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Transcrição da entrevista com Berçarista 2

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Nascimento do filho/a: 2015.

Fale-me sobre sua experiência materna.

Eu tenho dois filhos, uma de 8 e um de dois, foi uma experiência que demorei para realizar, tive filho um pouco tarde, já estava com 30 anos. Porque casei e meu marido foi adiando, porque tinha medo da responsabilidade, questões financeiras também, aí demoramos para ter. Mas eu adoro ser mãe, cuidar deles, passar valores para eles. Até porque meus pais são separados, não foi criada por eles, então meus filhos estão tendo uma família diferente da que tive. É claro que dá trabalho, preciso conciliar tudo, filhos, casa e serviço, mas eu adoro ser mãe.

Como foi para você retornar ao trabalho após a licença maternidade?

Da minha primeira foi mais tranquilo, porque eu ainda não trabalhava aqui. Na época trabalhava em um consultório de uma dentista e assim que ganhei ela já pôs na cabeça que queria sair do serviço. Só que não dava, porque eu tinha feito o financiamento da casa, então precisava de dinheiro para ajudar meu marido. Mas aí meu marido falou para trabalhar só até os 6 meses, depois eu sairia, mas na verdade acabei saindo antes, saí quando ela tinha quatro meses. Aí fiquei em casa cuidando dela até um ano, depois que prestei o concurso e voltei a trabalhar. Do meu menino (segundo filho), foi mais difícil, sofri mais, porque já sabia que teria que continuar a trabalhar, por mais que eu quisesse cuidar dele não poderia abandonar o emprego, porque é um concurso, não é fácil passar. Cuidei exclusivamente dele até os 6 meses, mas depois tive que voltar. No primeiro dia cheguei aqui chorando, quando vi as crianças, os bebês que cuido chorei mais ainda, porque o que sentia era uma falta muito grande, sofri muito. Depois eu consegui vaga aqui para ele, porque eu tava amamentando, na verdade amamento ainda hoje. Foi um pouco mais tranquilo, mas não tanto, porque quando a gente chegava aqui a gente se separava, tinha que se separar, porque aqui não sou mãe, sou berçarista. Então ia eu para minha sala cuidar dos bebês e ele para a sala dele porque eu como mãe não posso cuidar. Mas fiquei amamentando, tinha hora para isso e dava certo, até que um dia me proibiram de dar mamá para ele. Aí meu mundo caiu, me senti mal mesmo! Mas foi só na primeira semana, eu sentia muito mal porque ele me via e chorava, aí sentia como se não tivesse sendo uma boa mãe, nem mamá dava, mas depois a gente se acostumou. Hoje ele me vê, dá tchau, mas só, não chora mais, a gente vai se adaptando, né? Na verdade, dou mamá

ainda hoje, só que aqui não e por causa disso sempre pensei e até hoje não sei o que é pior, se é trabalhar e deixar o filho em outro lugar, ou se é trazer junto e não poder cuidar. Por um lado é bom porque se acontecer alguma coisa, posso ajudar, estou perto, mas por outro lado ser trabalhadora, berçarista e não poder cuidar dele é muito triste. Olha como é complicado, quando me tiraram a oportunidade de dar mamá para ele foi horrível, minha sala era ao lado da dele, ele chorava, chorava, chorava e eu escutando. Não sei, as vezes nem era fome também, mas como mãe doía! Era o horário que ele gostava de mamá, eu escutava ele sofrendo e pensava, agora não posso fazer nada! Aí foi muito ruim!

Depois da maternidade, o que mudou em seu trabalho?

Olha mudou muita coisa, agora que sou berçarista, além de ser mãe, mas que também senti o que é me separar, consigo me colocar no lugar destas mães. Sei como é ruim sofrer, nós sofremos ele e eu, então assim, cuido muito mais, aumentou minha responsabilidade, tudo está outra coisa. Porque me coloco no lugar delas, mas também penso muito nas crianças, elas precisam de uma atenção maior, um carinho de quem está cuidando. Para mim a segunda maternidade veio para dar mais responsabilidade, então foi muito bom, uma transformação positiva.

