• Nenhum resultado encontrado

Cláudio Sérgio Oliveira de Rosato¹; Débora Correia Rios¹; Herbet Conceição²

¹GPA – Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral/IGEO/Universidade Federal da Bahia crosato@ufba.br

²Núcleo de Geologia Básica, Universidade Federal de Sergipe

A DIVERSIDADE GEOLÓGICA DA BAHIA É O PONTO DE PARTIDA PARA SUA IMPORTACIA NO MER- CADO DE ROCHAS ORNAMENTAIS

APROVEITAMENTO DOS REJEITOS:

.

Em uma avaliação preliminar constata-se que: 1. Algumas empresas transferem seus resíduos a outras;

2. Poucas empresas possuem sistema de reutilização; 3. O principal re-uso dos rejeitos é em peças de mosaicos, projetos decorativos, e mesmo jarginagem e paisagismo.

Estes re-usos podem ser intensificados, e explorados em escala industrial. Próximos passos:

1. Criar subsídios teórico-técnicos que:

A. Estimulem políticas públicas de reaproveitamento de resíduos em maior número de marmorarias; B. Sensibilizar setor para melhorias no processo produtivo com redução na geração de resíduos; C. Reduzir impactos ambientais nocivos;

D. Propiciar desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva de rochas ornamentais.

Estudos para detectar suas potencialidades. Viabilização da seleção preliminar.

Atividade complementar. Contribui para a diversificação de produtos.

Diminuição de custos finais. Resultar em novas matérias primas.

MARMORARIAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR * 656 EMPREGOS DIRETOS. * 25.500 M²/MÊS. * PRODUTIVIDADE = 38,87 M²/HOMEM. * 48% DA PRODUÇÃO DO ESTADO * 36% DA MÃO-DE-OBRA EMPREGADA DESPERDÍCIO MÉDIO NA PRODUÇÃO

= 30%

CAUSAS: ERRO DE MANUSEIO DEFEITO DE PLACA BAIXA QUALIFICAÇÃO

FALTA DE INVESTIMENTO EM PESQUISA SELEÇÃO ERRADA DE MATÉRIA-PRIMA

TTG Archaean Nuclei 25 20 20 3 17 2 20 1 25 25 17 4 25 14 4 15 15 22 22 13 9 18 19 19 10 6 11 12 24 16 7 8 23 25 5 21 18 Salvador Atlantic Ocean 0 100 200 km

Compartimentos Geotectônicos do Estado da Bahia (Barbosa e Dominguez, 1996)

(1) Bloco Gavkão, (2)Bloco Paramirim, (3) atualmente, segundo Rosa, 1999 é o Cinturão Móvel Urandi-Paratinga (CMUP) e volume importante de rochas sieníticas pós-orogênicas, (4) Sequências Metassedimentares e Vulcanossedimentares, (5) Cinturão Contendas Mirante, (6) Greenstone Belt de Mundo Novo, (7) Bloco Jequié, (8) Cinturão Itabuna, (9) Bloco Serrinha, (10) Bloco Mairi, (11) Cinturão Salvador-Curaçá, (12) Cinturão Salvador-Esplanada, (13)

'REENSTONE

Chapada Diamantina, (19) Bacia Irecê e Utinga, (20) Bacia São Francisco-Urucuia, (21) faixa de Dobramento Formosa do Rio Preto - Riacho do Pontal, (22) Faixa de Dobramento Sergipana, (23) Faixa de Dobramento Araçuaí-Piripá, (24) Bacia Paleozóica do Parnaíba e depósitos de Paulo Afonso e Sta. Brígida,

(25) Bacias Mesozóicas Recôncavo-Tucano-Jatobá, (26) Bacias Mesozóicas Camamú-Almada, (27) Coberturas Tércio-Quaternárias,

Fundação Coordenação de

Grupo de

45

C

ONGRESSO

B

RASILEIRO DE

G

EOLOGIA

RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS DAS MARMORARIAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL?

