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Sempre estão dispostos a respeitar suas opiniões. Respeitam as opiniões favorecendo a relação. Costumam respeitar suas opiniões quase sempre. São bastante democráticos. Com frequência respeitam suas opiniões, mas antes querem saber o assunto e pedem informação. Poucas vezes respeitam suas opiniões. Não lhes interessa o que você pensa. Nunca respeitam suas opiniões. Evitam ouvi- lo. Não se preocupam com “suas coisas”.

As escalas mais conhecidas são: a) escala de Likert; b) escala de Osgood; c) escala de Thurstone; e d) escalograma de Guttman.

Nesse trabalho o escalograma de Guttman é utilizado para exemplificar o uso de escalas nas análises de dados de aprendizagem. A sua escolha se deveu ao fato desta técnica cuidar apenas da avaliação de dados que foram coletados através de outros métodos, como, por exemplo, o método da observação (CASTILLO et al, 2011, p. 267). Além disso, a escala ainda compreende uma das várias formas que a medida psicométrica4

pode assumir, especificamente, para o estudo das atitudes (PASQUALI, 2010, p. 128). O escalograma de Guttman analisa as atitudes nas respostas a questionários procurando concentrá-las em grupos comuns. A similaridade das respostas entre os

4Técnica utilizada para mensurar de forma adequada e comprovada experimentalmente, um conjunto ou uma gama de comportamentos que se deseja conhecer melhor (PASQUALI, 2010).

participantes do questionário pode demonstrar a qualidade das questões, como também deficiências de compreensão no contexto do grupo.

2.2.6.4 Métrica do Nível de Aquisição de Conhecimento (NAC)

Pimentel (2006, p. 128) propôs uma métrica que identifica o grau de conhecimento de um aprendiz acerca dos conceitos estudados chamado NAC (Nível de Aquisição de Conhecimentos). O NAC é “uma medida que indica o grau de conhecimento do aprendiz em um determinado conteúdo, de um domínio de conhecimento, naquele instante” (PIMENTEL, 2006, p. 128) e é composto de duas partes: índice de conhecimento e índice de avaliação.

Quando o índice de avaliação é maior que zero, implica em algumas propriedades adicionais:

 O índice de conhecimento igual a zero indica ausência total de conhecimento naquele conceito;

 O índice de conhecimento não pode assumir valores negativos;

 O índice de conhecimento pode crescer e decrescer no decorrer do tempo, uma vez que a sua atualização se dará através de avaliações contínuas;  A fórmula básica para a obtenção do NAC será a somatória dos valores

obtidos para o conceito em cada avaliação (por exemplo, 1 para acerto e 0 para erro), dividido pela quantidade de avaliações;

 Para evitar que o NAC de um aprendiz carregue para sempre os “erros” cometidos em avaliações iniciais, deve-se prever mecanismos que privilegiam as avaliações subsequentes, possivelmente com pesos temporais, de modo que o NAC possa refletir o conhecimento atual, mas não apenas a última avaliação.

Índices 0 1

Índice de conhecimento Conhecimento ainda não avaliado ou

ausente

Conhecimento avaliado Índice de avaliação

2.3T

AXONOMIA DOS

O

BJETIVOS EDUCACIONAIS

A Taxonomia dos Objetivos Educacionais é uma tentativa de classificar as expectativas quanto à aquisição de conhecimento dos alunos. A classificação foi concebida como um meio de padronizar os objetivos educacionais entre o corpo docente em várias universidades. O principal nome nessa tarefa foi de Benjamin S. Bloom, Diretor adjunto do conselho de exames da Universidade de Chicago, que iniciou a ideia, esperando conseguir reduzir o trabalho na preparação dos alunos para os “anual comprehensive examinations”. Sua versão final foi publicada em 1956 sob o título original “Taxonomy of Educational Objectives: The Classification of Educational Goals. Handbook I: Cognitive Domain” (Bloom, Engelhart, Furst, Hill, & Krathwohl, 1956). As ideias de Bloom sobre o domínio cognitivo, expressas em seis níveis do raciocínio, foi amplamente adotada e usada em inúmeros contextos (KRATHWOHL, 2002).

