• Nenhum resultado encontrado

TERCEIRO REQUISITO PARA O CONHECIMENTO: JUSTIFICAÇÃO

No documento Prof. Gesiel Anacleto (páginas 129-142)

TÓPICO 1 – LÓGICA

3.3 TERCEIRO REQUISITO PARA O CONHECIMENTO: JUSTIFICAÇÃO

Argumentamos anteriormente que o conhecimento é a crença verdadeira justificada. Quando acreditamos que alguma coisa é verdadeira, é necessário justificar essa crença e compreender as razões de uma crença e se tais razões têm um fundamento lógico. A crença por si só em uma proposição não é suficiente para sua validade. A crença e a verdade não são suficientes para o conhecimento, pois este requer que as crenças sejam verdadeiras e justificadas.

Podemos observar que nos conceitos fundamentais de verdade, encontramos diferentes justificativas para aquilo que acreditamos ser verdadeiro, como a verdade como coerência, o que justifica uma crença como sendo verdadeira é se a crença “é coerente com o conjunto de proposições que constituem o nosso sistema de crenças” (COSTA, 2005, p. 1).

A justificação consiste em um argumento, em uma defesa, ou conjunto de razões que se pode oferecer para apoiar uma crença. A questão é a seguinte: sobre qual fundamento os argumentos, as razões e defesa deverão se apoiar? Veja o exemplo a seguir:

Pensemos num indivíduo, Clyde, que acredita na história do Dia do Porco do Campo. Clyde pensa que se o Porco do Campo enxergar a sua própria sombra, a Primavera virá mais tarde. Suponha-se que Clyde põe este princípio idiota em prática neste ano. Ele tem informações que fazem pensar que a Primavera virá mais tarde. Suponha-se que Clyde acaba por ter razão acerca deste facto. Se não existir nenhuma conexão lógica entre o facto de o porco do campo ter visto a sua própria sombra e o facto de a Primavera vir mais tarde, então Clayde terá uma crença verdadeira (a Primavera virá tarde), mas não terá

A crença verdadeira de Clyde significa que ela possui conhecimento? O que é necessário para que além da crença verdadeira, Clyde possua conhecimento? A resposta é: justificação. A crença verdadeira precisa se apoiar em uma justificação racional.

Ter razão acerca de alguma coisa, como é o caso de Clyde, não significa que seja uma justificação racional. Assim, crenças verdadeiras que não são justificadas racionalmente não são consideradas casos de conhecimento. A justificação, portanto, consiste na razão (ou razões) que suporta a verdade da crença.

IMPORTANTE

Sobre a origem do conhecimento, consulte a Unidade 1, no Tópico 4 – OS PRINCIPAIS PERÍODOS DA FILOSOFIA: DA MODERNIDADE À CONTEMPORÂNEA, tópico que trata o Racionalismo, Empirismo e o Idealismo.

4 TIPOS DE CONHECIMENTO

A maneira como o sujeito conhece o mundo depende de como ele está posicionado frente ao objeto conhecido. Assim, podemos afirmar que existem diferentes tipos de conhecimento, pois os sujeitos estão posicionados ou se posicionam conscientemente frente ao objeto conhecido. A seguir, vamos discorrer de maneira específica sobre os tipos de conhecimento. Observe a figura a seguir e reflita sobre as falas de cada pessoa.

FIGURA 9 – CONHECIMENTO NO COTIDIANO É uma pedra!

Era uma pessoa em outra vida!

É um agregado sólido constituído por

minerais!

Senso comum ou popular é um tipo de conhecimento espontâneo, pois advém das observações e experiências diárias. Apesar de não possuir um rigor científico, o senso comum é uma fonte importante de conhecimento, pois ele é resultado das vivências do ser humano frente aos desafios e problemas relativos à existência. É interessante observar que o senso comum possui algumas características fundamentais.

Primeiramente, é ametódico e assistemático, pois “nasce diante da tentativa do homem de resolver os problemas da vida diária” (ARANHA; MARTINS, 1993, p. 128). Significa dizer que as pessoas que não tiveram uma formação científica, metodológica e sistematizada podem desenvolver saberes sobre determinadas coisas que são passados de geração em geração. Tais pessoas podem até não saber explicar ou justificar cientificamente as razões pelas quais agem assim ou fazem alguma coisa de uma forma e não de outra.