Claudio Sergio Oliveira de Rosato1; Débora Correia Rios2; Herbet Conceição3

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

RESUMO: Reciclagem é o conjunto das técnicas cuja finalidade é aproveitar detritos e rejeitos e reintroduzi-los no ciclo de produção. A reciclagem de resíduos, independentemente do seu tipo, apresenta várias vantagens em relação à utilização de recursos naturais “virgens”, dentre as quais se tem: redução do volume de extração de matérias-primas, redução do consumo de energia, menores emissões de poluentes e melhoria da saúde e segurança da população. Nos últimos anos, a pesquisa sobre a reciclagem de resíduos industriais vem sendo intensificada em todo o mundo. Na América do Norte e Europa, a reciclagem é vista, pela iniciativa privada, como um mercado altamente rentável. Muitas empresas investem em pesquisa e tecnologia, o que aumenta a qualidade do produto reciclado e propicia maior eficiência do sistema produtivo. No Brasil, diversos pesquisadores têm-se dedicado ao estudo desse tema, obtendo-se resultados bastante relevantes; todavia, a reciclagem ainda não faz parte da cultura dos empresários e cidadãos. Atualmente os resíduos sólidos são tema de preocupações e discussões entre toda a sociedade, configurando-se como objetivo primordial na implantação de propostas e soluções para a adequação dos sistemas de saneamento ambiental. O aproveitamento dos rejeitos de rochas ornamentais para uso como material alternativo não é novo e tem dado certo em vários países do Primeiro Mundo. Apesar disto, no Brasil, um dos principais produtores mundiais de rochas ornamentais, o desperdício no setor é alarmante e a reciclagem destes resíduos possui índices insignificantes frente ao montante de rejeitos produzidos. A cada dia, estes resíduos agridem mais o meio ambiente, em virtude da falta de tratamentos e fiscalização na manipulação e descarte. As marmorarias correspondem ao terceiro elo desta cadeia produtiva e, não diferente dos demais, possui uma quantidade considerável de rejeitos, que poderiam tranquilamente ser reaproveitados gerando novas fontes de receita e minimizando impactos ambientais decorrentes dessa atividade. Na Região Metropolitana de Salvador existe cerca de 80 marmorarias em atividade, a maioria de pequeno porte, com uma produção relativamente pequena, porém geradoras de uma grande quantidade de resíduos que não são reaproveitados de forma alguma. Cerca de 95% dessas marmorarias descartam seus resíduos de forma inadequada e não demonstram interesse em reaproveitar seus resíduos. Das marmorarias verificadas apenas quatro realizam a reciclagem, gerando novas fontes de renda, bem como novas alternativas de negócios. Em sua maioria, esses resíduos são retrabalhados e transformados em seixos de diversos tamanhos destinados principalmente à área de paisagismo e jardinagem, ou aplicados na confecção de artefatos de decoração sob a forma de mosaicos. Percebe-se que, na maioria das marmorarias, é o desconhecimento sobre as possibilidades financeiras que a reciclagem pode oferecer é o grande fator para a falta de empenho das empresas nessa atividade. A proposição de formas viáveis e de baixo custo que propiciem a reciclagem de resíduos pelas marmorarias de Salvador necessita ser melhor estudada. A criação e implantação de projetos de viabilização técnica e econômica, além de propiciar educação ambiental e melhor uso deste recurso natural, gerará novas perspectivas de negócios, impulsionando o desenvolvimento econômico do setor.

PALAVRAS-CHAVE: ROCHAS ORNAMENTAIS; MARMORARIAS; RECICLAGEM.

Um estudo quantitativo e estratégico sobre reaproveitamento e reciclagem de rochas ornamentais

Cláudio Sérgio Oliveira de Rosato

RECICLAGEM DE RESÍDUOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS

DAS MARMORARIAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR: UMA ALTERNATIVA VIÁVEL?

Cláudio Rosato Débora Rios Herbet Conceição

45º CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA

Belém, 26 de setembro a 01 de outubro de 2010 Objetivo

Metodologia

Levantamento bibliográfico

Artigos nacionais Artigos internacionais

Aplicados questionários Analises dos dados coletados

Considerações finais

Levantamento das marmorarias da RMS

Introdução - Reciclagem

É o conjunto das técnicas cuja finalidade é aproveitar detritos e rejeitos e reintroduzi-los no ciclo de produção. Independentemente do seu tipo, apresenta várias vantagens em relação à utilização de recursos naturais "virgens“:

Introdução

redução do consumo de energia

menores emissões de poluentes melhoria da saúde e segurança da população Vantagens da reciclagem

redução do volume de extração de matérias-primas

No mundo atual a preocupação com a questão ambiental constitui ítem tão importante quanto

a eficiência do processo produtivo. Apesar desta premissa o segmento de

rochas ornamentais, nos países em desenvolvimento, continua desviado da nova ordem econômico-ambiental que baseia-se no

conceito de produção limpa.

Importância da Reciclagem

Cláudio Sérgio Oliveira de Rosato

2

A reciclagem de resíduos industriais da mineração

ainda possui índices insignificantes frente ao montante produzido Os rejeitos de rochas ornamentais agridem o meio ambiente

Falta de tratamentos adequados Fiscalização sobre a manipulação Descarte inadequado

Rochas Ornamentais:

Reciclagem no Brasil

As pedreiras de rochas ornamentais geralmente são a céu aberto e podem ser de dois tipos:

Matacões Maciços

Em alguns países da Europa, notadamente Grécia e Itália, existem lavras subterrâneas de rochas ornamentais, sobretudo de mármores.

Reciclagem de Rochas Ornamentais:

Setor Extrativo

Na Europa muitas empresas investem em pesquisa e tecnologias de extração, isto:

Diminui o desperdício na produção; Aumenta qualidade do produto a ser reciclado; Propicia maior eficiência do sistema produtivo

América do Norte:

Reciclagem + Iniciativa privada = Mercado altamente rentável

Nos últimos anos, a pesquisa sobre a reciclagem de resíduos vem sendo intensificada em todo o mundo.

