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Utilizar estratégias diversificadas de ensino que atendam as diferenças individuais A sala de aula é um universo diverso de experiências, culturas, saberes, portanto,

No documento PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO (páginas 45-50)

de pessoas com características próprias. Nesse contexto, é preciso reconhecer que cada pessoa aprende de forma diferente. Da mesma forma, que cada assunto, temática ou conteúdo requer uma abordagem adequada a promoção da aprendizagem. Afinal, as "estratégias visam a consecução de objetivos", finalidade maior do ensino.

Não é possível limitar as possibilidades metodológicas. Com uma prática reflexiva, o professor precisa ter autonomia pedagógica para planejar situações de aprendizagem condizentes com os objetivos previstos, os recursos e meios disponíveis pela escola e a realidade da sala de aula.

As sugestões metodológicas apresentadas estão organizadas por eixos de complementação com intencionalidade formativas. São situações pedagógicas de integração e inter-relação entre as dimensões para a formação humana, ciência, tecnologia, trabalho e cultura gerada pela prática interdisciplinar:

a) Eixo de complementação a formação acadêmica:

O Eixo de complementação a formação acadêmica desenvolve-se com variado programa de atividades e metodologias, no diálogo entre das áreas de conhecimento ou componentes curriculares, por meio de Mostras Pedagógicas, Palestras, Projetos de Pesquisa, Feiras Pedagógicas, Exposições, Visitas a Centros Culturais, Saídas Pedagógicas (aulas de campo), etc.. Além de cursos relacionados ao projeto de vida ou as escolhas que cada aluno começa a definir nessa etapa de ensino. Nesse eixo também, complementa-se o currículo com ações intencionais relacionadas ao desenvolvimento da cidadania, da ética, da moral e na promoção da responsabilidade social.

b) Eixo de arte-cultura e esporte

De caráter de formação acadêmica, o eixo de arte-cultura tem a finalidade de proporcionar a formação e aquisição de valores culturais. No ensino da Arte será trabalhado além das bases teóricas da história da arte, as manifestações locais e expressões regionais, incluindo-se como conteúdo, a música.

Nesse eixo, como parte da formação cultural, o aluno é incentivado a participar da programação cultural do Sesc, no decorrer do ano letivo, com a finalidade de conhecer e aprender a apreciar as diversas linguagens da arte: cênica, plástica, musica, etc... ou seja, frequentar espaços como Teatro, Cinema, Galeria e tc.

As aulas de Educação Física serão oferecidas com as práticas sustentadas por aulas teóricas, focadas na prática do desporto como atividade física necessária a promoção da saúde física e mental.

c) Eixo de prática de ciências/Tecnologia

Vinculado a área de ciências da natureza, a prática de ciências tem a finalidade de proporcionar aulas práticas em laboratório com a finalidade de proporcionar aprendizagem significativa com comprovação científica, facilitando a formulação e a compreensão de conceitos nas áreas de física, química e biologia.

O conhecimento aplicado a prática, ou seja, o uso da tecnologia tem relevância no ensino médio pela possibilidade de contextualização do conhecimento e orientação didático- pedagógica.

d) Eixo de complementação pedagógica preparatória para exames de larga escala.

Esse eixo tem a finalidade de preparar o aluno do ensino médio para realizar avaliações de larga escala, por meio de simulações em tempo real e modelos de instrumentos com questões elaboradas no padrão dos vestibulares e ENEM.

16. PLANEJAMENTO

Todo planejamento nasce de um desejo, de uma intenção, de uma possibilidade ou necessidade. Toda ação pedagógica nasce de um desejo de criar, interagir, trocar, inovar, acrescentar.

“O planejamento é um processo ininterrupto, processual, organizador da conquista prazerosa dos nossos desejos onde o esforço, a perseverança, a disciplina são armas de luta cotidiana para a mudança pedagógica.” (Madalena Freire).

O planejamento de ensino constitui-se, então, na previsão, organização e avaliação de situações que propiciem condições para que os alunos construam conhecimentos sobre conteúdos e valores a serem explorados num determinado período.

A finalidade de um planejamento é permitir que se pense previamente no que se quer e no que se pode fazer, em função do aluno com que se trabalha e da sociedade em que se vive e se quer viver.

Como um instrumento que leva a uma tomada de decisão, concretizando-se através de ações reais, um planejamento que fique apenas no papel, nada significa. Ele precisa falar de vida, de uma história que está sendo construída, onde o aluno é o centro. Para tal, é de fundamental importância conhecer a realidade social e cultural dos alunos, os conhecimentos já adquiridos ou prévios, os valores e o saber do meio em que vivem e ter como questões centrais: O que os alunos já sabem? (nível de desenvolvimento real) O que ainda não conhecem? Devo ensinar o quê? Como? Quando e onde ensinar? E o que é importante que o aluno aprenda.

No início do ano letivo, quando ainda não conhecemos os nossos alunos, podemos obter essas informações no arquivo da escola, em conversas com colegas, com os próprios alunos e em entrevistas com os pais. Em relação a aprendizagem é fundamental destinar um período para sondagem, observação, avaliação diagnóstica da aprendizagem dos alunos.

Depois deste conhecimento sobre as características, condições e problemas da realidade em que irá atuar, analisar o resultado da sondagem/diagnóstico, os objetivos da série, os conteúdos e conceitos a serem trabalhados, o professor organizará os objetivos que pretende atingir com os alunos, norteado pelos indicadores levantados, sobretudo dos resultados da aprendizagem.

No planejamento deve constar duas categorias de objetivos gerais ou específicos. Os objetivos gerais são as grandes metas a perseguir, que se concretizam por meio de objetivos mais específicos. A seleção de conteúdos, conceitos, procedimentos e valores deverá ser realizada em função dos objetivos propostos.

