• Nenhum resultado encontrado

El ruso en Teplice Aquí también el inglés ocupa su (reducido) espacio Con la caída del muro de Berlín y la posterior entrada en la Unión Europea, han empezado a entrar cada

A gestão das línguas em espaços multilingues: da sobreposição à

Foto 38. El ruso en Teplice Aquí también el inglés ocupa su (reducido) espacio Con la caída del muro de Berlín y la posterior entrada en la Unión Europea, han empezado a entrar cada

vez más extranjeros de otros países y aunque no tienen estatus de minoría étnica con los derechos que eso conlleva, presentan una comunidad cada vez más amplia. Según estas fotos y lo que he comentado, podría parecer que la República Checa es un gran lugar de convivencia entre diferentes culturas, pero el porcentaje de extranjeros no es muy elevado y la República Checa es uno de los países más homogéneos. Según las encuestas, los checos son bastante reacios a compartir su pequeño país con personas de otras nacionalidades y etnias. ¿A qué se debe? Parece que la sociedad tiene miedo de las diferencias con las que está empezando a confrontarse. Aunque siempre había minorías étnicas, se trataba de casos más focalizados, como si fueran unas islas que no influían mucho en el resto del territorio. Por lo menos eso era mi impresión. ¿Cómo entonces relacionamos el multiculturalismo y la intercomprensión? • Lo podemos ver como algo personal. Hay personas que pueden vivir en un ambiente donde se mezclan culturas y adquieren así experiencias multiculturales, pueden comunicarse, practicar la intercomprensión. • También lo podemos entender como una opinión política, o un área de la enseñanza. • O simplemente verlo como algo práctico. En el mundo en el que vivimos ahora, dónde es muy habitual que viajemos, que migremos de un país a otro, donde cada vez hay más familias mixtas, tenemos empresas multinacionales, la globalización es una realidad. No podemos evitarlo y tenemos que buscar algún modo de convivencia. La intercomprensión podría ser un buen punto de partida.

4. Transversalidades

O nosso estudo colocou em destaque alguns aspectos em comum: – a co-existência, em paralelo, das línguas, nos espaços multilingues: as línguas estão presentes lado a lado;

– a presença das línguas oficiais daqueles espaços, muitas vezes reforçada com a presença do inglês; – o “bricolage” linguístico entre as línguas oficiais e o inglês (“language crossing”), o que transmite a ideia de um inglês como repertório colectivo partilhado (caso contrário, as campanhas e os slogans não seriam compreendidos pela população); – a selecção de línguas nos espaços multilingues serve, em alguns casos, para seleccionar o público destinatário (veja-se o caso do romeno na publicidade da Vodafone ou do russo nas estâncias de férias da Polónia), o que se aproxima de uma das regras do “code switching” na interacção plurilingue; – em alguns casos, a presença de mais do que uma língua não acrescenta qualquer informação, em termos de intercompreensão e de acesso à informação, já que os enunciados são muito parecidos e seriam facialmente compreendidos (ex: “information touristique” e “tourist information”, na foto 31); – naqueles casos, mais do que a Intercompreensão ou a inclusão e o acesso à informação, promove- se uma política linguística, um ideal de sociedade e representações de si mesmo (quanto governo ou estado) e do outro.

5. Perspectivas didácticas e teóricas

O estudo realizado pode ser explorado do ponto de vista didáctico de múltiplas formas, de forma a mostrar que política linguística pode entrar na sala de aula e ser um instrumento ao serviço da educação plurilingue e da critical awareness. Deixamos algumas sugestões:

– discussão das imagens em sala de aula, quer se trate de aulas de Didáctica ou de Língua Estrangeira; – aquela discussão poderá centrar-se em questões de natureza linguística e translinguística, como

identificação de semelhanças e de diferenças entre as línguas ou identificação de palavras, como também em questões de cidadania democrática, globalização, direitos linguísticos, política de línguas, minorias e maiorias linguísticas, papel do Inglês, …

– Pensamos que uma discussão em torno daqueles aspectos pode colocar em destaque o potencial transformador deste tipo de trabalho e de material (cf. nota 2), devido à forma como os próprios autores se sentiram durante a realização do trabalho, e cujo testemunho abaixo deixa vislumbrar:

Oui, c’était très stimulant pour nous et je crois que sans images ce travail resterait très pauvre… Il faut “voir pour croire”!!!!

