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Wilson Nadruz Junior CLASSIFICAÇÃO

No documento CARD I OLO G I A P RÁ TI C A (páginas 105-111)

PRIMEIRO LUGAR EP 017

METOTREXATO ASSOCIADO À NANOPARTÍCULA LIPÍDICA PREVINE A DILATAÇÃO E A DISSECÇÃO DA CROSSA DA AORTA EM CAMUNDONGOS COM SÍNDROME DE MARFAN

GUIDO MARIA CAROLINA, LOPES NM, ALBUQUERQUE CI, TAVARES ER, JENSEN L, PEREIRA LV, KALIL-FILHO R, LAURINDO FRM, MARANHÃO RC INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, INSTITUTO DE BIO-CIÊNCIAS USP - SÃO PAULO - SÃO PAULO - BRASIL

SEGUNDO LUGAR WEP 020

EXPOSIÇÃO À POLUIÇÃO DO AR DURANTE A GRAVIDEZ INDUZ DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR E NEUROIMUNE NA PROLE

SARAH CRISTINA FERREIRA FREITAS, SARAH CRISTINA FERREIRA FREI-TAS, MARINA HENRIQUES RASCIO DUTRA, CAMILA PAIXÃO, DANIELA DIAS, MAIKON BARBOSA DA SILVA, MARIANA VERAS, MARIA-CLÁUDIA IRIGOYEN, KÁTIA DE ANGELIS

UNINOVE - SÃO PAULO - SP - BRASIL ,UNIFESP - UNIVERS. FEDERAL DE SÃO PAULO - SÃO PAULO - SP - BRASIL, HOSPITAL DO CORAÇÃO - SP - BRASIL, FACULDADE DE MEDICINA DA USP - SÃO PAULO - SP – BRASIL

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nterDisciPlinar Coordenador:

Miguel Antonio Moretti

Banca Examinadora:

Adriano Meneghini

Fernando Augusto Alves da Costa Marcelo Arruda Nakazone

Ronaldo Fernandes Rosa

Wilson Nadruz Junior

CLASSIFICAÇÃO

PRIMEIRO LUGAR EP 166 – NUTRIÇÃO

A SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO GRAXO ÔMEGA 3 ATENUA A CARDIOTOXICIDADE INDUZIDA PELA DOXORRUBICINA EM RATOS MARINA G. MONTE, ANDERSON S. S. FUJIMORI, ANA PAULA D. RIBEIRO, SILMEIA G. Z. BAZAN, KATASHI OKOSHI, PAULA S. A. GAIOLLA, MARCOS F. MINICUCCI, LEONARDO A. M. ZORNOFF, SERGIO A. R. PAIVA, BERTHA F. POLEGATO

FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - SP - BRASIL

SEGUNDO LUGAR EP 099 - FARMACOLOGIA

EMPAGLIFLOZINA REDUZ EVENTOS ARRÍTMICOS E MELHORA O TRANSIENTE DE CA2+ EM CARDIOMIÓCITOS DE RATOS COM LESÃO INDUZIDA POR HIPÓXIA

SILVA DOS SANTOS DANÚBIA, TURAÇA LT, VENTURINI G, COUTINHO KCS, KASAI-BRUNSWICK TH, CAMPOS DE CARVALHO AC, GIRARDI AC INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL, IBCCF DA UFRJ - RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL ,CENABIO DA UFRJ - RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL

EP 001

PERFIL CARDIOVASCULAR DE ATLETAS DO SEXO FEMININO DO ESTADO DE SÃO PAULO

VERÔNICA NORONHA RODRIGUES, DANTE TOGEIRO BASTOS FILGUEIRAS, BRUNELA MARINO PANCIERI, LORENA CHRISTINE ARAÚJO DE ALBUQUERQUE, BRUNO BASSANEZE, RICARDO CONTESINI FRANCISCO, THIAGO GHORAYEB GARCIA, RICA DODO DELMAR BUCHLER, NABIL GHORAYEB

