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Tradição historiográfica e textos “proféticos”: os discursos de alteridade

CAPÍTULO 3 – A DOMINAÇÃO ASSÍRIA DE ISRAEL E JUDÁ:

3.3. Tradição historiográfica e textos “proféticos”: os discursos de alteridade

Diante do contexto de pluralismo político na região da Palestina, a relação dos Estados oscila entre a aliança política e a guerra, influenciando diretamente a coesão social, a identidade étnica e a autonomia diplomática. No que se refere ao perigo assírio, feito “fiel da balança” em meio às guerras regionais, surge um elemento novo na dinâmica social: as mensagens proféticas assumem um caráter de resistência e negação ao elemento estrangeiro.

A intervenção social dos profetas responde à realidade vivida por eles mesmos; sendo partícipes dessa realidade, escreviam para seus contemporâneos, para sua própria época, denunciando a precariedade das relações políticas e a falha/contradição no tecido social da vida israelita19. A crise que o próprio povo vivenciava resultava da injustiça e injúrias cometidas pelos poderosos, que era a raiz dos males que enfrentam; tal como

18

Vale ressaltar que a política de submissão praticada por Judá garantiu-lhes graus de autonomia; em contrapartida, a política de resistência praticada por Israel na Samaria conduziu-a à destruição rápida.

19 Contrários à injustiça, pobreza e opressão, os profetas: (a) se opunham ao grupo de opressores; (b)

demonstravam/reprovavam as atitudes dos opressores, e seus efeitos danosos; (c) davam importância aos sentimentos individuais, particulares; (d) demonstravam compaixão pelos oprimidos, e (e) atribuíam grande importância à Jerusalém e à Samaria durante o fenômeno da opressão (ROSSI, 2008, p. 34-36).

apresentava-lhes a palavra de Yahweh como a única solução possível para pôr fim ao quadro crítico vigente. Nesse sentido, o inimigo imperial estrangeiro é retratado como um instrumento divino de Yahweh, responsável por promover a destruição e o castigo do “povo eleito”, culpado pelas próprias desgraças sofridas (LIVERANI, 1995, p. 529).

Diante disso, podemos sugerir que um dado contexto político e militar passa a ser interpretado a partir de lógicas religiosas. Em outros termos, o enfrentamento entre potências militares assume o caráter de “guerra santa”, na qual os exércitos cumprem apenas os desígnios divinos dos deuses respectivos. A guerra era, nesse sentido, uma guerra ordálica: a luta entre as divindades nacionais garantiria a vitória e sobrepujança por meio da força divina, cujo resultado seria replicado no plano político e social terreno. Nesse caso, o inimigo derrotado é culpado por adorar uma divindade equívoca, por não ser partícipe do conjunto de “fieis eleitos”. Nesse contexto, a guerra serve mais para mobilizar e consolidar identidades nacionais do que em tempos de paz: a existência do Outro no plano militar, político e religioso acaba fundando discursos de alteridade que o contrapõe, resiste diante dele e, por muitas vezes, o rejeita. A construção dessas mensagens matizadas acaba por reafirmar o Eu: surgem “fronteiras invisíveis” no tecido social e étnico, que se sustentam, sobretudo, em formulações teológicas. Por isso, nos interessa os discursos construídos nos livros proféticos do Antigo Testamento, sobretudo em Isaías20.

Por meio dos textos proféticos pretendemos compreender a avaliação e o impacto das políticas dos reinos de Judá e Israel, tanto internamente quanto na política externa. Mais precisamente, interessa-nos compreender o impacto do domínio assírio na Palestina a partir dos textos proféticos.

Como característica básica, os profetas eram pregadores, usavam sua oralidade para expressar suas mensagens. Isto já demarca uma questão de ordem crítico-documental: é necessário pensar em como os relatos orais passaram a registros escritos, reunidos no Antigo Testamento. Outra questão, esta de ordem interna à composição dos textos, diz respeito aos tipos de narrativa que os textos proféticos apresentam: eles podem ser “ditos proféticos”, com oráculos e mensagens “ditas” pelo próprio Deus; podem ser também relatos em 1ª pessoa, no qual se narra experiências particulares dos profetas; e, além disso, podem ser relatos em 3ª pessoa, que descrevem (talvez por outro redator) acontecimentos referentes às vidas dos

20

Acerca do livro de Isaías, ASTER (2007) e MACHINIST (1983) sugerem: 1,7-8; 2, 5-22; 3, 18-26; 5, 26-30; 7, 1-8; 7, 18; 8, 1-10; 8, 23; 10, 5-19; 10, 24-34; 11, 11-16; 14, 4b-21; 14, 24-31; 17, 1-3; 17, 18; 19, 23-24; 20; 23, 13; 27, 12-13; 28, 11-12; 28, 14-22; 29, 1-8; 30, 1-7; 30, 27-33; 31, 1-3; 31, 8-9; 33, 1; 33, 19.

profetas ou de seu ministério. É possível inferir, portanto, que os profetas podem ter escrito as profecias a eles reveladas21, ou podem ter sido conservado no interior da tradição oral dos discípulos desses profetas22.