E como era trabalhar antes de ele nascer?

Antes eu trabalhava com crianças maiores, era bom, já tinha minha menina maior então também serviu para eu dar continuidade, mas era um trabalho normal, acho que com o nascimento dele mesmo foi que mudei, porque aí fui trabalhar com os pequenos e isso é diferente.

Que sentido tem o trabalho para vocês hoje?

Ah meu trabalho para mim serve como um incentivador, comecei a trabalhar aqui como berçarista e isso foi me instigando, aí decidi fazer pedagogia para dar continuidade, aprender um pouco mais para ajudar eles. Porque no começo quando ele nasceu, pensei em trabalhar meio período só e cuidar deles e da casa o resto do tempo, mas quando comecei a trabalhar fui gostando, gostando do trabalho, do contato com as crianças, e isso foi me fazendo a desejar buscar a conhecer um pouco mais. Foi quando comecei a faculdade, faço a distância, porque presencial não dá porque preciso cuidar deles, mas mesmo sendo a distância tá me ajudando muito, termino em março do ano que vem. Tá me ajudando muito, faço outros

cursos também, estou adorando, porque tudo acrescenta, então tudo que posso dentro do possível estou fazendo.

Como é a divisão de tarefas em casa?

Eu fico cuidando deles a noite e de manhã todos os dias, meu marido não tem me ajudado muito, porque trabalha de segunda a segunda, então me ajuda assim dentro do possível cuidar deles. Então não dá para fazer tanto, ajuda a cuidar deles, mas cozinhar, lavar, passar e as coisas de casa sou eu quem faço, porque não dá tempo para ele fazer. Olha eu falo isso, mas a gente sabe que ser mãe e voltar a trabalhar não é fácil, eu já sabia que seria assim, mas é muito bom de um modo geral voltar a trabalhar. Ocupa meu tempo com coisas diferentes, me tira de casa, faz conhecer outras pessoas e não só cuidar de filhos, né? Me faz crescer e contribuir, então foi bom voltar a trabalhar apesar de não ter sido fácil.

APÊNDICE J: Transcrição da entrevista com Merendeira 1

Nascimento do filho/a: 2014. Este ano, 2017, teve outro filho.

Fale-me sobre sua experiência materna.

A minha experiência como mãe desta vez tem sido boa, porque quando eu tive a minha menina de oito anos, eu não trabalhava na prefeitura. Eu trabalhava no comércio, então eu ficava todo dia mais de oito horas distante dela. Após ter passado no concurso melhorou muito, porque o fato de eu trabalhar na educação me ajuda, porque posso levar eles junto comigo para creche. O meu menino de um ano e oito meses fica lá na unidade junto comigo. Então é bom, porque não tenho que ficar longe deles. Mas agora com o meu menino pequeno (filho de seis meses), que acabei de ter, eu terei que ficar longe. Porque não estou conseguindo vaga para ele na creche. Agora como mãe a experiência é muito boa, tudo bem que querendo, ou não a gente sacrifica para trabalhar, porque sabe que pode dar uma condição melhor para eles, o que acaba sendo muito gratificante, então o trabalho passa a fazer toda a diferença. Eu amo ser mãe, para mim é muito gostoso ser mãe! (Risos).

Como é para você retornar ao trabalho após a licenças maternidade?

