e a forma de comportamento está sobreposta em ambas as instâncias citadas acima. É uma escolha funcional, na qual os caminhos percorridos estão

ligados às questões da formação pessoal de cada aluna entrevistada, ou seja, estão relacionados como uma parte da sua história de vida.

1.2 A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO COMO FONTE DOCUMENTAL

Pautamos no desafio de demonstrar a população acadêmica, em relação aos estudos realizados com a temática "Escola Normal e Ensino Normal", fazendo um panorama em diferentes plataformas que depositam teses e dissertações, não aprofundando os conteúdos destas publicações, e sim fazendo um inventário de forma descritiva nos resumos e/ou em toda a pesquisa propriamente dita, pois em alguns resumos não haviam as informações necessárias para a nossa categorização e consequentemente a contextualização das determinadas publicações, no contexto da categorização dos tipos de pesquisas que são elencadas, juntamente com autores(as) e orientadores(as), no período de 1995 até 2015. Nesta temporalidade das publicações, não houve um critério específico para a sua escolha, sendo coletado o que os bancos de dados expuseram, mediante os descritores.

Justifica-se a escolha pela produção do conhecimento, pelo fato da apropriação da "totalidade" dos estudos em relação as "Escolas Normais e Ensino Normal", tanto em relação a quantitatividade por regiões e subsequentemente por Estado e Universidades. Sendo realizado um levantamento nas plataformas de publicações de pesquisas oriundas de cursos de pós-graduações, no nosso caso teremos as plataformas: da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); do Instituto Brasileiro de Informação Científica e Tecnológica (IBICT), e a da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações/Universidade Federal de Pernambuco (BDTD/UFPE), que está integrada à base nacional da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Essa escolha perpassa pela temática, devido a primeira Escola Normal ter sido em Niterói-RJ, ou seja, necessita de um banco de dados nacional para obter dados de identificação, qualificação e quantificação das referidas instituições educacionais do Rio de Janeiro e em Pernambuco.

Nesse esforço de ordenação da uma certa produção de conhecimento também é possível perceber que as pesquisas crescem e se espessam; ampliam-se em saltos ou em movimentos contínuos; diversificam-se os locais de produção; em algum tempo ou lugar ao longo de um período. (FERREIRA, 2002, p.5).

Mas salientamos que, ao pesquisarmos nos bancos de teses e dissertações, tivemos como critério (descritores) para a seleção das mesmas a "Escola Normal e o Ensino Normal",

onde ao total foram 752 (setecentas e cinquenta e duas) teses e dissertações, com os mais diversos títulos, inclusive com temas voltados aos ensinos de disciplinas específicas, mas como o nosso critério é o Ensino Normal na contextualização histórica, fizemos uma seleção a partir da leitura dos resumos e das pesquisas na íntegra, e elaboramos os quadros a seguir:

Quadro 2 - Estudo do conhecimento na região nordeste pela CAPES

R E G I Ã O E S T A D O INSTITUIÇÃO D O U T O R A D O M E S T R A D O TÍTULO ANO BA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA X REFORMAS EDUCACIONAIS E A PEDAGOGIA MODERNA: mudanças no pensar e fazer pedagógico da escola normal (1911 1931) 2011 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA X A NORMALISTA COMO

INTERSEÇÃO: escola, literatura, imprensa e estratégias políticas no estado novo (Alagoinhas / 1937-1945)

2012 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA X DE NORMALISTAS A

PROFESSORAS: um estudo sobre a trajetória profissional feminina em Feira de Santana (1950-1960) 2011 CE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ X MITOS E RITOS

DA ESCOLA NORMAL RURAL DE