EMBARGOS À PENHORA
VI - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTO
Diante do exposto, REQUER a Vossa Excelência que os presentes Embargos a penhora sejam recebidos, conhecido e providos para:
a) determinar a revogação da penhora realizada no imóvel de matrícula 6659 localizado em Angra dos Reis por não ser o referido imóvel de propriedade do
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Volta Redonda: Rua 40, nº20, Sl. 303/306, Shopping 33 – Torre I, Vila Santa Cecília – CEP: 27.260-200 Tel.: (24)
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Resende: Rua Prof. José Fernando Tostes Vilela Leandro, nº 176, Vila Julieta/Manejo – CEP: 27.520.222 Tel.: (24)
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Embargante, sendo certo que conforme narrado no bojo desta peça, o bem passou a pertencer a sua ex. esposa, conforme acordo entabulado e homologado em sentença;
b) Requer o reconhecimento por Vossa Excelência da nulidade absoluta presente nos autos quando da
citação precoce por edital, sendo certo e
incontroverso o fato de que o Embargante sempre residiu em local certo e sabido, conforme inclusive certificado por OJA em mandado de citação de execução.
c) Requer a apreciação por Vossa Excelência das questões de mérito apresentadas no bojo desta peça de embargos a execução, por entender serem os
fundamentos aqui apresentados plausíveis de
modificação da marcha processual desta Execução no que tange a investida nos bens do segundo executado, sendo que compõe apenas 01% das quotas da empresa.
d) A remessa dos autos a contadoria para realização do calculo do valor devido, sendo este realizado conforme a sentença de fl. 66, eis que o calculo apresentado é excessivo.
Nos termos em que pede e espera deferimento Resende, 22 de novembro de 2018
Adriano Marcos de Oliveira Roberti OAB/RJ 216.211
Ricardo Rabelo Macedo OAB/RJ 91.414
Número do processo: 0048700-71.2005.5.01.0521
https://pje.trt1.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18112218151033200000084852709 Assinado eletronicamente por: ADRIANO MARCOS DE OLIVEIRA ROBERTI - 22/11/2018 18:16:41 - d052210
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 1ª REGIÃO 2ª Vara do Trabalho de Resende
RUA CONEGO BULCAO, 74, Casa, CENTRO, RESENDE - RJ - CEP: 27511-160 tel: (24) 33558342 - e.mail: vt02.res@trt1.jus.br
PROCESSO: 0048700-71.2005.5.01.0521
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985) RECLAMANTE: MARIA DE FATIMA PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: JOALHERIA E RELOJOARIA OURO FINO RESENDENSE LTDA e outros (2)
DESPACHO
Vistos.
Ao embargado. Prazo legal.
RESENDE , 23 de Novembro de 2018 LUIZ NELCY PIRES DE SOUZA
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 1ª REGIÃO 2ª Vara do Trabalho de Resende
RUA CONEGO BULCAO, 74, Casa, CENTRO, RESENDE - RJ - CEP: 27511-160 tel: (24) 33558342 - e.mail: vt02.res@trt1.jus.br
PROCESSO: 0048700-71.2005.5.01.0521
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985) RECLAMANTE: MARIA DE FATIMA PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: JOALHERIA E RELOJOARIA OURO FINO RESENDENSE LTDA e outros (2)
DESPACHO
Vistos.
Ao embargado. Prazo legal.
RESENDE , 23 de Novembro de 2018 LUIZ NELCY PIRES DE SOUZA
Juiz Titular de Vara do Trabalho
Número do processo: 0048700-71.2005.5.01.0521
https://pje.trt1.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18112315402982400000084909080 Assinado eletronicamente por: LUIZ NELCY PIRES DE SOUZA - 23/11/2018 15:40:29 - b019079
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA DO TRABALHO DE RESENDE - RJ.
Processo n° 0048700-71.2005.5.01.0521
MARIA DE FÁTIMA PEREIRA DA SILVA, devidamente qualificado na reclamatória em epígrafe, vem, através do seu advogado que a esta subscreve, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 884 da CLT,
apresentar IMPUGNAÇÃO aos EMBARGOS À EXECUÇÃOinterpostos por PAULO RODRIGUES ÁVILA, na forma que
se segue:
DA NULIDADE DA CITAÇÃO
Suscitou o Embargante a citação irregular haja vista que foi procedida a citação por edital sem que
fossem utilizados outros meios para sua localização.
Nesse sentido, as diligências processuais levadas a efeito pelo Juízo da instrução com a finalidade de
promover a citação da empresa reclamada, visando responder aos termos da ação trabalhista, revelaram-se infrutíferas
culminando na citação por edital, o que demonstra a observância aos postulados do devido processo legal e do direito de
, como também , na medida em que a
defesa o princípio da legalidade CITAÇÃO EDITALÍCIA DO RÉU ATENDE À EXIGÊNCIA CONTIDA NA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL, QUANDO ESTE ENCONTRAR-SE EM LOCAL
(art.