Então, do D. para mim foi muito fácil, porque na época eu ia trabalhar e já levava minha menina para a escolinha onde ela fica enquanto eu trabalho e que é próxima da creche onde eu fico. Aí levava o D comigo e ele ficava lá com as berçaristas enquanto eu trabalhava. Foi muito bom isso, porque eu moro do outro lado da cidade, tenho que pegar dois ônibus todos os dias, eu moro na zona sul e trabalho na zona leste, então tenho que pegar na verdade quatro ônibus, porque são dois para ir e dois para voltar. Só que agora com o B. não terá mais condições de eu ir de ônibus, porque como vou atravessar a cidade com três crianças, não tem como. Então agora mais do que nunca meu marido será uma peça fundamental para mim, tanto no meu casamento, quanto na ajuda para cuidar deles. Porque agora ele vai me levar e buscar de carro todos os dias. Mas vai ser assim, quando ele não tiver fazendo turno, porque ele trabalha rodando turno, ele vai me ajudar a cuidar do B. (bebê de 6 meses). Não vai ser muito fácil, porque eu ainda não arrumei uma pessoa para me ajudar a cuidar dele quando meu marido tiver trabalhando, nem encontrei vaga na creche também. Assim, por conta da distância fica mais difícil, mas eu gosto da unidade onde trabalho. Já cheguei a pedir transferência, mas não quero mudar, porque já me acostumei lá, gosto das crianças, gosto das

colegas e também é um jeito de deixar meus filhos perto de mim. Então mesmo sendo longe, enfrento a dificuldade e fico lá porque gosto.

O que mudou em seu trabalho após a maternidade?

Mudar mesmo no trabalho eu acredito que por enquanto não mudou não, mas sinto que o que vai mudar vai ser mesmo agora por causa do B. não é que não irei realizar meu serviço, ou que farei as coisas mais rápido, mas irei ficar mais preocupada, porque ele vai ficar longe de mim. Porque antes tava tudo tranquilo, eu poderia sair mais tarde do serviço, mas agora não irei poder atrasar um minuto a mais, porque terei que sair e ver como ele está, o que precisarei fazer para cuidar dele. Então mudança mesmo eu vou sentir agora, porque do D. no trabalho mesmo não mudou nada. Continuava tudo igual, ficava tranquila, quando precisava de ficar a mais eu ficava, porque eles estavam lá perto de mim. Então acho que vai mudar mesmo, terei que cumpri o horário à risca.

Como era o trabalho antes da maternidade?

Então na verdade eu sempre vi o trabalho da mesma forma, porque o profissionalismo sempre precisa ser priorizado. Muitas coisas vão acontecendo, muda um pouco da equipe, mas a atividade é a mesma, porque é dar uma continuidade. Faço comida, sigo um cardápio, não muda muito. Na verdade, mesmo com as crianças eu busco fazer o melhor, sigo um caminho para dar certo em casa e no serviço. Pois é, antes dava para fazer tudo em um modo organizado, mas agora com ele ficando longe não sei se terei tempo para cuidar de mim, para ser mãe de um modo mais tranquilo vamos ver no que dará. Porque na verdade é só trabalhando, continuando no serviço para poder criar uma rotina fora de casa. Eu acho que dará certo porque meu marido como falei é peça fundamental, porque ele praticamente faz de tudo, mas não gosta de lavar louças (risos), mas ele dá banho, troca as crianças, fica com os meninos quando eu não estou, arruma a casa. Porque ele sabe que lá em casa não é só o trabalho da mulher é um trabalho do conjunto, de nós dois. Então tudo é dividido, se uma semana ele lava a roupa, na outra eu lavo, a gente procura fazer junto, só a faxina que deixo inteira para ele, ele faz tudo e eu fico com a responsabilidade de manter ao longo da semana. Porque lá em casa os trabalhos domésticos não são coisas de mulher, eu faço a janta, porque sei que tem que fazer, mas tem dias que não quero fazer porque estou muito cansada, aí falo com ele e ele faz. Então é tudo dividido sim e é isso que faz dar certo a minha vida no trabalho e em casa como mãe, mulher e tudo.

Que sentido tem o trabalho para você?