Um exemplo é a utilização de chá de boldo, pois mesmo que as pessoas não compreendam o funcionamento do organismo humano, utilizam as folhas de boldo para o alívio das dores no fígado. O senso comum, portanto, é baseado na experiência. Assim, o conhecimento empírico, usado no senso comum, não se baseia em métodos ou conclusões científicas, mas sim no modo de assimilar informações e conhecimentos úteis no cotidiano.

O conhecimento filosófico se difere do senso comum, ou popular, porque nasce a partir das reflexões que o ser humano faz sobre questões subjetivas. É o produto da inteligência e da capacidade de reflexão, que é característica da espécie humana.

A finalidade desse tipo de conhecimento é propor a exploração dos acontecimentos, determinando conceitos particulares, pois não se trata de elaborar dogmas ou verdades absolutas, mas questionar e refletir continuamente sobre sua realidade e as coisas em sua volta.

Por meio da reflexão filosófica, o ser humano procura dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. Deve- se ao fato de que o filósofo não se limita apenas aos dados experimentais da física, da matemática, da biologia ou da química, mas se pergunta sempre quem é, o que é, por que é, de onde vem e para onde vai o homem.

Assim, não se limita somente a se interessar por alguns aspectos particulares da realidade, mas por ela como um todo, pois “a filosofia é a atividade teórica de reflexão e de crítica de problemas apresentados pela realidade, e esses problemas refletem necessidades e exigências de uma época e de uma realidade” (GHEDIN, 2008, p. 55).

A utilização de métodos rigorosos permite que a ciência atinja um tipo de conhecimento sistemático, preciso e objetivo segundo o qual são descobertas relações universais e necessárias entre os fenômenos, o que permite prever acontecimentos e também agir sobre a natureza de forma mais segura.

Aqui você pode observar três aspectos essenciais do conhecimento científico: sistemático, preciso e objetivo. Por ser sistemático, o conhecimento científico é um tipo de conhecimento ordenado, e é formado a partir de um conjunto de ideias que são formadoras de uma teoria. O segundo aspecto diz respeito à precisão, pois não se admite a ideia do “eu acho”.

Por ser preciso, o conhecimento científico indica que segue rigorosamente os métodos da pesquisa para obter resultados exatos, embora não sejam resultados infalíveis, pois tal conhecimento é dinâmico por natureza, sempre deixando possibilidades para novas descobertas.

O terceiro aspecto do conhecimento científico (objetivo) contrasta diretamente com o senso comum (subjetivo). Implica afirmar que, nesse tipo de conhecimento, o ponto de vista pessoal cede seu lugar para a observação imparcial, centrada no objeto da pesquisa e não nas opiniões particulares do observador.

O conhecimento mítico ou religioso tem como critério de verdade a fé. É dogmático, pois suas proposições são atribuídas à revelação por uma entidade sobrenatural. Consiste em um conjunto de verdades obtido pelos homens, não com o auxílio da razão, mas em decorrência da aceitação dos dados da revelação divina. Vale-se, de modo especial, do argumento de autoridade.

As fontes de tais conhecimentos são os Livros Sagrados, que são aceitos racionalmente pelos homens. O ser humano procura explicar e lidar com os mistérios da sua existência e trazer conforto e segurança diante das incertezas da vida.

O conhecimento artístico pode ser entendido como um tipo conhecimento baseado na sensibilidade do artista de perceber o mundo em sua volta e o expressar de uma forma não comum. O artista interpreta a realidade e a traduz em forma de arte.

Assim, “a verdade está na representação daquele que comunica sua forma de ver e interpretar a realidade” (TOMELIN; TOMELIN, 2007, p. 80). O conhecimento artístico tem um caráter subjetivo, mas sua finalidade é revelar algo ao expectador.

LEITURA COMPLEMENTAR

O que é a metafísica?

Richard Taylor É costume dizer que cada um tem a sua filosofia e até que todos os homens têm opiniões metafísicas. Nada poderia ser mais tolo. É verdade que todos os homens têm opiniões, e que algumas delas – tais como as opiniões sobre religião, moral e o sentido da vida – confinam com a filosofia e com a metafísica, mas raros são os homens que possuem qualquer concepção de filosofia e ainda menos os que têm qualquer noção de metafísica.