No que concerne ao profeta Isaías, é sabido que ele foi contemporâneo à ameaça assíria contra Judá e Israel, no século VIII. Por esse motivo, Isaías é qualificado como o profeta da fé em tempos de grave crise que a nação enfrentava, sendo porta-voz de Yahweh, o qual é apresentado pelo profeta como sendo a única oportunidade de salvação do povo. Para tanto, cumpria o papel de avaliador da estrutura social e de suas implicações na esfera religiosa. Desse modo, Isaías esteve diretamente ligado aos diversos âmbitos que compunham esse cenário multifacetado que é a Palestina durante o século VIII.

A diversidade, inclusive, é uma característica dos textos proféticos, pois o longo processo de composição torna praticamente impossível uma reconstrução de todas as suas etapas. No caso do livro de Isaías, podemos demarcar que o plano textual está definido da seguinte forma:

(a) 1-12, oráculos contra Jerusalém e Judá; (b) 13-23, oráculos contra as nações; (c) 24-35, promessas;

(d) 24-27, Apocalipse de Isaías; (e) 33, liturgia profética pós-Exílio; (f) 34-35, pequeno Apocalipse;

(g) 36-39, apêndice tomado de 2Rs 18-19;

(h) 40-55, Segundo Isaías (escrito posteriormente dois séculos a Isaías), e (i) 56-66, Terceiro Isaías (escrito por outro profeta, denominado “Trito-Isaías”).

Esta estratificação textual, comum à época, revela um conjunto dispersos de relatos e escritos feitos/ditados por Isaías (a, b e c), acréscimos textuais de oráculos cronologicamente dispersos (d, e e f) e outros textos proféticos tardios reunidos sob o nome de Isaías (g e h).

Na tentativa de estabelecer uma categorização que defina de forma evidente as mensagens manifestas por Isaías, reunimos algumas passagens do livro do profeta do século VIII a.C. para nos auxiliar na recomposição dos aspectos mais importantes acerca desse contexto histórico particular.

21 Cf. Is 8, 1; 30, 8. 22 Cf. Is 8, 16.

No interior do Catálogo Documental, definiu-se as como Categorias Narrativas:

a) Corrupção moral de Judá

No primeiro conjunto de textos de Isaías, a temática recorrente diz respeito à denúncia de corrupção moral advinda do cenário de prosperidade vivenciado por Judá. O enriquecimento provocara desvios morais e injustiça, que são naturalmente rejeitadas pelo profetismo e a moral religiosa defendida por Isaías. Essa crise moral, obviamente, acarretou o desagrado da divindade:

13

O Senhor disse:

Visto que esse povo se chega junto a mim com palavras E me glorifica com lábios,

Mas o seu coração está longe de mim

E a sua reverência para comigo não passa de mandamento humano, de coisa apreendida por rotina,

14

O que me resta é continuar

A assustar este povo com prodígios e maravilhas; A sabedoria dos seus sábios perecerá

E o entendimento dos seus entendidos se desfará.

(Is 29, 13-14)

Ao povo era atribuída a culpa pela crise política e social que viviam, por conta de suas ações em dissonância com os comportamentos por Ele esperados.

b) Ruína de Israel e Judá

A postura adotada pelo povo de Israel e Judá provoca lamentos:

4

Ai da nação pecadora! Do povo cheio de iniquidade! Da raça dos malfeitores, dos filhos pervertidos!

Eles abandonam a Yahweh, desprezam o santo de Israel, E afastam-se dele.

(Is 1, 4)

O lamento de Isaías é, também, o diagnóstico do descontentamento divino, que faz justificado as ações de Yahweh, aplicando castigos às infidelidades do povo de Israel e Judá. A ruína desses reinos seria explicada por causas internas, tornando as questões geopolíticas como parte de uma conjuntura religiosa que era, antes de tudo, uma macroestrutura de poder que perfazia todas as esferas da vida das populações.

c) Aliança com a Assíria

Diante do desarranjo sócio-político em questão, o avanço territorial assírio sobre a região sírio-palestina era explicada em bases teológicas: os assírios eram encarados como objetos da ira e vingança de Yahweh, que punia ímpios dentro de seu povo. Assim,

26

Ele deu sinal a um povo distante, Assobiou-lhe desde os confins da terra; Ei-lo que vem chegando apressado e ligeiro.

27

No meio dele não há cansados nem claudicantes, Não há nenhum sonolento, ninguém que dormite, Ninguém que desate o cinto dos seus lombos, Ninguém que rompa a correia de suas sandálias.