O sentido maior é que eu tenho muito prazer em trabalhar com crianças, além do que lá a gente é merendeira, mas a gente também ensina para as crianças. Temos um projeto de orientação para elas, tipo na páscoa a gente ensinou eles a fazer brigadeiro de cenoura, foi lindo! Eles gostaram muito! Eles ficam muito próximos de mim e isso é bom até para meu psicológico, porque a gente acaba pegando muito amor neles. Como lá tem muita criança carente, carente mesmo e têm muitas destas que muitas vezes a única forma de alimentação é lá na creche, então é muito bom saber que estou contribuindo. Tá certo que o financeiro também conta muito e é este um dos motivos pelos quais não paro de trabalhar, porque a gente acabou de comprar uma casa e querendo ou não a gente tem que ajudar. Como eu falei, meu marido me ajuda com as tarefas domésticas e eu ajudo ele com a renda, porque nós somos um conjunto. Mais é isso, meu trabalho me dá muito prazer! Claro que voltar ao trabalho me preocupa, principalmente porque eu tenho três filhos, a gente fica meio receosa, meio insegura, no meu caso mesmo não conseguir a vaga me faz sofrer muito. Porque penso na nossa distância, mas penso no aleitamento, muitas mulheres param de amamentar por não ter condição e eu não queria que fosse assim comigo. Na semana passada mesmo só chorei, porque fui atrás, mas não consegui a vaga. Da medo do novo, a gente não sabe como vai ser, então nestas horas entendo como as mães se sentem e muitas vezes acabam pedindo demissão, porque existe um medo mesmo. Mas de um modo geral o trabalho apesar de sofrido tem um grande sentido sim!

APÊNDICE K: Transcrição da entrevista com merendeira 2

Nascimento do filho/a: 2015.

Fale-me de sua experiência materna.

É uma experiência muito diferente, porque é única na verdade! Tudo é uma novidade, desde a concepção até a evolução das crianças, tudo é uma novidade na vida da gente, porque hoje tenho um de 4 anos e outro de 1 ano e 10 meses, então cada dia é uma novidade para mim. É bom, porque eu adoro quando eles me olham e falam que eu estou linda! Eu faço tudo por eles, porque para mim eles são a melhor parte de mim! Ser mãe é tão único que eu falo que de um filho para o outro muita coisa muda, porque eu acho que a gente fica bem mais tranquila com o segundo. O primeiro pensei que não daria conta, me preocupava demais, já o segundo eu cuido, mas não me preocupo tanto porque sei que dou conta, sei que posso pegá- los no colo a qualquer hora que não vai dar problemas. Eu acho que a gente fica bem mais tranquila. E eu vejo isso sendo passado até para eles, porque não sei se tem alguma ligação, mas o mais velho é mais tímido, é mais ressabiado, não é uma criança que vai com todo mundo e o segundo já é mais dado, eu acho que é mais livre que o primeiro. O primeiro eu não deixava andar descalço hora nenhuma, porque achava que ia ficar doente, já o segundo eu não tenho todo este controle, porque tenho o mais velho para cuidar, então tem hora que ele acaba ficando mais livre. Então é por isso que falo que tudo é único porque existem estas diferenças sim!

Como foi para você retornar ao trabalho?

Foi muito difícil e não foi difícil só desta vez não. No primeiro filho, eu não trabalhava aqui, não dei conta, eu pedi demissão. Pedi porque achava que ninguém ia cuidar dele da forma como eu cuidaria, cumpri o mês de aviso lá e saí para cuidar dele. Só que a mesma empresa que eu prestava serviço dois meses depois me chamou para voltar, eles quiseram que eu ficasse meio período, aí voltei, porque enquanto trabalhava lá, meu filho ficava na creche. Com o tempo, isso na medida que ele crescia, eu fui ficando mais relaxada, fui aceitando melhor aí voltei a trabalhar dia todo. Já no segundo, como eu já trabalhava aqui, foi mais fácil, porque era menos horas, apesar da amamentação, porque eu sempre quis amamentar mais tempo. Foi mais flexível, porque consegui redução de carga horária, de 6 passei para quatro horas dia, o que me fez conseguir amamentar mais também, então foi bem melhor. Só que mesmo assim o retorno é muito difícil, porque para mim dar conta de tudo, dar conta do