William James definiu algures para a metafísica como “apenas um esforço extraordinariamente obstinado para pensar com clareza”. Não são muitas as pessoas que assim pensam, excepto quando os seus interesses práticos estão envolvidos. Não têm necessidade de assim pensar e, daí, não sentem qualquer propensão para o fazer. Exceptuando algumas raras almas meditativas, os homens percorrem a vida aceitando como axiomas, aquelas questões da existência, propósito e sentido que aos metafísicos parecem sumamente intrigantes.

O que sobretudo exige a atenção de todas as criaturas, e de todos os homens, é a necessidade de sobreviver e, uma vez isso razoavelmente assegurada, a necessidade de existir com toda a segurança possível. Todo o pensamento começa aí, e a sua maior parte cessa aí. Sentimo-nos mais à vontade para pensar como fazer isto ou aquilo. Por isso a engenharia, a política e a indústria são muito naturais aos homens. Entretanto, a metafísica não se interessa, de modo algum, pelos “comos” da vida, mas antes apenas pelos “porquês”, pelas questões.

Pensar metafisicamente é pensar, sem arbitrariedade e nem dogmatismo, nos mais básicos problemas da existência. Os problemas são básicos no sentido em que são fundamentais e muita coisa depende deles. A religião, por exemplo, não é metafísica e, entretanto, se a teoria metafísica do materialismo fosse verdadeira, e assim fosse um facto que os homens não têm alma, então grande parte da religião soçobraria diante do facto.

A filosofia moral não é metafísica e, contudo, se as teorias metafísicas do determinismo ou do fatalismo fossem verdadeiras, então muitos dos nossos pressupostos tradicionais seriam refutados por essas verdades. Similarmente, a lógica não é metafísica e, contudo, se apurasse que, em virtude da natureza do tempo, algumas asserções não são verdadeiras nem falsas, isso acarretaria em sérias implicações para a lógica tradicional.

Sugere que a metafísica é um alicerce da filosofia e não o seu coroamento. Se for longamente exercido, o pensamento filosófico tende a se resolver em

seria provavelmente correcto afirmar que o fruto do pensamento metafísico não é o conhecimento, mas a compreensão.

As interrogações metafísicas têm respostas e, dentre as várias respostas concorrentes, nem todas poderão ser verdadeiras, por certo. Se um homem defende uma teoria materialista e outro a nega, então um desses homens está errado. O mesmo acontece com todas as outras teorias metafísicas. Contudo, raramente é possível provar e conhecer qual das teorias é a verdadeira.

A compreensão, porém, resulta de dificuldades persistentes em opiniões que frequentemente parecem, com outras bases, ser muito verdadeiras. É por essa razão que um homem pode ser um sábio metafísico sem que, não obstante, sustente suas opiniões e juízos em conceitos metafísicos. Tal homem pode ver tudo o que um dogmático metafísico vê, e pode entender todas as razões para afirmar o que outro homem afirma com tamanha confiança.

Entretanto, ao invés do outro, também vê algumas razões para duvidar e, assim, ele é, como Sócrates, o mais sábio, mesmo em sua profissão de ignorância. Advirta-se o leitor, neste particular, de que quando ouvir um filósofo proclamar qualquer opinião metafísica com grande confiança, ou o ouvir afirmar que determinada coisa, em metafísica, é óbvia, ou que algum problema metafísico gravita apenas em torno de confusões de conceitos ou de significados de palavras, então poderá estar inteiramente certo de que esse homem está infinitamente distante do entendimento filosófico. Suas opiniões parecem isentas de dificuldades apenas porque ele se recusa obstinadamente a ver as dificuldades.

Um problema metafísico é inseparável dos seus dados, pois são estes que, em primeiro lugar, dão origem ao problema. Ora o datum significa literalmente algo que nos é oferecido, posto à disposição.

Assim, tomamos como dado de um problema certas convicções elementares do senso comum que todos ou a maioria dos homens está apto a sustentar com alguma persuasão íntima e teria relutância em abandonar. Não são teorias filosóficas, pois estas são o produto da reflexão filosófica e, usualmente, resultam da tentativa de conciliar certos dados entre si.