28

Suas flechas estão aguçadas e todos os seus arcos retesados, Os cascos de seus cavalos parecem sílex,

As rodas de seus carros lembram o furacão

29

Seu rugido é como o de uma leoa, Ruge como o leão novo:

Ruge enquanto agarra a presa,

Arrebata-a e não há quem consiga tomar-lha.

(Is 5, 26-29)

Essa expressão de uma imagem “elogiosa” à Assíria é decorrente da política de alianças diplomáticas que Judá travou com o Império Neoassírio, tendo em vista a proteção e defesa assíria perante as hostilidades de Damasco e Israel. Em troca, a Assíria recebia homenagens e o pagamento de tributos, que passaram a ter forte impacto na dinâmica econômica da região.

d) Aliança contra a Assíria

Porém, não tardou para que a atuação política assíria passasse a desfrutar de críticas e, por extensão, serem estereotipados como o Outro (tanto religioso e militar, quanto étnico e cultural). A Assíria se converte no inimigo a ser combatido, o que gera a política de alianças militares com o Egito. Porém, essa política diplomática e militar também recebe fortes críticas de Isaías: para o profeta, o povo deveria manter retidão e confiança em Yahweh, pois Ele era a única oportunidade de salvação para seu povo.

27

Eis que o nome de Yahweh vem de longe; Ardente é sua ira, e grave é sua ameaça. Seus lábios transpiram indignação, Sua língua é como fogo devorador.

28

Seu sopro é como torrente transbordante, Que chega até o pescoço,

Sacodindo as nações com sacudida que as leva à frustração, Impondo aos povos freio que os descaminha.

29

O cântico se apoderará de vós como na noite da festa, E a alegria inundará vossos corações

Como a alegria de quem marcha ao som da flauta, Ao dirigir-se ao monte de Yahweh, à rocha de Israel.

30

Yahweh fará ouvir sua voz majestosa Ele mostrará o braço a mover-se,

No ardor de sua ira acompanhada de chamas de fogo, De raios, de chuva e de granizo.

31

Com efeito, à voz de Yahweh, a Assíria ficará apavorada; Com o bastão ele a ferirá.

32

A cada passagem de Yahweh, virá o bastão do castigo Que ele lhe imporá;

Ao som de tambores e de cítaras, Em guerra sagrada a combaterá.

(Is 30, 27-32)

Uma vez que a guerra era sagrada e implicava uma questão de soberania e poder de Yahweh, a crença no socorro e na vitória deveria ser inequívoca, tornando qualquer aliança militar terrena um esforço vazio para decidir uma contenda que só cabia ao plano divino. O ceticismo e/ou a falta de crença do povo na resolução divina justifica as críticas de Isaías e, por extensão, seus “momentos de silêncio”.

e) Revoltas contra a Assíria

Impacientes pela resolução de Yahweh, os homens de Israel agiam. As alianças e as revoltas tornaram-se mais frequentes, bem como as denúncias e presságios proféticos.

5

Onde podereis ser feridos ainda, vós que perseverais na rebelião?

Com efeito, toda a cabeça está contaminada pela doença, todo coração está enfermo;

6

Desde a planta dos pés até a cabeça, não há lugar são. Tudo são contusões, machucaduras, e chagas vivas,

Que foram espremidas, não foram atadas nem cuidadas com óleo.

7

Vossa terra está desolada e vossas cidades estão incendiadas Vosso solo é devorado por estrangeiros sob vossos olhos É a desolação como devastação de estrangeiros.

8

A filha de Siãoa foi deixada só como choça em vinha Como telheiro em pepinal,

Como cidade sitiada.

O conjunto desses relatos – que são repetidos e/ou reforçados em diversas outras passagens do livro de Isaías – demonstram, por um lado, o quanto era inútil a atuação humana em uma contenda que só Yahweh tinha poder para solucionar; por outro, permite ver pela ótima dos “vencidos” o poderio de repressão e submissão que os assírios praticavam contra inimigos revoltosos.

Em suma, a penetração do elemento religioso como parte atuante nas guerras tornaram-nas sagradas, guerras ordálicas. Tanto para a Assíria quanto para Israel, a guerra era um elemento de soberania religiosa, com impacto na esfera cósmica e religiosa, que reverberavam no mundo político, econômico e social. Por meio das guerras ordálicas, Assíria e Israel encontraram um ponto de ligação e contato, mas de lados opostos: identidades religiosas, étnicas e culturais se desenvolvem e são refletidas nas fontes históricas que, de ambos os lados, atravessaram a fronteira do tempo e chegaram – mesmo que muitas vezes em estado fragmentado – até nós.

