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TEXTOS PARA CONCURSO 

No documento Interpretação de Textos - Apostila (páginas 33-41)

TEXTOS PARA CONCURSO: É impossível adivinhar que tipo de texto vai cair em determinada prova. Os fragmentos podem ser retirados de músicas, poemas, contos, crônicas, reportagens ou até de romances da literatura brasileira. Os textos jornalísticos geralmente são mais modernos e objetivos. Já os literários têm uma linguagem mais complexa.Essa não é uma divisão oficial que conste em livros de gramática ou de interpretação de texto. É fruto da pesquisa desenvolvida para elaborar um curso moderno e específico de INTERPRETAÇÃO DE TEXTO. Então não esqueça:

O texto jornalístico pode ser uma reportagem, crônica ou artigo, extraídos de jornais e revistas. Normalmente abordam temas atuais, com linguagem direta e objetiva.

O texto literário  retirado de romances de nossa literatura tem linguagem mais rebuscada, mais complexa, e menos direta.

Nos concursos mais recentes os textos  contemporâneos  têm a preferência das instituições organizadoras. Bom para você, já que é mais fácil interpretar os textos jornalísticos.

É importante lembrar que tanto os textos jornalísticos como os literários podem ser DISSERTATIVOS, NARRATIVOS OU DESCRITIVOS. Esses conceitos vão ajudar você a identificar cada tipo de texto e ainda servem

como treino para as provas que exigem redação. Vamos saber qual é a definição e as diferenças entre eles?

DISSERTAÇÃO 

A DISSERTAÇÃO é um texto em que o escritor opina, argumenta, contrapõe argumentos. É o tipo mais exigido em concursos públicos. Nas seleções que cobram redação, o estilo é sempre dissertativo. A dissertação deve ser escrita em quatro ou cinco parágrafos, com no mínimo 15 e no máximo 30 linhas. A divisão dos parágrafos fica assim: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO.

Introdução: É o primeiro parágrafo onde deve constar a idéia central do texto ou redação. É a partir dessa idéia que os parágrafos seguintes são desenvolvidos.

Desenvolvimento: O desenvolvimento é composto por dois, no máximo, três parágrafos. É no desenvolvimento, também chamado de corpo, onde a idéia central será

reforçada ou rebatida com opiniões e argumentos.

Conclusão: É o parágrafo que encerra a dissertação. Você pode fechar seu texto reforçando a sua opinião final a respeito do tema, citando alguma frase conhecida ou fazendo um resumo de tudo que foi dito.

A DISSERTAÇÃO exige uma ordem lógica com: princípio, meio e fim. As idéias têm que ser coerentes para que você não se perca na hora de escrever. Memorize algumas dicas importantes:

1) Delimite seu tema: Escolha que aspecto específico você vai abordar de forma que os argumentos sejam embasados e centrados nesse foco.

2) Enumere os argumentos: Escreva em um rascunho as idéias contra e/ou a favor que você vai utilizar. É importante confrontar idéias. Isso demonstra que você domina o tema.

3) Utilize citações: É interessante reforçar seus argumentos usando citações de pessoas que dominam tal assunto.

4) Elabore uma conclusão de impacto: Reafirme sua opinião, mas sem imposição. E se possível encerre o assunto de forma que cause impacto ou, como se diz, com chave-de-ouro.

Vamos fazer um exercício para testar sua capacidade de redação?

Se você tivesse que dissertar sobre o Natal, o primeiro passo seria delimitar o tema, isto é, escolher que aspectos seriam abordados. Feito isso, você poderia optar por redigir sobre a exploração comercial em torno da data, sobre a onda de solidariedade gerada pelo nascimento de Jesus Cristo, sobre o papai Noel ou muitos outros enfoques pertinentes. Também seria possível associar um ou dois assuntos na mesma redação para servir de reforço ou contrapor a idéia central.

Vamos então falar da exploração comercial do Natal? Então como seria o primeiro parágrafo?

Explicação: No primeiro parágrafo ou introdução, é importante conceituar o tema para situar o leitor. Em seguida, introduza a idéia central que será desenvolvida ao longo do texto. A idéia central é: o consumismo que 

desvirtuou o sentido religioso dos festejos natalinos. Vamos então à introdução:

1o Parágrafo ou Introdução: O nascimento de Jesus Cristo, comemorado em 25 de dezembro, é a mais

importante data do calendário católico. Seguindo o exemplo de Cristo, que deu a vida para salvar a humanidade, muitas pessoas são tomadas por um sentimento de solidariedade e amor ao próximo. Mas nas últimas décadas, a tônica dos festejos natalinos tem sido a exploração comercial em torno da data.

Explicação: Nos dois parágrafos do desenvolvimento ou corpo,que vem em seguida, deve-se expor as ações que remetem ao consumismo: compra de presentes, eletrodomésticos ou outros bens que somente valorizam o ter. Um reforço à argumentação seria o fato de a ceia natalina ser transformada em comilança.

