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5 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: GUIA DO PROFESSOR

5.2 Proposta didático-pedagógica

5.2.2 Sugestão de utilização da proposta didática em sala de aula

5.2.2.3 Terceiro momento do estudo dirigido

Tema: Processo sintático de coordenação

Objetivo: Compreender que o processo sintático de coordenação ocorre entre palavras, sintagmas, orações, períodos, parágrafos e partes de um texto.

Incentivo comum: texto 3 A BAILARINA

Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré mas sabe ficar na ponta do pé. Não conhece nem mi nem fá

Não conhece nem lá nem si, mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu.

Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,

e também quer dormir como as outras crianças. (MERELES, 2012, p. 17, grifo nosso)

Atividades propostas:

1ª etapa:

Escuta do poema A bailarina, declamado por Paulo Autran, seguida da atividade 10. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=QXGzPEmy4Ow>. Acesso em: 10 jun. 2018).

10 - A conjunção mas, que se repete em várias estrofes do poema, estabelece uma relação de:

a) adição.

b) oposição c) alternância d) conclusão.

Chamar a atenção para as posições da conjunção mas em várias estrofes do poema, inclusive no início da última estrofe.

2ª etapa:

Revisar oralmente o que foi estudado nas aulas anteriores. Fazer uma síntese da explicação tradicional a respeito do processo de coordenação. Perguntar aos alunos: será que o processo de coordenação acontece apenas entre orações? Ou será que acontece também entre outras partes do texto? Como será que acontece nos textos escritos ou até mesmo no dia a dia da língua?

3ª etapa:

Leitura compartilhada do texto 4.

Meu alfabeto são as imagens

Cheguei ao Brasil em 1947 e dele fiz meu país. Ao viver no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Sul da Bahia, percebi que minha missão como brasileiro era a de denunciar, de gritar por um equilíbrio ecológico, pelo fim das queimadas, dos desmatamentos desmedidos, das destruições, da dizimação dos povos indígenas, contra as desigualdades sociais e pela conscientização e qualificação do cidadão brasileiro.

O homem depende de uma natureza que desconhece e, no desconhecimento, agride. Formar uma nova consciência é essencial para que as gerações futuras existam e vivam plenamente todas as potencialidades do ser humano.

Todos nascemos em algum lugar e eu prefiro dizer que nasci, antes de tudo, neste planeta. Assim, deixo em segundo plano a referência de países e fronteiras, mas devo enfatizar que foi no Brasil que a natureza me causou um grande impacto e, com o passar dos anos, permitiu a transformação da minha revolta em arte.

Não escrevo, encontro imagens: essa é minha maneira de trabalhar. Meu alfabeto são as imagens vistas nas obras expostas, que devem, principalmente, ser ponto de partida para uma reflexão mais abrangente sobre o homem e sua relação com o meio ambiente. Por isso, este espaço não se restringe apenas a exposições. Será um local de encontro, de reflexão, de proposições, de troca livre de ideias, de registro delas e de difusão do conhecimento alcançado. O planeta exige isso de nós.

Agradeço a dois grupos de amigos: aqueles que já se foram, porém deixaram marcas fortes na sociedade com as quais me identifico – em especial a Roger Pic, Pierre Restany, Sepp Baendereck – e aqueles que aqui estão e me apoiam, permitindo que a minha trajetória se materializasse, representada em meu trabalho, neste espaço dedicado à reflexão sobre a arte e o meio ambiente, em uma cidade modelar como é Curitiba.

Obrigado a todos.

Frans Krajcberg Curitiba, 11 de outubro de 2003 PREFEITURA Municipal de Curitiba. Espaço Cultural Frans Krajcberg. Curitiba: Ipsis, 2003. p. 7. (in: Aprova Brasil: língua portuguesa: ensino fundamental anos finais, caderno 3 /organizadora Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela

Editora Moderna; editora executiva Virgínia Aoki. São Paulo: Moderna, 2014. – (Aprova Brasil) (p. 30-31, grifo no original)

4ª etapa:

Depois de ler o texto acima, fazer uma pesquisa em sala de aula. Para isso, seguir os seguintes passos:

a) sublinhar no texto todas as conjunções coordenativas. Em seguida, perguntar aos alunos:

b) qual a função dessas conjunções no texto?

c) Elas estão ligando termos de uma oração ou apenas orações?

d) Que relações essas conjunções estabelecem entre as orações e/ou os termos que ligam?

e) Quais conjunções se repetem no texto? f) Essa repetição causa algum efeito no texto?

g) Você acha que o autor deveria ter usado outras palavras para evitar essa repetição?

h) Será que existe um número exato de repetição permitida no texto?

i) Agora preencha o quadro abaixo, conforme as respostas dadas nos itens anteriores.

Quadro 10 - Conjunções coordenativas típicas presentes no texto 4

Subtipo Função Relações Número de vezes

Aditiva Adversativa Alternativa

5ª etapa

Pedir que os alunos expliquem oralmente o resultado da pesquisa. Depois, voltar ao texto e pedir que verifiquem que partes do texto estão sendo coordenadas pelas conjunções e e mas, por exemplo: palavras; termos de uma oração; orações, parágrafos.

6ª etapa Atividades extras

Texto 5

Fonte: Armandinho. Disponível em

<https://tirasarmandinho.tumblr.com/post/132940186204>. Acesso em: 10 jun. 2018. 11 - O que provoca um efeito de humor no texto?

12 - A conjunção mas, que aparece no segundo quadrinho, contribui para: a) criar um efeito de alternância.

b) adicionar elementos do texto.

c) criar um efeito de quebra de expectativa. d) criar um efeito de ironia.