Observou Aristóteles: “Procurar a prova de assuntos que já possuem evidência mais clara do que qualquer prova pode fornecer e confundir o melhor com o pior, o plausível com o implausível e o básico com o derivativo” (FÍSICA, Livro VIII, Cap. 3). Exemplos de dados metafísicos são as crenças que todos os homens possuem, independentemente da filosofia de que existem, de que têm um corpo, de que por vezes deliberam sobre tais cursos, de que envelhecem e morrerão algum dia etc. Um problema metafísico surge quando se verifica que tais dados não parecem concordar entre si, que têm, aparentemente, implicações inconsistentes entre si. A tarefa, então, é encontrar uma teoria adequada à eliminação desses conflitos.

Talvez convenha observar que os dados, como os considero, não são coisas necessariamente verdadeiras e nem evidentes em si. De fato, se o conflito entre certas convicções do senso comum não for tão-só aparente, mas real, então algumas dessas convicções estão fadadas a serem falsas, embora possam, não obstante, serem tidas na conta de dados até que sua falsidade se descubra.

É isso o que torna emocionante, por vezes, a metafísica; nomeadamente, o fato de sermos coagidos, algumas vezes, a abandonar certas opiniões que sempre havíamos considerado óbvias. Contudo, a metafísica tem de começar por alguma coisa e, como não pode começar, obviamente, pelas coisas que já estão provadas, deve começar pelas coisas em que as pessoas acreditam.

Ora, o intelecto do homem não é tão forte quanto a vontade, e os homens, geralmente, acreditam no que querem acreditar, particularmente quando essas crenças parecem dar valor a si mesmos e às actividades. A sabedoria não é, pois, o que os homens buscam em primeiro lugar. Procuram, outrossim, uma justificação para aquilo de que por acaso gostam.

Não surpreende, portanto, que os principiantes em filosofia, e mesmo os que já não são principiantes, tenham uma acentuada inclinação ao se apegarem em uma teoria que os atraia em face de dados conflituantes e neguem, por vezes, a veracidade dos dados, apenas por aquela razão.

Tal atitude dificilmente se pode considerar propícia à sabedoria. Assim, não é incomum encontrarmos pessoas que querem ardentemente acreditar na teoria do determinismo e que, partindo desse desejo, negam, simplesmente, a verdade de quaisquer dados que com ela colidam.

Os dados, por outras palavras, são meramente ajustados à teoria, em vez de a teoria aos dados. Entretanto, deve-se insistir ainda pelos dados, e não pela teoria, que se terá de começar. Se não partirmos de pressupostos razoavelmente plausíveis, onde obter a teoria senão no que os nossos corações desejam?

Mais cedo ou mais tarde poderemos ter de abandonar alguns dos dados do nosso senso comum, mas, ao fazê-lo, será em consideração a certas outras crenças do senso comum que temos ainda maior relutância em abandonar e não em deferência pelas teorias filosóficas que nos atraem.

O leitor é exortado, portanto, ao acompanhar os pensamentos que se seguem, a suspender os seus juízos sobre as verdades finais das coisas, uma vez que, provavelmente, nem o leitor nem qualquer outra pessoa sabe quais são essas verdades e a contentar-se com a apreciação dos problemas da metafísica. Este é o primeiro e sempre o mais difícil passo. O resto da verdade, se alguma vez tiver a boa fortuna de receber uma parte dela, chegar-lhe-á do seu próprio íntimo, se acaso chegar, e não da leitura de livros.

O ensaio que se segue constitui uma introdução – literalmente, um “encaminhamento” – à metafísica. Não é uma análise das concepções predominantes, e o leitor buscará em vão os nomes dos grandes pensadores ou o resumo das opiniões que eles defenderam. Os problemas metafísicos vão sendo trazidos à tona, e o leitor é simplesmente convidado a pensar neles de acordo com as diretrizes sugeridas.

É por essa razão que ao desenvolver os problemas mais estreitamente associados com o eu ou com a pessoa e os seus poderes, particularmente nos primeiros três capítulos, a estilisticamente discutível primeira pessoa do singular, o “Eu”, é empregada com frequência na maneira das Meditações de Descartes. O leitor compreenderá que as ideias apresentadas têm por intuito significar as suas próprias e não quaisquer reflexões autobiográficas do autor.

FONTE: TAYLOR, Richard. Metaphysics. 1992. Disponível em: <https://criticanarede.com/met_quee. html>. Acesso em: 18 jun. 2018.

RESUMO DO TÓPICO 2

Neste tópico, você aprendeu que:

• A epistemologia é a área da filosofia que se ocupa do estudo da natureza do conhecimento, da justificação e da racionalidade da crença e dos sistemas de crenças.