Acompanhe agora o desenvolvimento:

2o Parágrafo: O apelo ao consumismo impulsionado pela cultura de massa incita a população a comprar o que puder, às vezes, até mais do que o necessário. No nosso mundo movido pelo verbo ter, o fato de Jesus nascer em um estábulo cercado por animais, sem nenhum conforto, não representa mais do que uma lembrança. Não é à toa

que todo ano o comércio comemora o aumento das vendas nesse período.

3o Parágrafo: O que vale, para a maioria, é reformar a casa com móveis e eletrodomésticos novos, comprar roupas, presentes para parentes e amigos. Até a ceia natalina também teve o significado desvirtuado. Antes significava um momento de reunião familiar para celebrar a renovação da esperança com o nascimento do Messias.

Mas transformou-se numa comilança e numa bebedeira regada à troca de presentes.

Explicação: Já no encerramento mostramos que, apesar do consumismo desenfreado, ainda há exceções. É uma forma de encerrar deixando uma esperança de que as pessoas ainda podem retomar o verdadeiro sentido do Natal.

4o Parágrafo ou Conclusão: Apesar do consumismo desenfreado, ainda existem famílias que mantêm tradições como rezar à mesa, assistir à missa ou ir ao culto religioso.

Para muitos, não importa se a mesa não é farta, se não há roupas novas ou presentes. O simples fato de estarem vivos já representa um bom motivo para celebrar o Natal. Se Jesus morreu acreditando que salvaria a humanidade, apenas o consumismo não será capaz de matar a esperança de renovação que surge a cada Natal.

Conseguiu captar a trajetória a ser seguida para construir uma redação? Então escolha outros temas e siga adiante. Exercite!

NARRAÇÃO 

NARRAÇÃO: É a forma de composição que consiste no relato de um fato real ou imaginário. Podemos narrar um fato, uma história, um conto, um romance. Na narração podemos encontrar os seguintes elementos: narrador, personagens, enredo, tempo e ambiente.

Narrador: É aquele que conta a história sob o seu ponto de vista. Se ele integrar a história também se torna um personagem. Nesse caso a narrativa fica na 1a pessoa.

Personagens: São aqueles que participam da história. Podem ser pessoas, animais, objetos. Você não pode esquecer que numa história o escritor dá vida e sentimentos a tudo que quiser. No conto Alice no País das  Maravilhas, o coelho e cartas de baralho andam, falam e pensam.

Enredo: É o tema, a trama, ou seja, a história que se desenrola em torno dos personagens.

Tempo: É o ano, década, período, época em que a história se passa.

Ambiente: É o país, continente, cidade, vilarejo, enfim, o lugar onde se passa a trama.

DESCRIÇÃO 

DESCRIÇÃO: O texto descritivo apresenta excesso de adjetivos para descrever objetos, pessoas. O detalhamento dos aspectos físicos, morais, emocionais e espirituais são a principal característica do estilo.

frio produzia ruídos estranhos nas janelas. Os móveis cobertos por lençóis aumentavam a sensação de abandono. O pó acumulado e as teias de aranha tornavam o ambiente ainda mais sujo.As paredes pintadas de preto deixavam o local ainda mais sinistro e sombrio.Tudo causava um medo imenso que paralisava minhas finas pernas.

Comentário: Nesse texto você consegue até visualizar o interior do casarão através dos adjetivos. O casarão é velho, tinha ruídos estranhos provocados pelo vento, estava abandonado há anos, tinha pó e teias de aranha que tornavam o ambiente sujo e paredes pretas. Era sinistro e sombrio. Não se preocupe em valorizar demais os detalhes, mas lembre-se que eles são importantes na descrição. Entendeu? Então aproveite para treinar. Você pode descrever seu quarto, sua casa, seu trabalho, sua família e assim se habituar a construir textos descritivos.

Bom treino!

DISCURSO  DIRCURSO:

Discurso Direto: A fala dos personagens é narrada ou escrita na íntegra, literalmente. Para expressar a total fidelidade ao que foi dito, normalmente usamos dois pontos seguidos de travessão. Ou seja, os sinais dois pontos e travessão indicam que a fala a seguir foi reproduzida exatamente igual à forma original. Acompanhe os exemplos:

- Você gostaria de comprar pipoca? Luíza respondeu a Eduarda:

- Não! Prefiro bombom.

Obs: O uso de aspas pode também caracterizar o discurso direto.

Ex.:Liza sussurrou: "Renan, passe-me a bula."

Discurso Indireto: Nesse caso o narrador mantém- se fiel ao que foi dito. A diferença é que ele faz uma junção da fala do personagem com a sua fala usando as conjunções integrantes. Para facilitar a sua compreensão, vamos transformar os exemplos do discurso direto em indireto.

Perceba:

Ex: Eduarda perguntou se Luíza gostaria de comprar pipoca.

Luíza respondeu a Eduarda que preferia bombom.

Comentário: As conjunções que e se tornaram o discurso indireto.

CAPÍTULO 6

No documento Interpretação de Textos - Apostila (páginas 33-41)

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