A organização dos procedimentos de trabalho precisa estar adequada aos objetivos propostos, aos conceitos a serem construídos, aos conteúdos a serem explorados e ao nível de desenvolvimento dos alunos e do grupo. Também é importante destacar os objetivos essenciais/prioritários, ou seja, o que é relevante que o aluno aprenda porque tem implicação na continuidade do processo de construção do conhecimento relacionado aos objetivos que se deseja alcançar. Após identificar os objetivos essenciais ou prioritários, definir os secundários ou não essenciais.

Assim, planejamento e organização são essenciais dentro deste modelo pedagógico, visto que é da competência e responsabilidade do professor encaminhar a ação educativa, garantindo as condições necessárias para o sucesso da atividade. Já nos falava Freinet “não há educação não diretiva. Toda educação dirige. A direção é que pode ser estimuladora ou castradora.”

Ao planejar, o professor precisa conhecer o que planeja (os objetivos a serem alcançados, o conteúdo e o seu grupo), precisa ter claro como serão arrumadas as carteiras na sala, quais as propostas que serão oferecidas, os materiais disponíveis, os recursos necessários, inclusive tecnológicos); prever o tempo para discussão e realização da tarefa. Isto traduz uma ação organizada, que está longe de ser entendida como uma ação estática; mas, sim, como uma possibilidade de constante reflexão para novos planejamentos. E, o ato de planejar é sempre um processo que está intimamente associado ao ato de avaliar. E o processo de avaliação sendo processual e contínua, sucinta também, planejamento para recuperação da aprendizagem. A recuperação da aprendizagem é a ocasião para retomar os conteúdos essenciais e (re)planejá-los com novas estratégias metodológicas na perspectiva do alcance dos objetivos de aprendizagem.

De tudo o que falamos, planejar deixa de ser um ato solitário, passando a ser um ato coletivo, que deve levar em conta não só as metas educacionais como a autonomia de cada professor e o trabalho cooperativo entre seus pares. Qualquer planejamento precisa envolver a participação do grupo de professores e da equipe técnica da escola, promovendo-se momentos de encontro, onde será discutido, socializado, providenciado os recursos necessários e analisado a relação com as finalidades da escola. No trabalho coletivo se dá os planejamentos dos projetos e se estabelece o diálogo entre os componentes curriculares ou as áreas de conhecimento desencadeando atividades interdisciplinares ou multidisciplinares.

Um outro fator a ser considerado é o acompanhamento do planejamento – da ação vivida – por parte do professor. Não um acompanhamento contemplativo ou burocrático. Mas um olhar cuidadoso, possibilitando as mudanças necessárias em tempo hábil. Para tal, o professor deve ter clareza dos objetivos a serem alcançados, assim como o aluno saber o que se espera dele.

A última etapa do ato de planejar é a avaliação, momento em que repensamos o que ocorreu, como ocorreu, o que falta, o que poderia ser modificado. Origina-se então um novo planejamento.

16.1. O PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Planejar significa projetar propósitos e metas e estabelecer um plano para alcançá- los. O planejamento tem uma dimensão didática que implica na planificação de propostas que sob certa lógica de encadeamento, podem melhorar as condições de aprendizagem de um grupo de crianças.

O planejamento é uma das principais ações do professor e um dos fatores determinantes do sucesso da escola. Para planejar bem o professor precisa dominar os princípios do planejamento e os instrumentos para planejar. O trabalho de planejamento na escola deve se orientar por alguns princípios: a intencionalidade educativa e a articulação entre continuidade e diversidade.

Planejamento didático - em sentido estrito pode ser pensado de acordo com 3 modalidades organizativas: sequências didáticas, os projetos e as atividades permanentes. As sequências didáticas são conjuntos de atividades organizadas em ordem crescente de complexidade. Uma etapa depende da outra e permite que a próxima seja realizada. São planejamentos que respondem a conteúdos específicos que precisam ser apresentados às crianças.

Os projetos também se apresentam como um conjunto de atividades sequenciadas, cuja realização se orienta em torno da conquista de um objetivo. Neles, as crianças encontram contextos nos quais o conteúdo ganha sentido e tem sua complexidade – em termos de prática social – preservada.

As atividades permanentes são propostas regulares, em geral de caráter diário, que tem como principal objetivo criar um contexto para que as crianças desenvolvam familiaridade com determinadas situações e constituam hábitos e certos comportamentos.

No geral, o planejamento se reveste em instrumento fundamental para operacionalização dos objetivos, no sentido de alcançar as finalidades educativas e também possibilitar uma avaliação consistente e comprometida com a realidade da ação pedagógica. Nesse contexto, o professor é essencialmente um planejador de estratégias que possibilitem a mediação entre o conhecimento espontâneo da criança e o conhecimento cientifico. É necessário que o professor valorize o ato de planejar numa direção significativa e que vislumbre no planejamento seu mais eficiente aliado, construindo-se em sua práxis, contemplando neste a sua concepção da transmissão/construção de conhecimento.

O planejamento tem múltiplas funções, contempla não apenas a intencionalidade de tornar concreta a ação pedagógica, como ainda auxilia o professor na organização do espaço e dos recursos materiais, visto que a previsão de atividades permite que o material seja selecionado, possibilitando a melhor alocação do tempo.

É no planejamento que se especificam os passos da atividade, como por exemplo o uso do tempo, se ocorre a interdisciplinaridade, onde que o professor deve centrar seu olhar

para depois poder avaliar, ou seja, é no planejamento que devem aparecer intenções educativas claras.

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