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apenas uma das incógnitas da equação que tanto o fascina, o ser humano talvez (se) enxergue melhor. E assim talvez possa aprender a largar as boias que o puxam para um conhecimento eternamente superficial.

Tema: Trabalho infantil (Enem 2005)

[Conclusão]: Portanto, a afirmação prática dos direitos infantojuvenis só será alcançada quando as grandes mazelas sociais brasileiras, já tão conhecidas e discutidas, forem de fato resolvidas.

Com a pressão da sociedade, a ação efetiva do poder público e a presença de famílias ativas, nossas crianças poderão construir seu (nosso) futuro da maneira mais correta possível: sendo crianças de verdade. Eis a Lei Áurea do século XXI.

[Título]: Nova Lei Áurea

Resumo

Uma boa conclusão pressupõe o cumprimento de duas funções: retomada da tese e desfecho criativo.

A retomada da tese consiste na repetição da ideia fundamental da tese, apresentada na introdução, em outras palavras, com um conectivo de valor semântico conclusivo. Como primeira frase da conclusão, essa retomada garante a coerência interna do texto.

No desfecho criativo, é recomendável o estabelecimento de uma relação linguística ou semântica com a introdução. Isso pode ocorrer com a recuperação de palavras, ideias ou técnicas empregadas na contextualização do tema realizada no primeiro parágrafo do texto.

Reflexão, ressalva e metáfora são outras técnicas possíveis para o desfecho da redação, quando não for possível estabelecer a relação de circularidade com a introdução.

Nem sempre obrigatório, o título pode ser um aliado para a nota máxima. Para isso, uma boa técnica é transformá-lo em uma mensagem cifrada, enigmática, que só é esclarecida na conclusão. Quando isso ocorre, a circularidade também é estabelecida.

Atividade

(Cederj vestibular, 2018-1 / Reprodução)

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Uso e legalização da maconha dividem opiniões no Brasil

Paraíba tem o primeiro cultivo legal de maconha para uso medicinal Grupos defendem a legalização no combate contra o tráfico de drogas Edição do dia 05/07/2017

O uso da maconha e a discussão sobre a legalização são assuntos polêmicos no Brasil. A maconha é a droga mais consumida no país. O primeiro cultivo legal para uso medicinal do país acontece na Paraíba. A Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (ABRACE) é a única no Brasil que produz óleos a partir da maconha para tratamento de várias doenças, com autorização da Anvisa. O plantio foi autorizado pela Justiça Federal.

Químicos, farmacêuticos e agricultores trabalham seis meses no processo de produção até chegar ao óleo de cannabis. A ABRACE está fazendo testes com o THC, a substância da maconha que tem efeito psicotrópico, e que ainda não é regulamentada pela Anvisa. Pessoas com mal de Parkinson têm procurado a associação para tomar o extrato de THC. Frederico Waclawovsky faz parte de um grupo de médicos que estuda o uso da cannabis como remédio: “A gente está tendo resultados muito positivos. A gente solicita que as medicações vigentes não sejam descontinuadas. Esse é um tratamento em conjunto”.

No Uruguai, a partir dessa semana, está permitida a venda de maconha para uso recreativo. É a última etapa de um processo de quatro anos de discussões sobre o cultivo e a distribuição. No país, a maconha será vendida nas farmácias. Só cidadão uruguaios, que se cadastrarem, poderão com- prar a droga. Até agora, há 1,6 mil inscritos. Essa etapa de venda encontra resistência dos donos de farmácia e de parte da população.

A legalização da maconha foi aprovada no Uruguai durante o governo do ex-presidente José Mujica.

Segundo ele, a intenção foi tirar os consumidores da ilegalidade e acabar com o narcotráfico: “Nós não estamos de acordo com o consumo de alucinógenos, nenhum vício é bom. Para nós, é uma doença que não poderemos tratar se mantivermos a maconha na clandestinidade. O que posso dizer ao Brasil é que se vocês querem mudar e estão há 50 anos fazendo a mesma coisa, vocês têm que pensar em experimentar outro caminho”.

Fragmento. Fonte: http://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2017/07/uso-e-legalizacao-da-maconha- divide-opinioes-no-brasil.html.

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Por que a associação brasileira de psiquiatria (abp) é contrária à legalização da maconha:

1. Falta de estrutura para o tratamento de dependentes.

2. Maconha é ainda mais danoso à saúde que o cigarro.

3. Alto risco e impacto no desenvolvimento dos jovens.

4. Maconha causa prejuízo a diversos órgãos e sistemas humanos.

5. Uso terapêutico da droga ainda está em fase de estudos.

6. Não impacta na diminuição da violência.

7. Ineficiência no controle de outras drogas, como álcool e cigarro.

8. Legalização não encontra respaldo em mais influente agência reguladora do mundo.

9. Desconhecimento do impacto que a maconha pode causar na estrutura psíquica do usuário.

10. Maioria dos brasileiros é contra a legalização.

Síntese. Fonte: http://www.abp.org.br/manifesto/manifesto.pdf.

A partir da leitura dos textos, desenvolva o seguinte tema:

Legalização da maconha no Brasil

Discuta, em um texto dissertativo, se a maconha deve ou não ser legalizada no Brasil.

Defenda um ponto de vista sobre o tema, apresentando argumentos consistentes, de maneira clara e encadeada. Preste atenção à progressão textual, à coesão e à coerência.

O texto deve ser escrito na modalidade culta da língua portuguesa e deve ter entre 20 e 25 linhas.

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meta

Apresentar as etapas de construção de um parágrafo argumentativo, com o

reconhecimento dos passos lógicos de qualquer argumento: a indicação de um ponto de vista e um esforço racional de convencimento dessa ideia.

objetivos

Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de:

compreender o conceito de argumentação;

identificar e reproduzir as etapas lógicas da construção de um argumento;

distinguir opiniões válidas de inválidas;

reconhecer recursos de linguagem ligados à expressão de uma opinião;

entender as bases de sustentação de um ponto de vista.

Desenvolvimento 1:

argumentação

Introdução

A palavra desenvolver é uma derivação prefixal de envolver. Dessa origem, pode-se depreender seu significado: desembrulhar, desenrolar, desdobrar. Com o tempo, a esses sentidos acres- centaram-se outros, assemelhados: fazer progredir, melhorar, estender, aprofundar. A partir de todas essas acepções da palavra, é possível compreender que o desenvolvimento é a etapa da dissertação em que efetivamente se discute o tema proposto, com argumentos que justifiquem o posicionamento e exemplos que ilustrem as ideias.

Por constituir o “corpo” da redação, o desenvolvimento ocupa um espaço considerável. Ao mesmo tempo, para revelar seu pensamento de forma organizada, é preciso fazê-lo por etapas.

Assim, somando essas duas razões, torna-se lógico que o desenvolvimento se divida em pará- grafos. Nos vestibulares e no Enem, o mais frequente é que os textos tenham dois (ou três) argumentos. A esse respeito, é preciso analisar não apenas a construção de cada um desses parágrafos, mas também como se estabelece a relação entre eles, de maneira orgânica.

No documento PVS RED V01 - Canal CECIERJ (páginas 93-98)