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3) Gerenciamento de riscos

3.4. Valor justo de ativos e passivos financeiros

A Organização aplica a IFRS 13 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer a divulgação das mensurações do valor justo de acordo com os seguintes níveis hierárquicos de mensuração pelo valor justo:

• Nível 1

Preços cotados em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos. Ativos e passivos de Nível 1 incluem títulos de dívida e patrimoniais e contratos de derivativos, que são negociados em um mercado ativo, assim como títulos públicos brasileiros, que são altamente líquidos e ativamente negociados em mercados de balcão.

• Nível 2

Dados observáveis, que não os preços de Nível 1, tais como preços cotados para ativos ou passivos similares; preços cotados em mercados não ativos; ou outros dados que são observáveis no mercado ou que possam ser confirmados por dados observáveis de mercado para, substancialmente, todo o prazo dos ativos ou passivos. Os ativos e passivos de Nível 2 incluem contratos de derivativos, cujo valor é determinado usando um modelo de precificação com dados, que são observáveis no mercado ou que possam ser deduzidos, principalmente, de ou ser confirmados por, dados observáveis de mercado, incluindo mas não limitados a curvas de rendimento, taxas de juros, volatilidades, preços de títulos de dívida e patrimoniais e taxas de câmbio.

• Nível 3

Dados não observáveis, que são suportados por pouca ou nenhuma atividade de mercado e que sejam significativos ao valor justo dos ativos ou passivos. Os ativos e passivos de Nível 3, geralmente, incluem instrumentos financeiros, cujo valor é determinado usando modelos de precificação, metodologias de fluxo de caixa descontado, ou técnicas similares, assim como instrumentos para os quais a determinação do valor justo requer julgamento ou estimativa significativos da Administração. Esta categoria, geralmente, inclui certos títulos emitidos por instituições financeiras e empresas não financeiras e certos contratos de derivativos.

A marcação a mercado dos títulos os quais não apresentam fonte pública, consistente e regular de divulgação, o Bradesco utiliza os modelos definidos pela CMM e disponibilizado através do manual de marcação a mercado para cada modalidade de título. Por meio de métodos e modelos matemáticos-financeiros, os quais capturaram os efeitos e variações nos preços dos ativos objetos da marcação a mercado ou de similares, o Bradesco é capaz de apurar de forma clara e consistente seu valor justo dos ativos e passivos de Nível 3.

A tabela a seguir apresenta a composição dos ativos e passivos financeiros mensurados a valor justo, classificados pelos níveis hierárquicos:

R$ mil 31 de dezembro de 2015

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Valor Justo Títulos públicos brasileiros 91.024.831 2.808.135 150 93.833.116 Títulos e ações emitidos por empresas não financeiras 2.726 7.462.571 209.060 7.674.357 Títulos emitidos por instituições financeiras 602.526 14.720.225 - 15.322.751 Aplicações em quotas de fundos 21.711.385 - - 21.711.385 Títulos públicos de governos estrangeiros 784.507 - - 784.507 Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior 1.426.416 - - 1.426.416 Títulos para negociação 115.552.391 24.990.931 209.210 140.752.532 Instrumentos financeiros derivativos (ativos) 77.357 18.793.525 35 18.870.917 Instrumentos financeiros derivativos (passivos) - (19.325.312) (20.417) (19.345.729)

Derivativos 77.357 (531.787) (20.382) (474.812)

Títulos públicos brasileiros 66.150.482 - 65.370 66.215.852 Títulos emitidos por empresas não financeiras 4.460.456 29.657.956 1.643.401 35.761.813 Títulos emitidos por instituições financeiras 3.449.165 1.193.879 - 4.643.044 Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior 4.791 - - 4.791 Títulos públicos de governos estrangeiros 1.746.204 - - 1.746.204 Ações de companhias abertas e outras ações 2.293.172 2.654.155 4.376.419 9.323.746 Títulos disponíveis para venda 78.104.270 33.505.990 6.085.190 117.695.450 Títulos públicos brasileiros 29.158.113 - - 29.158.113 Títulos emitidos por empresas não financeiras 2.488.929 - - 2.488.929 Títulos emitidos por instituições financeiras 1.817.967 - - 1.817.967