Além do mais, acho que nunca mais ninguém poderá passar por lugares assim e pensar: “bolas! isto dava uma foto muito interessante” :)

Eu passei a ver as ruas de outras formas!!! E as ruas continuam as mesmas: só eu é que não!!!

Esta é uma das alegrias de ter participado no trabalho: sentir que houve uma mudança em nós próprios! (Melo-Pfeifer, mensagem do dia 20.12.2010) Este estudo, que se debruça sobre as paisagens linguísticas, entendidas sempre na sua vertente escrita, leva-nos a questionar a possibilidade de fazer um estudo semelhante em termos de paisagens linguísticas orais, no que poderíamos chamar a “paisagem sonora do plurilinguismo” nos espaços públicos.

Como referiu A. Pinho na discussão deste trabalho no fórum de discussão, “poderia ser interessante, no futuro e tendo em conta as reais possibilidades de expansão/aprofundamento do trabalho agora

desenvolvido, a realização de entrevistas aos responsáveis pela política linguística dos espaços analisados (por exemplo, a Biblioteca de Madrid, etc.), no sentido de se perceber as representações que estão pode detrás das medidas de política linguística promovidas nesses contextos e, a partir dessa análise, pensar- se em estratégias contextualizadas de (maior) sensibilização para as questões das línguas em espaços públicos, sejam eles mais ou menos monolingues / multilingues” (Mensagem do dia 11.01.2011).

Como conclusão, poderíamos dizer ainda que a Intercompreensão, no caso do plurilinguismo em espaços públicos, são significa só dar informações em diferentes línguas, nem sempre opacas entre si: trata-se também de passar uma imagem da entidade que promove as diferentes línguas e um ideal de sociedade. Também pode ter fins comerciais e gregários.

Dirigir-se ao Outro na sua língua, em espaços abertos e públicos, mesmo se os enunciados são transparentes, é uma forma de se dizer “ei, reparei que estavas aí”. É também, por isso, um lubrificante do ego.

Dito de outra forma: a Intercompreensão nos espaços públicos multilingues tem eventualmente outras funções, que não se reduzem às que estudámos, por exemplo, nas interacções plurilingues (Melo, 2006). A dinâmica de circulação das línguas é diferente (às vezes em paralelo, às vezes em “crossing”) e até a grafia das mensagens tem um papel a dizer acerca do estatut das línguas (em que ordem aparecem as línguas? todas têm o mesmo espaço de “impressão”? que línguas são impressas em caracteres maiores e mais pequenos??). Neste sentido, uma reflexão mais profunda acerca destas perspectivas deveria ser desenvolvida, de forma a compreender esta intercompreensão nos “écrits urbains plurilingues” (como lhe chamou C. Degache15).

6. Références

6.1 Bibliographie (nem todas as obras foram referidas no corpo do texto)

Backhaus, P. (2007). Linguistic landscapes. A Comparative Study of Urban Multilingualism in Tokio. Clevedon: Multilingual Matters.

Blommaert, J. (2010). The Sociolinguistics of Globalization. Cambridge: Cambridge University Press. Disponible sur : http://www.amazon.com/Sociolinguistics-Globalization-Cambridge-Approaches-Language/dp/0521710235/ref=pd_

sim_b_4 (lien consulté le 27 février 2011).

Brohy, C. & Py, B. (2007). « Espaces plurilingues. Les discours dans la ville ». In : Zarate, Geneviève ; Lévy, Danielle & Kramsch, Claire (eds), Précis du plurilinguisme et du pluriculturalisme. Paris: Éditions des archives contemporaines. 293-298.