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL Introdução: A avaliação pré-participação (APP) em atletas é de fundamental impor-tância para prevenção de doenças cardiovasculares e morte súbita (MS), visto que essa população submete-se a cargas excessivas de treinamento, com possíveis desfechos graves. Nos últimos anos, houve um aumento da participação de mulheres em ativi-dades competitivas, no entanto existe uma carência de informações sobre parâmetros clínicos e cardiográficos nessa população. Objetivo: Descrição do perfil cardiovascu-lar em atletas do sexo feminino do estado de São Paulo. Métodos: Foram avaliadas 105 atletas entre 11 a 45 anos, residentes no estado de São Paulo no ano de 2019. Essa avaliação foi composta por anamnese, exame físico, eletrocardiograma (ECG), teste do exercício (TE) e exames adicionais quando pertinentes, a saber: Ecocardiograma Transtorácico e Angiotomografia de Coronárias. Resultados: As atletas estudadas praticavam principalmente futebol (58,5%), seguido por basquete (18%) e corrida (12,4%). Quanto à anamnese, 6,6% apresentavam dor torácica atípica; 1,9% dispneia e 0,95% palpitação; nenhuma delas apresentava comorbidades cardiovasculares e ape-nas três relatavam histórico familiar de MS. No que diz respeito ao ECG, os achados mais prevalentes foram bradicardia sinusal (46,6%) e repolarização ventricular preco-ce (40%), ambos compatíveis com adaptações do coração do atleta. No TE todas tive-ram comportamento hemodinâmico normal e boa/excelente capacidade funcional; com incidência de 3,8% ectopias ventriculares; 4,8% ectopias supraventriculares e ausência de arritmias complexas. Apenas uma paciente apresentou resposta isquêmica por crité-rios eletrocardiográficos, assintomática durante exame, sendo progredido investigação com Angiotomografia de Coronárias que excluiu doença arterial coronariana. Dentre as atletas submetidas a Ecocardiograma apenas duas apresentaram alterações não compa-tíveis com coração de atleta, sendo uma com forame oval patente e outra com sinais de doença valvar reumática, porém ambas sem repercussão hemodinâmica e ao TE apre-sentaram excelente capacidade funcional. Conclusão: As atletas estudadas tiveram adequada avaliação cardiológica, estando todas aptas à prática esportiva competitiva.

Seguimento e ampliação do estudo são necessários para que se possa estabelecer um perfil cardiovascular de atletas do sexo feminino no Brasil.

EP 004

USO DO BALÃO INTRA-AÓRTICO COMO TERAPIA DE PONTE PARA O TRANSPLANTE CARDÍACO

GUSTAVO A B BOROS, VANESSA S C BELLINI, DANIEL FATORI, CLAUDIA BERNOCHE, MILENA F MACATRAO-COSTA, LEONARDO N G D LOPES, FER-NANDO BACAL, WHADY HUEB, LILIANE KOPEL, SILVIA G LAGE INSTITU-TO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL

Introdução: O papel do balão intra-aórtico (BIA) no tratamento da insuficiência cardí-aca (IC) avançada ainda é um tema em discussão. Alguns pacientes em lista de espera para transplante cardíaco (TxC) necessitam de suporte mecânico, e o BIA pode ser um dispositivo eficiente e economicamente acessível. Objetivo: Avaliar o impacto do BIA como terapia de ponte para TxC em pacientes com IC avançada. Métodos: Este foi um estudo retrospectivo, unicêntrico, onde foram incluídos pacientes com IC avançada submetidos ao TxC entre 2009 e 2018 e que utilizaram o BIA como terapia de ponte.

Todos estavam sob cuidados intensivos e em uso de drogas vasoativas otimizadas antes da indicação do BIA. Os critérios de exclusão foram infarto agudo do miocárdio ou cirurgia cardíaca 90 dias antes da admissão, e implante de dispositivo de assistência ventricular antes do TxC. Resultados: Foram incluídos 134 pacientes submetidos ao TxC em que se utilizou o BIA como suporte mecânico. O local de inserção foi exclusi-vamente femoral. O tempo médio entre a passagem do BIA e o TxC foi de 26 ± 21 dias, e da internação hospitalar até o TxC de 65 ± 45 dias. A principal etiologia da miocar-diopatia foi a Doença de Chagas (46%), e a média da FEVE foi de 23 ± 6% (TABELA 1). Os dados clínicos e laboratoriais foram comparados antes e 96 horas após a terapia com BIA. A média da saturação venosa central de oxigênio (SvO2) aumentou de 49,7