Em face da regra insculpida no art. 852, "in fine", da CLT, pela qual o revel será intimado da sentença, a arguição de nulidade por falta de citação no processo de conhecimento deve ser efetuada por intermédio do
restando .
recurso ordinário, PRECLUSA QUANDO FEITA EM SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO
No caso, operou-se a PRECLUSÃO TEMPORAL, ou seja, a perda da faculdade de praticar o ato
processual (arguição de nulidade) por não ter sido praticado no prazo para tanto designado (recurso ordinário), máxime na
hipótese em que a citação foi feita por edital, pois no processo do trabalho não há necessidade que esse ato de comunicação da
parte seja feito na pessoa do réu (Súmula nº 16 do TST).
A possibilidade da articulação da nulidade de citação no processo de conhecimento contemplada nos
arts. 475-L e741, inc.I, doCPC, restringe-se ao processo comum, no qual o revel não é intimado da sentença defundo, intervindo no processo no estado em que se encontra (CPC, art. 322). A remota hipótese de suscitação da nulidade do processo de conhecimento na fase de execução na Justiça Especializada, decorreria da inexistência da citação e da falta de intimação da sentença, o que não é o caso dos autos.
Nesse sentido, a Jurisprudência:
AGRAVO DE PETIÇÃO. NULIDADE DE CITAÇÃO ARGÜIDA NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO.
INADMISSIBILIDADE. No processo do trabalho, por força do disposto no art. 852 da CLT, o revel
deve ser intimado da sentença que compôs a lide. Assim sendo, se o revel pretender elidir esse seu
estado processual, deverá fazê-lo em sede de recurso ordinário (CLT, 895, a), sendo inadmissível
que se reserve para tentar anular o processo de conhecimento por ocasião dos embargos que
oferecer à execução. Processo n. 04841-2000-028-12-4. Acórdão 4056/2005. Juíza Ligia Maria
Teixeira Gouvêa. Publicado no DJSC em 20-04-2005, pág. 307.
Não obstante o fato de esta está sendo a primeira vez que a executada se manifesta nos autos É
IMPOSSÍVEL, neste momento processual, analisar e reconhecer a nulidade apontada.
Ante o supra narrado, restou indiscutível que os embargos à execução não consubstanciam meio
, uma vez que o art.
hábil para nulificar os atos processuais praticados até então 884,§ 1º, daCLT, restringe seu objeto às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida.
Número do processo: 0048700-71.2005.5.01.0521
https://pje.trt1.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18120310515460300000085376294 Assinado eletronicamente por: VALDO DUARTE GOMES - 03/12/2018 10:51:54 - 70128b4
Nessa baila, confiram-se os seguintes julgados:
EMBARGOS À EXECUÇÃO. NULIDADE DE CITAÇÃO NO PROCESSO DE CONHECIMENTO.
IMPOSSIBILIDADE. Entendo que, no processo do trabalho, não se admite, em sede de embargos à
execução, suscitar a nulidade de citação no processo de conhecimento, sendo tal matéria pertinente
à via rescisória (Art. 485, V, do CPC). (TRT - 1 - AP 0083900-59.1997.5.01.0024, relator: Jose
Nascimento Araujo Netto, data de julgamento: 11/09/2012)
AGRAVO DE PETIÇAO. NULIDADE DA CITAÇAO INICIAL. Embargos à Execução que não se
consubstanciam em meio hábil para nulificar os atos processuais praticados até então. Aplicação do
art.884,1º, daCLT. AVALIAÇAO. PREÇO VIL. Inexistindo prova cabal de que maior seja o valor
do bem penhorado, presume-se correta a avaliação realizada pelo oficial de justiça avaliador. (...)
(TRT-4 - AP:256000619975040741 RS 0025600-06.1997.5.04.0741, Relator: JOAO GHISLENI
FILHO, Data de Julgamento: 04/05/2000, Vara do Trabalho de Santo Ângelo)
Neste diapasão, conclui-se que não houve nulidade da citação assim como a matéria ventilada é
incompatível com o Recurso ora interposto.
DA RESPONSABILIDADE DO EXECUTADO
O Embargante sustenta que, em razão de seu pequeno percentual (1%) no acervo societário da
executada, não pode arcar integralmente com o débito oriundo da presente execução.