Bulot, T. (1998). « Langues en ville : une signalisation sociale des territoires ». In Études Normandes, 1 (41-45). Calvet, L.-J. (1994). Les voix de la ville : introduction à la sociolinguistique urbaine. Paris : Éditions Payot et Rivages. Cenoz, & Gorter, D. (2006). “Linguistic Landscape and minority languages”. In International Journal of Multilingualism,

3/1 (67-80). Disponible sur http://depot.knaw.nl/2985/1/20871.pdf (lien consulté le 27 février 2011).

Dagenais, D.; Moore, D.; Sabatier, C.; Lamarre, P. & Armand, F. (2009). “Linguistic Landscapes and Language Awareness”. In Shohamy, E. G. & Gorter, D. (2009). Linguistic landscape: expanding the scenery. London: Routledge. Disponible sur http://lerc.educ.ubc.ca/fac/norton/Dagenais%20et%20al%20LLandscape.pdf (lien consulté le 27 février 2011).

Gorter, D. (2006). “Introduction: the Study of the Linguistic Landscape as a New Approach to Multilingualism”. In

International Journal of Multilingualism, 3(1), 1-6. Disponible sur http://depot.knaw.nl/2984/1/20870.pdf (lien

consulté le 27 février 2011).

Gorter, D. (ed) (2006). Linguistic Landscape: A New Approach to Multilingualism. Clevedon: Multilingual Matters. Gorter, D. (data). “Further Possibilities for Linguistic Landscape Research”. Disponible sur http://depot.knaw.

nl/2986/1/20872.pdf (lien consulté le 27 février 2011).

Itagi, N. H. & Singh, S. K. (2002). Linguistic landscaping in India with particular reference to the new states. Proceedings. Central Institute of Indian Languages.

Ludi, G. & Werlen, I. (2005). Recensement fédéral de la population 2000 : le paysage linguistique en Suisse. Neuchâtel : Office fédéral de la statistique.

Melo, S. (2006). Emergência e Negociação de Imagens das línguas em Encontros Interculturais Plurilingues em Chat. Tese de Doutoramento. Aveiro: Universidade de Aveiro. Disponível em www.galanet.eu.

Meissner, F.-J., (2008) : « La didactique de l’intercompréhension à la lumière des sciences de l’apprentissage », in Conti, V. & Grin, F. (dir), S’entendre entre langues voisines : vers l’intercompréhension, Chêne-Bourg : Georg Editeur, pp. 229-250.

Pavlenko, A. (2008) (ed.). Multilingualism in post-Soviet countries. Clevedon, Multilingual Matters. Scollon, R. & Scollon, S. W. (2003). Discourses in Place: Language in the Material World. Routledge. Shohamy, E. G. & Gorter, D. (2009). Linguistic landscape: expanding the scenery. London: Routledge. Spolsk, B. & Cooper, R. (1991). The Languages of Jerusalem. Oxford: Clarendon Press.

6.2 Sitographie http://www20.gencat.cat/portal/site/Llengcat/menuitem.8c297de990e791e7a129d410b0c0e1a 0/?vgnextoid=04cbf9465ff61110VgnVCM1000000b0c1e0aRCRD&vgnextchannel=04cbf9465ff6 1110VgnVCM1000000b0c1e0aRCRD&vgnextfmt=default (lien consulté le 27 février 2011). Site du gouvernement de Catalogne, page consacrée à des données démographiques générales sur la Catalogne : http://www.gencat.cat/gencat_dades/poblacio.html (lien consulté le 27 février 2011). Site de l’Institut de Statistique de Catalogne, page consacrée à l’origine de la population en fonction de sa localisation en Catalogne (notamment dans l’aire métropolitaine de Barcelone) : http://www.idescat.cat/pub/?id=aec&n=258 (lien consulté le 27 février 2011). Site du gouvernement de Catalogne, page consacrée à la « Legislació lingüística » http://www20.gencat.cat/portal/site/Llengcat/menuitem.1ab5a94fef60a1e7a129d410b0c0e1a0/ ?vgnextoid=8647f9465ff61110VgnVCM1000000b0c1e0aRCRD&vgnextchannel=8647f9465ff611 10VgnVCM1000000b0c1e0aRCRD&vgnextfmt=default (lien consulté le 27 février 2011).

Intercomprensione, educazione