± 14,6% para 67,4 ± 11,3% (p<0,001), a creatinina reduziu de 1,77 ± 0,9 mg/dL para 1,40 ± 0,6 mg/L (p<0,001), e o débito urinário aumentou de 1552 ± 886 mL/24h para 2189 ± 1029 mg/24h (p<0,001). Essas diferenças foram mantidas até o dia anterior ao TxC (FIGURA 1). Após 96 horas, o uso de dobutamina foi mantido em 98% dos pacientes, o de nitroprussiato aumentou de 56% para 67%, o de milrinone diminuiu de 26% para 20%, e a de noradrenalina diminuiu de 18% para 3%. Complicações rela-cionadas ao BIA foram raras (5,2%, n=7: 3 infecções, 2 sangramentos importantes, 2 lesões arteriais). Conclusão: Nesta amostra unicêntrica de pacientes críticos, a utiliza-ção do BIA melhorou o estado

hemodinâmico e a função renal dos pacientes com IC avançada aguardando TxC. O BIA pode ser uma terapia de ponte eficaz e disponível.

EP 002

LIPOPROTEÍNAS REMANESCENTES DE TRIGLICERÍDEOS: O DIÂMETRO DA PARTÍCULA, MAS NÃO A CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA OU O CONTEÚDO LIPÍDICO, MELHORA A DISCRIMINAÇÃO DE RISCO PARA DIABETES INCIDENTE - RESULTADOS PROSPECTIVOS DO ELSA-BRASIL LUIZ SERGIO F CARVALHO, ISABELA M. BENSEÑOR, PAULO A. LOTUFO, BRUCE B. DUNCAN, MICHAEL J. BLAHA, PETER P. TOTH, STEVEN R. JO-NES, RAUL D. SANTOS, ANDREI C. SPOSITO

FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - SP - BRASIL ,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - USP - SP - SÃO PAULO - SP - BRASIL

Importância: Prever o risco de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) permite a alocação de recursos para impedir seu desenvolvimento. Embora a trigliceridemia seja altamente preditiva para DM2, as lipoproteínas remanescentes dos triglicerídeos (TRL) refletem com mais precisão as alterações fisiopatológicas subjacentes à progressão para DM2, como esteatose e inflamação pancreáticas. Nossa hipótese é de que medidas relacionados aos TRL (composição, concen-tração plasmática) poderiam melhorar a previsão de risco para o desenvolvimento de T2DM.

Métodos: Foram incluídos indivíduos com idade entre 35 e 74 anos da coorte ELSA-Brasil com HbA1c e um teste oral de tolerância à glicose (TTGO) disponíveis. Modelos de regres-são foram utilizados para prever DM2 incidente, começando com histórico médico e carac-terísticas da síndrome metabólica (idade, sexo, hipertensão, circunferência abdominal [CA], HbA1c, triglicerídeos) e hsPCR, adicionando medidas relacionadas ao TRL, incluindo con-centração plasmática, tamanho de partícula, bem como conteúdo de colesterol e triglicerídeos.

As características do TRL foram medidas por H1-RNM espectroscopia. A discriminação foi avaliada como área sob a curva ROC (AUROCs). Resultados: Entre 4.466 indivíduos em risco, houve 353 novos casos de DM2 após 3,7 (DP = 0,6) anos de acompanhamento. Deri-vamos um modelo de 8 variáveis com AUROC 0,891 (IC 95%: 0,870-0,913). Os marcadores gerais relacionados ao TRL não melhoraram a capacidade preditiva para DM2. No entanto, o diâmetro das partículas de TRL (TRLZ) aumentou o AUROC, particularmente em indivíduos sem anormalidades glicêmicas no início do estudo (Hba1c <5,7%). Neste subgrupo, o AU-ROC aumentou de 0,761 (IC 95%: 0,739-0,798 - modelo basal) para 0,823 (IC 95%: 0,783-0,862 - modelo TRLZ) (p para a diferença entre AUCs = 0,00006). Consistentemente, o net reclassification improvent (NRI) do modelo com TRLZ melhorou em 10,27% (IC 95%: 1,0 - 24,1, p=0.00041). Em indivíduos com pré-diabetes no início do estudo, o TRLZ está alta-mente correlacionado com obesidade, resistência à insulina e inflamação (soma do z-escores para CA + HOMA-IR + hsPCR: R2=0.25), mas isso foi menos importante em indivíduos com Hba1c <5,7% (R2=0.15). Análises de sensibilidade confirmaram os resultados com dis-tintos critérios de inclusão (pré-diabetes definido apenas com TTGO) e excluindo pacientes com diagnóstico de DM2 incidente apenas com base na glicemia de jejum. Conclusões: O diâmetro das partículas do TRL melhora a discriminação do risco de DM2, particularmente em indivíduos sem anormalidades glicêmicas no início do estudo.