Entende, por tais razões, que deve ser provido o apelo para limitar a sua responsabilidade ao
A despeito de o agravante ter sido possuidor da minoria das cotas da empresa executada, apenas 1%
(um por cento), a quantidade de cotas subscritas não altera sua condição de sócio, passando a integrar a lide, após a
desconsideração da personalidade jurídica da sociedade que integrava, na condição de litisconsorte passivo da execução de forma
solidária, como responsável pelo total da dívida.
Inaplicável o princípio da limitação da responsabilidade do sócio no processo trabalhista, conforme
lições de ARION SAYÃO ROMITA:
"É tempo de se afirmar, sem rebuços, que nas sociedades por quotas de responsabilidade limitada, todos os sócios devem
responder com seus bens particulares, embora subsidiariamente, pelas dívidas trabalhistas da sociedade; a solidariedade deles
deve ser solidária, isto é, caberá o empregado exequente o direito de exigir de cada um dos sócios o pagamento integral da dívida
societária" (Temas de Direito Social. Freitas Bastos, p. 230).
Mister ressaltar que compreendem fraude à ordem jurídica os atos pelos quais a empresa viola as
normas de proteção ao trabalho, que são de ordem pública e objetivam a proteção do hipossuficiente.
Nessa quadra, os credores trabalhistas recebem tutela especial, e são considerados credores
privilegiados, em razão do caráter alimentar do salário, protegido pelo princípio da forfetariedade ou intangibilidade salarial, cujo
conteúdo veda seja atingido pelos riscos da atividade econômica.
A disposição contratual que estabelece a responsabilidade de cada integrante da sociedade de acordo
com suas quotas tem efeito entre os contratantes, não atingindo os créditos trabalhistas do exequente.
Com efeito, tal responsabilidade não se confunde com a integralização do capital social ou à
responsabilidade do administrador pelos atos praticados. Preconizo, pois, a possibilidade de redirecionamento da execução contra
sócio de empresa limitada, qualquer que seja a sua cota de participação, sem a necessidade de se perquirir acerca da prática de
atos de gestão.
Nessa esteira, perfila-se a Jurisprudência:
Número do processo: 0048700-71.2005.5.01.0521
https://pje.trt1.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18120310515460300000085376294 Assinado eletronicamente por: VALDO DUARTE GOMES - 03/12/2018 10:51:54 - 70128b4
DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA. LIMITAÇÃO DA RESPONSABILIDADE DO
SÓCIO MINORITÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. A condição de sócio minoritário da executada não o
exime da responsabilidade do pagamento integral da dívida, mormente se não foram encontrados
bens livres e desembaraçados da sócia majoritária, para a consecução do objetivo maior que é a
satisfação do credor. Agravo improvido. (TRT-20 00053004320055200920, Relator: CARLOS DE
MENEZES FARO FILHO, Data de Publicação: 18/05/2005)
Cumpre ressaltar que o direito de regresso perante os demais sócios fica garantido, levando-se em
conta, por óbvio, a limitação do percentual societário de cada integrante.
Tal limitação é ofensa ao princípio da livre incitava não há. Impõe-se conferir, isso sim, especial
proteção aos valores constitucionais do trabalho e da dignidade da pessoa humana, alçados, tanto quanto a livre iniciativa, à
condição de fundamentos da República e da ordem econômica (art.1º,IIIeIVe 170, caput, da CR).
Oportuno mencionar que o próprio art. 170 da Constituição da República menciona, como fundamento da ordem econômica, a valorização do traba lho humano, apontando, ainda, a dignidade da pessoa humana e os
valores sociais do trabalho como fundamentos do Estado Democrático de Direito.
O arcabouço constitucional induz à inexorável conclusão de que as tendências capitalistas não
podem comprometer o recebimento pelo trabalhador do crédito devido pela prestação de serviços.
Ante o exposto, requer a improcedência dos embargos à execução, bem como a subsistência da
penhora para satisfação dos creditos do reclamante.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Resende, 03 de dezembro de 2018.
VALDO DUARTE GOMES CAROLINA DO PRADO DINIZ
OAB/RJ 69.399 OAB/RJ 187.454
Número do processo: 0048700-71.2005.5.01.0521
https://pje.trt1.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18120310515460300000085376294 Assinado eletronicamente por: VALDO DUARTE GOMES - 03/12/2018 10:51:54 - 70128b4
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 1ª REGIÃO 2ª Vara do Trabalho de Resende
RUA CONEGO BULCAO, 74, Casa, CENTRO, RESENDE - RJ - CEP: 27511-160 tel: (24) 33558342 - e.mail: vt02.res@trt1.jus.br
PROCESSO: 0048700-71.2005.5.01.0521
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985) RECLAMANTE: MARIA DE FATIMA PEREIRA DA SILVA
RECLAMADO: JOALHERIA E RELOJOARIA OURO FINO RESENDENSE LTDA e outros (2)