• O problema fundamental da epistemologia é buscar compreender a relação entre sujeito (o que conhece) e o objeto (aquilo que é conhecido).

• Uma determinada crença pessoal pode ou não ser verdadeira do ponto de vista epistemológico. Nem toda crença é conhecimento.

• A verdade (veritas) se refere aquilo que pode ser demonstrado com precisão, se refere ao rigor e à exatidão.

• É possível distinguir cinco conceitos fundamentais de verdade: 1º a Verdade como correspondência; 2º a Verdade como revelação; 3º a Verdade como conformidade a uma regra; 4º a Verdade como coerência; 5º a Verdade como utilidade.

• A justificação consiste em um argumento, em uma defesa, ou conjunto de razões que se pode oferecer para apoiar uma crença.

• Senso comum ou popular é um tipo de conhecimento espontâneo, pois advém das observações e experiências diárias.

• O conhecimento filosófico se difere do senso comum ou popular porque nasce a partir das reflexões que o ser humano faz sobre questões subjetivas.

• O conhecimento científico indica que segue rigorosamente os métodos da pesquisa para obter resultados exatos, embora não sejam resultados infalíveis, pois tal conhecimento é dinâmico por natureza, sempre deixando possibilidades para novas descobertas.

• O conhecimento mítico ou religioso tem como critério de verdade a fé.

• O conhecimento artístico pode ser entendido como um tipo conhecimento baseado na sensibilidade do artista.

AUTOATIVIDADE

1 A epistemologia é a área da filosofia que se ocupa com a natureza do conhecimento. Ela procura estabelecer as bases confiáveis para o desenvolvimento do conhecimento científico. Assim, o conhecimento produzido é submetido aos critérios epistemológicos a fim de obtermos o máximo de confiabilidade possível. Podemos afirmar que:

a) ( ) Na epistemologia, o conhecimento do objeto é proveniente apenas da nossa sensibilidade, sem fazer menção da intuição.

b) ( ) Embora a epistemologia tente se afastar da superficialidade presente na mera opinião, não é possível porque uma teoria do conhecimento se desenvolve a partir de opiniões.

c) ( ) A epistemologia busca compreender a relação entre o sujeito, o objeto e o problema fundamental da epistemologia.

d) ( ) A epistemologia se ocupa de provar que tanto o conhecimento mítico quanto o conhecimento popular são científicos.

2 Sabemos que um dos requisitos para o conhecimento é a verdade. Contudo, não é tão simples definir o conceito de verdade, porque é possível distinguir a verdade em cinco conceitos fundamentais. Sobre esses conceitos, associe os itens utilizando o código a seguir:

I- Verdade como correspondência II- Verdade como utilidade

III- Verdade como coerência IV- Verdade como revelação

V- Verdade como conformidade a uma regra

( ) É verdadeiro aquilo que descreve de maneira precisa um fato ou objeto. ( ) É a verdade que garante a realidade e não o contrário.

( ) Caracteriza-se pela ausência de contradições dos dados que nós temos sobre algo.

( ) Uma proposição é verdadeira se há alguma vantagem prática em sustentá-la. ( ) Surge como uma revelação divina e foi intensamente defendida pela

teologia metafísica.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) V – IV – II – I – III.

b) ( ) I – V – III – II – IV. c) ( ) I – III – V – II – IV. d) ( ) III – I – V – II – IV.

TÓPICO 3

ÉTICA

UNIDADE 2

1 INTRODUÇÃO

Ao estudar a ética, percebemos a amplitude do assunto, pois todas as áreas da vida humana são sustentadas a partir de uma moralidade, de princípios normativos que orientam a conduta e as decisões individuais e coletivas. Diante na grandeza dessa discussão, nosso estudo contemplará alguns aspectos fundamentais da ética.

A organização da vida social e o agir humano sempre se relacionaram com os limites morais, sejam eles em formas de lei, de tradição, costumes, crenças etc. A convivência entre as pessoas somente se tornou possível quando os indivíduos criaram e estabeleceram normas.

Contudo, aquilo que parece ser justo para alguns, não é aceito por outros, aquele comportamento que é considerado correto para um grupo, às vezes, é visto como errado para outro grupo. Assim, surgiu a necessidade de uma ciência

No documento Prof. Gesiel Anacleto (páginas 129-142)

Documentos relacionados