EP 003

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MIOCÁRDICA E DISSINCRONIA INTRAVENTRICULAR PELO ECOCARDIOGRAMA DE REPOUSO E SOB ESTRESSE FÍSICO EM PACIENTES COM CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA E FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA

ATHAYDE, GAT, BORGES, BCC, PINHEIRO, AO, OLIVEIRA, CP, SOUZA, AL, MARTINS, SM, TEIXEIRA, RA, SIQUEIRA, SF, MATHIAS JÚNIOR, W, MARTI-NELLI FILHO, M

INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL

Introdução: Em pacientes com cardiopatia chagásica crônica (CCC), a avaliação da função ventricular pelo strain longitudinal global (SLG), ao ecocardiograma bidimen-sional (E2D) em repouso, está associada a piores desfechos. Não há evidências sobre avaliação da a função cardíaca e dissincronia intraventricular (DIV) ao estresse físico por SLG, em pacientes com CCC. Metodologia: Estudo unicêntrico, que avaliou pa-cientes consecutivos com CCC, idade superior a 18 anos e fração do ventrículo esquer-do (FEVE) ≤ 35%, sob terapia médica otimizada, na ausência de bloqueio de ramo esquerdo ou dispositivo cardíaco eletrônico implantável. Os pacientes foram subme-tidos à realização de E2D e, em seguida, a teste ergométrico em esteira, limitado por sintomas. Quando o pico do esforço foi alcançado, os pacientes foram posicionados em decúbito lateral e uma nova aquisição ecocardiográfica foi realizada no primeiro minuto da recuperação. A casuística foi distribuída em dois grupos, com base na varia-ção dos valores do SLG entre o repouso e o esforço: o grupo 1 foi composto pelos pa-cientes que tiveram redução do SLG no esforço, e o grupo 2 por aqueles com aumento dos valores do SLG. O teste t de Student pareado foi usado para a comparação entre parâmetros de repouso e pico de exercício. A comparação entre grupos foi avaliada por teste t de Student ou qui-quadrado. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para variáveis contínuas. Resultados: foram avaliados 40 pacientes, porém o E2D sob estresse físico foi realizado em 39 (um deles apresentou TVNS ao esforço). O grupo 1 (n=13) e o grupo 2 (n=26) foram semelhantes com relação às características clínicas e eletrocardiográficas no repouso, contudo o grupo 2 apresentou menores diâmetros e volumes do VE e melhor função do ventrículo direito. No repouso, a FEVE e o SLG, assim como a DIV, não foram diferentes entre os grupos. Entretanto, no esforço, houve melhora da DIV e do SLG no grupo 2, e manutenção da DIV e redução significativa do SLG no grupo 1. A variação do SLG entre o repouso e o esforço se correlacionou com volume atrial, com os volumes e diâmetros do VE, com a FEVE e a função do ventrí-culo direito. Após regressão linear múltipla, o volume diastólico do VE e a função do ventrículo direito foram preditores independentes da variação do SLG entre o repouso e esforço. Conclusões: Nesta amostra, no grupo de perfil ecocardiográfico favorável, houve melhora da DIV no esforço. O volume diastólico do VE e a função do ventrículo direito foram preditores independentes da variação do SLG entre o repouso e esforço.