Ativos cedidos em garantia 33.465.009 - - 33.465.009

R$ mil 31 de dezembro de 2014

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Valor Justo Títulos públicos brasileiros 33.361.270 1.653.447 189 35.014.906 Títulos e ações emitidos por empresas não financeiras 6.140.460 - 4.192.257 10.332.717 Títulos emitidos por instituições financeiras 12.021.814 - 3.883.495 15.905.309 Aplicações em quotas de fundos 12.336.964 - - 12.336.964 Títulos públicos de governos estrangeiros 68.397 - - 68.397 Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior 418.561 - - 418.561 Títulos para negociação 64.347.466 1.653.447 8.075.941 74.076.854 Instrumentos financeiros derivativos (ativos) 1.682.609 2.738.848 - 4.421.457 Instrumentos financeiros derivativos (passivos) (133.004) (3.182.569) - (3.315.573)

Derivativos 1.549.605 (443.721) - 1.105.884

Títulos públicos brasileiros 70.075.922 - 73.115 70.149.037 Títulos emitidos por empresas não financeiras 1.849.728 - 39.517.045 41.366.773 Títulos emitidos por instituições financeiras 2.227.430 - 1.127.349 3.354.779 Títulos públicos brasileiros emitidos no exterior 261.901 - - 261.901 Ações de companhias abertas e outras ações 5.642.776 - 186.468 5.829.244 Títulos disponíveis para venda 80.057.757 - 40.903.977 120.961.734

Títulos públicos brasileiros 8.352.929 - - 8.352.929

Títulos emitidos por empresas não financeiras 3.661.955 - - 3.661.955 Títulos emitidos por instituições financeiras 3.858.993 - - 3.858.993

Ativos cedidos em garantia 15.873.877 - - 15.873.877

Total 161.828.705 1.209.726 48.979.918 212.018.349

Derivativos ativos e passivos

As posições de derivativos da Organização são determinadas usando modelos quantitativos, que exigem a aplicação de múltiplos dados, incluindo taxas de juros, preços e índices para gerar curvas contínuas de rendimento ou preços e fatores de volatilidade. A maioria dos dados de mercado é observável e pode ser obtida, principalmente, na BM&FBovespa e no mercado secundário. Outros derivativos quando negociados em bolsa, avaliados utilizando os preços cotados são classificados no Nível 1 da hierarquia de avaliação. Entretanto, poucas classes de contratos de derivativos estão listados em bolsa. Estes, são classificados como Nível 2 ou Nível 3. As curvas de rendimento são usadas para determinar o valor justo por meio do método do fluxo de caixa descontado, para swaps de moeda e swaps com base em outros fatores de risco. O valor justo dos contratos a termo e de futuro também é determinado com base em preços cotados no mercado nas transações de derivativos negociados em bolsa ou usando metodologias similares para aqueles descritos como swaps. O valor justo das opções é determinado utilizando preços cotados em bolsa ou por modelos matemáticos, tais como o Black-Scholes, usando curvas de rendimento, volatilidades implícitas e o valor justo do ativo subjacente. Preços atuais de mercado são usados para determinar as volatilidades implícitas. A maioria desses modelos não contém um alto nível de subjetividade, pois as metodologias utilizadas nos modelos não requerem julgamento significativo e os dados do modelo são prontamente observáveis a partir de mercados ativamente negociados. Esses instrumentos, geralmente, são classificados dentro do Nível 2 da hierarquia de avaliação. Os valores justos dos derivativos ativos e passivos também incluem ajustes para liquidez de mercado, qualidade de crédito da contraparte e outros fatores específicos das transações, quando adequado.