Segundo Pimentel (2006, p. 47), Bloom considerou que uma taxonomia poderia facilitar a troca de informações no contexto do desenvolvimento curricular e dos planos de avaliação. Desse modo, os processos cognitivos foram organizados em uma lista do mais simples ou concreto, que é ter a informação, ao mais complexo ou abstrato, que implica julgamento sobre o valor e a importância de uma ideia, como mostra a tabela a seguir.

Tabela 4 - Taxonomia original de Bloom

Capacitação Definição Palavras-chaves

Conhecimento Lembrar a informação

Identificar, descrever, nomear, rotular, reconhecer,

reproduzir, seguir Compreensão Entender o significado, parafrasear

um conceito

Resumir, converter, defender, parafrasear, interpretar, dar exemplos Aplicação Usar a informação ou o conceito

em uma nova situação

Criar, fazer, construir, modelar, prever, preparar Análise

Dividir a informação ou o conceito em partes visando um entendimento mais completo

Comparar/contrastar, dividir, distinguir, selecionar, separar Síntese Reunir ideias para formar algo

novo

Categorizar, generalizar, reconstruir Avaliação Fazer julgamentos sobre o valor

Avaliar, criticar, julgar, justificar, argumentar,

Entretanto, passados mais de cinquenta anos desde a publicação do trabalho de Bloom, a educação evoluiu e muito foi acrescentado acerca de como aprendem os alunos e como ensinam os professores.

O processo ensino-aprendizagem envolve também sentimentos e crenças dos seus atores e não só o simples raciocínio e, nesse sentido, algumas críticas à taxonomia surgiram na tentativa de melhorá-la e atualizá-la.

Marzano (2001), por exemplo, identifica em sua crítica que a estrutura da taxonomia, que vai do nível mais simples de informação ao mais difícil da avaliação, não encontra respaldo na pesquisa. Estruturas em hierarquia implicam que os elementos do topo têm em sua composição todos os componentes imediatamente abaixo deles, logo, em uma taxonomia hierárquica de capacitação como a de Bloom, a compreensão deveria requerer informação e a aplicação requerer compreensão e informação. Mas não é isso que ocorre.

Outro crítico da taxonomia de Bloom, Lorin Anderson et al (2001 apud Pimentel, 2006, p. 48), aluno de Bloom, argumenta que praticamente todas as atividades de ensino complexas requerem o uso de várias capacitações cognitivas diferentes, o que para a taxonomia original é vista como uma classificação unidimensional. Desse modo, propõe duas dimensões nos objetivos educacionais: uma dimensão para o conhecimento e outra para os processos cognitivos. Desse modo, a taxonomia de Bloom revisada, como ficou conhecida, tentou corrigir alguns problemas da taxonomia original e diferencia “saber o quê” (dimensão do conhecimento) de “saber como” (dimensão cognitiva).

Na taxonomia original, como classificação unidimensional, as categorias do conhecimento são três: (a) Knowledge of specifics; (b) Knowledge of ways and means of dealing with Specifics e; (c) Knowledge of universals and abstractions in a field. A dimensão do conhecimento, proposta por Anderson et al (2001) se divide em quatro categorias: (a) factual; (b) conceitual; (c) procedimental (procedural) e; (d) metacognitiva (KRATHWOHL, 2002).

A dimensão dos Processos Cognitivos, como na versão original, possui seis capacitações. Da mais simples a mais complexa, são elas: (1) lembrar; (2) entender; (3) aplicar; (4) analisar; (5) avaliar e; (6) criar.

A capacitação “Criar” não fazia parte da primeira taxonomia e é o principal componente da versão revisada. Essa capacitação envolve reunir elementos para dar origem a algo novo. Para conseguir criar tarefas, os alunos geram, planejam e produzem. Na estrutura hierárquica a seguir, estão descritos alguns exemplos de cada capacitação das dimensões do conhecimento e dos processos cognitivos, em seus dois níveis de hierarquia:

Tabela 5 - Estrutura da Taxonomia Revisada adaptada de Krathwohl (2002)

NÍVEL 1 NÍVEL 2

Dimensão do Conhecimento 1) Conhecimento factual

Informações básicas

 Conhecimento de terminologia  Conhecimento de detalhes e elementos

específicos 2) Conhecimento conceitual

As relações entre as partes de uma estrutura maior que as fazem funcionar em conjunto

 Conhecimento de classificações e categorias  Conhecimento de princípios e generalizações  Conhecimento de teorias, modelos e estruturas

3) Conhecimento procedimental