DANIEL GODOI BERNARDES DA SILVA, RAUL DIAS SANTOS, MARCIO SOMMER BITTENCOURT, JOSE A. M. CARVALHO, MARCELO FRANKEN, ANTONIO EDUARDO PEREIRA PESARO

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - SP - BRASIL

Introdução:O escore FINDRISC (Finnish Diabetes Risk Score) (FR) é útil para o rastreamento e predição do diabetes mellitus tipo 2 (DMT2), sem necessidade de testes laboratoriais. Estudos transversais pequenos analisaram a associação entre FR com síndrome metabólica (SM) ou esteatose hepática (EH). Nosso objetivo foi testar a as-sociação do FR com SM ou EH, de modo transversal e longitudinal. Métodos: Em 41.668 indivíduos (idade 41,9 ± 9,7 anos; 30,8% mulheres) submetidos à avaliação de saúde primária entre 2008 e 2016, testamos a associação transversal entre o FR e SM ou EH, em modelos multivariados (ajustados para sexo, hipolipemiantes, consumo de álcool, níveis plasmáticos de glicose, creatinina e lipídios), e criamos curvas ROC para testar o valor discriminativo do FR para esses desfechos. As mesmas análises foram feitas longitudinalmente em subgrupos, acompanhados por 5 ± 3 anos, para testar o valor preditivo do FR e o risco incidental de SM (n = 10.075 indivíduos) ou EH (n = 7.097 indivíduos). Resultados: Dentre a população total, 2.252 (5%) indivíduos apre-sentaram SM e 14.176 (34%) EH. Na análise longitudinal, houve 302 casos de SM incidental (2%) e 1.096 de EH (15%). O FR foi associado de forma independente a SM e EH na análise transversal (respectivamente, OR de 1,27, 95% IC: 1,25-1,28 por unidade de FRs, P < 0,001; e OR de 1,21, 95% IC: 1,20-1,22, P < 0,001) e longitudinal (respectivamente, OR de 1,18, 95% IC: 1,15-1,21 por unidade FRs, P < 0,001; e OR de 1,10, 95% IC: 1,08-1,11, P < 0,001). Comparados com os indivíduos com FR baixo, aqueles com valores moderados, altos e muito altos, apresentaram 12 a 77 vezes (OR para o grupo de maior risco, 77,77, IC95%: 58,06-104,18; P<0.001) e 3 a 10 vezes (OR para o grupo de maior risco, 10,31, IC95%: 9,47-11,22; P<0.001), maior risco de serem portadores de SM e EH, respectivamente, e de 3 a 10 vezes (OR para o grupo de maior risco, 10,23, IC95%: 6,81-15,37; P<0.001) e 1 a 3 vezes (OR para o grupo de maior risco, 3,01, IC95%: 2,23-4,05; P<0.001) maior risco de apresentarem SM e EH inci-dentais, respectivamente. A AUC para a associação transversal do FR com SM e EH foi de 0,82 e 0,76 (IC95%: 0,81-0,83 e 0,75-0,76; respectivamente), e na análise longitudi-nal foi de 0,73 e 0,63 (IC95%: 0,70-0,76 e 0,61-0,65; respectivamente). Conclusão: O FR foi associado à presença e risco futuro de SM e EH. Portanto, esse escore simples, prático e de baixo custo pode ser útil para rastreamento populacional e identificação de subgrupos de indivíduos de maior risco futuro para doenças metabólicas.

ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO SOBRE SEU IMPACTO NOS ÍNDICES DE MECÂNICA E FUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA

MIGUEL O. D. AGUIAR, JEANE M. TSUTSUI, BRUNO G. TAVARES, HSU PO CHIANG, ALEXANDRE SOEIRO, HENRIQUE B. RIBEIRO, CARLOS E. ROCHIT-TE, ROBERTO KALIL FILHO, THOMAS R. PORTER, WILSON MATHIAS, JR INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL

Introdução. Estudos pré-clínicos demonstraram que a utilização de pulsos ultrassônicos com alto índice mecânico (IM), feitas por um transdutor de ultrassom diagnóstico (USD), durante a infusão de um agente de contraste de microbolhas (sonotrombólise), tem o po-tencial de restabelecer o fluxo coronário e restaurar a microcirculação no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). A fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e o strain longitudinal global (SLG) são parâmetros de avaliação da função e da mecânica ventricular e têm valores prognósticos estabelecidos no IAMCSST. Objetivo. Analisar o impacto da sonotrombólise no tratamento do IAMCSST e seu efeito sobre a mecânica e função do VE por ecocardiografia transtorácica. Métodos.