Os derivativos, avaliados com base em parâmetros de mercado significativamente não observáveis e que não são negociados ativamente, são classificados dentro do Nível 3 da hierarquia de avaliação. Os derivativos Nível 3 incluem derivativos de crédito (CDS ou Credit

Default Swaps) referenciados em títulos de dívida privados.

A tabela a seguir apresenta uma reconciliação de todos os ativos e passivos mensurados ao valor justo, de maneira recorrente, usando dados não observáveis relevantes (Nível 3) durante os exercícios de 2015 e 2014: R$ mil Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros disponíveis para venda Derivativos Ativos cedidos em garantia Total Saldo em 31 de dezembro de 2013 15.483.147 26.285.737 - 1.597.019 43.365.903 Incluído no resultado e outros resultados

abrangentes 1.182.719 3.177.784 - 326.944 4.687.447

Entradas 2.731.439 20.112.571 - 225 22.844.235

Baixas (11.258.124) (8.474.920) - (262.282) (19.995.326) Transferência entre níveis (63.240) (197.195) - (1.661.906) (1.922.341) Saldo em 31 de dezembro de 2014 8.075.941 40.903.977 - - 48.979.918 Incluído no resultado e outros resultados

abrangentes 451.287 2.494.337 - - 2.945.624

Entradas 1.101.585 7.469.980 (20.382) - 8.551.183

Baixas (2.387.864) (5.340.777) - - (7.728.641)

Transferência entre níveis (7.031.739) (27.023.324) - - (34.055.063) Transferência para mantidos até o

vencimento - (12.419.003) - - (12.419.003)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 209.210 6.085.190 (20.382) - 6.274.018

Em 2015, houve a transferência de títulos do Nível 3 para outros níveis de classificação, principalmente, para o Nível 2, no valor de R$ 34.055.063 mil. A transferência refere-se, basicamente, a títulos emitidos por empresas não financeiras, cujo valor justo nos exercícios anteriores, era calculado com base em modelos internos de precificação, principalmente, rating interno de cliente, e a partir de 2015, passaram a ser calculados com base em dados observáveis de mercado (curva de crédito da Anbima). Também em 2015, foram transferidos R$ 12.419.003 mil de Certificados de Recebíveis Imobiliários, da categoria de disponível para venda para a categoria de mantidos até o vencimento, em decorrência da mudança da intenção da Administração.

As tabelas a seguir demonstram os ganhos/(perdas) devido a variações no valor justo, incluindo os ganhos e perdas realizados e não realizados, registrados no resultado para os instrumentos financeiros ativos e passivos classificados no Nível 3 durante os exercícios de 2015, 2014 e 2013:

R$ mil Exercício findo em 31 de dezembro de 2015 Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros disponíveis para venda Ativos cedidos em garantia Total Receita de juros e similares 440.791 1.399.443 - 1.840.234

Ganhos/(perdas) líquidos realizados e não realizados 10.496 1.094.894 - 1.105.390

R$ mil Exercício findo em 31 de dezembro de 2014 Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros disponíveis para venda Ativos cedidos em garantia Total Receita de juros e similares 1.169.354 3.719.015 244.964 5.133.333

Ganhos/(perdas) líquidos realizados e não realizados 13.365 (541.231) 81.980 (445.886)

Total 1.182.719 3.177.784 326.944 4.687.447

R$ mil Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 Ativos financeiros para negociação Ativos financeiros disponíveis para venda Ativos cedidos em garantia Total Receita de juros e similares 2.499.220 1.067.146 264.920 3.831.286

Ganhos/(perdas) líquidos realizados e não realizados 48.335 (1.067.450) (141.274) (1.160.389)

Total 2.547.555 (304) 123.646 2.670.897

As tabelas a seguir demonstram os ganhos/(perdas) devido a variações no valor justo, incluindo os ganhos e perdas realizados e não realizados, registrados no resultado para os instrumentos financeiros ativos e passivos, classificados no Nível 3, que não foram liquidados durante os exercícios de 2015, 2014 e 2013:

R$ mil Exercício findo em 31 de dezembro de 2015

Ativos financeiros para negociação Ativos cedidos em garantia Total Ganhos/(perdas) líquidos da variação no valor justo 9.420 - 9.420

Total 9.420 - 9.420

R$ mil Exercício findo em 31 de dezembro de 2014

Ativos financeiros para negociação Ativos cedidos em garantia Total Ganhos/(perdas) líquidos da variação no valor justo (32.104) 79.710 47.606

Total (32.104) 79.710 47.606

R$ mil Exercício findo em 31 de dezembro de 2013

Ativos financeiros para negociação Ativos cedidos em garantia Total Ganhos/(perdas) líquidos da variação no valor justo 36.768 (142.011) (105.243)

Análise de sensibilidade dos ativos financeiros classificados como Nível 3

R$ mil 31 de dezembro de 2015

Impacto no resultado (1) Impacto no patrimônio (1)

1 2 3 1 2 3

Taxa de Juros em Reais - (1) (3) (16) (4.228) (7.399) Índices de Preços (69) (10.986) (20.489) (350) (58.074) (107.165)

Renda Variável - - - (24.141) (603.532) (1.207.063)

R$ mil 31 de dezembro de 2014

Impacto no resultado (1) Impacto no patrimônio (1)

1 2 3 1 2 3

Taxa de Juros em Reais (28) (8.412) (16.168) (4.506) (986.617) (1.766.138) Índices de Preços (181) (25.777) (48.804) (873) (122.229) (228.411)

Cupom Cambial (11) (703) (1.392) - - -

Moeda Estrangeira (564) (14.110) (28.220) - - -

Renda Variável - - - (1.119) (27.970) (55.940)

(1) Valores líquidos de efeitos fiscais.

As análises de sensibilidade foram efetuadas a partir dos cenários elaborados para as datas indicadas, sempre considerando as informações de mercado na época e cenários que afetariam negativamente nossas posições, conforme os cenários abaixo:

Cenário 1: Com base nas informações de mercado (BM&FBOVESPA, Anbima, etc.), foram aplicados choques de 1% de variação para preços e 1 ponto base para taxa de juros. Por exemplo: para uma cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 4,00, enquanto para uma taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário de 15,88%;

Cenário 2: Foram determinados choques de 25% com base no mercado. Por exemplo: para uma cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 4,96, enquanto para uma taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário de 19,83%. Os cenários para os demais fatores de risco, também, representaram choque de 25% nas respectivas curvas ou preços; e

Cenário 3: Foram determinados choques de 50% com base no mercado. Por exemplo: para uma cotação Real/Dólar de R$ 3,97 utilizaria um cenário de R$ 5,95, enquanto para uma taxa de juros prefixada de 1 ano de 15,87% aplicaria um cenário de 23,80%. Os cenários para os demais fatores de risco, também, representam choque de 50% nas respectivas curvas ou preços.

Instrumentos financeiros não mensurados ao valor justo

A tabela abaixo resume os valores contábeis e os valores justos dos ativos e passivos financeiros que não foram apresentados no balanço patrimonial ao seu valor justo, classificados pelos níveis hierárquicos:

R$ mil 31 de dezembro de 2015

Valor Justo Valor

Contábil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Ativos financeiros Ativos cedidos em garantia

• aplicações interfinanceiras de liquidez - 111.024.912 - 111.024.912 111.024.912 Mantidos até o vencimento 27.387.974 - 11.226.056 38.614.030 40.003.560 Empréstimos e adiantamentos

• a instituições financeiras (1) - 35.620.410 - 35.620.410 35.620.410 • a clientes (1) - - 340.574.061 340.574.061 344.868.464