Reciclagem de Rochas Ornamentais:

Setor Extrativo

No cenário tecnológico, verificam-se duas situações diferentes : 1. No Desdobramento: Necessidade de aprimoramento tecnológico por

parte dos fabricantes nacionais de bens de capital.

2. No Beneficiamento (Marmorarias): as causas da deficiência tecnológica relacionam-se com aspectos operacionais como:

Despreparo da mão-de-obra Baixa qualidade da matéria-prima

Resultado: Chapas desdobradas com deficiência!

AUMENTO NA QUANTIDADE DE RESÍDUOS NÃO UTILIZAVEIS!

Reciclagem de Rochas Ornamentais:

Setor Produtivo

 impacto visual,

 a remoção do solo, o desmatamento,

 a poluição atmosférica, a poluição sonora,

 acúmulo de sucata metálica, lixo doméstico

 Contaminação por efluentes líquidos.

Fonte: Mendes 1994

Impactos Ambientais em Rochas Ornamentais:

Setor Extrativo

Tear com mistura abrasiva

(Babisk, 2009).

Tanque de bombeamento da lama abrasiva em

funcionamento

(Babisk,2009).

Impactos Ambientais de Rochas Ornamentais:

Setor Produtivo - Serrarias

Marmorarias de Salvador: Um estudo quantitativo e estratégico sobre reaproveitamento e reciclagem de rochas ornamentais

Cláudio Sérgio Oliveira de Rosato

Fonte: Mendes et al 1994.

Reciclagem de Rochas Ornamentais:

Setor Produtivo - Serrarias

Tratamento dos Efluentes da Industria de Rochas na Europa:

Portugal, Espanha e Itália: 100% empresas desidratam resíduos Itália: 10 a 15% do tratamento é feito em cooperativas:

Ocorrências de panes nos sistemas de tratamento das empresas; Microempresas com sistemas de decantação vertical; O espaço é otimizado.

Fonte: Calmon et al 2006 Fonte: Carvalho et al 2007

Reciclagem de Rochas Ornamentais:

Tratamento de Resíduos

Tratamento dos Efluentes da Industria de Rochas no Brasil:

A maioria das empresas sedimentam seus resíduos no solo:

(i) Ocorrência de contaminação do solo e recursos hídricos. (ii) Microempresas com sistema de decantação horizontal. (iii) Espaço e clima são favoráveis a desidratação em leitos de secagem

Reciclagem de Rochas Ornamentais:

Tratamento de Resíduos

A reciclagem ainda não faz parte da cultura dos empresários e cidadãos

Aumento no número de pesquisadores dedicados

ao estudo desse tema

Resultados relevantes!

Rochas Ornamentais:

Reciclagem

•ESTUDOS PARA DETECTAR SUAS POTENCIALIDADES •VIABILIZAÇÃO DA SELEÇÃO PRELIMINAR

•ATIVIDADE COMPLEMENTAR

•CONTRIBUI PARA A DIVERSIFICAÇÃO DE PRODUTOS •DIMINUIÇÃO DE CUSTOS FINAIS

•RESULTAR EM NOVAS MATÉRIAS PRIMAS.

Rochas Ornamentais:

Aproveitamento dos Rejeitos

Fonte: Rios 2004

Resíduos de Rochas Ornamentais:

Setor Produtivo – Marmorarias - RMS

DESPERDÍCIO MÉDIO NA PRODUÇÃO = 30% CAUSAS:

Erros no manuseio Defeitos das placas

Baixa qualificação da mão de obra Falta de investimentos em tecnologias Seleção errada da matéria prima

Cláudio Sérgio Oliveira de Rosato

4

No segmento de beneficiamento final verificam-se: Grandes deficiências tecnológicas

Ex. Equipamentos de polimento e corte Baixo padrão tecnológico:

Baixa qualidade das peças produzidas Grande quantidade de resíduos Aumento nos custos da produção Baixa competitividade no mercado: Italianos... Fonte: Junior 2004.

Reciclagem de Rochas Ornamentais:

Setor Produtivo – Marmorarias - RMS Na Região

Metropolitana de Salvador existe cerca de 80 marmorarias em atividade, a maioria de pequeno

porte, com uma produção relativamente pequena, porém

geradoras de uma grande quantidade de resíduos que não

são reaproveitados de forma alguma.

Cerca de 95% dessas marmorarias descartam seus

resíduos de forma inadequada e não demonstram interesse em reaproveitar seus resíduos.

Apenas 4 empresas trabalham esses

rejeitos

O uso dos rejeitos podem ganhar novas utilidades e propiciar nova geração de renda, além de minimizar os impactos ambientais

Aproveitamento dos Rejeitos Necessidade urgente para a RMS:

criação e implantação de projetos de viabilização técnica e

econômica, além de propiciar educação ambiental e melhor uso deste recurso natural, gerará novas perspectivas de negócios, impulsionando o desenvolvimento econômico do setor.

vislumbrar reciclagem (a exemplo da Europa) como uma das soluções para a atual crise financeira que assola o mundo de modo

geral, ou seja,