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CMO OF OFT Identidade e diversidade cultural: Identificação de expressões de diversidade cultural em seu entorno e no país. Valoração do respeito e tolerância entre grupos culturais, e identificação e posta em prática de atitudes de respeito a pessoas de diferentes culturas.

Reconhecer expressões de sua diversidade cultural em seu entorno e no país, e reconhecer a importância do respeito e da tolerância para a convivência social. - Valorar a vida em sociedade (…) de caráter democrático. - Conhecer e valorar os atores, a história, as tradições. - Respeitar e valorar as idéias e crenças distintas das próprias.

Quarto

Básico

CMO OF OFT Identidade e diversidade cultural: Caracterização da

diversidade cultural como as diversas formas em que distintos grupos resolvem necessidades que são comuns a todos os seres humanos. Comparação de similitudes e diferenças entre distintas culturas no mundo através de algumas de suas manifestações, como suas crenças, sua organização social e sua vida cotidiana. Valoração da própria cultura e da diversidade cultural no mundo. Identificação de aportes à sociedade chilena

provenientes dos povos indígenas, dos espanhóis e de imigrantes de distintas nações.

- Reconhecer que no

mundo existem

diferentes culturas que resolvem de distintas formas necessidades que são comuns a todos os seres humanos e valorar a diversidade cultural como expressão da criatividade humana. - Valorar o aporte de distintas culturas à sociedade chilena. - Compreender que desde o passado remoto uma diversidade de povos criaram cultura e transformaram o espaço natural no atual território nacional. - Respeitar e valorar as idéias e crenças distintas das próprias. - Valorar o caráter único de cada pessoa e, portanto, a diversidade de modos de ser. - Conhecer e valorar os atores, a história, as tradições.

Como podemos apreciar durante o primeiro ciclo básico o foco dos conteúdos está dado a partir da “Identidade” e da “Diversidade” cultural presentes no Chile. Propõe-se um trabalho atitudinal que busca o respeito e valoração, entendendo princípios básicos de convivências sustentados nos valores próprios dos direitos humanos, mirando a construir ou aproximar os estudantes sob novas formas de alteridade.

Os estudantes conhecem que existem diferentes conformações culturais, as quais coexistem em uma diversidade nacional, onde cada uma dessas conformações culturais tem aportado elementos para a construção da identidade nacional.

Primeiramente é importante dizer que este ajuste curricular deu um importante salto qualitativo em relação ao que propunha o currículo anterior. Isto principalmente porque dá dinamismo para trabalhar a questão indígena e não se foca somente na antiga abordagem de situar aos povos indígenas no mapa, descrever quais eram seus costumes, formas de organização, economia etc. Isso é importante porque dá uma base (ao menos teoricamente) para sair dessa idéia de povos indígenas com identidades fixas, espacialidades fixas, e culturas fixas, que eram vícios próprios dos essencialismos quase ortodoxos do ensino da história no Chile.

Ainda assim sinto que há algumas coisas que significam continuidades, que parecem quase invisíveis frente à construção retórica como apresentada no currículo.

Em primeiro lugar que o conteúdo se apresente como “Identidade” e não como “Identidades” continua a propor a existência de uma única “identidade nacional”, pois o que propõe o conteúdo como tal, e como vão orientando sua abordagem os OF, representa esta idéia geopolítica de estabelecer centros e periferias, que embora se apresentem de formas dialéticas, são hierárquicas. Segundo o que propõe o conteúdo, a identidade, que por vezes se usa como sinônimo de “sociedade chilena” foi conformada pelos aportes da diversidade existente no Chile, que se expressa no legado cultural do indígena e do estrangeiro. Estabelece um processo unidirecional e altamente hierárquico, as culturas indígenas também se vêem afetadas pelos legados, e também possuem uma identidade própria como grupo étnico, além da chilena.

Como diz Santos (2006), o principal problema da forma com a qual se aborda muitas vezes a diversidade é que ela esconde muitas vezes a diferença, sem dúvida é um paradoxo singular, mas que fica bem refletido quando diz: “Temos o direito a ser iguais, sempre que a

igualdade nos descaracteriza”. Neste sentido o problema da proposta de

diversidade disposta no conteúdo e objetivos é que ela se estrutura como convergência na conformação da identidade chilena. Essa diversidade que se apresenta não possui conflitos nem assimetrias, porque o foco não é a diversidade como tal, mas a conseqüência da diversidade para a conformação identitária do país.

Chama a atenção que o tema indígena não seja conflituoso, quando no Chile em particular tem sido constantemente uma problemática. Abordar uma problemática no currículo não necessariamente tem que significar causar outros conflitos, muito pelo contrário, pode afrontar as particularidades próprias das relações humanas que também se fazem presentes no Chile, ainda mais se vemos que a intencionalidade que possui esse conteúdo tem um fundo de educação para a cidadania, através de valores democráticos, desenvolvimento de formas de alteridade e dos direitos humanos. Abordar o conflito também é parte deste processo.

Entendemos que é uma primeira aproximação que têm os estudantes com esta matéria, e o grau de aproximação a trabalhar tem que se apresentar de maneira simples para que consigam apropriar-se destes conteúdos, mas isso não significa não olhar os fundos ou os supostos políticos e teóricos de como eles se sustentam.

Durante o segundo ciclo básico estes conteúdos se abordam mais especificamente, dando uma maior amplitude a sua historicidade, como podemos ver no quadro:

Tabela nº 7: História II ciclo básico.

SEGUNDO CICLO BÁSICO

Quinto