Passivos financeiros

Recursos de instituições financeiras - - 293.242.911 293.242.911 293.903.391 Recursos de clientes - - 193.919.119 193.919.119 194.510.100 Recursos de emissão de títulos - - 110.005.449 110.005.449 109.850.047 Dívidas Subordinadas - - 49.752.718 49.752.718 50.282.936 R$ mil 31 de dezembro de 2014

Valor Justo Valor

Contábil Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Ativos financeiros Ativos cedidos em garantia

• aplicações interfinanceiras de liquidez - 136.738.812 - 136.738.812 136.738.812 Mantidos até o vencimento 27.141.530 - - 27.141.530 25.071.031

Empréstimos e adiantamentos

• a instituições financeiras (1) - 72.974.619 - 72.974.619 72.974.619 • a clientes (1) - - 326.701.918 326.701.918 328.064.004

Passivos financeiros

Recursos de instituições financeiras - - 279.875.143 279.875.143 279.940.227 Recursos de clientes - - 209.623.317 209.623.317 210.031.505 Recursos de emissão de títulos - - 85.190.081 85.190.081 85.030.399 Dívidas Subordinadas - - 35.890.227 35.890.227 35.821.666 (1) Os valores de empréstimos e adiantamentos estão apresentados líquidos da provisão para perdas ao valor

recuperável.

Abaixo apresentamos as metodologias utilizadas para determinar os valores justos apresentados acima:

Empréstimos e adiantamentos

Os valores justos foram estimados para grupos de operações de crédito similares com base no tipo de operação, qualidade de crédito e prazo de vencimento. O valor justo das operações prefixadas foi determinado mediante o desconto de fluxos de caixa estimados adotando taxas de juros, que equivalem aproximadamente às nossas taxas de juros para novos contratos para

operações similares. Nos casos de deterioração do crédito, os fluxos de caixa estimados para operações a taxas fixas e variáveis foram reduzidos de modo a incorporar as perdas estimadas. O valor justo relativo a operações de crédito de curso normal é calculado através do desconto dos fluxos de caixa do principal e dos juros programados até o vencimento, adotando as taxas de desconto do mercado e as curvas de rentabilidade, que refletem o risco de crédito e taxa de juros inerentes a cada modalidade de operação na data do encerramento de cada período apresentado. O valor justo para operações de crédito de curso anormal é calculado através do desconto dos fluxos de caixa ou ao valor da respectiva garantia.

As operações de crédito de curso anormal foram distribuídas nas respectivas categorias de operações de crédito, para fins de divulgação do cálculo do valor justo. As premissas referentes aos fluxos de caixa e às taxas de desconto são determinadas com base nas informações disponíveis no mercado e dados específicos sobre o tomador.

Mantidos até o vencimento

Os investimentos mantidos até o vencimento são contabilizados pelo custo amortizado. Os valores justos são baseados nas premissas mencionadas na Nota 2(e). Veja Nota 22 para detalhes do custo amortizado e do valor justo dos títulos mantidos até o vencimento.

Recursos de instituições financeiras e de clientes

O valor justo dos recursos de instituições financeiras e de clientes a taxas fixas com vencimentos preestabelecidos foi calculado mediante os fluxos de caixa descontados nas condições contratuais e as taxas atualmente praticadas no mercado para instrumentos, cujos prazos de vencimento e termos são similares. Para os depósitos a taxas variáveis, o valor justo foi considerado aproximadamente equivalente ao valor contábil.

Recursos de emissão de títulos

Os valores contábeis de recursos de emissão de títulos equivalem, aproximadamente, aos valores justos desses instrumentos.

Dívidas subordinadas

Os valores justos de dívidas subordinadas foram estimados por meio do cálculo de fluxos de caixa descontados, que aplica as taxas de juros oferecidas no mercado, cujos vencimentos e prazos são similares.

3.5. Gerenciamento de capital

Processo corporativo de gerenciamento de capital

O gerenciamento de capital é realizado de forma a proporcionar condições para o alcance de objetivos estratégicos da Organização para fazer face aos riscos inerentes às suas atividades. Nele é elaborado o plano de capital, identificando as ações de contingência a serem consideradas em cenários de estresse.