Cem pacientes com primeiro IAMCSST foram prospectivamente randomizados (1/1) para o grupo Terapia, submetidos à sonotrombólise antes e depois da ICP primária ou para o grupo Controle, apenas a ICP primária. SLG, FEVE e do VE esquerdo foram avaliados por ecocardiograma transtorácico, em momentos pré-determinados desde a chegada até seis meses após o infarto. A taxa de recanalização angiográfica antes da ICP primária e o tamanho do infarto medido pela ressonância magnética cardíaca (RMC), em 72h após a ICP, também foram analisados. Resultados. Os tempos porta-balão não foram diferentes (78min±32 minutos no grupo Controle vs 77min±26 minutos no grupo Terapia; p=0,42).

A recanalização coronária antes da ICP ocorreu em 24/50 (48%) pacientes do grupo Terapia e em 10/50 (20%) pacientes do grupo Controle (p < 0,001). A comparação da FEVE entre os grupos Terapia e Controle foi: antes da ICP, 45,1%+10,3 vs. 41,8%+10,0 (p=0,130). Após a ICP, 48,1%+10,5 vs. 42,3%+10,4 (p=0,011). Em 72h após a ICP, 49,8%+10,8 vs. 43,8%+11,2 (p=0,013). Após 1 mês da ICP, 51,8%+10,5 vs. 46,1%+11,4 (p=0,017) e, após 6 meses, 52,8%+10,3 vs. 46,6%+12,5 (p=0,013). A comparação do SLG entre os grupos Terapia e Controle foi: após a ICP, 14,1%+4,1 vs.12,0%+3,3 (p=0,012). Após 72h da ICP, 14,5%+3,8 vs.11,7%+3,2 (p<0,001). Após 1 mês da ICP, 15,9%+3,4 vs.13,6%+3,5 (p=0,005) e, após 6 meses,

17,1%+3,5 vs.13,6%+3,6 (p<0,001). No grupo Terapia 30% (13/44) dos pacientes remodelaram o VE versus 55% (24/44) do grupo Controle. O tamanho do infarto foi menor no grupo Terapia (p=0,026). Conclusão. A melhora precoce e persistente da função e mecânica do VE nos pacientes tratados por sonotrombólise, as-sociada às maiores taxas de recanalização e menor ta-manho do infarto neste grupo refletiram uma resposta positiva desta terapia no IAMCSST

EP 007

ABLAÇÃO SEPTAL POR RADIOFREQUENCIA EM PACIENTES COM MIOCARDIOPATIA HIPERTROFICA OBSTRUTIVA: PRIMEIRA SERIE NACIONAL

BRUNO, EDILEIDE DE BARROS CORREIA, DALMO AR MOREIRA, ANTONIO TITO PALADINO FILHO, DAVID COSTA DE SOUZA LE BIHAN, IBRAIM MAS-CIARELLI PINTO FILHO, ROGERIO BRAGA ANDALAFT, HALSTEAD AGP DA SILVA, ALEXANDRE AC ABIZAID, JOAO HZ VIESI

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) está associada a obstrução da via de saída (VSVE) em 40% dos casos e a obstrução medioventricular (MV) em 8-10 % dos casos. Quando há obstrução significativa (gradiente maior que 50mmHg em repouso ou após manobra provocativa) e sintomas graves refratários ao tratamento medicamento-so, considera-se o alívio da obstrução, seja através da cirurgia (miectomia septal) procedi-mento considerado “padrão ouro”, seja através de intervenção percutânea (alcoolização).

Este último associado à evolução satisfatória, com resultados semelhantes à cirurgia a longo prazo, porém também à criação de área de fibrose e maior prevalência de arritmias.

