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VENCENDO A PARALISIA DA ALMA Quebrando o jugo da passividade

ORGANOGRAMA DA DEPRESSÃO

VENCENDO A PARALISIA DA ALMA Quebrando o jugo da passividade

“Alguns dias depois entrou Jesus outra vez em Cafarnaum, e soube-se que ele estava em casa. Ajuntaram- se, pois, muitos, a ponta de não caberem nem mesmo diante da porta; e ele lhes anunciava a palavra. Nisso vieram alguns a trazer-lhe um paralítico, carregado por quatro; e não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava e, fazendo uma abertura,

baixaram o leito em que jazia o paralítico. E Jesus, vendo- lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados são os teus pecados. Ora, estavam ali sentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: Por que fala assim este homem? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão um só, que é Deus? Mas Jesus logo percebeu em seu espírito que eles assim arrazoavam dentro de si, e perguntou- lhes: Por que arrazoais desse modo em vossos corações? Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Perdoados são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados ( disse ao paralítico ), a ti te digo, levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa. Então ele se levantou e, tomando logo o leito, saiu à vista de todos; de modo que todos pasmavam e glorificavam a Deus, dizendo: Nunca vimos coisa semelhante” (Mc 2:1-12).

A paralisia deste homem não apenas ilustra a passividade que aleija a alma de tantos, mas também nos faz imaginar o estado depressivo que este homem e tantos outros experimentam. Como curar esta passividade fatal? Como acionar a graça e o milagre de Deus alcançando o socorro para tamanha angústia existencial?

Para cada pessoa perdida há uma salvação; para cada impossibilidade há um milagre; para cada dificuldade há um jeito; para cada doença há uma cura. Deus é um Deus de possibilidades. Para Deus todas as coisas são possíveis. Só precisamos crer.

Pensando no aspecto real do fato, temos aqui um jeito muito estranho de levar alguém a Jesus. Não importa tanto o jeito ou a estratégia, o importante mesmo é a fé. Fé é agir à altura do que você acredita em virtude de uma relação experimental com a palavra de Deus. O objeto da fé é, na verdade, mais relevante que a fé em si.

É importante entender que para vencer a passividade haverão sérios obstáculos que precisam ser transpostos. Percebemos básicamente dois aspectos podem constranger e até mesmo hostilizar a fé:

- A multidão

Normalmente, a multidão está sempre na contra-mão do mover de Deus. Por incrível que pareça, mas o que mais nos priva de uma profunda e necessária aproximação de Deus é a preocupação que temos sobre o que os outros vão pensar ou dizer de nós. Deveríamos dar muito mais atenção ao que Deus pensa do que ao que os outros pensam de nós.

- Os fariseus, ícones da religiosidade

Sempreexistiu um exteriótipo de religiosidade para tentar mistificar um relacionamento com Deus. Na verdade, não precisamos de mais nada além que um coração puro e intenções sinceras para isto.

A religiosidade é o maior inimigo do Evangelho: blasfema de Deus, é legalista, discrimina pessoas, racionaliza a fé, condena a diversidade, castra a criatividade, exalta o orgulho, extingue a transparência, transforma o reino de Deus em impérios de homens, perverte a santidade (sepulcro caiado – isto sob a ótica de Jesus transforma igrejas em cemitérios), mata a palavra de Deus, extingue o Espírito.

De fato, religiosidade é um grande inimigo a ser vencido. É preciso ter cuidado com ela. Foi ela a mentora da morte de Senhor Jesus. A maior perseguidora dos santos da igreja primitiva. O espinho na carne ou “os mensageiros de Satanás” na vida do apóstolo Paulo. A responsável pela apostasia da vida no espírito na igreja dos gálatas e pela mornidão da igreja de Laodicéia. Pessoas engessadas pela religiosidade são vomitadas do verdadeiro Corpo de Cristo. Muitos foram e estão sendo. Não devemos menosprezar este lobo vestido de cordeiro.

As quatro cordas do milagre: o poder da fé

Com quatro cordas o paralitico foi levado, de cima para baixo, frente a presença de Jesus. De cima para baixo significa que a estratégia era expressão de uma revelação do alto. Estas cordas precisam ser seguradas por mãos humanas. Esta é a nossa responsabilidade. Podemos chamar isto de a receita do milagre. É assim que vencemos a passividade: com iniciativa, perseverança, criatividade e ousadia.

1. Iniciativa. É a capacidade de quebrar a inércia e não tolerar

o comodismo em relação a suprir necessidades. Acreditar nas oportunidades. Enxergar as necessidades como oportunidades. A iniciativa é uma propriedade que instiga e aguça a pessoa a fazer o que é preciso, sem ser necessário que alguém lhe mande. É uma santa rebelião contra o comodismo, a auto-comiseração e a preguiça.

Iniciativa é a respiração da alma. Iniciativa é o princípio básico para construirmos nossa auto-estima. Iniciativa produz auto-estima e auto-estima produz iniciativa. Sem iniciativa deixamos de viver a passamos a existir. A falta de iniciativa, ou seja, a ociosidade proporciona a falência da alma: mentalidades miseráveis, doenças emocionais e um campo aberto para o diabo semear o pecado.

2. Perseverança. A fé não focaliza o tamanho das

dificuldades, mas a grandeza de Deus. É resistente. Até os montes são movidos pelo poder da fé. Tudo pode ser superado.

3. Criatividade. A fé genuína trás consigo uma dose alta de

inspiração. É impossível uma pessoa movida por fé não realizar uma coisa nova. Aqueles homens fizeram um buraco no telhado da casa onde Jesus estava. Abriram uma janela de revelação.

Romperam uma nova fronteira que ganhou do atenção do Deus do universo.

4. Ousadia e compaixão: disposição de correr risco. O

perfeito amor lança fora todo medo. A fé genuína é motivada por um amor que supera o medo. Amor e medo são palavras que não se misturam. Onde tem medo não existe amor e muito menos fé.

Jesus procura fé. A fé libera a palavra de Deus. Quando você crê, Deus fala. Quando você não crê Deus não fala. E quando Deus fala as coisas acontecem, as circunstâncias mudam, os milagres acontecem.

Resumindo, fé sem iniciativa produz um irresponsabilidade. Fé sem perseverança produz desperdício. Fé sem criatividade produz limitação. Fé sem ousadia e compaixão produz intimidação.

Conclusões

- Não existe nada difícil para Deus quando estamos dispostos a ter iniciativa. Quando demonstramos nossa fé

através da iniciativa, entendemos que qualquer coisa é fácil para Deus: Jesus perguntou: Qual é mais fácil? Curar ou perdoar? Qual milagre é maior? “Ora, para que saibais que o Filho do

homem tem na terra poder para perdoar os pecados (disse ao paralítico), A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para a tua casa” (Mc 2:10,11).

- Existem também pecados que precisam ser confrontados,

perdoados e tratados. Não devemos negligenciar que Jesus relacionou a paralisia deste homem com o perdão dos seus pecados.