Alinhado às diretrizes estratégicas, a Organização exerce a gestão de capital, envolvendo as áreas de controle e negócios, conforme diretrizes da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração.

A estrutura de governança do gerenciamento de capital e do processo interno de avaliação da adequação de capital (ICAAP) é composta por Comitês e tem como órgão máximo o Conselho de Administração. Destaca-se o Departamento de Planejamento, Orçamento e Controle, cuja missão é promover a gestão eficiente e eficaz dos negócios, por meio do planejamento e gestão estratégica, subsidiando a Alta Administração com análises e projeções da disponibilidade e necessidade de capital, identificando ameaças e oportunidades que contribuem com o

planejamento da suficiência, otimização dos níveis de capital, sendo responsável por atender as determinações do Banco Central do Brasil pertinentes às atividades de gerenciamento de capital. Adequação do Patrimônio de Referência (PR)

Este processo é acompanhado diariamente e visa assegurar que a Organização mantenha uma sólida base de capital para apoiar o desenvolvimento das atividades e fazer face aos riscos incorridos, seja em situações normais ou em condições extremas de mercado, além de atender os requerimentos regulatórios.

Sob a ótica do Banco Central do Brasil, as instituições financeiras devem manter, permanentemente, capital (Patrimônio de Referência) e adicional de capital principal compatível com os riscos de suas atividades, representado pelo Ativo Ponderado pelo Risco (RWA), que é calculado considerando, no mínimo, a soma das seguintes parcelas:

RWACPAD: parcela relativa às exposições ao risco de crédito;

RWAMPAD: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do requerimento

de capital mediante abordagem padronizada, que se dá mediante a soma das seguintes parcelas:

RWAJUR: parcela relativa às exposições sujeitas à variação de taxa de juros;

RWAACS: parcela relativa às exposições sujeitas à variação do preço de ações;

RWACOM: parcela relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias

(commodities); e

RWACAM: parcela relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos

sujeitos à variação cambial.

RWAMINT: parcela relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao cálculo do requerimento

de capital mediante modelo interno; e

RWAOPAD: parcela relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional.

Além disso, a Organização deve manter também PR suficiente para fazer face ao risco de taxa de juros das operações não incluídas na carteira de negociação (risco da taxa de juros da carteira

Detalhamento do Patrimônio de Referência (PR)

A seguir, apresentamos o detalhamento das informações relativas ao PR da Organização, sob a

ótica do Consolidado Prudencial (1) e Financeiro:

Base de cálculo - Índice de Basileia(1)

R$ mil Basileia III

31 de dezembro

2015 2014

Prudencial (1) Financeiro

Patrimônio de referência nível I 77.506.951 77.198.803

Capital principal 77.506.951 77.198.803

Patrimônio líquido 88.906.644 81.508.250

Ajustes prudenciais (2) (11.399.693) (4.309.447)

Patrimônio de referência nível II 25.318.399 21.405.720

Dívida subordinada 25.318.399 21.405.720

Patrimônio de referência (a) 102.825.350 98.604.523

- Risco de crédito 556.440.558 544.797.828

- Risco de mercado 18.670.132 21.435.661

- Risco operacional 37.106.557 30.979.716

Ativo ponderado pelo risco - RWA (b) 612.217.247 597.213.205

Índice de Basileia (a/b) 16,8% 16,5%

Capital nível I 12,7% 12,9%

- Capital principal 12,7% 12,9%

Capital nível II 4,1% 3,6%

(1) A partir de janeiro de 2015, o índice de Basileia passou a ser apurado com base no “Consolidado Prudencial”, conforme a Resolução no 4.192/13 do Conselho Monetário Nacional; e