(IN)CONCLUSÕES:

ASSÍRIA, ISRAEL E AS GUERRAS ORDÁLICAS

A prática da guerra foi um traço comum e recorrente nas civilizações da Antiguidade. No Antigo Oriente Próximo, os assírios assumiram traços – qualificador étnico – de povo militarizado, afligindo derrotas aos povos vizinhos e enviando mensagens visuais claras às audiências dos relevos neoassírio, um corpus narrativo singular e de suma importância para compreender a história do Império Neoassírio.

No que se refere á guerra na Assíria, é importante ressaltar que a concepção de mundo mesopotâmica ligava as dimensões humanas às esferas divinas da existência, sendo que os deuses eram os autores e governantes do universo e de cada um de seus elementos, ao passo que os reis assírios – que eram instrumentos dos deuses – eram proprietários e responsáveis pelos seus territórios e de cada uma de suas riquezas e súditos. Nesse sentido, os reis precisavam das sanções divinas, haja vista que eles estavam a serviço dos deuses (POLLOCK, 2008, p. 188). Dentre as bênçãos e favores divinos concedidos à realeza estavam as conquistas territoriais e as vitórias militares, que demonstravam a satisfação dos deuses com a atuação coerente dos reis, que haviam cumprido devidamente com suas atribuições. Do contrário, os reis eram punidos severamente por toda natureza de desastres naturais que recaem com a autorização divina (THOMASON, 2005, p. 55).

Cabia, portanto, ao rei assírio infligir a derrota aos inimigos da realeza, da Assíria e das divindades do Império e, com fins de perpetuação de uma imagem que assume sentido prático – a existência da representação é dotada de um caráter mágico que a efetiva como sendo real e, consequentemente, tendo um caráter prospectivo da memória que se pretendeu ser lembrada –, construíram uma tradição escultórica fixada às paredes dos palácios imperiais, convertendo-se em arquivos oficiais da realeza.

Os inimigos da Assíria na Palestina durante o século VIII a.C., Israel e Judá, também possuía concepções próximas acerca do caráter que a guerra assumia, enquanto fato político e religioso. Analisando os textos proféticos de Isaías é possível identificar o ato da guerra como uma atribuição da divindade, que se personifica como instrumentos de salvação e libertação de seu povo, sendo a vitória uma verdade imanente, desde que os seus fieis cumpram devidamente seus cultos. A derrota, submissão, crise e violência que é ocasionada

ao reino de Israel e ao de Judá foram permitidas por sua própria divindade, como sinal de punição e castigo consentido, sendo a Assíria o instrumento dessa punição.

Assim, a guerra assumira feições de guerras ordálicas em ambos os lados do campo de batalha: em Israel e em Judá, a paz e a prosperidade só seriam possíveis mediante a realização correta dos cultos e o reestabelecimento moral que se havia perdido; enquanto isso, as ameaças e assaltos de inimigos estrangeiros continuariam a ocorrer de forma consentida por Yahweh. Já para o caso assírio, o sucesso militar e a paz e a prosperidade do Império dependiam de um julgamento positivo da figura pessoal dos reis assírios, que poderia ser manifesto magicamente por meio da fertilidade e abundância agrícola e/ou dos sucessos militares ao expandir as fronteiras dos domínios de Assur (READE, 1999, p. 19). Para manter a realeza, em nome do deus Assur, a guerra converteu-se em instrumento de conquista e incorporação de territórios estrangeiros, como forma de estabelecer a Ordem assíria no resto do universo (LIVERANI, 1979 apud. THOMASON, 2005, p. 64). Isto se deve ao fato de que a expansão militar foi entendida, em termos religiosos – uma vez que eram comandadas pelos deuses –, como um esforço para punir transgressões políticas e/ou religiosas contra o reino e os deuses (THOMASON, 2005, p. 63-64; ROUX, 1987, p. 309-311).

Eram dois exércitos no campo de batalha, duas identidades étnicas que se contrapunham, dois universos religiosos que rivalizavam entre si, uma zona territorial de estratégico comércio em disputa: ambos os lados produziram suas narrativas sobre si e sobre o Outro.

É sintomático afirmar, em suma, que o conjunto desses relatos são de fundamental importância para compreender o período de (a) formação e consolidação da identidade étnica de Israel e de (b) maior poderio militar e desenvolvimento imperial neoassírio. Por esse motivo, as fontes devem ser lidas e interpretadas em seus contextos particulares por meio de uma crítica documental que seja capaz de demarcar as definições étnicas formuladas de parte à parte, bem como delimitar as zonas de abrangência e as reminiscências que os discurso de alteridade outrora construídos encontram no presente. Entender a historicidade dos objetos históricos e contextualizá-los devidamente contribui para a produção de um mundo – que não tarde a chegar! – capaz de lidar com as diferenças étnicas e capar de produzir justiça social.

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