Recentemente, têm sido publicados artigos sobre os resultados de um novo procedimento intervencionista, a ablação septal por radiofrequência, guiado por mapeamento eletroa-natômico, com resultados favoráveis, com alivio da obstrução e pouca fibrose secundá-ria. Descrevemos nossa experiência pioneira com ablação septal com radiofrequência utilizando ecocardiograma transesofágico como método guia, substituindo o mapeamen-to eletroanatômico. Utilizamos o procedimenmapeamen-to para alívio do gradiente de VSVE e MV-CASUÍSTICA: total de 12 pacientes (p) 75% do sexo feminino, idade média de 56 + 15 anos, frequência cardíaca inferior a 60bpm. Os sintomas foram principalmente dispneia aos esforços e síncopes de repetição. 10 p (83%) tinham obstrução de VSVE) e 2p (17%) tinham obstrução MV. A via de acesso foi retroaórtico- Foram utilizados cateteres de 8 mm não irrigados. A redução do gradiente provocado 35,2% em três meses e 62,3% em um ano (de inicial 96,83 mmHg ± 28,30 para 62,72 ± 20mmHg em três meses para 36,41 mmHg ± 16,81 em um ano). A redução do gradiente de repouso foi de 52,9% em três meses e 69,7% em um ano (de inicial de 73,58 mmHg ± 29,51 para 34,63 ± 13,78mmHg em três meses para 22,25 mmHg ± 13,83 ao final de

um ano).Não ocorreu bloqueio atrioventricular, não foi necessário implantes de marcapassos ou outros dispositivos, nem outras complicações graves. CO-MENTÁRIOS E CONCLUSÕES: A ablação septal guiada por ecocardiograma transesofágico foi segura e eficaz para redução do gradiente tanto de VSVE como MV. Deve ser considerada uma alternativa te-rapêutica para tratamento da CMH obstrutiva. Desta-camos o papel deste método intervindo no gradiente MV, condição extremamente desafiadora pelo fato da cirurgia e a alcoolização terem limitações

significati-EP 008

EFEITO DO CARVEDILOL NA PREVENÇÃO DA CARDIOTOXICIDADE POR ANTRACICLINAS: RESULTADOS FINAIS DO ENSAIO CLÍNICO CECCY

SILVIA M. AYUB-FERREIRA, MONICA S. AVILA, SARA M. G. BRANDÃO, FATIMA D. CRUZ, CECILIA B.B.V.CRUZ, LUDHMILA A. HAJJAR, ROBERTO KALIL FILHO, MARCIO S. BITTENCOURT, EDIMAR A. BOCCHI

INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - SP - BRASIL ,INSTITUTO DO CÂN-CER - SÃO PAULO - SP - BRASIL

Fundamento: na análise de 6 meses do ensaio clínico CECCY o uso do carvedilol re-sultou na redução significante dos níveis de troponina e no aparecimento da disfunção diastólica, sem mudança na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) em pa-cientes submetidos a quimioterapia com antraciclinas (ANT). Objetivo: avaliar o efeito do carvedilol na prevenção da cardiotoxicidade em longo prazo. Material e métodos:

estudo randomizado, duplo cego, placebo controlado que incluiu 200 pacientes com câncer de mama, fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) preservada e uso de ANT (240 mg /m2) para receber carvedilol ou placebo até a conclusão da quimioterapia em proporção 1: 1. O desfecho primário foi a prevenção de redução> 10% na FEVE em 2 anos. O desfecho secundário foi o efeito do carvedilol no aparecimento da disfunção diastólica. Resultados: Em uma análise de intenção de tratar o desfecho primário ocor-reu em 10 (10,5%) pacientes do grupo carvedilol e 11 (11,4%) pacientes do grupo pla-cebo. Não houve diferença nos valores da FEVE durante o tratamento quimioterápico.

estudo randomizado, duplo cego, placebo controlado que incluiu 200 pacientes com câncer de mama, fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) preservada e uso de ANT (240 mg /m2) para receber carvedilol ou placebo até a conclusão da quimioterapia em proporção 1: 1. O desfecho primário foi a prevenção de redução> 10% na FEVE em 2 anos. O desfecho secundário foi o efeito do carvedilol no aparecimento da disfunção diastólica. Resultados: Em uma análise de intenção de tratar o desfecho primário ocor-reu em 10 (10,5%) pacientes do grupo carvedilol e 11 (11,4%) pacientes do grupo pla-cebo. Não houve diferença nos valores da FEVE durante o tratamento quimioterápico.

No documento CARD I OLO G I A P RÁ TI C A (páginas 105-111)