(2) A partir de janeiro de 2015, o fator aplicado sobre os ajustes prudenciais passou de 20% para 40%, conforme cronograma de aplicação das deduções dos ajustes prudenciais, definido no Art.11 da Resolução no 4.192/13 do

Detalhamento do Montante de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA)

Apresentamos a seguir a evolução dos ativos ponderados pelo risco (RWA) do Consolidado Prudencial e Financeiro: RWA R$ mil 31 de dezembro 2015 2014 Prudencial Financeiro Risco de crédito 556.440.558 544.797.828

Fator de Ponderação de Risco de 0% - -

Fator de Ponderação de Risco de 2% 328.283 147.754

Fator de Ponderação de Risco de 20% 4.518.512 2.024.991

Fator de Ponderação de Risco de 35% 6.008.247 4.995.128

Fator de Ponderação de Risco de 50% 10.078.977 8.175.758 Fator de Ponderação de Risco de 75% 119.281.405 130.444.268 Fator de Ponderação de Risco de 85% 132.933.131 101.542.404 Fator de Ponderação de Risco de 100% 243.218.248 257.528.910 Fator de Ponderação de Risco de 250% 29.065.106 28.949.551 Fator de Ponderação de Risco de 300% 10.715.057 10.745.990

Fator de Ponderação de Risco de 909,09% 293.592 243.074

Risco de mercado (1) 18.670.132 21.435.661

Taxa de Juros Prefixada em Real 10.701.612 6.932.576

Taxa de Juros de Cupom de moeda estrangeira 3.479.394 6.990.281 Taxa de Juros de Cupom de índice de preços 355.282 6.244.313

Preço de Ações - 445.602

Preço de Mercadorias (Commodities) 876 320.739

Exposição em Ouro, Moedas Estrangeiras e Câmbio 559.358 5.861.064

Risco operacional 37.106.557 30.979.716 Finanças corporativas 1.058.528 1.075.605 Negociação e vendas 3.452.346 5.611.414 Varejo 6.627.621 4.771.800 Comercial 14.447.459 13.215.216 Pagamentos e liquidações 7.806.207 3.679.832

Serviços de agente financeiro 2.365.768 1.514.018

Administração de ativos 1.250.498 1.031.478

Corretagem de varejo 98.130 80.353

Montante RWA 612.217.247 597.213.205

Patrimônio de Referência Exigido (PRE) 67.343.897 65.693.452 Risco de taxa de juros da Carteira Banking 3.701.899 3.528.879 (1) Para fins de apuração da parcela de Risco de Mercado, a necessidade de capital será o maior entre o modelo interno e

80% do modelo padrão, conforme Circular no 3.646/13 do Banco Central do Brasil.

A Organização encerrou o exercício de 2015 com um RWA de R$ 612.217.247 mil (2014 – R$ 597.213.205 mil).

O RWA para risco de crédito foi de R$ 556.440.558 mil, o que representou 90,9% do RWA total. Neste ano, o RWA de risco de mercado ficou em R$ 18.670.132 mil, representando 3,0% do RWA total. Para fins de capital regulamentar, foi utilizada a metodologia de cálculo do modelo interno, uma vez que 80% do modelo padrão ficou em R$ 12.686.684 mil. Em relação ao risco operacional,

o RWA foi de R$ 37.106.557 mil, valor equivalente a 6,1% do RWA total. O capital necessário para fazer face ao risco de taxa de juros da carteira Banking foi de R$ 3.701.899 mil.

Acompanhamento do Índice de Basileia e da margem

O Índice de Basileia é um indicador internacional, definido pelo Comitê de Basileia de Supervisão Bancária, que recomenda a relação mínima de 8% entre o capital e os ativos ponderados pelos riscos. No Brasil, em dezembro de 2015, a relação mínima exigida era de 11% para PR, 6% para Nível I do PR e 4,5% para Capital Principal, conforme regulamentação vigente (Resoluções

no 4.192/13 e no 4.193/13 do Conselho Monetário Nacional).