filho, cuidar da minha casa, e ainda eu não queria que isso de alguma forma afetasse o serviço que eu presto. Porque eu me cobro muito no trabalho, então queria dar conta de tudo. Como fiz redução, de 6 horas para quatro, eu tinha que dar conta do meu serviço em menos tempo e eu sofria! Só que isso foi por alguns meses, hoje já estou em horário normal, agora tá bem tranqüilo, apesar de que fora da que fica corrido, por que preciso deixar ele em outra creche, porque aqui não consegui vaga, vir para o trabalho, sair da que, buscar os meninos e já ir fazer as coisas lá de casa. Então minha preocupação era essa, era tudo isso misturado, sabe? Porque eu precisava prestar conta de tudo e sozinha! Porque falando ainda das diferenças, senti uma diferença de ajuda do primeiro para o segundo, no caso do segundo meu marido ajuda, mas deixa a desejar sim. Me ajuda a dar banho nos dois, só que tem algo que eu não gosto, porque quando ele dá banho deixa os meninos meio molhado, então eu preciso ficar de sobre aviso, preciso ir lá secar porque não gosto que fique assim. Assim ele faz uma parte, se eu faço a janta, ele lava a louça, tira o lixo, ajuda do jeito dele. Mas poderia fazer mais, porque eu gostaria de mais colaboração. Eu cobro ele porque também me cobro, me comparo muito com outras mães. Porque têm mulheres que deixam o trabalho para cuidar dos filhos, eu não deixei, não pude!

O que mudou em seu trabalho após a maternidade?

Não sei te falar, porque sempre fiz tudo certinho, nunca deixei faltar nada, cumpro prazo, porque aqui é assim, tem hora para tudo, a comida tem que sair! Eu acho que não teve mudança quanto meu trabalho não! Porque acho que é de extrema importância o que faço, atendo muitas crianças aqui. Muitos deles não têm ... (silêncio), não têm nem o que comer em casa. Então faço com carinho, muitos deles na hora de ir embora me agradecem como se eu tivesse feito um favor para eles. Mas eu não estou fazendo um favor, faço minha obrigação! Eu acho muito importante o trabalho da merendeira, mas não sei se meus superiores pensam da mesma forma. Mas eu acho muito importante o que trabalho. Talvez não deem esta importância, talvez não gostam do que faço, mas eu dou o meu melhor! Ás vezes me sinto sem referência aqui, não sei para quem reportar exatamente o que sinto, falta mais presença, mais atenção.

Qual sentido tem o trabalho para você?

(Fica em silêncio)... Liberdade, liberdade porque vindo para cá eu saio da minha rotina, pensando também na maternidade, aqui e sinto livre, consigo desconectar um pouco da maternidade. Então aqui me vejo mais livre, Este é meu sentido porque o que fica difícil

depois de ser mãe é fazer algo para si mesma, não tenho tempo para muita coisa. Eu gostaria de fazer academia, gostaria de fazer para meu bem-estar, não para ficar com o corpo em forma, não é isso. Gostaria de fazer alguma atividade com a professora, mas não tenho este espaço! Porque uma coisa que me deixa chateada em meu relacionamento é que vejo muito cobrança assim sobre meu corpo mesmo. Tipo antes de você ficar grávida você não era assim, ah antes você não comia desta forma, ele sempre fala estas coisas para mim, o meu marido né? Então não gosto disso, não me sinto bem assim, não gosto desta cobrança, porque me faz mal e isso tem acontecido com frequência. Então vir para cá é como se de alguma forma tivesse fazendo algo para mim, por isso que me sinto livre. Então o sentido do trabalho para mim é a liberdade que ele me dá!

APÊNDICE L: Transcrição da entrevista com Professora 1

Nascimento do filho/a: 2014.

Como é ser mãe para você?

Para mim ser mãe foi a melhor coisa que me aconteceu, desde pequena fui aprendendo a ser. Me casei, desde então já era uma idéia ser mãe, aí meu marido e eu planejamos e aí então fiquei grávida do primeiro e dois anos depois já arrumei o segundo.

Como foi para você retornar ao trabalho após a licença maternidade?

Quando tive minha primeira filha foi muito difícil, porque eu tive depressão e desde que você falou que viria me entrevistar eu comecei a analisar e cheguei a conclusão que foi

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